"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

NATAL COM COMPROMISSO, MAS SEM PROMESSAS...


Se Cristo nasceu, não foi para decorar calendários.

Nasceu para inquietar consciências,

desorganizar certezas, e lembrar que amar dá trabalho.

Natal não é conforto - é compromisso.

Que a manjedoura não seja símbolo, mas espelho.

E que a fé, se existir, seja prática.

 Enquanto o Natal vira produto, talvez seja urgente resgatá-lo do consumo.

Menos vitrines.

Menos frases prontas.

Menos felicidade obrigatória.

Mais consciência.

Mais presença.

Mais humanidae. sem propaganda.

Natal não é negar o caos, é reconhecer que ele existe e ainda assim recusar a indiferença.

Celebrar hoje, pode ser um ato de resistência.

 Natal chega devagar, como quem não quer incomodar.

Não bate à porta com fogos, entra pela fresta, no silêncio depois da ceia, no olhar que demora.

É quando a noite pesa e mesmo assim, a gente acende uma vela - não para iluminar o mundo, mas para não se perder nele.

Que este Natal seja pequeno, quase invisível, mas verdadeiro o bastante para durar além da data.

 Neste Natal, talvez não seja o dia de fingir harmonia, nem de embrulhar ausências com fitas douradas. 

Talvez seja o dia de admitir o cansaço, a dúvida, a fé que oscila, o amor que falha - e ainda escolher ficar.

Natal pode ser isso: uma pausa honesta no ruído, um silêncio onde a gente se escuta de novo

Se houver perdas, que sejam lembradas.

Se houve erros, que sejam compreendidos.

Se houve distância, que ela ensine algo.

Que a luz não venha dos enfeites, mas do gesto mínimo: escutar sem pressa, perdoar sem discurso, seguir sem cinismo.

Se Cristo nasceu, que seja dentro - não como promessa fácil, mas como coragem diária.

Feliz Natal. Sem excessos. Sem máscaras. Com verdade.

 26 de dezembro de 2025

Prof. Mario Moura

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