"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

MANIFESTANTES DE ONTEM PODEM NÃO SER OS MESMOS DE AMANHÃ


É razoável deduzir que os manifestantes de ontem (16/8) não sejam os mesmos que foram às ruas nas duas manifestações anteriores (15/3 e 12/4), todas contra o governo Dilma. Aqueles fizeram a sua parte e disseram o que precisavam dizer e desabafar. É plausível admitir que não retornariam ontem mais uma vez às ruas. Agora, apareceu gente nova. Cabe aqui empregar aquela máxima: “uma é pouco, duas é bom, três é demais”. Ontem, chegou o momento daqueles que não participaram das duas primeiras manifestações, que apesar de ter sido em menor número, foi mais contundente e veemente contra a corrupção, contra Dilma e contra Lula.
Mas há um dado curioso e enigmático, que foge da coincidência e que por isso precisa ser levado em conta: levantamento publicado na edição de hoje do Globo, aponta, em números tidos por exatos, que em 15/3 foram às ruas 2,4 milhões manifestantes; em 12/4 ,701 mil e ontem, 16/8, 879 mil. Somando as multidões nas três manifestações encontraremos o total de 3.980 milhões de pessoas. O cálculo é aritmético:
2.400.00 + 701.000 + 879.000 = 3.980.000
Agora vejamos a votação que tiveram Dilma e Aécio no 2º turno das eleições de 2014. Segundo o TSE, Dilma foi eleita com 54.501.118 votos e Aécio obteve 51.041.155 votos. O cálculo igualmente é aritmético para mostrar que a diferença foi de 3.459.963 votos:
54.501.118 – 51.041.155 = 3.459.963 votos.
O TOTAL DOS VOTOS
Como se vê, é muito mais do que simples coincidência que a soma de 3 milhões de pessoas que compareceram nas três manifestações de rua contra o governo Dilma seja, praticamente, a mesma diferença dos 3 milhões de votos que reelegeu Dilma presidente e que agora nela não votariam mais.Significa dizer que hoje Dilma não seria eleita. Sim, é uma hipótese, uma tese, a de que os manifestantes presentes nas ruas ontem sejam os eleitores que foram às urnas no 2º turno de 2014 e votaram em Dilma e que passaram a estar descontentes com o seu governo. Estamos diante de um quadro, talvez despercebido pelos cientistas políticos e sociólogos, que merece exame, estudo e reflexão. Coincidência mesmo é que não parece ser.
Este raciocínio e amostragem pertencem à Tribuna da Internet, mas é certo que seu editor e o próprio articulista que o expõe não se opõem, minimamente, que seja divulgado e explicado por outros órgãos e meios de comunicação. De início, com a palavra nossos comentaristas…
Para simplificar: numa eleição para síndico, 11 condôminos votam e 2 são os candidatos. O síndico é eleito com 7 votos e o outro fica com 4. O síndico assume, administra muito mal e dos 11 condôminos, agora 7 são contra o síndico, . Diante deste quadro o síndico não seria mais eleito.

17 de agosto de 2015
Jorge Béja

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