"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 28 de maio de 2017

MINISTRA DA AGU CAI EM DESGRAÇA E AGORA LUTA PARA NÃO SER DERRUBADA DO CARGO

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Grace foi apelidada de ‘esquecidinha da AGU’

A ministra Grace Mendonça, da Advocacia-Geral da União, começa a enfrentar um levante dentro da instituição que comanda. Até agora, ela está se fingindo de morta no inquérito envolvendo o presidente Michel Temer e sua omissão está deixando mal a AGU. Seu vice Paulo Gustavo Medeiros Carvalho já está articulando para substituí-la, independentemente da saída ou não de Temer, porque a equipe do PMDB no Planalto acredita que a cassação ou renúncia do presidente não afetará o status quo, vejam a que ponto chega a prepotência dessa gente.

O vice Paulo Gustavo Carvalho, que é da cota do ex-deputado Eduardo Cunha, opera em dupla com Gustavo Rocha, chefe da Assessoria Jurídica da Casa Civil, que também foi nomeado por Cunha, com apoio de todos os caciques do PMDB, porque era advogado do partido. Paulo Gustavo Carvalho é o “PG” que Gustavo Rocha mencionou no caso Geddel, na conversa gravada pelo então ministro da Cultura Marcelo Calero, quando afirmou que havia se entendido com uma pessoa na AGU para refazer o parecer e liberar a construção do prédio na área histórica de Salvador.

ESQUECIDINHA – Conhecida como a “esquecidinha da AGU” por causa da dificuldade de achar um HD externo para copiar os processos de políticos corruptos, entre eles o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e depois por ter esquecido que era filiado ao PSDB, a ministra Grace Mendonça está sentindo a pressão e vem fazendo qualquer coisa para permanecer no cargo. O chefe da Casa Civil Eliseu Padilha, responsável pela nomeação dela, está decepcionado e agora comanda a manobra para derrubá-la.

Grace Mendonça teve a ousadia de dar um “bypass” no ministro Henrique Meirelles no Congresso, para exigir dos deputados que não houvesse perdão dos honorários advocatícios na malfadada Medida Provisória do Programa de Regularização Tributária, esquecida de que há coisas bem mais graves no projeto, como a remissão dos próprios débitos e o pagamento de dívidas com imóveis pelo valor da penhora, o que é imoral.

Ou seja, Grace Mendonça quis jogar para a plateia e garantir os honorários dos Advogados e Procuradores, como forma de se sustentar no cargo, e o interesse público foi para as calendas. Por sorte, o Ministério da Fazenda conseguiu barrar este acordo abjeto.

DECADÊNCIA DA AGU – Grace Mendonça é exemplo de desempenho negativo na Administração Pública, pois se comporta como se fosse técnica e competente, mas é política e carreirista. Demonstra não estar nem um pouco preocupada com o interesse público e sim com sua própria trajetória e posição pessoal. O pior é que o vice Paulo Gustavo Carvalho, o “PG” de Geddel, é igual a ela.

Espera-se que a eventual queda de Temer não mantenha a atual cúpula da AGU, mas isso pode até acontecer, no Planalto tudo é possível. O mais curioso é que Temer já avisou que, se continuar no poder, Grace Mendonça não fica de jeito nenhum. Na crise, ela está qualificada nos bastidores como covarde e traidora. Sumiu do Planalto e articula pelas costas de Temer para manter-se no cargo numa troca de governo. Seu foco é o atendimento aos interesses corporativos dos procuradores federais, mas este trunfo nada representa no baralho do Planalto.


28 de maio de 2017
Carlos Newton

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