"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

MOVIMENTOS SOCIAIS COMANDAM RADICALIZAÇÃO A PARTIR DE SÃO PAULO


A Frente Povo Sem Medo, liderada pelo MTST, parou a Radial Leste. Movimento organiza atos em 8 estados e no Distrito Federal 
Aliados do PT estão organizando protestos em oito Estados
A Frente Povo Sem Medo, composta por dezenas de movimentos sociais e sindicais contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, entre eles o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), realizou na manhã desta quinta-feira, 28, uma série de bloqueios em avenidas e rodovias de oito estados e do Distrito Federal. O objetivo da frente é “parar o Brasil” em protesto contra o afastamento da presidente.
A maioria das manifestações acontece na cidade de São Paulo. Na Marginal do Tietê, um grupo de manifestantes interditou a pista local no sentido Ayrton Senna, próximo ao Sambódromo. O trânsito ficou muito congestionado durante a manhã. Eles bloqueam todas as faixas ateando fogo em pneus e pedaços de madeira. De acordo com a Polícia Militar, o protesto foi pacífico e terminou sem incidentes.
O MTST também interditou totalmente a avenida Giovanni Gronchi, no Morumbi, o sentido centro da Ponte do Socorro, em Santo Amaro, a Rodovia Anchieta, no quilômetro 23, sentido capital, e a Radial Leste, perto do metrô Corinthians-Itaquera. Na Régis Bittencourt, o trânsito era grande dos dois lados, pois um grupo ateou fogo em pneus perto de Taboão da Serra. Na Rodovia Raposo Tavares, houve também um protesto, que foi encerrado no início da manhã.
Em Sumaré, no interior de São Paulo, o objetivo é “sitiar” a cidade fechando todos pontos de acesso ao município. Além disso a frente prepara bloqueios em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás.
ENCONTRO COM DILMA
As manifestações cujo mote é “Contra o Golpe e Pela Democracia” acontecem três dias depois de Dilma receber no Palácio do Planalto representantes do MTST, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Central Única dos Trabalhadores.
No encontro, Dilma ouviu pedidos para que aproveitasse os últimos dias antes da votação do processo no Senado para fazer acenos em direção à base que a reelegeu. Um dos pedidos é a nomeação de integrantes dos movimentos para preencher vagas deixadas por partidos que abandonaram o governo para apoiar o impeachment e entregaram seus cargos no governo.
Segundo relatos, os representantes dos movimentos sugeriram que Dilma tomasse uma série de ações que teriam como objetivo garantir a unidade das entidades na reta final da resistência ao impeachment e na oposição a um eventual governo Michel Temer. Entre elas reajustar o valor do Bolsa Família, retirar projetos enviados ao Congresso que afetam direitos dos trabalhadores, anunciar uma série de desapropriações agrárias e retomar as contratações de empreendimentos do Minha Casa Minha Vida.
Segundo participantes da reunião, Dilma ouviu com atenção e ficou de avaliar os pleitos.
PEDIRAM NOMEAÇÕES
Além disso os movimentos pediram a nomeação de integrantes de grupos que se empenharam no combate ao “golpe” para os cargos vagos na Esplanada dos Ministérios. O pedido havia sido feito, por meio de resolução política e nota, pelo diretório nacional do PT e pela Frente Brasil Popular, na semana passada.
Pelo Facebook,  o MTST confirmou nesta quinta que há 14 bloqueios organizados só em São Paulo. “O objetivo da mobilização é denunciar o golpe em curso no país e defender os direitos sociais, que entendemos estarem ameaçados pela Agenda de retrocessos apresentada por Michel Temer caso assuma a presidência. Não aceitaremos golpe. Nem nenhum direito a menos”, diz o texto divulgado pelo MTST.
28 de abril de 2016
Ricardo GalhardoEstadão

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