"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

LULA TOMOU DORIL

Passado o susto do Mariz de Oliveira no Ministério da Justiça do provável governo Temer, a boa notícia é que Lula desapareceu do noticiário recente. 

Além de algumas presepadas como o seu discurso no encontro da Aliança Progressista, que reúne partidos de esquerda de várias partes do mundo, no qual denunciou a “aliança oportunista entre a grande imprensa, os partidos de oposição e uma verdadeira quadrilha legislativa que implantou a agenda do caos”, esta mesma quadrilha que esteve ao seu lado nos últimos 13 anos e que desta vez não conseguiu comprar a partir do seu escritório no mais luxuoso hotel de Brasília, muito pouca coisa tem sido publicada sobre o propalado salvador da pátria dilmista, cujo fracasso parece ser definitivo. 
Sua última façanha foi chamar seus antigos parceiros de “repugnantes”, quando, de acordo com a maioria da população, repugnante é o governo do seu PT, que a sociedade quer defenestrar.

De coisa mais recente, só se tem notícia do chamamento de Lula à baderna, conclamando os tais de “movimentos sociais” para ir às ruas contra o “golpe”. E eles foram, umas poucas dezenas de gatos pingados que perturbaram a ordem queimando pneus nas estradas.

Eu já havia dito no meu artigo anterior que, na minha opinião, um dos maiores e melhores subprodutos do processo de impeachment movido contra a senhora ainda acampada no Palácio do Planalto seria o fim do Lula.

Está acontecendo.

Ao que tudo indica, o Brahma está acabando.

Pouca gente lhe dá bola.

Sua voz hoje rouca e fraca, afetada pela implacável fadiga do material, já não emociona nem seus partidários, que fogem aos montões como ratos que abandonam o navio que está indo a pique, nem seus sócios bolivarianos que, às voltas com seus imensos problemas internos, parece que não estão a fim de invadir o Brasil para resgatar o regime que afundou o nosso país.

Como não conseguiu foro privilegiado, seria mais prudente que Lula concentrasse as energias que ainda lhe restam na defesa da sua liberdade, fortemente ameaçada pela Lava Jato e outras investigações em curso, que somam provas irrefutáveis contra a sua idoneidade. 
 Ele corre sério risco de começar a ver o sol nascer quadrado por ter enganado a si mesmo achando que o país era sua propriedade e misturado descaradamente o público com o privado, em seu benefício próprio.

Entretanto, seria prudente que ele tivesse um acesso de bom senso, o que parece improvável, e que, entre outras coisas, parasse de cometer atentados contra a nação como, por exemplo, denegrir a nossa imagem no exterior.

E que tentasse impedir que o regime em fim de carreira não saqueasse o que sobra dos cofres públicos numa política suicida de “terra arrasada”, como vingança, só para criar problemas para o novo governo que, esperamos, brevemente se instalará. 
Ele e seus comparsas esquecem que esta politica suicida também os afetará, pois continuarão sendo cidadãos brasileiros.

Afinal, onde está o estadista que redimiria o Brasil implantando um governo honesto e que, a seu tempo, foi propulsionado, saudado e endeusado pela mesma grande imprensa contra a qual ele hoje se insurge porque lhe faz críticas e apoia um processo de mudança necessário e absolutamente pautado pelas normas constitucionais?

Aliás, é bom lembrar que Constituição nunca foi um assunto querido pelos petistas, que votaram contra a promulgação da Carta Magna de 1988. 
O partidão, que instalou o regime mais autoritário que se tem noticia na história democrática do Brasil, certamente preferiria que a Lei Maior não existisse, para lhe dar o campo de manobra que sempre pretendeu para consumação do seu objetivo principal: a instalação de um governo comunista baseado nos ensinamentos de Gramsci.

Pois agora a sua vaca gorda, estufada pela corrupção, está indo pro brejo.

Dilma está descendo a rampa do Palácio do Planalto.

Lenta, inexorável e melancolicamente.

Enquanto isso, Lula toma altas doses de Doril: vai sumir, arrastando consigo o nefasto “lullopetismo”.

“Vade retro Satanaz”.

Para o bem do Brasil.



02 de maio de 2016
Faveco Corrêa é jornalista e consultor

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