"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

            Dilma: jogue Xadrez ou acabará no xadrez

Dilma Rousseff, que ontem comemorou suas 67 primaveras com a família em Porto Alegre e voltou de tarde ao estresse de Brasília, precisa tomar decisões urgentes para assumir o segundo mandato sem o alto risco de ser derrubada. Para se tornar Presidente de verdade (e não presidenta ou presidanta) terá de resolver o dilema: ou comprova competência para governar conforme sua própria vontade ou admite que é incompetente por sua ignorância acerca de tanta corrupção próxima dela.

Dilma decretará a própria morte política, se não proclamar sua independência em relação ao criador Lula e ao PT. Dilma será diplomada para seu segundo mandato no próximo dia 18 pelo Tribunal Superior Eleitoral. Dali em diante, passado o Natal, terá de divulgar logo a escalação do novo-velho ministério. É vergonhosa a situação de indefinição sobre quem vai ser ou não indiciado pela Lava Jato. Ou Dilma passa a enxergar o jogo vários lances adiante, como em um jogo de Xadrez, ou corre risco de terminar, conivente com a corrupção que a cerca, candidata ao xadrez...

Na situação atual, Dilma está com a governabilidade em frangalhos. Até agora, apesar dos arroubos de velha guerrilheira, se comporta como refém do regime petista. A cúpula do PT faz questão de tratá-la falsamente. Para o público externo, Dilma é maravilhosa. Nos intestinos partidários, Dilma é alguém a ser expelida na hora que for conveniente. A nazocomunopetralhada faz a contagem regressiva para o milagroso retorno triunfal de Lula da Silva no distantíssimo 2018... Neste cenário de clausura, só Dilma pode se libertar, se sua coragem for real e o apelido de "Coração Valente" não tiver sido uma mera marketagem reeleitoreira.


O tempo ruge contra ela. A primeira decisão urgentíssima de Dilma (para anteontem) é sobre a Petrobras. Mesmo a contragosto, terá de sacrificar a diretoria, incluindo a amiga Maria das Graças Foster. O tsunami Venina envenenou a cúpula da empresa. Documentos comprovam que todos sabiam de tudo errado que acontecia por lá. Inclusive, a Presidenta da República. Sua característica centralizadora impede que não tenha pleno conhecimento do que acontece na estatal de economia mista da qual foi "presidente" do Conselho de Administração, e na qual a União é a acionista controladora.

Dilma precisa agir correndo. Se perder o timming, e não usar sua canetinha de condão do Diário Oficial, perderá o encanto. Fatalmente, tem tudo para acabar processada nos Estados Unidos. Destino trágico igual ao da amiga Graça, em situação muito além da desgraça. Em Nova York, já processam a empresa sete escritórios: Bronstein, Gewirtz & Grossman, Wolf Popper, Rosen Law Firm, Pomerantz Law Firm, Brower Piven, Khan Swick & Foti (KSF) e Glancy Binkow & Goldberg. Todos alegam que a Petrobras enganou os investidores ao emitir material falso e não revelar o “esquema interno multibilionário de corrupção e lavagem de dinheiro” que afeta a companhia desde 2006.

Dilma se vê forçada a substituir o comando da petrolífera, antes que o mercado cumpra a ameaça de fazer as ações ON e PN da Petrobras despencarem dos horríveis R$ 10 para apavorantes R$ 5 na BM&FBovespa. Pela cotação de sexta-feira passada, o valor de mercado da Petrobras era de R$ 127,04 bilhões. O pessimismo indica que pode se desvalorizar mais que os 45% acumulados desde setembro, quando valia R$ 229,72 bilhões. A primeira opção de Dilma é que Luciano Coutinho (que já é conselheiro de administração da Petrobras) troque o BNDES pela cadeira de Graça. Outro nome especulado é o de Henrique Meirelles, mas ele dificilmente deixará a holding da JBS-Friboi par entrar nesta desgastante furada.

A situação da Petrobras é melodramática. O que o mercado pode pensar de uma companhia, vendida em prosa e verso somo orgulho do povo brasileiro, que tem nada menos que 8.298 funcionários de saco cheio, aderindo a um Plano de Incentivo à Demissão Voluntária? A coisa é tão feia que um dos demissionários é um dos homens de confiança da Graça Foster, responsável pelo coração da empresa, a diretoria de Exploração & Produção. O gerente executivo do E&P Pré-sal, engenheiro Carlos Tadeu Fraga, pediu para sair...

Aliás, além dos escândalos bilionários de corrupção envolvendo a estatal e as maiores empreiteiras do Brasil, a conjuntura mundial também joga contra a Petrobras. A queda no preço do barril de petróleo - que pode ser boa para e economia brasileira - torna inviável a exploração econômica do pré-sal - que Lula da Silva marketou, irresponsavelmente, como a "arábia saudita brasileira". Este negócio não é economicamente lucrativo com a cotação do ouro negro abaixo de US$ 70. Suhail al-Mazrouei, ministro de Energia dos Emirados Árabes Unidos, falando em nome da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), já adverte que os preços da commodity podem cair para até US$ 40 o barril.

Para piorar o caos, a não divulgação do balanço trimestral da Petrobras alimenta a desconfiança do mercado. Se a diretoria da Petrobras não for trocada rapidamente, numa prova de que o governo pretende dar uma guinada na gestão da empresa, a tendência é desvalorização. Neste cenário, quem corre risco é a União. Os mega investidores estão prontos para adquirir ações ON da estatal na bacia das almas, a preço de banana. O golpe seguinte é comprar a dívida da empresa para forçar o governo a abrir mão do controle acionário. Se uma mudança radical não ocorrer, Dilma entrará para a História como a Presidanta que privatizou a Petrobrás...
 

Dilma tem muitos problemas e só uma solução. Romper com seu passado de equívocos. Precisa mudar, viver o momento presente e vislumbrar o futuro. Infelizmente, a mudança é complicada e complexa. Além de ser refém do esquema PT-PMDB, Dilma é prisioneira de suas próprias convicções ideológicas. Seu DNA é autoritário, com foco centralista. Sua visão é Capimunista, focada no Estatismo supostamente desenvolvimentista. Pratica as ideias fora do lugar do Foro de São Paulo por pragmatismo. Dilma é essencialmente uma brizolista.  

Como boa caudilha, Dilma foi formada para guerrear. Na luta armada, aprendeu a ser estrategista de guerra - e não uma negociadora pacífica. Tem nervos de aço e sangue frio para agir e obter o que deseja. Ela prefere conseguir tudo na base do grito. Comporta-se como um general sem farda, mas sem tropa. Prefere se movimentar em cúpulas e grupos muito fechados, quase panelinhas. Com estes pouquíssimos "amigos" consegue ser amável. Com os outros joga pesado. Impõe sua vontade, sem se importar em desagradar.

Fora do restrito círculo íntimo, Dilma age como uma doberman. Além de agressiva é revanchista e reacionária. Desconfia de quase todos. Como tem poucos amigos - aos quais parece ser fiel - tende ao isolamento político. Tem compromisso consigo mesma e com o projeto esquerdista no qual acredita. Dilma é daquelas mulheres que ama ter poder. Dinheiro para ela é secundário. Só um homem faz a cabeça dela: o ex-marido Carlos Araújo. Ele a aconselha em decisões cruciais. Deve ter cumprido o papel neste final de semana de aniversário, quando até as mais duronas almas ficam sensíveis.

Só Dilma tem a chance de se libertar. A tendência é não seguir tal conselho. Mas tem poder para isto. A canetinha mágica do Diário Oficial tem poderes inimagináveis em uma republiqueta imperial. A vontade da rainha depende muito dela mesma. Se jogar direitinho o Xadrez do poder, vira o jogo. Se não virar, rompendo agora com o Cartel Tupiniquim, vai acabar no xadrez, afundando junto com o PTitanic.

Dilma tem um problemaço. Embora seja comandanta em chefa das forças armadas, os militares a odeiam. Se houver um movimento para derrubá-la, os milicos podem não aderir ao golpe. No entanto, farão um mínimo esforço para salvá-la. Sem o poder fardado, Dilma fica fadada a ser derrubada, se persistir na rota equivocada de fazer mais um mandado apenas para devolver a varinha de condão do DO para Luiz Inácio Lula da Silva - aquele que cultiva a ilusão de ter sido seu criador e suposto adestrador.

A Criatura tem poucos dias, até o final do ano e a posse no novo mandato para se mexer e blindar na casa certa. Se errar no Xadrez, terminará no xadrez - mais conhecido como xilindró de Palácios como o da Papuda... O tempo ruge contra Dilma... Se não trair o PT, pode terminar "justiçada" por ele...

Cartel Tupiniquim  
 

Releia o artigo de domingo: O Cartel Tupiniquim vai se ferrar?
Reclusão presidencial

A presidenta cumpriu um recolhimento familiar, longe dos puxa-sacos e dos holofotes da imprensa, desde sexta-feira, em Porto Alegre
Dilma celebrou o aniversário almoçando com o almoço do domingão na casa do ex-marido, o advogado Carlos Araújo, que é seu principal conselheiro de confiança.
Depois, antes de embarcar de volta para Brasília, passou na casa na filha, Paula, e do neto, Gabriel.
Anticorrupção

"A responsabilidade dos administradores de companhias e a Lei Anticorrupção".

Eis o título da palestra-debate marcada para esta segunda-feira, dia 15 de dezembro, das 8h30min às 10h30min, na Av. Paulista, 1776, 1 andar.

Os debatedores são Haroldo Malheiros Verçosa, José Alexandre Guerreiro e Carlos Henrique Abrão, com moderação de Carlos Roberto Mateucci.
 
Versão de Construção

VÍDEO RETIRADO
Resposta da turma da internet ao apoio de Chico Buarque ao PT.
Perdão Total

Nota do Filho do Almirante Maximiano

Além dos problemas do petrolão, Dilma consegue ampliar seu desgaste com a área militar.

Familiares de oficiais citados no relatório da "Omissão Nacional da Verdade" começam a detonar o governo publicamente.

Palmer Fonseca, filho do Almirante Maximiano Fonseca, que foi um dos grandes gestores da história da Petrobras, repudia o nome de seu pai manchado pela Omissão Nacional da Verdade:

"Imaginem os amigos que, meu pai, Maximiano Fonseca, aparece na lista de responsáveis por crimes de tortura durante o regime militar, elaborada por essa abjeta comissão da "inverdade", que se nega a investigar, também, os assassinatos terroristas. Logo ele, que foi demitido do cargo de MM por ter se manifestado abertamente favorável às eleições diretas! Para onde estamos indo !! Na família, estamos analisando a melhor medida a ser tomada, pois alguma coisa será preciso fazer. Penso que também o Clube Naval e a própria MB não podem ficar calados. Integram a lista todos os MM, até o AE Karam. Enquanto isso, aqueles/as terroristas que mataram em nome da utopia totalitária, fiéis ao princípio de que os fins justificam os meios, roubam abertamente uma nação incapaz de se indignar".

Veja mais no site Verdade Sufocada - www.averdadesufocada.com

Quem te viu e quem te vê...

Lula, em 18 de março de 1979, no programa Abertura, de Fernando Barbosa Lima, na extinta TV Tupi:

http://canalbrasil.globo.com/programas/abertura/materias/entrevista-com-luiz-inacio-lula-da-silva-em-1979.html

Estuprador de verdade
 

Circula viralmente na internet um contraponto ao caso Jair Bolsonaro, na polêmica sobre estupro com a companheira Maria do Rosário...

Pouco apoio
 
 
                           
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

16 de dezembro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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