"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

GENERAL HELENO NEGA ACORDO PARTIDÁRIO EM ESCOLHA DE TRÊS MINISTROS DO DEM


“Isso do DEM é mera circunstância”, disse o general
O general Augusto Heleno, futuro ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), negou que o presidente eleito Jair Bolsonaro tenha priorizado o DEM na escolha dos ministros do seu governo. Até agora, três dos dez ministros indicados são do partido: Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Tereza Cristina (Agricultura) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde). “Isso do DEM é mera circunstância. Não é nada que o comprometa. Ele tem escolhido por bancada e não por partido”, disse Heleno ao chegar nesta quarta-feira, dia 21, no apartamento funcional de Bolsonaro, em Brasília. Depois, os dois foram para o Centro Cultural Banco do Brasil, onde a equipe de transição se reuniria.
O futuro ministro do GSI afirmou que Bolsonaro pretende fazer todas as indicações para o comando das pastas até logo depois da terceira cirurgia do presidente eleito, prevista para ocorrer no dia 12 de dezembro. “É decisão dele, a gente não fica pressionando. As condicionantes agora são os nomes, a escolha é a parte mais difícil” declarou. A força do DEM no futuro governo incomoda aliados do Centrão na Câmara, como mostrou a Coluna do Estadão.  
PREVIDÊNCIA – “O partido não pode ser penalizado pelas escolhas de Bolsonaro, mas também não pode dizer que não está atendido”, afirmou o líder do PP na Câmara, Arthur Lira. A indicação do terceiro ministro do DEM por Bolsonaro ainda ameaça colocar em xeque votações importantes, como a da reforma da Previdência na Câmara. Deputados de legendas ainda não contempladas com ministérios dizem não ter motivação para apreciar uma proposta considerada impopular sem nada em troca. O presidente eleito tem repetido que não fará a velha política do toma lá, dá cá.
Além dos três nomes do DEM e do General Heleno, já foram confirmados na equipe de Bolsonaro os ministros: da Economia (Paulo Guedes), Justiça e Segurança Pública (Sérgio Moro), Defesa (General Fernando Azevedo e Silva), Relações Exteriores (Ernesto Araújo), Ciência e Tecnologia (Marcos Pontes) a da Controladoria-Geral da União (Wagner Rosário). 

23 de novembro de 2018
Leonencio Nossa 
Julia Lindner
Estadão

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