"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

VOOS PRIVADOS PARA A CASA DE VERÃO CUSTARIAM R$ 20 MILHÕES À FAMÍLIA CABRAL

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O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) teria um gasto aproximado de R$ 20 milhões caso realizasse voos privados no mesmo ritmo com que utilizou os helicópteros do Estado para ir a Mangaratiba, onde tem uma casa de veraneio, entre 2007 e 2014. O cálculo considera o que o próprio ex-governador pagou em janeiro e fevereiro de 2015 em voos privados pagos, de acordo com o Ministério Público Federal, com dinheiro de propina.
A Folha revelou nesta quarta-feira (dia 22) que helicópteros do Estado realizaram 1.481 voos para Mangaratiba. Responsável por alugar aeronaves para Cabral, o empresário Pierre Cantelmo Areas apontou em planilha entregue à Procuradoria que cada “perna” do voo Rio-Mangaratiba custava R$ 13.500 ao peemedebista.
De acordo com ele, os serviços eram pagos em dinheiro vivo ou depósito bancário. O dinheiro vinha do “caixa” mantido pelos doleiros Renato e Marcelo Chebar, que firmaram delação premiada e contaram que geriam parte da propina arrecadada.
IR E VIR – A lista de pousos e decolagens feitos na gestão Cabral produzida pela Subsecretaria Militar não apresenta nomes dos tripulantes. Cabral admitiu que, em muitos casos, aeronaves oficiais eram usadas para transportar familiares sem a sua companhia.
A lista, contudo, mostra a mobilização de várias aeronaves num mesmo dia realizando o mesmo trajeto.
O ex-governador é alvo de uma ação popular que aponta possível uso abusivo das aeronaves do governo para fins particulares. Em depoimento à Justiça estadual, o peemedebista afirmou que utilizava as aeronaves por orientação da Subsecretaria Militar, que apontava possíveis ameaças ao ex-governador e sua família.
“JUSTIFICATIVAS” – O subsecretário-adjunto de Operações Aéreas, Marcos Oliveira César, disse que cada viagem de Cabral a Mangaratiba custava, em média, R$ 3.500. Era o gasto com deslocamento de viaturas e homens para o local.
Ele afirmou que fazer o trajeto de helicóptero era mais econômico do que uma escolta terrestre até Mangaratiba, que fica a 105 km do Rio. Essa missão custaria, em média, R$ 6.000, por demandar mais homens e viaturas para a escolta do então governador.
A lista mostra ainda que os helicópteros oficiais foram usados 1.020 vezes para o trajeto da Lagoa até o Palácio Guanabara, de 2007 a 2014.
VÔOS CURTOS – Cabral costumava deixar sua casa no Leblon, ia de carro até a base do Estado na Lagoa e voava até a sede do governo. A outra opção seria deslocar-se por dez quilômetros nas ruas do Rio. César afirmou que, em muitos casos, optava-se pelos helicópteros em razão do trânsito.
O relatório do governo mostra também que os helicópteros do Estado, em 17 oportunidades, fizeram “escala” em Piraí antes ou depois de seguir para Mangaratiba. A cidade do interior é onde vivem familiares do atual governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB).
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É comovente a fidelidade do subsecretário-adjunto de Operações Aéreas, Marcos Oliveira César, na tentativa de justificar os abusos de Cabral, que costuma usar helicópteros para percorrer apenas 10 quilômetros, sempre que comparecia ao Palácio Guanabara . As alegação do auxiliar de Cabral são uma espécie de uma Piada do Ano, em versão aérea turbinada. (C.N.)
23 de fevereiro de 2017
NogueiraFolha

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