"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 9 de março de 2017

AO ASSUMIR, CABRAL PEDIU PROPINAS ANTECIPADAS PARA DESCONTAR EM OBRAS FUTURAS



Resultado de imagem para cabral charges
Charge do Mariano, reproduzida da Charge Online


Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, na tarde desta terça-feira, o ex-presidente da Andrade Gutierrez, Rogério Nora confirmou que pagou propina de R$ 2, 7 milhões ao ex-governador Sérgio Cabral. Nora foi ouvido como testemunha de acusação na ação em que Cabral e sua mulher, Adriana Ancelmo, e outras três pessoas, respondem por corrupção e lavagem de dinheiro na justiça federal de Curitiba.
Conforme já havia relatado em delação premiada, Nora disse que como contrapartida ao pagamento de propina a Andrade Gutierrez foi agraciada com contratos de obras do estado do Rio como a do PAC da Rocinha e do Morro do Alemão, o arco metropolitano e a obra do Maracanã. Ele afirmou que antes das obras começarem pagou uma mesada ao ex-governador. Segundo Nora, os acertos para definição dos percentuais das propinas foi feito em reuniões com Cabral e seu ex-secretário de governo, Wilson Carlos, em reuniões no Palácio Guanabara, em Laranjeiras.
“São dois momentos diferentes: ao assumir, Cabral pediu um adiantamento de R$ 350 mil para ser abatido em obras futuras. Isso é um fato. Outro fato é que havia um acordo com Paulo Roberto Costa para que fosse paga propina de 1% a Cabral pelo contrato de terraplanagem do Comperj” – disse Nora.
MODUS OPERANDI – O ex-presidente da empreiteira também afirmou que o responsável por “operacionalizar” e distribuir a propina era o economista Alberto Quintaes, então diretor da Andrade Gutierrez. Nora também relatou o modus operandi da distribuição de propinas na Petrobras, que eram repassadas a partidos como PP, PT e PMDB.
— Havia definição de pagamento de propina de 2% para área de Engenharia e 1% pra Abastecimento e Refino. Os pagamentos eram ilícitos. Isso foi definido numa reunião no Palácio Guanabara, com Cabral e Wilson Carlos e Quintaes. Na ocasião foi dito que Wilson Carlos coordenaria a divisão das obras e como seria feito pagamento – disse Nora — disse o ex-presidente.

09 de março de 2017
Gustavo SchmittO Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário