"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 17 de junho de 2014

REAPRENDER A SER LIVRE

Churchil já tinha dito que o sistema de governo democrático era defeituoso, mas era, de longe, melhor que os demais sistemas existentes. Antes de ser caracterizada pela infalibilidade dogmática, o sistema de governo democrático,criação humana, era conduzido na direção de melhorias continuadas, no curso das mudanças naturais.
 
Uma das características  dos nossos políticos é a resistência para as reformas substanciais de aperfeiçoamento do sistema democrático, talvez porque isto os faria perder a base do poder pessoal que têm. Isto conduz ao distanciamento com os eleitores que percebem tudo quanto destrói o sistema.
 
É assim que as pessoas começam a desprezar os políticos, que de representantes e aliados, passam a ser vistos como predadores. Sem os instrumentos de uma reforma política que garanta o pleno exercício das garantias, deveres e direitos constitucionais para o bem comum, a cidadania  marginalizada, refém de práticas controvertidas, não tem como fixar limites e exigir as mudanças necessárias para a evolução natural do sistema.

A gente brasileira parece resignada com a extinção dos direitos democráticos na medida que avançam, "na lei ou na marra", as idéias coletivistas do marxismo no modelo gramcista.Assim vão sendo sufocadas as oportunidades de podar da árvore democrática os ramos e parasitas, que impedem seu crescimento vigoroso, a produção e distribuição de bons frutos.

O campo fica aberto para o proselitismo marxista que atribui a um só partido o poder de modificar a sociedade, eliminando toda e qualquer dissidência. É o que a história registra desde Stalin até Fidel Castro e o que vive a Venezuela em nossos dias... E o que querem impor ao Brasil e outros países da América Latina.
 
E tudo é feito com propaganda massiva, com distorções da realidade e da história. Todos devem obedecer ao partido e vestir-se de pensamentos vermelhos, sob  ameaça permanente. Qualquer pensamento dissidente é apagado. A mente é alimentada exclusiva e massivamente pela doutrinação enganosa do governo.
Até as manifestações artísticas são contaminadas: a música prestigiada é a mesmice monocórdica indicada por Adorno; no teatro, na literatura, na pintura, que dependem de aplicação e criatividade , os artistas que não se curvam ao pensamento coletivista perdem o espaço para a divulgação, edição, distribuição de suas obras, quando não são perseguidos e difamados na. rede eletrônica do terrorismo partidário.
 
Neste modelo de capitalismo coletivista que serve aos bancos e empresas globais que atuam acima dos Estados, não existe diálogo e as alianças são oportunistas, negociadas a peso de ouro, porque as idéias e o pluralismo, os valores espirituais atrapalham os propósitos da nova classe governante, atrapalham os negócios... É bastante observar como a consciência tornou-se moeda desvalorizada no Brasil atual.
 
O modelo adotado pelo coletivismo exalta o processo de Cuba, da Venezuela, das guerrilhas de narcotraficantes colombianos, com a mistura de idéias anacrônicas e revanchismo na relação com os grupos que no passado ocuparam o poder político. O que pouco se sabe é que este processo de desconstrução cultural é financiado com os recursos do tráfico de armas e drogas lavados nas redes bancárias, pelos petrodólares, pelas grandes Fundações que comandam o espetáculo cultural e político.
 
A nossa realidade é bem diferente daquela da Europa do século XIX, quando Marx descreveu a realidade daquele momento, destacando a necessidade de reduzir as injustiças. O modelo foi aplicado gerando mais injustiças ,além dos, rios de sangue e sofrimento que se repetem até hoje. E nossos governantes querem repetir o que se revelou inviável e que já foi devidamente modificado em termos econômicos, mas persiste como desconstrução do modelo judaico cristão.

Chegamos ao fundo do poço. Resta subir pelas paredes enlameadas e pisar em terra firme, ver a luz, respirar ares menos infectados.
 
17 de junho de 2014
A.Montenegro

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