Integrantes da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) querem entrar com uma ação contra o ministro Gilmar Mendes, do STF. Há contrariedade com as críticas do magistrado à categoria. A direção da entidade fará consulta aos associados antes de iniciar a ofensiva judicial. A enquete direcionada aos cerca de 1.300 filiados da ANPR deve ser realizada em agosto. A entidade espera obter autorização para ingressar com ação civil contra o ministro — neste caso, o julgamento caberia à primeira instância da Justiça.
DETERIORAÇÃO – Se for levada adiante, a ofensiva da ANPR tem potencial para deteriorar as relações entre procuradores e o Supremo. Gilmar Mendes pode ser o mais enfático, mas não é o único ministro da corte a criticar não só a conduta como também os métodos de investigadores.
Na quarta-feira passada (dia 6), os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio solicitaram à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o impedimento do ministro Gilmar Mendes para analisar casos que envolvam o ex-presidente da Fecomércio, Orlando Diniz, que acaba de ser libertado por ele.
A Fecomércio tem sido uma das patrocinadoras dos eventos realizados no Brasil e em Portugal pela faculdade de Direito criada por Gilmar Mendes.
EFEITO COLATERAL – Indagado sobre a série de críticas que sofre por sua atitude no Supremo, o ministro Gilmar Mendes respondeu o seguinte:
“Se me perguntarem qual é o meu éthos hoje, eu digo: é evitar que se cometam abusos. Eu não ligo. Já construí muitas obras. Fiz o bastante. Agora, quero evitar que se cometam tragédias”.
10 de junho de 2018
10 de junho de 2018
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