"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

CRIADOR DE DILMA BOLADA ROMPE COM A PRESIDENTE NAS REDES SOCIAIS

PAGOU COM TRAIÇÃO
MONTEIRO AFIRMOU QUE PRESIDENTE "TROCOU GOVERNO POR CARGO'

PUBLICOU CLIPE DA MÚSICA 'VOU FESTEJAR' COM A FRASE LEMA DO MEU SEGUNDO MANDATO

Criador do perfil Dilma Bolada, o publicitário Jeferson Monteiro fez um duro ataque à presidente Dilma Rousseff em sua conta pessoal no Facebook nesta quarta-feira, 30. Na mensagem, ele critica o fato de Dilma ter oferecido mais espaço ao PMDB no governo e cita o famoso trecho de um samba da cantora Beth Carvalho que diz: "Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão".

"Dilma não precisa do meu apoio no governo dela, nem o meu e nem do apoio de ninguém que votou nela. Afinal, para ela só importa o apoio do PMDB e de parte do empresariado para que ela se mantenha lá onde está. Trocou o governo pelo cargo. Não é o governo que eu e mais de 54 milhões de brasileiros elegemos", escreveu.





Antes de fazer a referência à música, ele afirmou que a "vida é feita de escolhas" e que agora só restava torcer para que "saia algo bom para o Brasil" das escolhas feitas por Dilma.

No perfil da personagem fictícia Dilma Bolada no Facebook, Monteiro publicou um clipe da música de Beth Carvalho e a frase: "Lema do meu segundo mandato". No Twitter, ele também republicou vários comentários de seguidores com críticas à presidente. Um deles dizia que o rompimento da Dilma fictícia com o governo estava repercutindo mais que o do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Aos seguidores incrédulos, que estão acostumando com Monteiro elogiando e defendendo a presidente nas redes sociais, ele reafirmou em outra postagem tudo o que havia dito. "Pessoal, só esclarecendo. Ninguém invadiu minha conta eu não fui hackeado", disse.

No ano passado, o publicitário chegou a ser recebido por Dilma no Palácio da Alvorada após as eleições. Apesar de admitir que recebeu propostas para fechar um contrato durante a campanha, ele afirmou na época que não havia chegado a um acordo e que nunca havia recebido dinheiro nem do governo nem do PT para continuar declarando o seu apoio à presidente.(AE)



30 de setembro de 2015
diário do poder

PESQUISA CNI IBOPE REVELA QUE 82% DA POPULAÇÃO REJEITAM DILMA

IBOPE MOSTRA QUE REJEIÇÃO A DILMA É A MAIOR DE SEMPRE


DILMA ENFRENTA A MAIOR REJEIÇÃO A UM PRESIDENTE DA REPÚBLICA DESDE A REDEMOCRATIZAÇÃO, SEGUNDO O IBOPE.


Dilma Rousseff tem o apoio de apenas 10% dos eleitores brasileiros, conforme pesquisa do Ibope divulgada nesta quarta-feira (30). 
A avaliação negativa da presidente soma 82%, incluindo os que avaliam Ruim/péssimo (69%) e regular (21%). Apenas 1% dos entrevistados não sabem o que dizer.

Em julho, pesquisa do Ibope indicava apoio de 9% e rejeição, enquanto 68% dos brasileiros consideravam o governo ruim ou péssimo. 
A rejeição anterior ao governo Dilma (68%) era a maior já registrada pela série histórica das pesquisas Ibope desde a redemocratização.

A pesquisa divulgada nesta quarta pelo Ibope foi realizada entre os dias 18 e 21 de setembro e ouviu 2.002 pessoas em 140 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O levantamento foi contratado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

30 de setembro de 2015
diário do poder

O HUMOR DO SPONHOLZ...

by Roque Sponholz, desenhista paranaense
30 DE SETEMBRO DE 2015

MEXIDA NO TABULEIRO


Xadrez 1Nossa Constituição é clara. No artigo 84, logo depois de estipular que compete ao presidente da República nomear e exonerar ministros de Estado, deixa claro que o mandatário deverá«exercer, com o auxílio dos ministros de Estado, a direção superior da administração federal».
Portanto, embora o presidente da República tenha liberdade de escolher seus ministros, não tem autorização para governar sozinho. Escolhidos os auxiliares, a administração deverá ser exercida com o auxílio deles.
Reunião ministerial
Reunião ministerial
Isso posto, o mínimo que se espera do presidente é que mantenha frequentes reuniões de trabalho com os ministros. O mais prático é instituir rotina de encontros regulares. Na França, por exemplo, presidente e todos os ministros se reúnem pontualmente cada quarta-feira às 9h da manhã.
A cada reunião, como numa empresa, o presidente cobra de cada ministro a situação dos assuntos em andamento. É excelente ocasião que o presidente tem de reafirmar, diante de todos, sua autoridade. A ocasião é boa também para estimular competição entre ministros – ninguém gosta de ser repreendido na frente de todos os colegas. Para coroar, reuniões gerais servem para deixar todos a par das ações do governo, o que evita declarações desastradas à imprensa.
Xadrez 2É evidente que certos assuntos deverão ser tratados reservadamente. Em casos assim, reuniões restritas serão convocadas. Mas isso não impede que encontros de todos os auxiliares continuem a ser mantidos.
Sabe-se que nossa presidente nunca – eu disse nunca(!) – concedeu audiência a alguns de seus ministros. É assombroso. Dizem as más línguas que dona Dilma não conhece sequer o nome de todos os ocupantes das quase 40 pastas. Pode até ser verdade.
Vêm, então, perguntas inevitáveis. Quem dita a linha mestra da orientação de cada ministério? Cada ministro faz o que lhe dá na telha, sem consultar o presidente? Ou as decisões ficam nas mãos de integrantes de escalões inferiores? Se assim for, pra que serve o ministro?
Reuniao trabalho 1A mídia noticiou que o ministro da Saúde foi ontem demitido… por telefone. Não é o ministro do Combate à Saúva, minha gente, é o ministro da Saúde! A desculpa? «Preciso do seu cargo» – disse a presidente segundo os jornais.
Se faltasse uma prova de que as altas esferas de Brasília são meros balcões de negócios, já não falta mais. Ministros são como peças de um jogo de xadrez. Não se movem por vontade própria. São mexidos daqui pra ali e de lá pra acolá, conforme os humores da presidente. Como num tabuleiro, podem ser banidos a qualquer momento, independentemente de seu desempenho.
Está aí uma das explicações – entre muitas – da ineficácia das instituições nessepaiz.
30 de setembro de 2015
José Horta Manzano, in Brasil de longe

O HUMOR DO DUKE...

Charge O Tempo 25/09
30 DE SETEMBRO DE 2015

"TERÃO DE CONSTRUIR MAIS TRÊS CELAS PARA MIM, LULA E DILMA".

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Somente agora, quatro meses depois, fica justificável a ameaça do empresário Emílio Odebrecht, ao anunciar que iria destruir a República, quando o filho Marcelo foi preso na operação Lava Jato. Com a denúncia de O Globo, postada na internet nesta terça-feira 29, agora está comprovado que o então presidente Lula e sua sucessora Dilma Rousseff não somente faziam lobby para a maior empreiteira do país, a Odebretch, como até obedeciam as ordens do atual dirigente do grupo empresarial, Marcelo Odebrecht, que chegou a interferir junto ao governo para evitar a nomeação de um executivo ligado a uma concorrente, a Camargo Correa.
Assinada por Renato Onofre, Thiago Herdy e Cleide Carvalho, a impressionante reportagem mostra que o governo do Partido dos Trabalhadores na verdade sempre esteve a serviço dos grandes empresários, especialmente os dirigentes das empreiteiras e dos bancos comerciais, ficando evidente  a existência de uma relação promíscua, que envolvia os recursos do BNDES e não tinha nada a ver com os interesses nacionais.
As provas se acumulam, mostrando que os governantes do país realmente não têm o menor compromisso com a ética. A essa altura, chamar de “golpistas” aos que defendem o impeachment da presidente Dilma chega a ser uma atitude grotesca e até ridícula.
FAZER TRÊS CELAS
Diante dessa situação, torna-se obrigatório relembrar a ameaça feita pelo empresário Emílio Odebretch, quando seu filho Marcelos foi preso na Lava Jato. O ex-presidente do grupo Odebretch disse que iria destruir a República e sugeriu que mandassem construir mais três celas: “Para mim, Lula e Dilma”. Estava inacreditável bravata foi manchete dos jornais. Dizem que Emílio depois se acalmou, pensou melhor e até sugeriu ao filho que faça delação premiada. Mas Marcelo Odebretch reluta, porque na CPI da Petrobras declarou ter desprezo total aos delatores.  Pode ser que agora mude de ideia e ajude o país a realmente conhecer como tem sido governado.

30 de setembro de 2015
Carlos Newton

STF RECOMENDA QUE CONGRESSO REVEJA FINANCIAMENTO DE CAMPANHAS


O Diário Oficial, edição de 25 de setembro, publica a decisão do Supremo Tribunal Federal que declarou a inconstitucionalidade das doações de empresas a campanhas eleitorais, bem como a candidatos e partidos políticos. A matéria ocupa duas páginas Ao vetar doações de empresas, o STF recomenda ao Congresso que aprove, dentro de 24 meses, novo sistema para financiar campanhas
Além disso, recomenda ao Congresso Nacional que, dentro de 24 meses, fixe parâmetros em relação às doações por pessoas físicas no sentido de democratizar ao máximo possível os recursos utilizados pelos candidatos, neles incluindo o uso de recursos próprios. O objetivo é o de igualar as oportunidades.
Na hipótese de o Poder Legislativo não aprovar tal regulamentação, a tarefa passará a caber ao Tribunal Superior Eleitoral. Daí porque o acórdão determina o prazo básico de 18 meses. Isso para que o prazo dado ao TSE, diante da falta de iniciativa concreta, possa preenchê-lo em seis meses.
LEI NORMATIVA
A decisão traz consigo, como se vê, uma nova formulação, inclusive para efeito de concretização efetiva da lei normativa. No caso do Congresso, claro, o projeto de lei aprovado foi vetado pela presidente da República. Assim, no caso da tarefa, por omissão do Poder Legislativo, ser transferida ao TSE, sua homologação final, pela lógica dos fatos, deve ser referendada pela própria Corte Suprema.
O assunto é delicado, evidentemente. Mas havia necessidade, como o assalto à Petrobrás demonstrou, de se colocar obstáculos à prática de corrupção, que encontrava campo aberto através de doações eleitorais. O maior volume de doações não tinha finalidade eleitoral. Sei objetivo era o suborno direto e indireto dos capazes de influir para a obtenção de contratos e assinaturas de termos aditivos, os quais elevaram às alturas as faturas a serem resgatadas. Um festival de dinheiro. Dinheiro público, é claro.
CORRUPÇÃO
A própria lei 950, lei eleitoral, era violada. Entregas de doações, entre aspas, eram realizadas na base da moeda viva, embora a legislação estabelecesse que somente poderia ser feita através de cheques nominais cruzados ou depósitos bancários identificados. Sob a capa de apoios financeiros, a corrupção se concretizava.
Bilhões de reais foram subtraídos dessa forma do universo da Petrobrás. Delações premiadas destacando o tema não faltam. Aliás, sobram. Sobravam melhor dizendo, pois a partir das eleições de 2016 vão cair enormemente. Começa a temporada de cautela, já que a prática de suborno por esse caminho encontra-se sob observação da Justiça Eleitoral e do próprio Supremo, que não poderá pactuar com as normas que ele próprio determinou.
Empresas, corruptos e intermediários terão de buscar novos roteiros, mas sua descoberta vai demorar pelo menos até a sucessão presidencial de 2018, calendário em que se incluem os pleitos estaduais, além dos que abrangem tanto a Câmara quanto o Senado Federal. O freio fixado pelo STF vai funcionar positivamente. Claro que não poderá zerar, pois tal hipótese é uma utopia. Porém, uma queda de, digamos, 70% já representará uma vitória extraordinária para toda população brasileira.
TORNEIRAS
O Supremo Tribunal Federal fechou as principais torneiras do roubo neste país. E contra isso o Legislativo nada poderá fazer, apesar da tentativa do deputado Eduardo Cunha, voltada para aprovar emenda constitucional para doação de empresas. Sua aprovação, nesta altura dos acontecimentos é dificílima. Tão difícil quanto a aprovação da CPMF que o presidente da Câmara combate. Ambas dependem do apoio de 60% das duas Casas do Congresso Nacional.

30 de setembro de 2015
Pedro do Coutto

DILMA É ALVO DE PANELAÇO AO SAIR DE HOTEL DE LUXO NOS ESTADOS UNIDOS



30 de setembro de 2015
in blog do mario fortes

GOVERNO VAI CORTAR PROGRAMA FARMÁCIA POPULAR E TIRAR DINHEIRO DE UPAS E SAMU



A fonte secou e, em 2016, não haverá dinheiro suficiente para manter importantes serviços gratuitos de saúde no país: o programa Farmácia Popular e os procedimentos de alta e média complexidades. 
O Ministério da Saúde vai acabar, já no início de 2016, com o “Aqui tem Farmácia Popular” — uma parceria com grandes redes de drogarias, que oferece descontos de até 90% em remédios. Além disso, avisou que, no último trimestre do ano que vem, não terá mais dinheiro para fazer repasses a estados e municípios.


Na prática, a União terá verbas para repassar às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e ao Serviço Móvel de Urgência (Samu) somente até setembro. O corte de R$ 3,8 bilhões afetará ainda cirurgias eletivas, internações, hemodiálises — em centros médicos conveniados ao Serviço Único de Saúde (SUS), hospitais universitários e unidades da Santa Casa.


No caso do Farmácia Popular, apenas as 460 unidades próprias do governo, que distribuem remédios de graça, serão mantidas. Neste caso, o corte será de R$578 milhões. 
O programa foi criado em 2006 para a compra de remédios contra colesterol, Parkinson, diabetes, glaucoma e osteoporose, além de anticoncepcional.


O corte do governo federal se materializou na proposta de Orçamento enviada ao Congresso Nacional. Mas o Executivo aposta em emendas parlamentares para tentar recompor, em parte, o rombo na Saúde. 
A ideia pretende pressionar os parlamentares a aprovar a medida que destinaria ao setor recursos oriundos do DPVAT (reservados para pagar indenizações em casos de acidentes de trânsito).


Por enquanto, foram preservados os gastos com a compra de vacinas e medicamentos. Até 2015, o total destinado à Saúde era equivalente ao que foi desembolsado no ano anterior, mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB), isto é, R$ 103,7 bilhões. 
Agora, o governo terá de reservar 13,5% das receitas correntes líquidas, ou seja, R$ 100,2 bilhões. (Via Extra Online - Globo)

30 de setembro de 2015
in blog do mario fortes

OUTUBRO NEGRO


Neste vídeo explico o porque de meu pessimismo em relação ao mês de outubro de 2015. O inverno finalmente chegou! Chegou a hora de pagar a conta. 

Para assistir o vídeo clique aqui.

O VÍDEO DO BOLSONARO QUE A IMPRENSA ESCONDEU


30 de setembro de 2015
m.americo

MARIA DO ROSÁRIO E MAIS QUATRO VOTARAM CONTRA O NOVO ESTATUTO DA FAMÍLIA. 17 VOTARAM "SIM"


Esta é a família que a Constituição e o novo Estatuto da Família consagra como a legalmente respeitada no Brasil. 
Votaram contra a consagração do princípio da família, conforme preceito constitucional, ou seja de que família é exclusivamente aquela cujo vetor é homem e mulher, portanto pai e mãe, apenas 5 dos 22 deputados que integram a Comissão Especial sobre o Estatuto da Família.

Um dos que votaram contra a família tradicional foi a deputada gaúcha Maria do Rosário, PT.

O editor pediu a lista ontem a noite e hoje de manhã confirmou o nome de Maria do Rosário entre a minoria que se insurge contra a família tradicional. 
Foram 2 do PT, um do PSOL, um do PCdoB e um do PTN.

Não
Maria do Rosário, Bacelar, Erika Kokai, Glauber Braga, Jo Moraes,
Sim
Aureo, Anderson Ferreira, Carlos Andrade, Conceição Sampaio, Diego Garcia, Eduardo Bolsonaro, Elizeu Dionízio,Evandro Gussi, Flavinho, Giovania de Sá, Jefferson Campos, Marcelo Aguiar, Pastor Eurico, Pastor Marcos Feliciano, professor Victorio Galli, Silas Câmara, Sóstenes Cavalcante,
30 de setembro de 2015
in políbio braga

O DISCURSO DO GENERAL COMANDANTE DO EXÉRCITO

Nada ilustra melhor o estado de coisas numa sociedade do que a linguagem dos seus homens públicos. Aprendi isso com Karl Kraus e até hoje não vi esse critério falhar.
Num de seus últimos discursos, o comandante do Exército, general Eduardo Villas-Boas, afirmou que as Forças Armadas estão conscientes da atual “derrocada dos valores”, mas que sua missão é preservar acima de tudo a “estabilidade” e a “legalidade”. 
Ora, se o poder instituído é ele próprio o agente principal da derrubada dos valores – coisa que ninguém mais pode razoavelmente negar --, preservar sua estabilidade é garantir-lhe os meios de continuar a demolir esses valores tranqüilamente, imperturbavelmente, impunemente, sob a proteção de fuzis, tanques e navios de guerra pagos com o dinheiro do povo que ele espolia e engana. 
É a estabilidade da destruição.
Não creio que essa fosse a intenção subjetiva do general, mas é o sentido objetivo que suas palavras adquirem no contexto real. 
Lido nessa perspectiva, seu discurso é mais uma amostra do emocionalismo psitacídeo em que se transformou a fala brasileira nas últimas décadas, no qual as palavras valem pelas nuances emotivas associadas diretamente ao seu significado dicionarizado, independentemente dos fatos e coisas a que fingem aludir. 

Em termos de linguística, o significado usurpa o espaço do referente, que desaparece nas brumas da inexistência.
Quando à segunda expressão, “legalidade”, ela não tem nada a ver com a ordem legal substantiva, já destruída há tempos e que só subsiste na função de referente suprimido: ela visa apenas a marcar a diferença entre os militares de hoje e os de 1964, exigência indispensável do código “politicamente correto” contra o qual o general havia acabado de resmungar umas palavrinhas desprovidas de qualquer efeito objetivo até mesmo sobre o seu próprio discurso.
O general Villas-Boas não é nenhum imbecil e com certeza não é um homem desonesto. O que caracteriza o presente estado de coisas é precisamente que até os homens honestos e inteligentes começam a falar na linguagem dos cretinos e cretinizadores, pelo simples fato de que já não há outra disponível.
A finalidade dessa linguagem é construir aquilo que Robert Musil e, na esteira dele, Eric Voegelin, chamavam de “Segunda Realidade”, uma espécie de mundo paralelo feito inteiramente de significados dicionarizados e sem nenhum fato ou coisa dentro. 
Uma vez removida para a Segunda Realidade, a mente humana já não serve como instrumento de orientação na realidade genuína, mas conserva apenas duas funções essenciais: o engano e o auto-engano, que passam a vigorar como “ações políticas”, com resultados previsivelmente bem distintos das intenções alegadas.
Os dois milhões de manifestantes que foram às ruas protestar em março e setembro, com o apoio de noventa e três por cento da população, diziam e berravam da maneira mais clara os nomes dos inimigos contra os quais se voltavam: PT e Foro de São Paulo. Centenas de videos do youtube confirmam isso de maneira incontestável.
A Constituição Brasileira, Título I, Art. 1o., alínea V, parágrafo único, estabelece: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente.” 
Que significa esse “ou diretamente”? Significa que os representantes eleitos, ocupantes do Executivo e do Legislativo,  são um “poder instituído”, o qual, por definição, não se sobrepõe jamais ao “poder instituinte”, a massa popular que o criou e que conserva o direito de suprimi-lo a qualquer momento pela sua ação direta.
Como, dos sete por cento que ainda apoiavam o governo àquela altura, seis o consideravam nada mais que “regular”, o apoio substantivo de que ele desfrutava  era de apenas um por cento. 
Nunca um governo foi rejeitado de maneira tão geral e avassaladora. Com ele, eram rejeitados também os ajudantes diretos e indiretos que o mantinham no poder contra a vontade do povo: congressistas omissos, juízes cúmplices, mídia chapa-branca.
O povo, em suma, voltava-se frontalmente contra o “sistema” como um todo, sabendo-o aparelhado  a serviço do esquema comunolarápio e do Foro de São Paulo, a maior organização subversiva e criminosa que já existiu na América Latina, empenhada em colocar o roubo, o homicídio, o narcotráfico e a mentira em doses oceânicas a serviço da ambição de poder total, não só sobre o país, mas sobre o continente.
O termo “estabilidade” designa uma qualidade, não uma substância. Estabilidade é sempre de alguma coisa, isto é, de uma ordem ou sistema. 
Ora, nas passeatas de março e setembro havia claramente duas ordens ou sistemas em confronto. De um lado, a ordem normal e constitucional, em que a maioria absoluta da nação, manifestando sua vontade de maneira direta e inequívoca, exigia o fim das entidades criminosas, PT e Foro de São Paulo. 
Do outro lado, o sistema federal de exploração, manipulação, roubo e auto-engrandecimento insano. De qual dessas duas ordens o general desejaria “manter a estabilidade”?
Ele não esclareceu esse ponto, que é a substância mesma do assunto nominal do seu discurso. Preferiu o adjetivo sem substantivo, como aliás é de praxe no Brasil de hoje. 

Acredita piamente ter dito alguma coisa porque a sua linguagem, coincidindo com os usos gerais do dia, soa bem aos seus próprios ouvidos e aos de todos aqueles que não precisam da realidade, só de palavras.
Não creio ser demasiado pessimista ao prever que, enquanto os homens inteligentes e honestos continuarem falando na linguagem que os charlatães inventaram para seu exclusivo uso próprio, o Brasil continuará vivendo na Segunda Realidade, onde um governo criminoso apoiado por um por cento da população constitui a “ordem”, e sua manutenção no poder por juízes e congressistas comprados é a única forma de “estabilidade” possível.

30 de setembro de 2015
Olavo de Carvalho

ERA UMA VEZ UM PAÍS COM FLORESTAS...

“As convicções são cárceres. Mais inimigas da verdade do que as próprias mentiras.”
(Friedrich Nietzsche)



O brasileiro vive num país de histórias contadas, num país imaginário; num país cheio de leis que não funcionam; num país em que a justiça não funciona e os juízes nomeados estão a serviço de quem os nomeiam; num país que quem produz é escravo para pagar impostos, taxas de todas as naturezas; num país em que a liberdade é apenas discurso; num país onde as florestas não se prestam para o desenvolvimento, que não são nossas, que nasceram graças às chuvas, que aqui estão para ser o pulmão do mundo como quer o Papa; um país que tem uma das maiores populações cristãs que mata seus irmãos sem piedade; um país onde não há liberdade de expressão que obedece às conveniências políticas e mercantis; um país que se oferece para salvar o mundo, mas não tem competência para salvar a si mesmo; um país que constrói favelas e chama a isso de programa social; um país que não admite que se publiquem verdades; um país onde funciona uma mordaça sutil que anula a democracia; um país em que são os próprios brasileiros que estão evitando o desenvolvimento, mas que paradoxalmente admiram os países europeus, os asiáticos e os americanos desenvolvidos antes regiões selvagens povoadas por bárbaros e selvícolas em florestas nativas substituídas através do desenvolvimento por florestas plantadas.





Brasil é um país das contradições e de ranço estatista onde dificilmente se encontra alguém que cresceu economicamente sem ajuda de alavancas públicas e de jogadas. No Brasil quem rouba, mas faz é herói e inteligente, uma cultura que bem diz a qualidade moral do povo. 
O bandido, o contrabandista, o corrupto, o mau político e governante depois que enriquece e o tempo passa, torna-se homem de bem. Quem recebe boa educação no Brasil tem dificuldade de vencer num cenário vale-tudo, a não ser que se transforme num vale-tudo. Talvez seja por essa índole que o povo brasileiro tem dificuldade de afastar da política e do governo maus políticos e governantes. 
Tudo no final se resume a uma questão de caráter. Toda liberdade no Brasil é relativa. As verdades morais, religiosas, políticas, libertárias variam conforme a época, o lugar, o grupo social e os indivíduos. Por isso se torna difícil se escrever com liberdade. Liberdade? Não me venha falar mais dessa utopia!


Já que estamos falando de um país com florestas, talvez os americanos e europeus que agora se acham donos da Amazônia por consentimento do governo brasileiro, capazes de tudo para alcançar seus objetivos usem como justificativa, se necessário for à verdade científica mostrada por Evaristo Eduardo de Miranda, mestre e doutor em ecologia. 
Se ainda não pensaram em usar é porque não encontraram nenhuma resistência num Brasil vulnerável para impor seu método rapina de conquista territorial. Evaristo esclarece que a terra não é firme. 
Os continentes nunca estiveram, nem estão parados. Movimentam-se, numa escala geológica de tempo. Eles são como placas ou imensas jangadas flutuando num viscoso mar de lava. 
O fenômeno é conhecido como deriva continental e o mecanismo causal é chamado pelos geólogos de tectônica de placas. 
O bloco continental da América do Sul destacou-se e afastou-se totalmente da África e da América do Norte há aproximadamente 60 milhões de anos. Será que essa fixação dos europeus e americanos de se apropriarem da Amazônia está impregnada em suas células para se considerarem os verdadeiros donos da Amazônia? 
Invoco essa impossibilidade para chacoalhar os brasileiros tolos que não estão se importando o que acontece com a Amazônia posta a venda pelo atual governo. 
Os ricos estados amazônicos conservados criminosamente no subdesenvolvimento retrata fielmente a nossa incompetência e índole. Belém cercada de favelas pobres e municípios caindo aos pedaços é o atestado maior da incompetência dos paraenses. 
Estamos nos aproximando dos porcos que gostam de viver na lama.





Por enquanto esses piratas internacionais ainda não criaram barreiras sobre questões científicas, a não ser no que diz respeito à questão ambiental. No campo político e administrativo público as barreiras estão aí para todo mundo ver e sentir. 
Antes que proíbam a publicação de verdades científicas, vejamos o que nos ensina Evaristo Miranda. 
A Amazônia intacta, como imaginam alguns só pode ser considerada como tal antes da chegada de populações humanas. 
A partir da chegada dos humanos, cuja data os arqueólogos tendem a multiplicar em diversos eventos, origens e recuar no tempo, progressivamente o espaço natural da Amazônia passa a ser objeto de uso, controle, acesso, exploração, mudança, disputa, transferência e até transmissão entre grupos humanos cada vez numerosos e organizados, com diferentes histórias e patrimônios culturais. 
O espaço amazônico passou a ser uma natureza humanizada, um território social. 
Em meio a diversas flutuações climáticas, esses primeiros povoamentos humanos foram modelando as paisagens naturais da Amazônia, e com consequências para o ambiente. 
As forças geológicas também continuaram seu trabalho. Há apenas 11 mil anos, por exemplo, a Ilha de Marajó ainda fazia parte do continente e era atravessada pelo Rio Tocantins que desaguava no Amazonas. Uma falha sísmica criou o Rio Pará e levou o Tocantins a correr pelo caminho atual, em direção ao Nordeste, isolando e criando a ilha. Uma coisa é certa: a mais antiga e permanente presença humana no Brasil está na Amazônia. 
Há cerca de 400 gerações, e segundo autores controversos, há mais de 2.000, diversos grupos humanos ocupam, disputam, exploram e transformam os territórios amazônicos e seus recursos alimentares. É um paradoxo: a região aparentemente a mais preservada do Brasil é aquela onde o homem vive há mais tempo e de forma permanente.





Essa é a verdade sobre a Amazônia que os ambientalistas sabem e ocultam para completar a sua tarefa de domínio territorial. 
Com o título O Brasil acabou? Evaristo Miranda mostra uma verdade que atesta o crime ambiental que se pratica no Brasil pelo governo petista, Dilma e Lula. Um assunto que não consta na lista das irregularidades do governo. 
As terras indígenas, as unidades de conservação, os assentamentos e quilombolas são as travas que estão inviabilizando os projetos infraestruturais (hidrelétricas, linhão de energia, estradas e portos) e, consequentemente, o desenvolvimento da Amazônia. 
Num país campeão da preservação territorial se exige ainda que os agricultores assumam o ônus (desconhecido e fatal para a sobrevivência do núcleo produtivo) de preservar porções significativas no interior de seus imóveis rurais, como reserva legal ou áreas de preservação permanente, num crescendo que pode chegar até 80% da área da propriedade na Amazônia.


Era uma vez uma floresta explorada há milênios pelos humanos, rica, cheia de recursos naturais de valor incomensurável que os amazônidas e brasileiros foram proibidos de explorar. Infelizmente a verdadeira história está sendo impedida de ser contada para não sujar os nomes de falsos heróis e os autores da proibição. 
A história verdadeira compromete a imagem de grandes grupos econômicos e políticos. Essa floresta está dentro de um país que está contaminado com mentiras, truques, jeitinhos e negociatas, um país sujo moralmente. 
Um país que armou um bloqueio dos poderosos com apoio da justiça para que a verdade não seja conhecida, um país que tem um povo que trabalha com uma canga no pescoço e não quer se livrar dela, prefere lamber os pés de seus algozes, um país que não se pode criar nada rendoso que logo é tragado pelos coveiros do tesouro. Esse é um país que se não se pode viver e criar raízes.

30 de setembro de 2015
Armando Soares – economista

BOLSONARO ESCULACHA FALSOS DEFENSORES DE DIREITOS HUMANOS


30 de setembro de 2015
Libertatum

VOCÊ VAI PAGAR O PATO?






TROCA-TROCA

DILMA RETOMA IDÉIA DE TROCAR MERCADANTE POR WAGNER NA CASA CIVIL

Circularam informações na noite desta terça-feira (29) em Brasília dando conta de que o ministro Aloizio Mercadante retornará ao Ministério da Educação e será substituído na Casa Civil pelo atual ministro da Defesa, Jaques Wagner, um dos integrantes do primeiro escalão mais ligados à chefe do Executivo.

A troca de Mercadante por Wagner havia sido decida pela presidente Dilma após a forte pressão que ela recebeu do ex-presidente Lula para demitir o ainda ministro da Casa Civil, cuja atuação ele considera perniciosa ao governo. Essa solução foi revelada com exclusividade na edição de 11 de julho passado na coluna Cláudio Humberto, publicada no Diário do Poder e dezenas de jornais em 25 estados.

O ministro Aldo Rebelo deve ser deslocado da pasta de Ciência e Tecnologia para o Ministério da Defesa, setor onde ele mantém relações amistosas, apesar de sua filiação ao PCdoB, partido que promoveu a célebre guerrilha do Araguaia, o mais sério conflito armado enfrentado pela ditadura militar. Rebelo foi presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, período em que estebeleceu relações amistosas com os militares.


30 de setembro de 2015
diário do poder

GANÂNCIA POR CARGOS IMPEDEM CORTES DE GASTOS. O PARTIDO DO "MEU PIRÃO PRIMEIRO" NÃO ABRE MÃO DOS SEUS LOTES

ADORADORES DE CARGOS NO PMDB IMPEDEM CORTES DE GASTOS
PMDB NÃO ABRE MÃO DE MINISTÉRIOS QUE SERIAM EXTINTOS OU UNIDOS


EDUARDO CUNHA, MICHEL TEMER E RENAN CALHEIROS, DO PMDB. FOTO: LULA MARQUES/AG.PT


Percebendo a fragilidade do governo, os adoradores de cargos no PMDB atacaram como predadores a “reforma ministerial”, e praticamente inviabilizaram a pretendida redução de gastos, impedindo fusões de ministérios. Esses políticos obrigaram o vice Michel Temer a levar a presidente Dilma a “decisão partidária” de manter os ministros Eliseu Padilha (Aviação Civil), Henrique Alves (Turismo), Kátia Abreu (Agricultura), Eduardo Braga (Minas e Energia), Edinho Araújo (Portos).

Temer foi fortemente pressionado a levar a Dilma a “exigência” de manter Eliseu Padilha na Aviação Civil e Henrique Aves no Turismo.

Henrique Alves e Eliseu Padilha não largam Michel Temer há três dias, “acampados” no Palácio Jaburu do café da manhã até altas horas.

Temer comunicou a Dilma que o PMDB quer “incorporar” o ministério da Saúde e outro, Cultura ou Ciência e Tecnologia, à escolha dela.

O PMDB só abriu mão da Pesca, ministério de Helder Barbalho. Voltará a ser uma secretaria ou departamento do ministério da Agricultura.



30 de setembro de 2015
diário do poder

PEGADINHA...

PETROBRAS VOLTA A AUMENTAR COMBUSTÍVEIS NA CALADA DA NOITE
DESDE A MEIA-NOITE, GASOLINA ESTÁ 6% MAIS CARA, E O DIESEL 4%


A Petrobras voltou aos tempos de aumentos de combustíveis na calada da noite, pegadinha que durante décadas surpreendeu os brasileiros para evitar filas nos postos de combustíveis. 
Agora, nos preços para distribuidores, a gasolina está 6% mais cara e o diesel 4%.

O aumento não foi determinado no preço para o consumidor final, na bomba, mas esse repasse é inevitável e dependente exclusivamente no posto. 
Alguns, mais honestos, somente vão aumentar o valor para a clientela após esgotar os estoques atuais, adquiridos com o preço anterior, mas a maioria costuma se aproveitar dos estoques para aumentar o lucro, reajustando seus preços imediatamente.

O reajuste nos preços dos combusíveis foi determinado para vigorar desde a meia-noite desta quarta-feira e foi explicado objetivamene pela diretoria da Petrobras: é preciso melhorar o faturamento da estatal e compensar a recente alta do dólar.

30 de setembro de 2015
diário do poder

LOBISTA DIZ QUE NÃO SABIA QUE A CONTA DA PROPINA ERA DE CUNHA



Novo delator coloca Eduardo Cunha em má situação
O lobista João Augusto Rezende Henriques admitiu ter feito repasse de dinheiro para conta no exterior que tinha como beneficiário o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Henriques é apontado pelas investigações da Lava Jato como lobista do PMDB na diretoria Internacional da Petrobras.
Em depoimento à Polícia Federal na sexta-feira (26), Henriques disse que quando fez a transferência não sabia que a conta pertencia a Cunha, e só veio a obter tal informação após ser comunicado por autoridades da Suíça.
O conteúdo do depoimento foi divulgado pelo site do jornal “O Estado de S. Paulo” nesta segunda (28).
Segundo o advogado do lobista, José Cláudio Marques Barboza Júnior, Henriques tinha que fazer um pagamento de uma comissão para uma pessoa chamada Felipe Diniz, e este indicou que o valor deveria ser depositado em uma conta no exterior. Posteriormente, Henriques veio a saber que a conta tinha Cunha como beneficiário, segundo o advogado.
FILHO DE DEPUTADO
Felipe Diniz é filho do deputado federal Fernando Diniz (PMDB-MG), que morreu em 2009. Felipe teria direito a uma comissão por ter ajudado no negócio de aquisição pela Petrobras de um campo de exploração em Benin, na África.
O depoimento de Henriques já foi enviado pelo juiz Sergio Moro ao STF (Supremo Tribunal Federal), uma vez que Cunha possui direito a foro privilegiado por ser congressista.
A Procuradoria-Geral da Suíça informou nesta segunda que está investigando criminalmente João Henriques. O porta-voz do Ministério Público suíço disse à Folha que “procedimentos criminais” estão sendo adotados contra ele, assim como em relação ao também lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, outro nome vinculado ao PMDB na Lava Jato.
A ação contra os dois se soma às investigações já abertas contra o ex-gerente da Petrobras Eduardo Musa e o lobista Julio Camargo –ambos mencionam o nome do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em seus depoimentos. Segundo Camargo, Cunha teria recebido R$ 5 milhões de propina.
Questionado pela reportagem sobre a existência de investigação contra Cunha, a procuradoria da Suíça disse que não poderia comentar o assunto.
CUNHA NÃO COMENTA
O deputado Eduardo Cunha também se recusou a comentar qualquer assunto sobre a Operação Lava Jato.
“Lava Jato também é com meu advogado. Não vou falar”, afirmou em evento na Assembleia Legislativa do Rio nesta segunda.

30 de setembro de 2015
Deu na Folha

COMANDANTE DO EXÉRCITO DESCARTA INTERVENÇÃO MILITAR



País precisa de um líder que não seja messiânico, diz Villas Bôas


















O gaúcho Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, 63 anos, é o chefe de 217 mil militares. Comandante do Exército desde o último mês de fevereiro, ele enfrenta duas das missões mais difíceis de uma carreira iniciada em 1967: o corte orçamentário que atinge os projetos definidos como estratégicos pela Força e a ausência de reajustes da categoria. “Corremos o risco de retroceder 30, 40 anos na indústria de defesa”, disse Villas Bôas. Durante entrevista exclusiva, o general também lamentou a defasagem dos rendimentos da tropa, principalmente se comparados aos de outras carreiras.
Villas Bôas teme que todos os projetos estratégicos — que incluem defesa antiaérea e cibernética, proteção das fronteiras, renovação da frota de veículos — se percam por falta de dinheiro.
Ao longo de 90 minutos, no gabinete principal do Quartel-General do Exército, Villas Bôas falou pela primeira vez com um veículo de imprensa. Ele disse não haver chance de os militares retomarem o poder no Brasil, elogiou o ministro da Defesa, Jaques Wagner, e disse que o país precisa de uma liderança efetiva no futuro. “Alguém com um discurso que não tenha um caráter messiânico — e é até um perigo nessas circunstâncias. Alguém que as pessoas identifiquem como uma referência.”
É uma crise claramente econômica. Mas há uma crise política. Há risco de instabilidade? Há preocupação do Exército nesse sentido?
Há uma atenção do Exército. Eu me pergunto: o que o Exército vai fazer? O Exército vai cumprir o que a Constituição estabelece. Não cabe a nós sermos protagonistas neste processo. Hoje o Brasil tem instituições muito bem estruturadas, sólidas, funcionando perfeitamente, cumprindo suas tarefas, que dispensam a sociedade de ser tutelada. Não cabem atalhos no caminho.
O que acha dos manifestantes que defendem intervenção militar?
É curioso ver essas manifestações. Em São Paulo, em frente ao Quartel-General, tem um pessoal acampado permanentemente. Eles pedem “intervenção militar constitucional” (risos). Queria entender como se faz. Interpreto da seguinte forma: pela natureza da instituição, da profissão, pela perseguição de valores, tradições etc. A gente encarna uma referência de valores da qual a sociedade está carente. Não tenho dúvida. A sociedade esgarçou seus valores, essa coisa se perdeu. 
Essa é a principal motivação de quererem a volta dos militares. Mas nós estamos preocupados em definirmos para nós a manutenção da estabilidade, mantendo equidistância de todos os atores. Somos uma instituição de Estado. Não podemos nos permitir um descuido e provocar alguma instabilidade. 

A segunda questão é a legalidade. Uma instituição de Estado tem de atuar absolutamente respaldada pelas normas em todos os níveis. Até para não termos problemas com meu pessoal subordinado. Vai cumprir uma tarefa na rua, tem um enfrentamento, fere, mata alguém, enfim… não está respaldado. E aí, daqui a pouco, tem alguém meu submetido na Justiça a júri popular. Terceiro fator: legitimidade. 

Não podemos perder legitimidade. O Exército tem legitimidade por quê? Porque contribui para a estabilidade, porque só atua na legalidade. Pelos índices de confiabilidade que a sociedade nos atribui, as pesquisas mostram repetidamente, colocam as Forças Armadas em primeiro lugar. E, por fim, essa legitimidade vem também da coesão do Exército. Um bloco monolítico, sem risco de sofrer qualquer fratura vertical. Por isso as questões de disciplina, de hierarquia, de controle são tão importantes para nós. O Exército está disciplinado, está coeso, está cumprindo bem o seu papel.

30 de setembro de 2015
Ana Dubeux, Carlos Alexandre, Leonardo Cavalcanti e Nívea Ribeiro
Correio Braziliense