"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

DILMA SERIA UM SUCESSO NO SENADO, MAS NÃO TEM CONDIÇÕES PARA SER ELEITA


Eu gostaria de assistir os embates de Dilma no Senado com os senadores que a derrubaram, porque na Câmara ela teria pouco espaço e certamente ficaria naquele grupo denominado de baixo clero. No entanto, trata-se de um sonho de noite de verão, pois a madame não têm votos para se eleger nem vereadora de Porto Alegre. Dilma não tem carisma para obter votos do povo. A ex-presidente foi uma invenção de Lula, que a colocou no trono do Planalto/Alvorada para esquentar a cadeira presidencial por longos quatro anos até sua volta triunfal. Mas ela queria mais quatro e deu no que deu: foi empichada.

Lula, um intuitivo, mais do que qualquer outra coisa, montou uma estratégia para insuflar Dilma diante do povão e conseguir elegê-la. Levava a ministra para seus périplos nos Estados e discursava nos palanques com longos elogios à mãe do PAC e loas à sua famigerada e nunca provada eficiência como gestora pública.

REALIDADE E FICÇÃO – Entretanto, os fatos reais superaram a ficção e o planejamento do dono do PT. Ruiu toda a armadilha para perpetuação do PT no poder por mais de 20 anos ininterruptos, sem que Lula pudesse fazer nada. A criatura, no caso Dilma, se desgarrou de seu mentor, o ex-metalúrgico Lula, e resolveu governar sozinha, principalmente a partir do segundo mandato, de 2014 em diante.

A falta de trato e traquejo político foi característica marcante da personalidade de Dilma, que não tinha paciência para ouvir os clamores da classe política, geralmente em busca de verbas, cargos e liberação das obras nos seus currais eleitorais.


É lógico que a conjuntura econômica desfavorável se tornou avassaladora com o fechamento de indústrias, queda do faturamento das empresas, demissões em massa, com a redução do preço das commodities, notadamente o petróleo, cujos preços bateram no limite de 35 dólares o barril, reduzindo os investimentos externos da maior empresa brasileira, a Petrobrás, a maior alavanca da empregabilidade do país. A Refinaria Abreu e Lima de Pernambuco parou e o complexo do Comperj no Rio de Janeiro, idem, entre outros investimentos.

TROCA DA GUARDA – O sistema de poder empresarial, que sustentava o PT e LULA, tirou a escada sustentadora do “projeto” iniciado em 2002, a procura de um porto mais seguro para seus negócios, e o PMDB estava ali, à espera da grande oportunidade.

Enfim, fica a lição, de que nada pode ser previsto na saga maravilhosa da atividade humana. O futuro é o imponderável causando magníficas surpresas. Restou provado, que Lula cometeu muitos erros, aliás, como todo caudilho que se preze. Agora, “alea jacta est”, caciques do PMDB.



19 de fevereiro de 2017
Roberto Nascimento

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