"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

O HUMOR DO DUKE

Charge O Tempo 03/01



03 de janeiro de 2013

LUZ DE VELA

Nível dos reservatórios das hidrelétricas do NE está abaixo de 35%, situação que tira o sono das autoridades

agua_18Já preocupa as autoridades do governo federal o atraso no início do período das chuvas, que tem deixado os reservatórios das usinas hidrelétricas do País em nível baixo, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Na Região Nordeste, por exemplo, o nível está em 34,88%. Já no Sudeste/Centro-Oeste, os reservatórios estão com 43,34% da capacidade.

A assessoria de imprensa do NOS informou que normalmente o chamado “período molhado” tem início em outubro, mas, em 2013, atrasou e começou apenas em dezembro. A reduzida manifestação pluviométrica provoca a redução do nível dos rios e, consequentemente, dos reservatórios das hidrelétricas.

A água acumulada nos reservatórios é responsável por movimentar as turbinas geradoras de energia elétrica da usina. Por conta disso, quanto menos água menor é a geração de energia. De acordo com o ONS, para compensar o baixo nível dos reservatórios, as usinas termelétricas da Região Nordeste, que produzem uma energia mais cara, já estão ligadas.

Com o início das chuvas, os reservatórios devem, aos poucos, se recuperar. As chuvas que atingiram o Sudeste nas últimas semanas, além de ajudar a encher os reservatórios na própria região, têm beneficiado as hidrelétricas do Rio São Francisco, que responde por quase 97% da capacidade instalada no Nordeste, já que a nascente fica em Minas Gerais. No Norte, o nível dos reservatórios está em 48,6% e, no Sul, em 57,56%.

Nesse cenário complexo é preciso analisar algumas condicionantes. A primeira delas é que o sistema brasileiro de transmissão de energia precisa ser urgentemente modernizado, sob pena de em algum momento, no pico de consumo, entrar em colapso. Dirigentes do próprio Operador Nacional do Sistema já admitiram isso. Uma eventual manobra na rede para compensar uma deficiência no fornecimento de energia em determinada região do País pode trazer surpresas desagradáveis. Algo como um apagão elétrico, que a presidente Dilma Rousseff prefere chamar de blecaute, o que dá na mesma.

A segunda questão a ser considerada é que o acionamento das usinas termelétricas no Nordeste aumentará o preço médio de energia no País, o que compromete as contas do governo e mais adiante sacrificará mais uma vez o Tesouro Nacional, que ao final tem de compensar financeiramente as empresas geradoras. Vale destacar que o governo de Dilma Rousseff, em novo rasgo de populismo barato, reduziu a tarifa de energia elétrica, transferindo a conta para o Tesouro. Ou seja, o brasileiro pagará a conta de uma maneira ou outra, já que o dinheiro que alimenta o caixa do Tesouro Nacional é eminentemente público.

(Com ABr)

03 de janeiro de 2013
ucho.info

AFINAL, POR QUE O GOVERNO TEM TANTA URGÊNCIA EM APROVAR O MARCO CIVIL DA INTERNET?

 



Os deputados federais não conseguiram consenso sobre pontos polêmicos do Marco Civil da Internet, que define direitos e deveres de usuários da rede e provedores de conexão. A alternativa foi negociar a retirada da urgência constitucional da proposta.
O pedido foi negado pelo governo, que mandou o recado: a decisão sobre a matéria foi empurrada para 2014, mas terá que ser concluída nas primeiras semanas de trabalho do próximo ano, se os parlamentares quiserem avançar com outras propostas.

O fracasso de entendimento ocorre em ano no qual a espionagem internacional conduzida pelos Estados Unidos na internet e em outros serviços eletrônicos de comunicação entrou na pauta mundial. Até mesmo a Organização das Nações Unidas (ONU) se mobilizou e aprovou em dezembro o projeto de resolução O Direito à Privacidade na Era Digital, apresentado por Brasil e Alemanha como reação às denúncias feitas pelo norte-americano Edward Snowden.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, confirmou que o Marco Civil da Internet será o primeiro assunto do Executivo a ser discutido com o Congresso em 2014. O projeto de lei está trancando a pauta da Câmara desde o final de outubro, quando o prazo da urgência
constitucional expirou, sobrestando a pauta e impedindo a votação de outras matérias.
O regime de urgência constitucional, uma prerrogativa da Presidência da República para projetos de sua autoria, define limite de 45 dias para votação do projeto em cada Casa do Congresso.

PAUTA TRANCADA

A situação foi se agravando à medida em que outros textos também chegaram ao prazo final do regime de urgência. “A pauta da Câmara ficou trancada por quatro meses, no segundo semestre, com projetos carimbados com urgência constitucional vindos do Executivo”, lembrou o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), durante um balanço de final de ano.

Alves explicou que o carimbo de urgência constitucional solicitado pelo Planalto impediu que qualquer outro projeto avançasse. “Só pode ser votado depois daquele ter sido aprovado ou votado pelo plenário”, acrescentou.
No caso do Marco Civil, ante
questionamentos e dúvidas, o relator da proposta, Alessandro Molon (PT-RJ), alterou alguns pontos do texto para tentar facilitar sua aprovação. O próprio relator admitiu que as mudanças acabaram recaindo mais sobre a redação de alguns artigos e parágrafos do que sobre formas e regras.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGA pergunta que não quer calar: por que o governo demonstra tanta disposição para aprovar o Marco Civil da Internet? Por que determinar “urgência” para um assunto tão importante e delicado? É claro que esse comportamento somente levanta suspeitas, especialmente em ano eleitoral. (C.N.)

03 de janeiro de 2013
Carolina Gonçalves
Agência Brasil

PETROBRAS LIDERA PERDAS E VALOR DA ESTATAL ENCOLHEU US$ 34 BILHÕES EM 2013

 

 




A Petrobras liderou as perdas das empresas brasileiras listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa), que somaram US$ 216,3 bilhões este ano, conforme levantamento da consultoria Economatica, divulgado ontem. Só o valor de mercado da estatal, medido pela cotação das ações em circulação, recuou US$ 34,11 bilhões este ano, caindo para US$ 90,6 bilhões.

Nessa comparação, a segunda maior queda foi a da Vale, que perdeu US$ 30,12 bilhões. A soma das 10 maiores desvalorizações atingiu US$ 129,3 bilhões, mais da metade da perda total das 366 empresas negociadas na BM&FBovespa. O estudo levou em conta dados até 27 de dezembro.

A Economatica estima que as companhias listadas na Bolsa paulista fecharam 2013 com valor de mercado abaixo de US$ 1 trilhão, no menor patamar desde 2009. Para técnicos da consultoria, um dos principais fatores da queda do preço total das ações foi a alta acumulada de 15,3% do dólar, que intensificou a desvalorização dos papéis em moeda local.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGÉ preciso fazer uma campanha de esclarecimento da opinião pública sobre a situação da Petrobras. Uma das empresas mais viáveis do mundo está sendo aniquilada pelo jogo político do PT, que usa os combustíveis como manobra eleitoral. Se a Petrobras tinha em caixa R$ 6 bilhões para repassar ao governo, como acaba de fazer, por que não explorou sozinha o pré-sal??? (C.N.)

03 de janeiro de 2013
Sílvio RibasCorreio Braziliense

DESATANDO NÓS

Maranhão: Nó político pode impor derrota complexa ao grupo comandado por José Sarney

jose_sarney_25Um complexo enxadrismo político no Maranhão tem tirado o sono da “famiglia” Sarney e seus seguidores, todos responsáveis por transformar a terra do arroz de cuxá no mais miserável estado brasileiro, onde, com a covardia do senador José Sarney, reina uma versão verde-loura do regime do Apartheid.

Atual governadora do Maranhão, Roseana Sarney vive um dilema político sem precedentes. Não bastasse a crise que se alastrou pelos presídios do estado, com direito a uma onda de barbáries e assassinatos, a filha do caudilho agora está às voltas com a sua sucessão, pois o candidato oficial, Luis Fernando Silva, parece não decolar, nem mesmo com a ajuda dos veículos de comunicação de propriedade da “famiglia”.

Secretário de Infraestrutura em um estado onde a infraestrutura se divide entre o pífio e o caótico, Luís Fernando foi incensado durante reunião política comandada por José Sarney e com a presença de todos os seus obedientes aliados. Roseana, que sonha em voltar ao Senado Federal, não tem certeza se deixará o Palácio dos Leões em abril próximo, cumprindo o que determina a legislação. Isso porque sem a sua presença à frente do Executivo maranhense a possibilidade de derrota de Luís Fernando cresce ainda mais.

No caso de Roseana cumprir o mandato de governadora até o final, a “famiglia” Sarney ficará, a partir de 2015, sem nenhum representante no Senado Federal, pois o pai já anunciou sua aposentadoria da política, algo para se duvidar.

A saída para Roseana e também para o grupo de José Sarney seria uma virada de mesa, na tentativa de derrotar Flávio Dino, atual presidente da Embratur e candidato do PCdoB ao governo do Maranhão.
E as chances de Dino crescem a cada dia, principalmente porque está cada vez forte a frente de oposição. A reviravolta seria Roseana Sarney renunciar ao mandato para concorrer ao Senado, mas antes seria necessário escolher outro candidato para participar da disputa pelo governo estadual.
O nome mais ventilado nos bastidores é o do senador licenciado e atual ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também do PMDB, que tem mais cacife político do que Luís Fernando Silva. Sem contar o dinheiro para a campanha.

Acontece que se Roseana deixar o governo, a Assembleia Legislativa maranhense terá de promover uma eleição indireta para escolher um novo governador, uma vez que o vice, o petista Washington Luiz, já renunciou ao cargo para ficar à beira do caminho que leva ao Tribunal de Contas do Estado.

Até porque, o clã precisa cada vez mais de aliados no TCE para aprovar as contas de um desgoverno vergonhoso e desastroso. Se não for guindado ao Tribunal de Contas, Washington lavaria as mãos e ficaria livre para acompanhar o seu partido, o PT, no apoio a Flávio Dino.

Acontece que uma eleição indireta no Maranhão pode ter o efeito surpresa. Ex-governador, José Reinaldo Tavares é um nome que vem ganhando força para uma eventual vacância do principal gabinete do Palácio dos Leões. Ex-aliado da “famiglia” Sarney, José Reinaldo tornou-se um adversário figadal do grupo.

No contraponto, deixar Luís Fernando Silva a pé no meio do processo eleitoral pode se transformar em tiro pela culatra. A opção seria lançar Silva como candidato ao governo tampão, já que a “famiglia” Sarney controla de certa forma o Legislativo maranhense.

03 de janeiro de 2013
ucho.info

DILMA DISSE TER OUVIDO A VOZ DAS RUAS, MAS CRIA TROPA DE CHOQUE PARA RECHAÇAR PROTESTOS DURANTE A COPA

 

forca_nacional_06Curto-circuito – Não faz muito tempo, a presidente Dilma Rousseff disse que prefere ouvir o ruído da democracia a ter de conviver com o silêncio de um regime de exceção.

Tempos depois, no rastro das manifestações populares de junho e julho de 2013, a presidente afirmou que ouviu a voz das ruas. Se as declarações presidenciais têm algum fundo de verdade não se sabe, mas é no mínimo estranha a decisão do governo federal de criar uma tropa de choque com dez mil homens para enfrentar os protestos durante a Copa do Mundo.

De acordo com informações do próprio governo do PT, o contingente será distribuído entre as doze cidades que receberão jogos do torneio planetário de futebol organizado pela FIFA. Os integrantes da anunciada tropa de choque são policiais militares fazem parte da Força Nacional de Segurança (FNS), criada em 2007 por lei sancionada pelo então presidente Luiz Inácio da Silva, o dedo-duro Lula.
A FNS é formada por policiais civis e militares, bombeiros e peritos de todos os estados brasileiros, todos voluntários e que se submetem a treinamento intenso antes de serem enviados a missões específicas.

É de conhecimento do Palácio do Planalto que a população está insatisfeita com a situação caótica em que se encontra o País e principalmente com a irresponsabilidade do governo em ter lutado para sediar a Copa do Mundo, evento de grande magnitude que no balanço final terá consumido algumas dezenas de bilhões de reais para a construção de estádios, obras de infraestrutura e outros badulaques exigidos pela FIFA.

O Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do planeta, sem que o governo dê a devida contrapartida ao contribuinte, que continua financiando a irresponsabilidade de um governo paralisado por conta a incompetência de seus integrantes. Enquanto verdadeiras fortunas são torradas para atender às exigências da FIFA, setores como saúde, educação, segurança e transporte continuam na fila de espera, recebendo apenas algumas maquiagens oficiais para enganar a opinião pública.
Campo minado
A criação dessa tropa de choque com dez mil policiais é mais uma truculência absurda de um governo que trabalha apenas para que o Partido dos Trabalhadores consiga avançar em seu projeto totalitarista de poder. Isso passa pela eleição presidencial de outubro próximo, quando Dilma Rousseff tentará a reeleição. O que exigirá que o País viva sob o manto da farsa, evitando que a dura realidade que campeia por essa louca Terra de Macunaíma alcance o noticiário internacional, derrubando ainda mais a credibilidade de uma governante desacreditada.

No momento em que o governo decide criar, com base na truculência, um antídoto para eventuais manifestações populares, fica patente que a democracia está em constante ameaça, colocando em risco o direito constitucional do cidadão de se manifestar livremente.
Como o governo não divulgou, pelo menos por enquanto, qual é a interpretação oficial para manifestação violenta, não é errado pensar que qualquer crítica mais ruidosa contra os atuais donos do poder poderá terminar em pancadaria e por consequência em tragédia.

Não custa lembrar que os protestos violentos de junho e julho passados foram protagonizados em sua maior parte por pessoas adeptas do radicalismo esquerdista ou arregimentadas por entidades que defendem a utópica ideologia política que vem devastando a América Latina.

É importante que a parcela esclarecida da população fique atenta e vigilante, porque nos estados em que o PT tem interesses políticos as consequências dos eventuais protestos poderão ser guindadas aos palanques eleitorais. São Paulo é um dos estados que podem ser vítimas dessa armação política do governo, até porque o PT há muito tenta tomar de assalto o Palácio dos Bandeirantes.

03 de janeiro de 2014
ucho.info

O RACISMO EXPLÍCITO DE UM TAL DE PAULO NOGUEIRA


Para começar, eu confesso que tinha esquecido (ou não sabia) quem é Paulo Nogueira. Não era pra lembrar mesmo, mas do que eu tive saco para pesquisar, ele “mereceu” um post do Reinaldo Azevedo intitulado “Um certo Paulo Nogueira pede a minha cabeça à Editora Abril” além de fazer questão de frisar que ele é jornalista e “fundador e diretor editorial do site de notícias e análises ‘Diário do Centro do Mundo’”, como se isso fosse um mérito, mas o problema é que trata-se de mais uma espelunca esquerdista, o que, fora os posts carregados de besteiras, pode ser confirmado pelo que ele chama de “nossas leituras preferidas”, que incluem os blogs chapas-brancas petralhas Viomundo, Blog do Nassif, Tijolaço, Blog do Miro e Conversa Afiada.

Essas duas informações já são suficientes para qualificá-lo como irrelevante. Em todo caso, um artigo assinado por ele me chamou atenção: “De Pelé a Joaquim Barbosa, é sempre a mesma história”, que “recomendo” a todos a leitura, não sem antes explicar que eu o condensei sem tirar uma vírgula, mas suprimindo parágrafos, já que o suposto jornalista usa um por frase, bem ao estilo de outro melequento, o PHAmorim (os grifos são meus).
 
                                                 *** *** ***
 
Paulo Nogueira: De Pelé a Joaquim Barbosa, é sempre a mesma história
 
Não é um assunto fácil de tratar. Mas, ao mesmo tempo, não posso deixar de enfrentá-lo. Começo, então, com uma digressão.
 
Uma das coisas notáveis que o ativista negro Malcom X fez pelo seu povo foi, em suas pregações, elevar-lhe a auto-estima. Malcom X, com seu poder retórico extraordinário, dizia aos que o ouviam que deviam se orgulhar de sua aparência. Os lábios grossos de vocês são lindos, bem como o cabelo crespo, bem como as narinas dilatadas – bem como, sobretudo, a cor de sua pele. Os negros americanos tinham sido habituados a se envergonhar de sua aparência, e a buscar tudo que fosse possível para aproximá-la da dos brancos. O próprio Malcom X, na juventude, alisou os cabelos.
 
Não foi por vaidade que um dos seguidores de Malcom X, Muhammad Ali, dizia que era o homem mais bonito do mundo. Ali estava na verdade dizendo aos negros que eles eram bonitos. Ali casou algumas vezes, sempre com negras. Era mais uma maneira de sublinhar a beleza dos negros. Se Ali, no apogeu, tivesse casado com uma loira a mensagem não poderia ser pior.
 
Pelé, no Brasil, teve uma atitude bem diferente – e não apenas ele. Era como se na ascensão dos negros no Brasil estivesse incluída a mulher branca. Falta de consciência? Alienação? Deslumbramento? Compensação? Alpinismo social? A resposta a esse fenômeno é, provavelmente, uma mistura de todos estes fatores. Pelé casou com uma branca, Rose, há meio século. Depois, passou para uma Xuxa adolescente. É uma bênção para as negras brasileiras que seu orgulho nunca tenha estado na dependência de estímulos de celebridades como Pelé.
 
Quanto mudou o cenário nestes cinquenta anos fica claro quando se olha a fotografia da namorada de Joaquim Barbosa. Não mudou nada. Quando, algum tempo atrás, falaram que JB fora fotografado em Trancoso numa pizzaria com uma namorada, imediatamente pensei: branca e com idade para ser sua filha. Ao ver a foto, ali estava ela, exatamente como eu antecipara para mim mesmo.
 
Não sou tão inteligente assim. Mas observo as coisas. Seria esperar demais que JB, por tudo que já mostrou, agisse diferentemente. Que estivesse mais para Ali do que para Pelé. Os traços de personalidade já estavam claros. Numa entrevista à Veja, ele se gabou dos ternos de marca estrangeira que estão em seu guarda-roupa. Não é uma coisa pequena senão por ser grande na definição de caráter.
 
A partir desse tipo de coisa, você pode montar os dados básicos do perfil  da pessoa. Ou alguém imagina, para ficar num personagem dos nossos dias, um Pepe Mujica falando de grifes a repórteres?
 
De Pelé a JB, o Brasil sob certos aspectos marchou para o mesmo, mesmíssimo lugar. Racismo não faltou, neste tempo todo. Faltou foi gente do calibre de Malcom X e de Muhammad Ali.
 
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Bom, esse idiota que, em outro post, “elegeu” Joaquim Barbosa “o pior brasileiro do ano” não só exibe uma ignorância inigualável, como também um tipo de racismo - o pior deles - que eu imaginava extinto: a segregação total e absoluta. E isso é crime!
 
Só nas minhas relações há, pelo menos, uma dúzia de casais que não atendem às determinações desse celerado e, muito menos, a eles podem ser atribuídos “interesses” ou deslumbramentos de pretos por brancas e vice-versa, como ele dá a entender.
 
Esse sujeitinho, esquerdopata asqueroso, é mais um bom exemplo da mentalidade dessa gentinha nojenta que tomou conta do País, que adora chamar quem é de direita de fascista, muito embora, por total desconhecimento, má fé e burrice somados, não se assumam como os únicos e legítimos merecedores da (des)qualificação.
 
Vagabundos dessa espécie deveriam estar na cadeia se o Brasil atual fosse sério.
 
03 de janeiro de 2013

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

 
03 de janeiro de 2014


NO DIA DAS MANIFESTAÇÕES ORGANIZADAS POR QUEM SE APRESENTA COMO REPRESENTANTE DO POVO, POVO FOI O QUE MENOS SE VIU

PUBLICADO EM 12 DE JULHO



BRANCA NUNES

Em vez dos cartazes de cartolina com dizeres manuscritos – NÃO SÃO SÓ 20 CENTAVOS, QUEREMOS HOSPITAIS PADRÃO FIFA, TOLERÂNCIA ZERO PARA A CORRUPÇÃO e várias reivindicações bem humoradas –, banners, a grande maioria vermelhos, com slogans como “O petróleo é nosso”, “Não à terceirização”, e “Pela taxação das grandes fortunas”.

Em vez das bandeiras do Brasil e das caras pintadas de verde e amarelo, estandartes da CUT, da Força Sindical, do Sindicato dos Comerciários, do PSOL, da UNE, do PSTU, do MST e de dezenas de partidos e movimentos sociais. Em vez de palavras de ordem cantadas em coro, berros individuais vindos do carro de som.

Nesta quinta-feira, todas as bandeiras que haviam desaparecido – ou sido expulsas – das ruas nas manifestações que tomaram conta do país desde 6 de junho reapareceram na Avenida Paulista atendendo à convocação das centrais sindicais engajadas no Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações. Em compensação, a população apartidária sumiu – e o 11 de julho foi marcado por mais do mesmo: os mesmos discursos inflamados contra o capitalismo, a direita golpista, a Rede Globo e outros inimigos de sempre.

Ao contrário do que se via nas manifestações anteriores a pretendida greve geral desta quinta-feira teve mais bandeiras de centrais sindicais e partidos do que manifestantes. Os discursos no carro de som não provocavam nem aplausos nem vaias. E gritos de guerra como “eu, sou brasileiro, com muito orgulho”, que os dirigentes tentaram puxar mais de uma vez, morriam antes da segunda frase – nada a ver com os hinos entoados durante os protestos do Movimento Passe Livre, que contagiavam multidões.

O acordo intersindical que excluiu o “Fora Dilma” da pauta de reivindicações parece ter dado certo. Ainda assim, as bandeiras do PT eram as mais envergonhadas – e tanto Dilma quanto Lula não escaparam de críticas no asfalto e no palanque. Enquanto Ana Luiza, que disputou a prefeitura de São Paulo pelo PSTU clamava “contra a política econômica do governo Dilma, contra Alckmin e contra Haddad”, um representante do recém nascido Partido Pátria Livre (PPL) fez questão de “saudar o PT e saudar o Lula” nos três minutos a que teve direito no serviço de som. Algumas faixas chamavam José Eduardo Cardozo de Ministro da Injustiça e exigiam o mesmo reajuste salarial concedido aos ministros.

Se o objetivo das centrais era pegar carona na revolta da rua, elas podem considerar-se derrotadas. O contraste entre as duas manifestações foi tão gritante que apenas escancarou o abismo entre o que quer a população e o que lhes oferece quem está no poder (seja nos governos, nos partidos ou nos sindicatos), entre uma forma nova de expressar-se e outra completamente ultrapassada, entre o autêntico e o artificial.
Embora se apresentem como representantes do povo, povo era o que menos se via entre as pouco mais de cinco mil pessoas que ocuparam duas quadras da avenida mais emblemática de São Paulo.

03 de janeiro de 2014
in Augusto Nunes, Veja

A REAÇÃO ÀS MANIFESTAÇÕES DE RUA ESCANCARA O ABISMO EXISTENTE ENTRE UM ESTADISTA FRANCÊS, UMA COMANDANTE SEM RUMO E UM LINCOLN QUE TEM MEDO DE CRISE


tarja-an-melhores-do-ano-2013

                         PUBLICADO EM 12 DE JULHO



Durante a crise de maio de 1968, Charles de Gaulle mostrou que o presidente da República, aos 78 anos, continuava tão lúcido, destemido e coerente quanto o general que comandara a luta pela libertação da França na Segunda Guerra Mundial.

Confrontado com o que começou como rebelião estudantil e se transformou em insurreição de dimensões nacionais depois da adesão dos sindicatos, entendeu a mensagem remetida das barricadas em Paris.
Se os jovens combatentes exigiam mudanças radicais no país e num regime político moldados por De Gaulle, estava claro que o inimigo principal e imediato era ele.
 
O chefe de Estado poderia ter tentado vencer os rebeldes pelo cansaço. Também poderia ter dividido responsabilidades com o primeiro-ministro George Pompidou, chefe de governo. Em vez disso, preferiu apanhar sozinho a luta atirada pelos líderes do movimento e amparar-se na arrogância formidável. “A França sou eu, a República sou eu”, reiterou em 30 de maio, quando anunciou a dissolução da Assembleia Nacional e a convocação de eleições gerais.

No dia seguinte, cantando a Marselhesa, 1 milhão de partidários do presidente se juntaram à passeata que parou Paris, liderada pelo escritor André Malraux, herói da resistência à ocupação nazista e ministro da Cultura.

Vitorioso na eleição de 23 de junho, De Gaulle encerrou democraticamente a rebelião de 1968. Mais uma vez, mostrou que, sobretudo quando o horizonte está nublado, estadistas devem pensar nos interesses do país e nas próximas gerações. Passados 45 anos, os pais-da-pátria que infestam a República brasileira confirmam a lição fazendo o contrário do que fez Charles de Gaulle.
 
Governantes de quinta categoria só conseguem pensar nos próprios interesses e na próxima eleição, reitera a reação dos sacerdotes do lulopetismo à onda de manifestações de protesto que começaram em 6 de junho.
 
A revolta da rua escancarou o abismo que separa o Brasil Maravilha inventado por Lula e aperfeiçoado por Dilma, do Brasil real onde vive a gente comum. Lá, tudo anda tão bem que, se melhorar, estraga.
Aqui, o que se vê é a corrupção impune, a Copa da Ladroagem, a educação e a saúde em frangalhos, a litania das promessas jamais cumpridas, o cinismo exasperante dos políticos ─ a procissão de afrontas parece fila em posto de saúde.
O país que presta perdeu a paciência de vez. Cansou-se de ser tratado como um viveiro de imbecis resignados. E reduziu a farrapos a fantasia tecida desde janeiro de 2003.
 
Tanto o ex-presidente que não desencarna quanto a sucessora que nunca exerceu de fato a chefia do governo já entenderam que estão muito mal no retrato redesenhado pelas multidões inconformadas com a duração da farsa.
Em queda livre nas pesquisas de popularidade, Dilma foi vaiada na abertura da Copa das Confederações e não apareceu na final no Maracanã para escapar da reprise constrangedora.
 
No encontro de prefeitos em Brasília, a plateia vaiou a convidada ausente na sessão de abertura e vaiou a governante que resolveu dar as caras no dia seguinte. Lula emudeceu e saiu de circulação no primeiro minuto da primeira passeata. Só recuperou a voz para contar lorotas na África. Ambos sabem que estão na origem das manifestações. Mas fingem que não.




As imagens da revolta em curso neste inverno brasileiro são mais perturbadoras, muito mais agressivas e menos românticas que as produzidas na primavera europeia de 1968. Tal constatação ganha contornos sombrios quando se compara os atores em cena.

A França tinha De Gaulle na presidência e George Pompidou na chefia de um governo que incluía homens como Malraux. O Brasil tem no Palácio da Alvorada uma inquilina sem juízo e sem rumo. E o Planalto continua assombrado por um Lincoln de galinheiro que vive de bravatas e morre de medo na hora do perigo.

Nesta terça-feira, Lula e Dilma se encontraram secretamente em Brasília “para trocar ideias”. Como se tivessem alguma para trocar. Ele tem soluções para tudo, menos para problemas que o afetam. Ela não consegue formular sequer uma frase com começo, meio e fim.

Também parece ter sumido da paisagem a tribo dos políticos que, armados apenas de sensatez, ajudaram a debelar tantos incêndios semelhantes.
Em contrapartida, nunca se viu tamanho ajuntamento de ineptos, vigaristas e farsantes fantasiados de conselheiros do reino. Sozinha, Dilma já admitiu que é capaz de fazer o diabo.
Com Lula soprando ordens e Mercadante sussurrando palpites, tem provado que é uma incapaz capaz de tudo, menos de fazer o que precisa ser feito.
Multidões exigem em coro, por exemplo, o fim das bandalheiras. Dilma oferece uma Constituinte natimorta e um plebiscito de múltipla escolha, com questões aparentemente extraídas de uma assembleia no hospício.

A redescoberta da rua avisa que milhões de brasileiros enfim passaram a enxergar as coisas como as coisas são. O palavrório triunfalista virou coisa de senador do Império. A Praça dos Três Poderes ficou mais antiga que as pirâmides do Egito.

O monarca e a rainha estão nus no trono em ruínas. A farsa acabou, mas os canastrões seguem recitando o script que pareceu funcionar direito até maio.
Aliviada com a pausa enganosa, a turma acampada no coração do poder está cochilando. Como nenhum dos motivos da revolta

03 de janeiro de 2014
Augusto Nunes, Veja

MILITARES QUEREM GENERAL HELENO PARA PRESIDENTE

MILITARES TENTAM CONVENCER O GENERAL HELENO A DISPUTAR A PRESIDÊNCIA
 

 
Militares tentam convencer o general da reserva Augusto Heleno (foto) a disputar a presidência da República, em 2014.
 
De integridade jamais questionada, ele tem um currículo para poucos. É “tríplice coroado”: foi primeiro lugar nas exigentes Academia das Agulhas Negras, Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e Escola de Comando e Estado-Maior no Exército.
E comandou a Minustah, missão militar da ONU no Haiti.
 
03 de janeiro de 2013
Coluna Cláudio Humberto

A LIÇÃO DE UM SONHO

                     
          Artigos - Cultura 
No Brasil, o ódio histérico ao que se desconhece tornou-se obrigatório, prova de boa conduta.
A reeducação das emoções é impossível sem passar primeiro pela reeducação da inteligência.

Trabalhando dia e noite na reforma do meu escritório, cansado de serrar e martelar estantes para cinco mil livros, deixei cair um pesadíssimo arquivo que quase esmigalhou o meu dedão do pé direito.

Para prevenir infecção, os médicos me deram um maldito antibiótico que provocou náuseas, diarréia, dor de cabeça, dispepsia e um total desgosto de viver.

Assim fragilizado, pela primeira vez na vida senti alguma tristeza diante de tanto ódio imbecil e sem motivo que se joga sobre mim no Facebook, em blogs e por toda parte onde haja cretinos ansiosos para opinar.
Nunca tinha sentido isso antes, mas uma noite destas tive um sonho que deve indicar alguma coisa.

Eu estava perdido na estrada, a pé, de madrugada, por ter descido do ônibus no lugar errado, procurando um Walmart inexistente. Não havia perigo, porque eu estava armado, mas andava e andava e não chegava a parte alguma nem via nada em torno, só escuridão. Então apareceu um carro, e eu, na esperança de uma carona, lhe fiz sinal. Havia dois homens dentro, um deles desceu, disse que me conhecia e começou a falar mal de mim.
Pedi que expusesse alguma idéia minha, e confirmei que ele não conhecia nenhuma delas, só o que sabia de mim eram fantasias.
Vi que dali não ia sair carona nenhuma e, só de sacanagem, encostei o cano do revólver na barriga do sujeito para forçá-lo a me levar para algum lugar onde eu pudesse tomar condução. Ele teve um piripaque, desmaiou e quando acordou estava totalmente idiota, não lembrava quem era nem o que estava fazendo ali.
O outro homem havia desaparecido. Pensei: "Este aqui me odeia tanto que acreditou, seriamente, que eu ia matá-lo; daí ficou aterrorizado e entrou em pane. E agora, que é que eu faço com esse f. da p. delirante caído na estrada, sem o raio de um hospital por perto?" Não conseguindo resolver esse problema, acordei.

Esse sonho expressa uma verdade psicológica fundamental, da qual tomei consciência, por assim dizer, na carne: o ódio histérico e sem motivo traz em si mesmo o seu próprio castigo; inspira um temor desproporcional da coisa odiada e se volta contra o seu portador.

Jamais serei suficientemente grato ao dr. Andrew Lobaczewski, o médico psiquiatra que durante anos estudou o comportamento da elite comunista polonesa e chegou a conclusões altamente esclarecedoras sobre a relação entre psicopatia e histeria na política e na sociedade.

Ilustrando o fenômeno exemplarmente, o Brasil de hoje é a típica sociedade histérica governada por psicopatas, que o dr. Lobazewski descreve em “Political Ponerology”.

Numa alma bem estruturada, as emoções refletem espontaneamente o senso das proporções e a realidade da situação. A afeição, a esperança, o temor, a ansiedade, o ódio são proporcionais aos seus objetos e, nesse sentido, funcionam quase como órgãos de percepção. Afiná-las para que cheguem a esse ponto é o objetivo de toda educação das emoções.
Na sociedade histérica, porém, cada um só pode alcançar esse objetivo mediante um tremendo esforço de tomada de consciência e de auto-reeducação. O que deveria ser simplesmente o padrão da normalidade humana torna-se uma árdua conquista pessoal.

O filósofo romeno Andrei Pleshu, que conheceu o Rio de Janeiro quarenta anos atrás, dizia, brincando: “O Brasil é um país onde ninguém tem a obrigação de ser normal.” Com o tempo, o gracejo, como tantos outros, se transfigurou em tragédia: no Brasil dos nossos dias é proibido ser normal.
O mero senso das proporções é estigmatizado como preconceito fascista, e não há alternativa senão acompanhar o fingimento histérico geral que não acredita no que vê, mas no que imagina. O ódio histérico ao que se desconhece tornou-se obrigatório, prova de boa conduta.

Para avaliar o quanto a alma brasileira se deteriorou ao longo das últimas décadas, basta ler as observações do gringo que detestou a experiência de viver neste país (http://www.gringoes.com/forum/forum_posts.asp?TID=17615&PN=1&title=top-reasons-i-hate-living-in-brazil) e compará-las à noção do "homem cordial" criada nos anos 30 do século XX por Sérgio Buarque de Hollanda e desenvolvida numa discussão com Ribeiro Couto e Cassiano Ricardo.
Na época, a "cordialidade" podia até parecer um traço saliente do brasileiro em geral, mas setenta mil homicídios por ano, Black Blocks na rua e a profusão de gente espumando de raiva contra o que ignora fazem-no soar como piada cínica.

A reeducação das emoções é impossível sem passar primeiro pela reeducação da inteligência, de modo que esta assuma, pouco a pouco, o comando da alma inteira e se torne o centro da personalidade em vez de um penduricalho inútil a serviço da autojustificação histérica.
Ser inteligente é, nesse sentido, como já lembrava Lionel Trilling, a primeira das obrigações morais. Sem inteligência, até as virtudes mais excelsas se tornam caricaturas de si mesmas.

03 de janeiro de 2014

Olavo de Carvalho
Publicado no Diário do Comércio

QUE DEBATE?


          Artigos - Governo do PT 
O único debate real que pode se realizar no Brasil é entre conservadores e progressistas.
Restaurar a linguagem é também fazer a contrarrevolução.

Fernando Gabeira publicou artigo no Estadão (2014 está rolando), no qual escreveu: “Independente de grandes manifestações, o Brasil merecia um grande debate, pois é uma eleição que potencialmente pode definir rumos. A maioria quer mudança. Mas isso não quer dizer nada, pois as eleições podem consagrar o mesmo bloco de partidos que está no poder. O desejo de mudança vai perseguir o próximo vencedor. Ele, naturalmente, pode resistir, argumentando que venceu”.


Quem acompanha o que Gabeira escreve sabe que, por “mudança”, entende ele o “avanço” da agenda revolucionária, sempre permanente e insaciável e que nunca é concluída. Mas há um anseio por outro debate, daqueles que querem mudar a nova tábua de valores implantada pelas esquerdas desde 1985. Aqui, a mudança significa retroagir, restabelecer o código de valores perdido, literalmente realizar a contrarrevolução gramsciana

Os grupos que se empenham por esse debate são numerosos e representativos. São os católicos, os evangélicos e os espíritas que agiram no Congresso para barrar as aberrações mais graves nos costumes. Pode-se ver que nesse grupo está contida a imensa maioria da população brasileira, cada vez mais enojada com os políticos revolucionários, mentirosos desde sempre, que agem na calada da noite contra os valores da nossa gente.

Um exemplo é a própria presidente Dilma Rousseff, que recebe as lideranças religiosas, posa de religiosa enquanto incentiva seus ministro a correrem com a agenda revolucionária. Não é mera hipocrisia, é tática.

O único debate real que pode se realizar no Brasil é entre conservadores e progressistas. Debate no seio da esquerda para saber quem é mais socialista e mais revolucionário é falso, pois os contentores concordam com as premissas e conclusões. Discordam apenas quanto à velocidade da realização das mudanças.

Na cabeça do Gabeira quem deve puxar o debate são os anarquistas revolucionários que incendiaram o Brasil em 2013, realizando incríveis e criminosos quebra-quebras. É a linha de frente revolucionária. Querem apenas apressar o parto da revolução meia boca que o PT tem realizado até aqui
 
Gabeira concluiu, querendo ser espirituoso: “O ano apenas começou a rolar. Ainda uso palavras do ano passado e, como diz o poeta T. S. Elliot, palavras do ano passado pertencem à linguagem do ano passado e as palavras de um novo ano esperam outra voz. Isso predispõe à abertura ao imprevisível. Mas um olhar mais largo aos acontecimentos que preocuparam no final do ano mostra que eram previsíveis”.
 
Gabeira aqui é inteiramente revolucionário. Quer palavras novas para novos gestos políticos, “novos” apenas em relação à nossa própria história, que o socialismo é velhíssimo, com um passado infausto e um futuro mais ainda. Precisamos das palavras velhas com seus velhos significados. Restaurar a linguagem é também fazer a contrarrevolução. É urgente e essencial.

03 de janeiro de 2013
Nivaldo Cordeiro

UM SÉCULO DE ISLAMISMO AFRICANO AMERICANO

           
          Artigos - Religião 
Nobre Drew Ali, fundador do Moorish Science Temple of America.
O ano de 2013 marcou o centenário da fundação divulgada do Templo Canaanita em Newark, Nova Jersey. Foi uma das primeiras formas nativas do islamismo africano americano, totalmente distinta do islamismo padrão, a religião de 1.400, fundada por Maomé na Arábia. Desse movimento veio Elijah Muhammad, Malcolm X e Louis Farrakhan.

O século pode ser dividido em dois grandes períodos: a invenção de uma nova religião (1913 a 1975) e a mobilização para a normatização do Islã (1975-2013).

Timothy Drew (1886-1929), americano afro-descendente, autodenominado Nobre Drew Ali, fundou o templo de Newark. Em 1925 fundou mais um, melhor organizado, com o nome de Moorish Science Temple of America. Suas ideias derivam de quatro fontes não muito plausíveis, pan-africanistas, Shriners, Muçulmanos Ahmadiyya e racistas brancos.

Ele se apropriou das noções do cristianismo de pan-africanistas como Edward Wilmot Blyden e Marcus Garvey, como religião dos brancos e o Islã como dos não brancos. Como shriner praticante, Nobre Drew Ali tomou para si traços dessa organização, como o uso do termo "Nobre" antes do nome, a necessidade dos homens usarem barretes cônicos e uma rede de alojamentos.
Dos ahmadis tomou os nomes em árabe, o tema do crescente e da estrela, a proibição de comer carne suína e a noção de Jesus ter ido à Índia.
Dos racistas brancos veio a ideia de que os já assentados afro-americanos não são sequer africanos e sim "mouros", "mouros-americanos" ou "asiáticos", um povo mítico do noroeste da África, moabitas, que migraram para a África subsaariana.

Livro sagrado do Nobre Drew Ali, O Sagrado Alcorão do Moorish Science Temple of America.
A partir dessa combinação única, o Nobre Drew Ali idealizou o livro sagrado de 64 páginas da sua religião, O Sagrado Alcorão do Moorish Science Temple of America (Chicago, 1927) que, apesar do nome, não tem quase nada a ver com o Alcorão islâmico, normativo, sendo amplamente plagiado com base em dois textos, um cristão oculto, o outro tibetano. O mais estranho é que o seu Alcorão se concentra, não na figura de Maomé, mas na de Jesus.

Nobre Drew Ali esperava que ao evitar a associação com a África, inventando uma nova identidade para os americanos afro-descendentes, insistindo para que sejam leais aos Estados Unidos, aparentariam ser novos imigrantes e como outros recém-chegados, passariam despercebidos evitando os estereótipos racistas arraigados e a segregação.

Mas não é o que iria acontecer. Segundo o historiador Richard Brent Turner, "Nobre Drew Ali não entendia que o caldo cultural não se estendia aos negros dos anos de 1920".

O MSTA entrou em declínio após a morte de Nobre Drew Ali em julho de 1929. A organização ainda existe com cerca de mil devotos. Um dos membros, Clement Rodney Hampton-El, foi condenado pela participação no atentado do World Trade Center em 1993, sentenciado a 35 anos de prisão. Outro membro, Narseal Batiste, foi condenado a treze anos e seis meses por planejar explodir a Sears Tower em Chicago.

O Templo teve um papel decisivo como precursor da Nation of Islam (Nação do Islã  - NoI), fundada em julho de 1930. O MSTA deu início a dupla tradição, subsequentemente apossado pela NoI, apropriando-se da imagística do Islã normativo despido de seu conteúdo, usando essa religião popular como veículo para se livrar do racismo branco. Ambos dedicavam-se acima de tudo aos americanos afro-descendentes não praticantes servindo como ponte para que se convertessem ao Islã normativo.

Muitas características do MSTA, o termo "nação", a identidade "asiática", a rejeição do negro e da África, a identificação do Islã com "pessoas de pele escura", a previsão de que todos os brancos seriam destruídos e a pretensão de profetizar e às vezes até de divindade, sobreviveu na NoI.

Clement Rodney Hampton-El, terrorista condenado pelo atentado ao World Trade Center.
Muitos dos primeiros membros da NoI pertenciam ao MSTA e era comum verem a Nação como sucessora do Templo. Elijah Muhammad, efetivo fundador da NoI, elogiava o precursor MSTA e às vezes retratava modestamente o movimento como "tentativa de terminar o que os antecessores começaram".

Desde 1975, a força motriz estava longe do MSTA enquanto a NoI favorecia o Islã normativo, com mais de um bilhão de seguidores. Nem o MSTA nem a NoI tem condições de competir com a profundidade, peso e recursos dessa fé mundial.
A NoI tem perdido membros para o Islã normativo, a ponto de continuar, graças principalmente à importância dos membros mais antigos e ao já doente Farrakhan (nascido em 1933).
Quando ele sair de cena, a NoI irá provavelmente seguir os passos do MSTA, ou seja, rápido declínio, seguindo a adoção do Islã normativo pela maioria esmagadora dos muçulmanos americanos afro-descendentes.

Apesar de seu futuro insignificante, o MSTA e a NoI preservam sua importância, porque praticamente todos os 750 mil muçulmanos americanos afro-descendentes de hoje, e uma comunidade potencialmente bem maior nos anos vindouros, remontam suas raízes ao Templo Canaanita do século passado, em Newark.

Publicado no The Washington Times
Original em inglês: A Century of African-American Islam
Tradução: Joseph Skilnik

O EFEITO SADE, O PORTA DOS FUNDOS E A BARBÁRIE

Artigos - Cultura        

Conhecidas são as conseqüências e os graves efeitos de dano social quando o humor é utilizado com arma de perversão sexual e afronta à moral religiosa.


Nas vésperas do Natal, na noite santa de 24 de dezembro, solicitaram-me ver e denunciar o filme "Especial de Natal", do grupo "Porta dos Fundos". Impactado, percebi de imediato a gravidade da situação. Blasfemo e sacrílego, o ateu declarado Fábio Porchat, roteirista do filme, infringiu o artigo 208 do Código Penal:

"Dos Crimes contra o sentimento religioso: Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo. Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa..."

Escárnio do sentimento religioso, vilipêndio, zombaria. A intencionalidade do escárnio e, portanto, da provocação deliberada aos cristãos, se comprova na data escolhida para a exibição do filme, na festa celebrada em todo o mundo, do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.

O ateísmo militante do "Porta dos Fundos", desponta como uma força a mais na somatória de hostilidades ao cristianismo, que desde a Renascença tais agressões vem se articulando, e obtiveram o poder político depois da Revolução Francesa, e hoje agem como força globalista a intensificar cada vez mais seu ódio ao cristianismo, utilizando-se de todos os meios para isso, e mirando cada vez mais na doutrina católica. 

Hoje, com alto poder tecnológico e financeiro, o ateísmo militante (na soma dessas forças) se sente preparado para agir com quase inteiro destemor, para corroer ainda mais a tessitura civilizacional, e estender a barbárie por toda a parte, inclusive o surrealismo e o anarquismo sexual (como explicitado na esquete "Sobre a Mesa", do mesmo grupo).
Neste contexto, "só o Deus moral é refutado", como queria Nietzsche, "e o reino dos céus encontra-se imediatamente ao nosso alcance" (Camus), dando mais força ao mais forte, que poderá então saciar todas as volúpias, violentando o mais fraco, de todas as formas. É o que pede a personagem mulher de "Sobre a Mesa", quando responde ao marido que o que deseja mesmo é ser violentada sexualmente, por tudo e por todos, e de todas as maneiras, até a extenuação total. E para isso acontecer, é preciso extinguir todo limite moral, para que os fortes (os mais fortes) possam gozar de todas as delícias epidérmicas, esmagando os fracos, na pior lógica do darwinismo social. 

É evidente a violência travestida de sátira nas esquetes do "Porta dos Fundos". O riso não é condenável, em si, mas quando utilizado como arma de perversão sexual e afronta religiosa, torna-se abominável.  Ainda bem antes da hegemonia da televisão nos meios de comunicação, Frederick Wertham advertiu sobre os graves efeitos da violência contida nas histórias em quadrinhos, especialmente no comportamento de crianças e adolescentes, como lembra Roger Shattuck, em "Conhecimento Proibido" (Companhia das Letras, 1998).

E que também conta que para Bruno Bettelheim, as estórias de contos de fadas, "ensinam as crianças não a imitar a crueldade e a destruição, mas a vencê-las". O fato é que fez parte do projeto revolucionário banir toda e qualquer restrição à criatividade literária, para justamente fomentar a perversão e seus inevitáveis efeitos de crueldade e destruição de valores humanos (daqueles valores que efetivamente humanizam), consolidados pelo cristianismo, e por causa de tais valores foi possível o esplendor da civilização ocidental. 

Mas a libido scendi (libido pelo conhecimento) não contem o afã da barbárie. Goethe que o diga, com "Fausto"! Mesmo assim, o furor da hybris, tão temido pelos gregos antigos, avançou com os libertinos do séc. XVII e XVIII, até encontrar em Sade sua expressão mais tenebrosa. E agindo como demolidores constantes do cristianismo, tiveram força suficiente no final do século XX para reabilitarem Sade, incluindo-o na plêiade francesa, tido hoje como um ícone dos que se sentem fortes para desferir mais golpes contra a moral cristã. Querem vingar Sade pelos anos que passou preso na Bastilha. 
Entre as acusações contra Sade, relata Shattuck,

"estavam a sodomia homossexual e heterossexual (...) vários espancamentos com chicote e possíveis ferimentos à faca em prostitutas, a masturbação sobre um crucifixo, corrupção de adolescentes, ameaças de morte e outros excessos". "De temperamento sexual vulcânico, Sade tinha dificuldade em atingir o orgasmo. Duas práticas o auxiliavam: a dor, causada ou sofrida, e a sodomia passiva, simulada na prisão com pênis artificiais que a mulher encomendava especialmente para ele".

Mas hoje Sade está na plêiade, em edições de luxo, enaltecidos por Camille Paglia, entre outros, inspirando o humor cáustico e sórdido a ser mais intenso na corrosão da moral cristã, pois desejam é reduzir a pó o edifício cristão. Para aí sim, fazer prevalecer a República de Saló, em escala global.


O que o "Porta dos Fundos" está disposto a fazer é escancarar a porta para a República de Saló, onde os mais fortes sempre terão todas as vantagens, à custa dos padecimentos de quem puderem se aproveitar para seus fins de poder, sem nenhuma piedade nem humanidade.
Quando a personagem mulher da esquete "Sobre a Mesa" diz ao marido querer mesmo é ser violentada sexualmente por muitos e de todas as formas, faz empalidecer Sade, em seu afã de perversidade.
O pior é que na mentalidade dos defensores de Sade, como Jean Paulhan, a perversão sexual não é crime, mas direito a felicidade.

Os excessos do sadismo, não são vistos como crime, mas como expressão extrema do egoísmo utilitarista, apenas isso. Mas quem tiver força e puder fazê-lo, qual o problema? Que cada um saiba como se defender disso. "Seja, pois um forte". Nessa lógica, o mais terrível efeito dos excessos decorrentes da liberdade total, é que o forte só poderá exercer sua força de volúpia total, impondo a dor aos demais, tendo prazer inclusive na dor de seus subjugados. E é isso justamente que a moral cristã visa conter e deter, e tendo feito isso, foi capaz de civilizar. Com o "Porta dos Fundos", a porta se escancara ainda mais para a extensão da barbárie, com os seus já bem conhecidos danos sociais. 

03 de janeiro de 2014
Hermes Rodrigues Nery é autor do romance "O Dilema de Páris" (Edicon, 1996) e "Presença de Rachel - conversas informais com a escritora Rachel de Queiros, FUNPEC, 2002).

MACHISMO E MISOGINIA EM PAULO GHIRALDELLI

          Uma aula de filosofia rortyana      
Não, Ghiraldelli, Rachel Sheherazade não precisa ouvir suas aulas rortyanas, e não precisa aceitar desculpas esfarrapadas sem provas.

Paulo Ghiraldelli começou 2014 em desespero claro e absoluto. Eu até teria pena dele não estivesse diante de um sujeito que falsifica a realidade como o mais frio dos psicopatas. Por isso, não o tratarei com dó, mas com a assertividade com que tratamos pessoas com comportamento antissocial.

O comportamento de Ghiraldelli nos lembra o do psicopata preso à mesa, visto na cena abaixo do seriado Dexter – alias, é uma das cenas que mais representam a mania esquerdista de mentir em debates. Repare:

Basicamente, ele salta de um embuste para outro, enquanto tentar arrumar desculpas esfarrapadas, após ter incitado estupro contra Rachel Sheherazade. O excelente post investigativo de Felipe Moura Brasil trouxe coisas muito interessantes.
Lembremos:


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Ou seja, acima temos o jogo de dizer “só fiz para brincar com a direita política”. O discurso é “eu fiz, mas não era a sério”.
Como o discurso não colou, o post acima sumiu e veio a negação…


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Enfim, uma negação explícita, que, obviamente, não bate com a explicação anterior. Segundo ele, foi tudo culpa de um hacker. Claro que a explicação beira a piada, pois que hacker é esse que nem troca a senha da conta dele?

Depois dessa explicação ter sido ridicularizada (e com razão) na Internet, veio outra explicação. Ghiraldelli não era mais Ghiraldelli, mas sim uma “legião”:


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Agora, o “filósofo” tem uma EQUIPE para administrar a página dele. Engraçado ele não ter revelado o nome dessa equipe…

Ao passo que já parecia conformado com o processo, Ghiraldelli começou a tentar táticas de redução de dano, como podemos ver na matéria Filósofo rebate Rachel Sheherazade e fala sobre processo: “É uma bobagem”

Não há nenhuma agressão minha contra Sherazade. Ela incitou pessoas contra mim, num post que não tem a ver comigo, e que fala de um nome que é SHERAZEDO. Por que seria ela?
Espere. As coisas não batem. Se antes ele não concordava com o post (que teria sido de um “hacker”), agora ele resolveu virar advogado de defesa do hacker, usando um truque de jardim de infância? O truque é simples: “Ela não chama Sherazedo, então não a ofendi”.
Só que essa imagem mostra a fúria dele contra Sheherazade:


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Quer dizer, o tal “bacanal do inferno” traz todas pessoas que tem sido um empecilho ao governo petista. Ou será que ele resolveu citar pessoas conhecidas e uma tal Sherazedo que não existe? Como se nota, ele vai tentando um truque atrás do outro, e, quando o truque não pega bem, ele pula para outro, sem o menor peso na consciência e nenhum embaraço, assim como o personagem do vídeo que trouxe neste post.

O truque abaixo, ainda na reportagem do NaTelinha, já é daqueles que me faz exercitar o ceticismo político:
Além do mais, sou defensor de direitos de minorias e batalhador em favor de causas femininas. Quem ler um dos meus últimos livros, ‘Filosofia política para educadores’ poderá ver minhas ideais sobre o assunto. Essa coisa de eu desejar que alguém seja estuprado é uma bobagem tremenda! Sou contra qualquer tipo de violência: contra fetos, animais, mulheres, gays etc. Qualquer violência contra minorias tem meu repúdio completo.

O truque acima é bem simples e facilmente desmascarável. O sujeito usa uma auto-declaração sobre si próprio como uma alegada evidência de que não cometeu um crime. Se seguirmos pela “lógica” de Ghiraldelli, basta alguém escrever um diário dizendo “defendo uma vida sem crimes”, que, ao ser preso por assassinato poderá dizer: “Eu sou um defensor de uma vida sem crimes, portanto não posso ter cometido crime”. Ê lelê…
Vamos aos fatos: Ghiraldelli apenas DIZ que defende minorias, mas todo o discurso dele nesse sentido é mais falso que propaganda de pasta de dente.

No dia 30 de dezembro, Rachel Sheherazade entrou com o processo: “Missão cumprida: esta manhã fui à delegacia competente representar penalmente contra meu agressor ou quem se faz passar por ele, @ghiraldelli.
Agora, é só aguardar as providências legais e a providência divina. tenho a certeza de que cumpri meu papel de cidadã”.
Foi quando ele pirou de vez:

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Ele começa, bravinho, dizendo: “Quer guerra?”. Mas quem entende a postura de figuras assim, sabe que é só truque de intimidação. Quem será que ele quer enganar com isso?


Em seguida, Ghiraldelli cai em contradição em relação ao “saber” filosófico que alega possuir: “Tem gente que não sabe o que é guerrear contra um filósofo mais velho. Mas aprenderá.”. Aqui ele se entregou, pois tratou aquilo que ele faz não de filosofia, mas do uso de truques e artimanhas para enganar os outros.
Em suma, pura “filosofia” rortyana. Como eu já li dois livros de Ghiraldelli, sei que ele não é filósofo nem aqui nem na China. É um seguidor de Richard Rorty e Paulo Freire. Preciso dizer mais alguma coisa?

Depois, diz que ela “odeia o feminismo (e minorias)”. E cadê as provas nesse sentido? Além do mais, uma mulher não precisa “do feminismo” para denunciar um sujeito que incita violência contra ela.

Momento mais grotesco: Ele diz que fez B.O. contra Rachel. Motivo: ela teria incitado linchamento público de Ghiraldelli e se recusado a aceitar as desculpas dele. Eis o machismo evidente de Ghiraldelli, chegando às raias da misoginia. Ele simplesmente se revoltou com o fato de ter tomado um “toco” humilhante de Rachel, como vemos abaixo:

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Quer dizer, Rachel Sheherazade apontou os fatos, e ainda teve a gentileza de abrir um processo com uma gentileza e educação que não existe no mundo de Ghiraldelli. Relembremos que ela diz “[o processo foi aberto] contra meu agressor ou quem se faz passar por ele, @ghiraldelli”.

Assim, se o tal delegado riu do B.O. aberto por Ghiraldelli, não é um bom sinal… para o rortyano. O sujeito teve tê-lo tratado do mesmo jeito que trataria qualquer chiliquento que entrasse na delegacia. E registrar B.O. não implica em ter uma razão para fazê-lo. Se Rachel foi violentamente agredida, ao menos psicologicamente, Ghiraldelli só podia alegar que a repórter ofendida não quis falar com ele. Ha ha ha…

No mundo machista e tribal de Ghiraldelli, as mulheres devem estar a disposição dele para ouvir suas conversinhas para boi dormir. Não, Ghiraldelli, Rachel não precisa ouvir suas aulas rortyanas, e não precisa aceitar desculpas esfarrapadas sem provas. Não adianta forçar uma mulher a ouvir o choro de uma hipócrita, como se ele dissesse a ela: “Ei, mulher, você vai me ouvir sim!”. Quando tomou um “BLOCK!”, ficou com o orgulho ferido.

Mas, pensando bem, realmente não é um bom jogo para Rachel entrar em guerra contra Ghiraldelli. A não ser que ela conheça a “filosofia” de Rorty. Pois bem, para Rorty, a linguagem não precisa representar o real, mas recursos para obter resultados. Toda a filosofia dele não passa de racionalizações neste sentido. Em suma, um rortyano aprende a mentir após ter racionalizações (disfarçadas de filosofia) para que consiga convencer seus pares de que a mentira justifica sua causa.

Para derrotar um rortyano, o ideal  é um investigador de fraudes intelectuais pronto a debater com alguém que faz empilhamentos de rotinas fraudulentas uma atrás da outra.

03 de janeiro de 2014
Luciano Ayan