"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 17 de abril de 2018

NÃO HÁ ALTERNATIVA E O BRASIL PRECISA SEGUIR BUSCANDO A INDUSTRIALIZAÇÃO

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Os economistas e principalmente os estadistas sabem que só a industrialização gera grande padrão de vida para a maioria do povo, criando uma grande classe média sustentadora de consumo de massa. O Liberalismo puro, tipo “laissez-faire” defendido pelo economista Paulo Guedes, não o sistema intervencionista ao qual me filio, desenvolveu a industrialização na Inglaterra e a partir dali ninguém mais se industrializou sem protecionismo e uso inteligente do Estado, como explicado no excelente livro do economista alemão/americano Friedrich List (“Sistema Nacional de Economia Política” – 1841).
Os Estados Unidos foram o primeiro país que debateu o assunto a fundo e fez a escolha correta.
DOIS PARTIDOS – Após a Guerra da Independência Americana (1775 – 1783), os EUA formaram dois partidos políticos. Um deles era o Federalista (G. Washington, A. Hamilton, J. Adams etc.) que propugnavam a industrialização, logicamente via protecionismo, tarifas, uso inteligente do Estado, criação de um Banco Nacional de Desenvolvimento etc. Enfim, uma política de Nacional-Desenvolvimentismo.
E foi criado também o Partido Democrático-Republicano ( T. Jefferson, J. Madison etc.) que propugnava o “liberalismo laissez-faire” e consequentemente manter os EUA agropecuário composto de médias propriedades de aproximadamente 100 hectares por família.
Argumentavam os democratas-republicanos que o padrão de vida de um colono americano proprietário de 100 hectares de terra era incomparavelmente superior ao de um operário qualificado na Inglaterra. E nisso tinham toda razão.
ACONTECE QUE… – Argumentavam os Federalistas que naquela época isso era verdade, mas com o correr das gerações, no final não muito longo, cada fazendeiro acabará sendo proprietário de 1/2 campo de futebol, (1/2 hectare) como aconteceu na velha China, e aí o padrão de vida será baixíssimo.
Venceram os federalistas com a industrialização do país alicerçadas nas teses do grande Alexander Hamilton, autor de “Report on Manufactures” (1791).
Os EUA escolheram o caminho certo e dele nunca se desviaram. E por que o Brasil, que a partir de 1930, com o grande presidente Getúlio Vargas (1930-1945) e (1951-1954), o dinâmico presidente JK ( 1956-1961), a Revolução Civil-Militar de 64 especialmente com os governos dos presidentes COSTA E SILVA, EMÍLIO MÉDICI E ERNESTO GEISEL) e agora os governos do PT que propugnaram, a meu ver acertadamente, o Nacional-Desenvolvimentismo, deram com “os burros na água”?
Não foi porque escolheram o modelo errado, pois fizeram a opção correta pela Nacional-Desenvolvimentismo Industrial. Erraram porque administraram mal, perdendo o controle de deficit fiscal e principalmente do endividamento nacional.
Deveríamos corrigir isso, e não voltar para o velho modelo de liberalismo laissez-faire propugnado pelo economista Paulo Guedes, que vigorou no Brasil em todo o Século XIX e XX até 1930, e nunca nos tirou de uma grande roça de café e fazenda de criação de gado, de baixíssimo padrão de vida para o povo em geral.

17 de abril de 2018
Flávio José Bortolotto

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