"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

UM PAÍS DIVIDIDO

Os discursos (sic) do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm deixado claro não só as estratégias eleitorais de seu partido, mas a ideologia dos que grudaram ao poder e não querem dele apear de forma alguma. Elas pretendem, sobretudo, a divisão das pessoas do país, consolidando o popular “nós contra eles”, como se “nós” fossem os santos que merecem os céus eternamente, nele mandando e desmandando, e os “eles” aqueles que devem ser condenados ao fogo eterno dos infernos.

Reparem nos pronunciamentos de Lula, Dilma, Rui Falcão e seus seguidores. Seguem a linha do nacional-socialismo, guiado por Hitler e Goebbels, que já infelicitou o mundo e que teima em ressurgir em formatos modernos. Um dos exemplos é sua tentativa de caracterizar a mídia como “golpista”.

Joseph Goebbels, ministro de Propaganda do Reich, 11 dias depois de Hitler ter assumido o cargo de chanceler, fez o mesmo. Seu alvo era a “imprensa judaica”, que acusava de “ameaçar o movimento nacional-socialista. Um dia nossa paciência vai acabar e calaremos esses judeus insolentes, bocas mentirosas!” Naquela época, Hitler, Goebbels e os nazistas cumpriram sua ameaça.

Enquanto não calam a boca da mídia no Brasil, os petistas a desmerecem, ameaçam criar códigos disciplinadores da comunicação e se manifestam pelos blogs e veículos de comunicação escolhidos a dedo por Lula. Em todas as manifestações petistas, se condena a “elite branca”, a classe média (vide a filósofa Marilena Chauí, uma estrela intelectual petista: “A classe média é o atraso, a estupidez, o que tem de mais reacionário, conservador, ignorante, petulante etc.”), os conservadores, entre outros, por eles considerados “inimigos” do desenvolvimento preconizado pelo PT. E o país é dividido em brancos e negros, ricos e pobres, nordestinos e sulistas, progressistas e conservadores, estatizantes e privatizantes, bons e maus etc., incentivando a divisão de classes e, o que é pior, o ódio entre elas.

Enquanto isso, o PT beneficia apenas seus asseclas e aqueles que se aliam ao seu projeto de poder, desenhado por filósofos da Papuda. E o país vê desenhar-se um perfil catastrófico de sua economia: déficits, inflação, índices recessivos na produção industrial, desindustrialização e fuga de empresas para países limítrofes, dívidas interna e externa crescentes, economia estatizada, enriquecimento dos banqueiros e sócios do Lula, tudo paralelo à demagogia, populismo, bolsas de miséria, ausência de projetos de desenvolvimento socioeconômico e sustentável, aparelhamento do Estado e dos três poderes, descrença absoluta no Judiciário e desrespeito ao Supremo Tribunal Federal, cristalização da corrupção.

Uma nação enorme e triste! E que corre o sério risco, a seguir a cantilena petista, como querem Dilma, Lula, Rui Falcão e os filósofos da Papuda, de transformar-se em uma nação dividida, uma enorme e triste Venezuela.

 
29 de julho de 2014
Claudio Slaviero, Gazeta do Povo, PR

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