O que foi essa votação do Daniel Silveira?
Do próprio deputado, o que chamou mais atenção foi a surpresa por ter sido levado à sério. Nem Daniel Silveira acreditava que Daniel Silveira estivesse tão perfeitamente à altura de Alexandre de Morais e Alexandre de Morais tão perfeitamente à altura de Daniel Silveira. Estão. E como os 11 monocratas macunaímicos já tinham jurado que é “um por todos, todos por um”, cumpriu-se.
No resto Daniel Silveira ainda é um soldado disciplinado. Enquadrado, bate continência. Mais! Graduado da privilegiatura de baixo para a privilegiatura de cima, ao sentir que era real a possibilidade - até então inédita - de arrancarem-lhe o doce do fundo da goela, com todo aquele tamanhão, Daniel Silveira fez beicinho e chorou lágrimas de crocodilo…
Na própria Câmara houve nuances.
A esquerda antidemocrática, sempre zelosa do que é seu, tratou de expulsar o invasor. “Isso de viver ao abrigo da democracia para destruir a democracia é coisa nossa. Há mais de 100 anos que essa caverna está ocupada. É a base de cada um dos ensinamentos do próprio Lenin”, qualé?!
O resto foi o darem-se as mãos daquelas duas forças irmãs da natureza: a ignorância e a covardia.
Magda Mofatto, falando por 364, interpretou com perfeição a primitiva confusão geral entre ação e instituição. O único discurso digno foi o do advogado do réu. Ele ensinou o bê-a-bá a Alexandre de Moraes citando Alexandre de Moraes, mas cantava a canção do infinito numa capoeira.
Como todo brasileiro já nasce autoritário e com horror ao povo e não há mesmo verdade nenhuma na afirmação de que os deputados representam de fato os seus eleitores, a vasta bancada dos analfabetos estava decidida a, para condenar o cafajestismo de Daniel Silveira, marcar o gol contra que deu o campeonato à antidemocracia.
Agora pode. Agora é oficial. Agora tem precedente. Agora é lei: está anulado o povo; voto não vale mais nada…
O País Real segue como pode.
Desde que o socialismo “se realizou” e “o sonho acabou” em genocídio e miséria extrema que esta não é mais uma disputa de ideias. É, cada vez mais, um jogo de força bruta. O aferro às baldas e, principalmente, à vasta rede dos privilégios estabelecidos por mais de um século de hegemonia do socialismo e da social democracia no poder no mundo inteiro que o fim da censura condenou à morte.
O problema do Brasil é atrozmente simples. Doze milhões de pessoas, pouco mais ou menos, mais dependentes e nepotes, assaltam o país com a lei para se apropriar de mais da metade do PIB sem dar nada em troca. E isso custa que os 90% restantes da população seja relegada ao cada dia mais sinistro favelão nacional.
A “guerra ideológica" é pura tapeação. O que há é uma disputa surda entre diferentes facções da privilegiatura pelo comando da máquina de esfolar povo instalada no Brasil.
O País Real segue como pode.
Desde que o socialismo “se realizou” e “o sonho acabou” em genocídio e miséria extrema que esta não é mais uma disputa de ideias. É, cada vez mais, um jogo de força bruta. O aferro às baldas e, principalmente, à vasta rede dos privilégios estabelecidos por mais de um século de hegemonia do socialismo e da social democracia no poder no mundo inteiro que o fim da censura condenou à morte.
O problema do Brasil é atrozmente simples. Doze milhões de pessoas, pouco mais ou menos, mais dependentes e nepotes, assaltam o país com a lei para se apropriar de mais da metade do PIB sem dar nada em troca. E isso custa que os 90% restantes da população seja relegada ao cada dia mais sinistro favelão nacional.
A “guerra ideológica" é pura tapeação. O que há é uma disputa surda entre diferentes facções da privilegiatura pelo comando da máquina de esfolar povo instalada no Brasil.
E se não saltarmos JÁ dela para a guerra de números, para o enfrentamento da verdade, não conseguiremos evitar a dissolução deste país.
Quem vive de dizer, agora sob pena de prisão, que o que você vive, o que você enxerga e o que você palpa não está lá; que o petróleo é seu; que a policia é que é o ladrão e bandido bom é bandido solto; que a sua melhor defesa é estar desarmado contra quem te assalta na rua e na vida; que a lei não é o que está escrito, flagrante não é flagrante e democracia não é liberdade de culto e expressão do pensamento, é censura, exílio e prisão de jornalistas e deputados hereges é quem dispensa os bolsonaros do mundo de ser ou de fazer qualquer coisa mais para elegerem-se. Basta o “Eu não sou eles”…
Quem vive de dizer, agora sob pena de prisão, que o que você vive, o que você enxerga e o que você palpa não está lá; que o petróleo é seu; que a policia é que é o ladrão e bandido bom é bandido solto; que a sua melhor defesa é estar desarmado contra quem te assalta na rua e na vida; que a lei não é o que está escrito, flagrante não é flagrante e democracia não é liberdade de culto e expressão do pensamento, é censura, exílio e prisão de jornalistas e deputados hereges é quem dispensa os bolsonaros do mundo de ser ou de fazer qualquer coisa mais para elegerem-se. Basta o “Eu não sou eles”…
Uma vez eleitos, no entanto, “metem o dedo”. Trocam as grandes tetas de dono e nem um milimetro mais.
Nunca houve uma “onda de direita” no mundo real. O que há é um tsunami anti esse esquerdismo de araque; essa “ideologia” do salário que sobe por decurso de prazo, da aposentadoria que vem cedo e vem gorda, custe o que custar e, principalmente, da arrogância e da empáfia com que o assaltante com a lei trata os assaltados. Tenho 60 anos de janela e nunca vi nem senti uma ojeriza como a que está no ar.
Não é porque o “03” é um Zuckerberg do mal (se é que jamais existiu um do bem) que Bolsonaro se elege. Não é “a rede” que elege Bolsonaro. Não existe mágica. Eles usam todos os recursos técnicos para encontrar quem queira ouvir as suas mentiras, sim, os mesmos que seus inimigos sempre usaram e continuam usando.
Nunca houve uma “onda de direita” no mundo real. O que há é um tsunami anti esse esquerdismo de araque; essa “ideologia” do salário que sobe por decurso de prazo, da aposentadoria que vem cedo e vem gorda, custe o que custar e, principalmente, da arrogância e da empáfia com que o assaltante com a lei trata os assaltados. Tenho 60 anos de janela e nunca vi nem senti uma ojeriza como a que está no ar.
Não é porque o “03” é um Zuckerberg do mal (se é que jamais existiu um do bem) que Bolsonaro se elege. Não é “a rede” que elege Bolsonaro. Não existe mágica. Eles usam todos os recursos técnicos para encontrar quem queira ouvir as suas mentiras, sim, os mesmos que seus inimigos sempre usaram e continuam usando.
O PT não tinha “gabinetes”, tinha ministérios inteiros do ódio criando e alimentando o que ficou conhecido como “a esgotosfera” que continua firme e forte no ar, na old e na new midia.
Mas o fato é que em matéria de fake news o que varia é só o tom. As da esquerda, cada vez mais apoplexa e desarvorada, vêm agora com ameaças de prisão, mas são irmãos siameses esses dois pescadores em águas turvas. É a quantidade de peixe que as de cada lado está pegando que “está pegando”…
O Brasil não vai mudar mudando de bolsonaro. “De esquerda” ou “de direita”. Só ligando o fio-terra do "Sistema" inteiro à única fonte de legitimação do poder. Enquanto o eleitor não for dono dos mandatos que concede o tempo todo - antes, durante e depois das eleições - para poder entrar e não sair nunca mais num processo de reformas permanente como o que a vida real exige, continuará sendo só o buraco onde os estupradores de sempre vêm saciar a sua fome bestial.
23 de fevereiro de 2021
vespeiro
O Brasil não vai mudar mudando de bolsonaro. “De esquerda” ou “de direita”. Só ligando o fio-terra do "Sistema" inteiro à única fonte de legitimação do poder. Enquanto o eleitor não for dono dos mandatos que concede o tempo todo - antes, durante e depois das eleições - para poder entrar e não sair nunca mais num processo de reformas permanente como o que a vida real exige, continuará sendo só o buraco onde os estupradores de sempre vêm saciar a sua fome bestial.
23 de fevereiro de 2021
vespeiro
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