"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

JURO BANCÁRIO DE PESSOA FÍSICA É O MAIS ALTO EM 18 MESES EM OUTUBRO

No mês passado, taxa cobrada pelos bancos somou 38,3% ao ano.
Em 2013, juro bancário de pessoa física sobe mais do que taxa Selic.


Os juros bancários médios dos empréstimos para pessoas físicas (recursos livres) avançaram 1,1 ponto percentual em outubro deste ano, para 38,3% ao ano, o maior patamar em 18 meses, segundo informou nesta quinta-feira (28) o Banco Central.
O aumento dos juros bancários de pessoas físicas acontece após o próprio Banco Central ter iniciado, em abril deste ano, um ciclo de alta dos juros básicos da economia, para tentar conter o crescimento da inflação. Desde então, os juros básicos subiram seis vezes, passando de 7,25% para 10% ao ano – uma elevação de 2,75 pontos percentuais.
Juros bancários sobem mais do que Selic
Com o aumento dos juros básicos do país, também houve alta na taxa de captação das instituições financeiras, ou seja, quanto os bancos pagam pelos recursos. No fim do ano passado, a taxa de captação, para operações com pessoas físicas, estava em 8,3% ao ano, passando para 11,3% ao ano em outubro. Um crescimento de 3 pontos percentuais.
No mesmo período, os juros bancários das instituições financeiras para pessoas físicas cresceu 4,4 pontos percentuais, visto que estavam em 33,9% ao ano em dezembro de 2012. Deste modo, os dados do BC mostram que as instituições financeiras não só estão repassando a alta do custo de captação que tiveram por conta da elevação dos juros básicos da economia, como também estão subindo os juros cobrados de seus clientes acima da alta do juro básico da economia.
Taxa média de empresas e geral
No caso das operações dos bancos com as empresas, ainda com base nos chamados "recursos livres", a taxa média somou 20,8% ao ano em outubro – com alta de 0,1 ponto percentual frente ao patamar de setembro (20,7% ao ano). É o maior valor desde abril do ano passado (22,2% ao ano). No ano, essa taxa avançou 2,8 pontos percentuais.
Tamém subiu em setembro deste ano a taxa média geral de todas as operações com recursos livres, que somou 29% ao ano no mês passado, contra 28,4% ao ano em setembro. Neste caso, os juros atingiram o maior valor desde abril do ano passado (30,4% ao ano). No acumulado de 2013, a taxa média de juros bancários avançou 3,7 pontos percentuais.
Metodologia
O Banco Central mudou, no início deste ano, o formato de registro dos dados relativos aos juros bancários e, ao mesmo tempo, também desativou a série histórica que vigorava anteriormente. Pela nova metodologia, as operações com recursos livres (que não têm relação com o crédito direcionado, que é rural, BNDES e habitação) passaram a englobar algumas modalidades de empréstimos, como arrendamento mercantil (leasing), descontos de cheques (operações que se assemelham com "factoring"), além de cheque especial pessoa jurídica e antecipação de faturas de cartão.
28 de novembro de 2013
Alexandro Martello - G1
 

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