"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 25 de março de 2014

ANITA LEOCÁDIA DESMENTE REPORTAGEM DE VEJA SOBRE SEU PAI, LUIS CARLOS PRESTES

 

 

 

 



Na qualidade de filha de Luiz Carlos Prestes, e historiadora especializada em História do Brasil Republicano, quero externar minha indignação com as calúnias e inverdades veiculadas nas páginas 88 e 89 de Veja (26/3/2014) a respeito do meu pai, que jamais apoiou o Estado Novo, conforme se afirma na reportagem em questão.

Luiz Carlos Prestes, assim como os comunistas brasileiros, deu apoio a Getúlio Vargas na medida em que este, sob a pressão dos acontecimentos internacionais e do movimento antifascista no Brasil, posicionou-se contra os países do Eixo, contribuindo para a vitória das forças democráticas na 2ª Guerra Mundial.

Da mesma forma, Veja reproduz invencionices presentes no livro da viúva de Prestes, abdicando de uma investigação séria a respeito das afirmações infundadas veiculadas por essa senhora.

Assim, no dia 31 de março de 1964, meu pai não estava em São Paulo, mas no Rio de Janeiro, reunido com a Comissão Executiva Nacional do PCB, de onde seguiu para “aparelho” clandestino nesta última cidade. Fato este do qual sou testemunha, assim como outros militantes comunistas da época. Prestes partiu para o exílio somente em 1971, tendo permanecido clandestino no Rio de Janeiro durante sete anos após o golpe civil-militar de 01/04/64. Também, na referida reportagem, são repetidas declarações atribuídas ao meu pai, que na realidade inexistiram e foram falsificadas por seus detratores.

25 de março de 2014
Anita Leocádia Prestes

 

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