É duro constatar a situação da grande imprensa. Nenhum setor empresarial tem sofrido tão duramente os efeitos da estagflação (recessão com inflação) que a economia brasileira vem registrando nos últimos anos. Jornais são fechados um atrás do outro, como o tradicional “Jornal do Commercio”, o mais antigo do Rio de Janeiro, e o “Jornal de Brasília”, que era o segundo mais importante órgão de imprensa da capital. As revistas diminuem a tiragem, fazem até edições em tamanho menor e também vão sucumbindo. A situação das rádios é desalentadora e apenas as grandes redes de TV conseguem se segurar, mesmo assim com enormes dificuldades e com o providencial auxílio do uso do horário politico, que de gratuito não tem nada e vai custar cerca de R$ 1 bilhão em 2018, em isenção fiscal.
“OPERAÇÃO ABAFA” – Em meio a essa gravíssima crise financeira, não causa surpresa que alguns órgãos de comunicação estejam se curvando à força da chamada “Operação Abafa’, que visa a inviabilizar a Lava Jato e manter o status quo da política, para beneficiar também as grandes empresas envolvidas em corrupção. Afinal, o governo federal é o maior anunciante do país e o dinheiro das empresas corruptoras também faz falta à mídia.
Para qualquer jornalista que tenha um mínimo de respeito próprio, abordar este assunto chega a ser dilacerante. É triste ver as redações encolhidas, num processo progressivo e que ninguém sabe aonde vai parar. Antigamente, os grandes jornais mantinham sucursais. Depois, passaram a ter correspondentes. Atualmente, nem isso, estão se abastecendo com notícias de “free-lancers” (colaboradores) locais, como está acontecendo com a cobertura da chamada República de Curitiba.
CULPA DA INTERNET? – Parte da culpa dessa crise, por óbvio, é da internet, que democratiza cada vez mais a informação. Mas surgem as distorções, criando-se sites e blogs a favor disso ou daquilo, para privilegiar opiniões dirigidas. Aliás, neste particular os governos do PT foram precursores. Sustentaram muitos blogs e sites, foi um verdadeiro festival.
Existem hoje pouquíssimos espaços independentes, onde possam ser lidos ideólogos de diferentes tendências, como ocorre aqui na “Tribuna da Internet”, que transcreve simultaneamente Leonardo Boff e Percival Pugina, Merval Pereira e Mauro Santayana – e todos eles são verdadeiras sumidades, cada um com sua ideologia, pois não se pode deixar de reconhecer que todos eles merecem respeito, até porque perseguem o mesmo objetivo, o bem comum, embora cada um trafegue seu próprio caminho.
IMPRENSA LIVRE – A grande lição disso tudo é que o jornalismo precisa ser livre e contraditório, admitindo ideias e propostas antagônicas, para que a opinião pública possa fazer opções e se posicionar acerca dos grandes temas nacionais e internacionais.
Na “Tribuna da Internet”, estamos dando uma pequena contribuição para que ocorra esse grande debate, que interessa a todos nós. Justamente por isso, ficamos entristecidos com a campanha que se faz contra a Lava Jato na mídia e na internet, porque sabemos que é movida exclusivamente por dinheiro, não existe embate ideológico.
###
P.S. – Aqui na “Tribuna da Internet” a gente não tem sossego. O blog vive infiltrado de comentaristas que são pagos para defender A ou B, eles não se mancam, são estranhos no ninho, agem de uma maneira idiota e reveladora, não sabem usufruir da liberdade de expressão, chega a ser constrangedor. São supostos comentaristas que não têm a menor ideia do significado da palavra democracia. (C.N.)
P.S. – Aqui na “Tribuna da Internet” a gente não tem sossego. O blog vive infiltrado de comentaristas que são pagos para defender A ou B, eles não se mancam, são estranhos no ninho, agem de uma maneira idiota e reveladora, não sabem usufruir da liberdade de expressão, chega a ser constrangedor. São supostos comentaristas que não têm a menor ideia do significado da palavra democracia. (C.N.)
08 de setembro de 2017
Carlos Newton
Nenhum comentário:
Postar um comentário