DEFESA DO FATIAMENTO DEIXA RANDOLFE EM MAUS LENÇÓIS NA REDE
PARTIDO ACIONA STF PARA CANCELAR FATIAMENTO DEFENDIDO POR SENADOR
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi um dos maiores defensores da manobra que livrou Dilma da inabilitação para ocupar cargos públicos por oito anos, sendo inclusive escalado para fazer a defesa junto a outros parlamentares.
Dois dias depois, Marina Silva, principal articuladora da fundação do partido deu declarações criticando duramente o fatiamento e reiterando que a Rede também vai recorrer da decisão do plenário do Senado.
PARTIDO ACIONA STF PARA CANCELAR FATIAMENTO DEFENDIDO POR SENADOR
PARTIDO VAI AO STF PARA CANCELAR FATIAMENTO DEFENDIDO COM VEEMÊNCIA PELO SENADOR. FOTO: GERALDO MAGELA/SEANDO |
Dois dias depois, Marina Silva, principal articuladora da fundação do partido deu declarações criticando duramente o fatiamento e reiterando que a Rede também vai recorrer da decisão do plenário do Senado.
"Não se muda a Constituição por um destaque e uma votação de plenário. Houve uma mudança, sim, no texto constitucional. A Constituição estabelece perda do mandato com a perda da possibilidade de participar de cargos públicos, sejam eles quais forem", disse a ex-candidata à Presidência.
A mudança na situação de Randolfe foi nítida já no dia seguinte à votação no Senado. Assessores dispararam mensagens a jornalistas tentando tirar a responsabilidade do parlamentar pela aprovação da "PEC instantânea", afirmando que a autoria do destaque foi do senador Humberto Costa (PT-PE) e que Randolfe seria tão somente simpático à proposta.
Num primeiro momento pareceu apenas preocupação com a abertura de um precedente que poderia beneficiar o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no processo de cassação, já que o regimento da Câmara foi usado de forma acessória pelo presidente do Supremo Tribunal Federal e presidente do processo de impeachment, Ricardo Lewandowski, para viabilizar a votação adicional, mas a mudança de tom ficou mais evidente após as declarações de Marina Silva.
"Obviamente o PMDB não fez esse acordo simplesmente porque estava preocupado se a presidente Dilma vai ou não dar aula, se pode ou não pode concorrer. Estavam preocupados com o próprio Renan, com o Collor, com o Cunha, porque o desdobramento disso é usar essa jurisprudência", completou Marina.
Procurada pelo Diário do Poder, a assessoria do senador Randolfe Rodrigues disse apenas que o parlamentar "não vai se pronunciar sobre o tema".
03 de setembro de 2016
André Brito
diário do poder
A mudança na situação de Randolfe foi nítida já no dia seguinte à votação no Senado. Assessores dispararam mensagens a jornalistas tentando tirar a responsabilidade do parlamentar pela aprovação da "PEC instantânea", afirmando que a autoria do destaque foi do senador Humberto Costa (PT-PE) e que Randolfe seria tão somente simpático à proposta.
Num primeiro momento pareceu apenas preocupação com a abertura de um precedente que poderia beneficiar o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no processo de cassação, já que o regimento da Câmara foi usado de forma acessória pelo presidente do Supremo Tribunal Federal e presidente do processo de impeachment, Ricardo Lewandowski, para viabilizar a votação adicional, mas a mudança de tom ficou mais evidente após as declarações de Marina Silva.
"Obviamente o PMDB não fez esse acordo simplesmente porque estava preocupado se a presidente Dilma vai ou não dar aula, se pode ou não pode concorrer. Estavam preocupados com o próprio Renan, com o Collor, com o Cunha, porque o desdobramento disso é usar essa jurisprudência", completou Marina.
Procurada pelo Diário do Poder, a assessoria do senador Randolfe Rodrigues disse apenas que o parlamentar "não vai se pronunciar sobre o tema".
03 de setembro de 2016
André Brito
diário do poder
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