"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

MAIS PIADA DO ANO: JOBIM TAMBÉM DIZ QUE NÃO SERÁ CANDIDATO A SUCEDER TEMER


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Jobim está negociando a sucessão com o PT
O ex-ministro Nelson Jobim recorreu ao clichê “mulher e emprego” para dizer que não é candidato a uma eventual sucessão presidencial. Citado como uma hipótese política viável em caso de renúncia ou destituição de Michel Temer, Jobim (filiado ao mesmo PMDB de Temer) almoçou nesta quinta-feira em São Paulo com cerca de cinquenta integrantes do mercado financeiro, num evento promovido pelo BTG Pactual, banco do qual é sócio. Ele não conseguiu se esquivar das perguntas da interessada plateia: Teria ele disposição para entrar na corrida eleitoral?
Descontraído, com uma nesga de sorriso nos lábios, Jobim citou as duas razões do impedimento. A primeira delas seria o banco. Nesse momento, ele mexeu a cabeça procurando a cumplicidade do economista-chefe do BTG Pactual, Eduardo Loyo, de quem estava próximo. Loyo brincou dizendo que o “liberava”. A segunda, que nenhum comensal levou a sério, seria a suposta resistência de sua mulher Adrienne de Senna, ex-presidente do Conselho de Controle das Atividades Financeiras, o Coaf. Segundo ele, a patroa não gosta nem de ouvir falar da hipótese.
RESISTÊNCIA – Apesar de sonhar com a presidência da República há tempos — o ex-ministro já foi cotado para candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff em 2010 –, o BTG parece um obstáculo às suas pretensões. Jobim enfrenta nas coxias a resistência de André Esteves, fundador e controlador do banco, que já se manifestou contrário à entrada do sócio na disputa. A opção Jobim, ele sabe, arrastaria novamente seu nome e o do banco para o centro da Lava Jato — tudo o que ele não quer nesse momento. André Esteves amargou 24 dias na penitenciária de Bangu, no Rio, em 2015, e ainda enfrenta processos na Justiça. Com Jobim no páreo, alguns planos de Esteves poderiam dar n’água. Há rumores de que o banqueiro estaria concluindo sua delação premiada, o que ele nega.
O BTG não é o único passivo de Jobim junto à força tarefa de Sérgio Moro. No início da Lava Jato, Jobim elaborou pareceres orientando a defesa de empreiteiras e chegou a depor como testemunha a favor do ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Azevedo, muito antes de o empresário – hoje delator – cogitar colaborar com a Justiça.
BOLSA DE APOSTAS – A saída Jobim tomou corpo depois da divulgação dos grampos da JBS, que complicaram a vida de Temer – alvo de inquérito por corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa. Nas bolsas de apostas dos corredores da política, o mais provável é que Temer renuncie ou seja cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral, no processo que analisa irregularidades na chapa Dilma-Temer na eleição de 2014.
Não à toa, PSDB e DEM, aliados do atual presidente, já buscam nomes de consenso – além de Jobim, estão cotados o presidente interino do PSDB, o senador Tasso Jereissati; o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do Democratas do Rio; a presidente do STF, Cármen Lúcia; e até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
A sucessão de Temer se daria por meio de eleição indireta. Na hipótese de o cargo de presidente ficar vago depois de dois anos de mandato, diz a Constituição que devem votar na eleição apenas deputados e senadores. Jobim, que foi ministro de Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff, e comandou o STF, é apontado como um dos favoritos pelo bom trânsito entre diferentes correntes políticas.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – As Piadas do Ano se multiplicam. Depois de FHC dizer que não tenciona ser sucessor de Temer, embora esteja em plena campanha, dando entrevistas diárias, agora é Nélson Jobim que repete essa conversa fiada em almoço com os banqueiros, aos quais ajudou fraudando a Constituinte em 1987. Trinta anos depois, Jobim se reúne com eles e alega que não será candidato porque a mulher não quer, fazendo os amigos caírem na gargalhada. Realmente, foi uma piada e tanto, porque Jobim é candidatíssimo. Finge que está apoiando FHC, que lhe pediu que fizesse negociações de um acordo entre PSDB e PT, mas na verdade está defendendo a própria candidatura. Como se sabe, FHC e Jobim são dois farsantes, ninguém pode acreditar neles.(C.N.)

26 de maio de 2017
Julia Duailibi e Malu Gaspar
Site da Piauí

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