"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 21 de maio de 2017

A GRANDE APOSTA

Não cabe mais na condução da Política a confusão generalizada entre o interesse público e o privado.
A Política (aqui com maiúscula) não é arte ou atividade endógena, ou seja, não se forma a partir da própria atividade da classe política (aqui com minúscula). A Política se forma pela reflexão, ocorrência ou repercussão do fato social que afeta determinada sociedade e que por esta é transformada. Já a política, formada endogenamente pela própria atividade dos políticos, resulta na estreiteza de meios, razões e objetivos. Pelos lados do Brasil há quem acredite que o factoide, o debate estreito e a “habilidade” em lidar com a classe política possa nos tirar do buraco e da lama em que estamos engalfinhados. Não é possível.

A crise vigente tem natureza profunda e complexa. A sua solução requererá mudanças muito reais e estruturais nos modos da sociedade brasileira, sobretudo nas suas camadas superiores. Não cabe mais na condução da Política a confusão generalizada entre o interesse público e o privado. 

É dessa relação mal estabelecida que nasce a corrupção, o nepotismo, o favorecimento e a má utilização dos bens públicos, cujas repercussões são macroeconômicas e macrosociais. Daqui não podemos sair com soluções meramente ideológicas sugerindo que mudanças na direção da direita ou da esquerda sejam necessárias para acabar com os malfeitos. A verdade é que o PT fundamentou aquilo que era, até então, razoável teoria: há algo de mais podre no Reino do Brasil. A visão, em verdade antropológica, de que o brasileiro não separa bem as coisas da republica e da vida privada de pessoas e empresas, está acima das ideologias.Lula da Silva e Collor de Mello fizeram o mesmo, em graus e cores diversas, com o mesmo autoritarismo (na sua essência, mesmo que de formas diversas). Os valores sociais e culturais brasileiros estão corrompidos pela visão de um Estado à postos para ser assaltado e utilizado para fins privados. Ao final, não há a percepção de que há uma conta a ser paga pela sociedade ao longo de certo tempo, o qual pode ser curto, mas pode ser também longo.

Mesmo que muitos acreditem na premissa de que a confusão entre o público e o privado é maior que o que se demonstra nos atuais processos judiciais de Curitiba, contra sicrano e beltrano, a verdade é que a sociedade brasileira continua a buscar saídas limitadas para o país. 

Sem mudanças estruturais, fará pouca diferença quem será o próximo Presidente da República. A começar pelo próprio sistema eleitoral e a legislação partidária. Esses dois pilares da política brasileira (com minúsculas) são a representação do patrimonialismo que muitos reconhecem, mas para o qual não encontram e apresentam soluções
Se o próximo chefe de Governo e de Estado permanecer fincado às bases movediças do sistema eleitoral brasileiro, seja quem ele ou ela for, terá de sucumbir aos mesmos males de outros no passado recente e longínquo. 
O país permanecerá em crise, mesmo que eventualmente assim não aparente por certo tempo. O caso de Lula da Silva é emblemático: seu governo era elogiado por quase todos os lados e via-se nele o estadista que ele nunca foi. Agora, verifica-se que era tudo farsa e prosa, sustentado por commodities em alta. 
O país real finalmente venceu e acabou por mostrar as entranhas no circuito Curitiba -Rio de Janeiro - Brasília.

O que as pesquisas eleitorais nos mostram é o jogo de nomes políticos, produtores de factoides. Aqui e acolá, discute-se o que seria de Jair Bolsonaro, Lula, Marina, Ciro, Alckmin, Dória e outros na cadeira de primeiro mandatário do país. Vale avisar: o resultado desse jogo se tornará a cada dia mais aleatório se a sociedade, sobretudo as elites, não acordarem para o fato de que não há nada de substantivo sendo gerado dentro das veias sociais e que mude o caminho de irracionalidade e desilusão em relação ao país. 

Não nos surpreenderíamos se de repente tenhamos dois candidatos fracos do ponto de vista partidário (e.g. Marina e Bolsonaro) na reta final da campanha eleitoral do ano que vem. Isso significa que essa aleatoriedade é resultado direto da falta de propostas de mudanças estruturais, seja nas bases jurídico-eleitorais (partidos e sistema), bem como, nos caminhos de transformação do país, na economia e na sociedade. 
Na economia será necessário que finalmente possamos passar da fase “busca da estabilidade” (inflacionária e fiscal) para a fase “desenvolvimento integral (social e econômico)”. Na sociedade é preciso educá-la para a percepção de que o Estado não pode tudo e que o público pertence a todos e não pode ser “privatizado” para ninguém sob a supervisão de um Judiciário menos boquirroto e mais atuante.

Alguém pode se levantar contra a visão aqui disposta em poucas palavras e argumentar que o que aqui prego é idealista, pouco pragmático e, até mesmo, onírico. Vejamos.

De Lula da Silva até Jair Bolsonaro (este de forma restrita na mídia, mesmo que popular entre muitos), passando por Alckmin, Ciro, Dória, Marina e, até mesmo, Luciano Huck, todos começam a se colocar perante a sociedade. 

Dado que a sociedade está tão perdida quanto as próprias elites sociais e políticas, o jogo de palavras pode ser lido de diferentes formas, inclusive com a aceitação daquilo que é irracional. Na França, país desenvolvido e educado, Marine Le Pen, candidata da extrema direita, dobrou de votos desde a última eleição presidencial (de 19% para 38% do eleitorado total). 
Quem pode realmente apostar que no Brasil, país recheado de ignorantes, inclusive nas elites, a extrema direita não pode levar um populista como Bolsonaro à vitória? 
Quem pode apostar com razoável certeza de que Lula da Silva não leva o trono da República? (Aqui a aposta é que o Judiciário acerta o candidato no peito e na cabeça). A vulnerabilidade dos outros candidatos, senão vem de denúncias de malfeitos, virá de suas próprias fragilidades pessoais e políticas, sobre um sistema político já provadamente falido.

Ora, ora, se alguém acredita que estão em curso mudanças estruturais para o país, que nos mostrem as saídas viáveis estão sendo construídas pelos, até agora, candidatos e, principalmente, pela própria sociedade. 

O que vislumbro no momento é um imenso vazio político pronto para ser preenchido por qualquer candidato. 
O resultado pode ser bom ou ruim, mas o risco é elevadíssimo de que o país permaneça fora dos trilhos à espera de soluções para “questões idealistas” que mudem de fato o país.

21 de maio de 2017
Frencisco Petros

BOLSONARO É ENTREVISTADO PELO JORNALISTA MAIS OPRESSOR DE SANTA CATARINA

REPÓRTER PENSAVA QUE BOLSONARO ERA LEIGO EM ECONOMIA E QUEBROU A CARA

CARTMEN LÚCIA SE REUNIU COM AS FORÇAS ARMADAS E PEDIU QUE ELES SE MANTENHAM PRÓXIMOS

DELAÇÃO DA JBS: SÃO TODOS BANDIDOS

Delação da JBS: São todos bandidos


21 de maio de 2017
postado por m.americo

JBS E A PROSTITUIÇÃO DO BRASIL

JBS e a PROSTITUIÇÃO do Brasil...


21 de maio de 2017
postado por m.americo

OAB É DESMASCARADA!

OAB É DESMASCARADA!


21 de maio de 2017
postado por m.americo

JBS COMPROU O APOIO DE CINCO SENADORES A DILMA ROUSSEFF POR R$ 35 MILHÕES - DIZ DELATOR



Foi golpe?

Ricardo Saud, diretor da JBS, disse à PGR que foram pagos R$ 35 milhões para comprar o apoio de cinco senadores a Dilma Rousseff em 2014. E todos eles seriam do PMDB: Eduardo Braga (AM), Jader Barbalho (PA), Eunício Oliveira (CE, hoje Presidente do Senado), Renan Calheiros (AL) e Vital do Rego, hoje ministro do TCU.

Ele informa ainda que R$ 1 milhão seria destinado à senadora Katia Abreu (TO), mas ela não recebeu. Registre-se, pois.

Resta agora perguntar: foi golpe, mesmo? E a delação da JBS continua valendo? Pois é…


21 de maio de 2017
implicante

NO BOLSO DA JBS: 179 DEPUTADOS ESTADUAIS, 167 FEDERAIS, 28 SENADORES E 16 GOVERNADORES

A informação é da revista Época Negócios.

Ricardo Staud, diretor da JBS, realizou um verdadeiro levantamento acerca das propinas pagas pela empresa. Seriam 1.829 candidatos por todo o país.

Vejam trecho de seu depoimento:

“É importante a gente trabalhar que desses R$ 500 milhões, quase R$ 600 milhões que estamos falando aqui, praticamente, tirando esses R$ 10, R$ 15 milhões aqui, o resto tudo é propina. Tudo tem ato de ofício, tudo tem promessa, tudo tem alguma coisa. Então eu gostaria de deixar registrado que nós demos propina para 28 partidos. Esse dinheiro foi desmembrado para 1.829 candidatos. Eleitos foram 179 deputados estaduais de 23 estados, 167 deputados federais de 19partidos. Demos propina para 28 senadores da República, sendo que alguns disputaram e perderam eleição para governadores e alguns disputaram a reeleição ou eleição para o Senado. E demos propina para 16 governadores eleitos, sendo quatro do PMDB, quatro do PSDB, 3 do PT, 2 do PSB, 1 do PP, 1 do PSD. Foi um estudo que eu fiz, por conta minha (…) Acho que no futuro vai servir. Aqui estão todas as pessoas que receberam propina diretamente ou indiretamente da gente”

E mais:

“Eu falo direta ou indiretamente pelo seguinte: é muito difícil o cara não estar sabendo que o PT comprou o partido X ou deixou de comprar o partido Y, que o Aécio comprou o partido X ou deixou de comprar o partido Y. Se ele recebeu esse dinheiro, ele sabe de um jeito ou de outro (que) foi de propina. Essas pessoas estão cientes disso”


21 de maio de 2017
Revista Époda Negócios
implicante

FRANÇA INVESTIGA PROPINA PARA O GOVERNO LULA PELA COMPRA BILIONÁRIA DE SUBMARINOS

CONTRATO DE SUBMARINOS
AUTORIDADES FRANCESAS INVESTIGAM CONTRATO DE R$24,4 BILHÕES

VENDA BILIONÁRIA DE SUBMARINOS SCORPÈNE AO BRASIL FOI FEITA EM EM 2008, DURANTE O GOVERNO LULA.


A Justiça francesa investiga a denúncia de pagamento de suborno pelo bilionário contrato de venda de submarinos Scorpène para o Brasil, em 2008, no governo Lula. Neste domingo, toda a imprensa francesa dedicou espaço ao assunto. O acordo de 6,7 bilhões de euros (equivalentes a R$24,4 bilhões) inclui transferência de tecnologia para o Brasil.

A procuradora-geral da Procuradoria Nacional Financeira (PNF), Eliane Houlette, esteve há duas semanas no Brasil chefiando uma delegação, da qual também participou o chefe do Departamento Anticorrupção da Polícia (Oclciff, na sigla em francês), Thomas de Ricolfis.

Fontes oficiais confirmaram a investigação da PNF e da polícia francesa de “corrupção de funcionários públicos estrangeiros” no contrato de venda de quatro submarinos de ataque Scorpène, assinado em 23 de dezembro de 2008, no Brasil, pelos então presidentes da França, Nicolas Sarkozy, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva Lula.

O Scorpène é um submarino convencional, de última tecnologia, fabricado pelo estaleiro naval francês DCNS (Direction des Constructions Navales Services) em cooperação com o espanhol Navantia. Chile e Malásia têm dois desses submarinos. A Índia adquiriu seis, dos quais três já foram entregues.

Um porta-voz da DCNS disse à agência France Press que a companhia “não tem nada a ver com a Operação Lava Jato”, acrescentando que a empresa “respeita escrupulosamente, no mundo todo, as regras do Direito”.

No Brasil, a DCNS é parceira da BTP Odebrecht, que subcontratou por R$3 bilhões, segundo as suspeitas, por recomendação do ex-presidente Lula. Ambas as empresas estão no centro do megaescândalo de corrupção de agita o país. Em abril, o presidente da DCNS Brasil, Eric Berthelot, havia dito que essas investigações “atingiam apenas a própria Odebrecht”.


21 de maio de 2017
diário do poder

A TRAMA SE COMPLICA PARA TEMER E TAMBÉM PARA OS IRMÃOS BATISTA

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Joesley e Temer, quando eram grandes amigos
A trama se complica em Brasília. Para Michel Temer e, também, seus algozes, os irmãos Joesley e Wesley Batista, controladores da JBS, uma das maiores indústrias de alimentos do mundo. 
As gravações já conhecidas seriam provas de menor peso entre a documentação coletada pela polícia e por procuradores nas últimas cinco semanas, desde que os irmãos Batista começaram a confessar crimes e cúmplices em PMDB, PT e PSDB, entre outros partidos. Há muito mais, a ser divulgado em breve.
Temer virou um personagem singular na História brasileira: é o primeiro presidente que, no cargo, enfrenta uma investigação por corrupção, organização criminosa e obstrução de Justiça. Ele procura uma pinguela jurídica que lhe permita ganhar tempo para tentar recompor a base política, em rápida desintegração.
BLOQUEIO – Sexta à noite pediu ao Supremo o bloqueio da investigação. Alegou ilegalidades nas provas, em especial na gravação que o incrimina, produzida pelo bilionário Joesley Batista no último 7 de março, em conversa no porão da residência do Jaburu. O juiz Luís Roberto Barroso negou.
No sábado, retomou a ofensiva. Solicitou ao juiz Edson Fachin a suspensão do inquérito para perícia no grampo. Apostou alto, até porque nova recusa do STF seria interpretada quase como uma sentença.
Em discurso, o presidente descartou a possibilidade de renúncia. Fez isso pela segunda vez, no espaço de 72 horas. “Meu governo tem rumo”, disse.
EM DESALENTO – Na vida real, Temer é um governante em desalento, à procura de respaldo para sobreviver no Palácio do Planalto. Em política, tudo é possível, inclusive a recuperação de um governo que está no chão. Por enquanto, as chances são remotas, como se admite até no principal avalista do presidente, o PSDB. 
Sob orientação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, esse partido planeja decidir o próprio destino nesta semana. Se abandonar Temer, o governo pode cair nas horas seguintes. Caso se mantenha atrelado ao presidente investigado, estará jogando com a própria sobrevivência.
Incerto, também, tornou-se o futuro dos irmãos Batista e do grupo JBS. Até a noite de sexta-feira, eles desfrutavam de uma situação bastante privilegiada em relação a outros empresários e companhias privadas investigados no caso Lava-Jato.
O quadro mudou. Isso porque, em tese, como ontem acusou Temer, teriam cometido “o crime perfeito”, um delito do tipo lesa-pátria no qual estimularam uma grave crise política para lucro próprio — usufruindo da imunidade judicial definida no pré-acordo de delação premiada que assinaram na tarde do último 7 de abril.
SEM ACORDO – A dupla de bilionários se recusou a aceitar um acordo de leniência que previa multa de R$ 11,1 bilhões, valor um terço maior do que o acertado pela Odebrecht com a Justiça no Brasil, nos Estados Unidos e na Suíça. Os irmãos Batista preferiram deixar o grupo JBS, do qual detêm 44% do controle, exposto ao risco de sanções financeiras ainda maiores.
Ao mesmo tempo, viram surgir investigações baseadas na suspeita de que multiplicaram a fortuna, manipulando uma crise política que eles mesmos detonaram, com grampos e confissões de suborno pluripartidário envolvendo 1.829 políticos, inclusive o presidente da República.
Essa percepção dominante forçou a Comissão de Valores Mobiliários a se mobilizar, enquanto procuradores passaram a analisar uma revisão do acordo de delação premiada. Ele contém cláusulas de rescisão. Uma delas prevê sua nulidade, se comprovado que os signatários “mentiram ou omitiram, total ou parcialmente, fatos ilícitos que praticaram, participaram ou têm conhecimento”.

21 de maio de 2017
José CasadoO Globo

PRONUNCIAMENTOS DE TEMER ESTÃO REFORÇANDO AS ACUSAÇÕES CONTRA ELE

Charge do Kacio (kacio.art.br)


Assisti novamente ao último pronunciamento de Temer e cheguei à seguinte conclusão: quanto mais ele fala e se expõe, mais perde a credibilidade. 
Os argumentos, a postura, a fisionomia, nada ajuda. Parece que não é opinião única. Basta ler os comentários de quem assiste para perceber isso. Talvez ele ganhasse mais não se expondo neste momento. A população está totalmente avessa à sua imagem. Mas, como tenho dito, parece que Temer vive uma realidade paralela. Cercou-se de assessores suspeitos, que não realizam uma leitura concreta da realidade.

Soa um “dejá vu” do período final de Dilma Rousseff no poder, quando do desgaste máximo de sua imagem. Quem diria que o grande político e jurista Michel Temer terminaria sua carreira desta maneira.

ALÉM DOS “CORTES” – Quanto à gravação comprometedora, é preciso analisar amplamente a situação para além dos chamados “cortes” na gravação.

Perguntas que não querem calar:

1) Por que Temer, um presidente da República, receberia um empresário envolvido em investigações sobre desvio de dinheiro público de modo “clandestino” altas horas da noite?

2) Por que em nenhum momento da gravação Temer adverte Joesley acerca de seus atos arbitrários referentes à confissão da compra de políticos, ministros e promotores?

3) Por que Joesley iria se deslocar até o Palácio para contar “vantagens e lorotas” a um presidente da República – sendo bem recebido – se não tivesse alguma intenção vantajosa para ambos?


Estas e outras perguntas não foram respondidas nos dois pronunciamentos do presidente Temer. 
Temer sabe que não há alternativa que não seja a renúncia, para o bem do país, de sua família e dele mesmo.

21 de maio de 2017
Silvia Zanolla

EX-PRESIDENTE DA PETROS E DA FUNCEF RECEBERAM PROPINA DOS IRMÃOS BATISTA

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Charge do Ivan Cabral (ivancabral.com)
Os fundos de pensão de estatais estão no centro das delações firmadas por executivos da J&F Investimentos. Em depoimento prestado ao Ministério Público Federal (MPF), Joesley Batista, presidente da holding que controla a JBS e a Eldorado Celulose, descreveu o pagamento de propina para ex-presidentes da Funcef, dos empregados da Caixa Econômica Federal, e da Petros, dos trabalhadores da Petrobras. O dinheiro ilícito era repassado aos executivos em troca da aprovação de aportes vultosos em projetos de interesse da família Batista.
O PT, segundo ele, teria se beneficiado das irregularidades. O partido tinha total ingerência sobre as entidades fechadas de previdência complementar.
RIQUEZA DE DETALHES – Em um dos anexos da delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Joesley relatou com riqueza de detalhes como se aproximou dos fundos de pensão, as quantias repassadas e quem eram os executivos que receberam dinheiro da corrupção. Conforme o delator, no primeiro semestre de 2008, ele montou uma operação para que o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Funcef e a Petros adquirissem 12,99% da JBS para custear o plano de expansão da companhia naquele ano e no seguinte.
Na época, Joesley foi aconselhado pelo então presidente da Funcef, Guilherme Lacerda, a estabelecer um relacionamento com Paulo Ferreira, filiado ao PT, já que o partido possuía forte influência sobre os fundos de pensão de estatais. O delator acatou o conselho e após se aproximar de Ferreira foi apresentado a João Vaccari, tesoureiro do PT. Com Vaccari, Joesley acertou o pagamento de 1% de propina ao partido para cada operação que a J&F conseguisse com Petros e Funcef.
MAIS PROPINA – Além desse acordo, o delator ainda se comprometeu a pagar 1% em propina para Lacerda e outro 1% para Wagner Pinheiro, presidente da Petros à época e que conheceu quando recebeu o aporte em conjunto com o BNDES. Batista, entretanto, detalhou que não tinha influência sobre os aspectos técnicos das aprovações internas dos fundos de pensão, tarefa que cabia a cada executivo.
O primeiro repasse aos executivos ocorreu em 2009, quando Petros e Funcef adquiriram cotas do Fundo de Investimento em Participação (FIP) Florestal. Cada uma das entidades desembolsou R$ 275 milhões. Com isso, os pagamentos de propina foram feitos a Lacerda e a Pinheiro.
No caso do presidente da Funcef, ele designou um homem chamado João Bosco, representante comercial que morava no Espírito Santo, para receber o dinheiro, que era entregue mediante o repasse de notas fiscais frias. No caso do presidente da Petros, os valores eram repassados ao irmão dele. Lacerda foi preso durante a primeira fase da Operação Greenfield, que investiga fraudes em fundos de pensão. Com a confissão de Batista, sua situação deve se complicar.
PAGAMENTOS – De março de 2010 a julho de 2015, Joesley pagou R$ 2,7 milhões a Pinheiro, dos quais R$ 300 mil em espécie e o restante por meio de notas fiscais frias. Os pagamentos foram mantidos aos sucessores de Pinheiro. Luis Carlos Afonso recebeu um apartamento em Nova York, avaliado em US$ 1,5 milhão pela operação em que o FIP Florestal foi incorporado pela Eldorado Celulose. Carlos Costa, sucessor de Afonso, também recebeu pagamentos, mas os montantes não foram detalhados pelos irmãos Batista.
Vaccari ainda recebeu R$ 2 milhões relativos a operações fechadas com as entidades de previdência complementar e o dinheiro foi repassado para a Gráfica Focal. Os pagamentos feitos aos presidentes dos fundos de pensão e a Vaccari foram feitos sem o conhecimento do então ministro da Fazenda, Guido Mantega, principal facilitador de Joesley. Mantega, inclusive, o orientava a não fazer esses repasses.
CORRUPÇÃO EM SÉRIE – A família Batista é investigada em diversas operações da Polícia Federal e do MPF. Pelos menos 50 casos de corrupção estão na mira dos investigadores desde julho de 2016 nas operações Sépsis, Greenfield e Cui Bono. O que mais chamava a atenção deles é que o ex-deputado Eduardo Cunha, o empresário Lúcio Funaro, acusado de ser operador do parlamentar, e a Eldorado eram citados em todos os inquéritos.
Uma força tarefa com apoio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), da Receita Federal e do Banco Central (BC) foi criada para apurar todos os esquemas que podem ter movimentado R$ 15 bilhões em liberações de empréstimos e aplicações dos fundos de pensão.

21 de maio de 2017
Antonio Temóteo Correio Braziliense

TUDO INDICA QUE É HORA DE SE PENSAR NA ADOÇÃO DO REGIME PARLAMENTARISTA


Charge reproduzida do Arquivo Google
Desconsiderando a questão política, que realmente deixa o Presidente Temer numa situação insustentável, mas há o receio de que esse modo de agir das autoridades policiais e judiciárias esteja jogando o Brasil dentro de um regime fascista em que ninguém (principalmente agentes públicos) poderá falar absolutamente sobre nada (até mesmo porque também já existe a ditadura do politicamente correto). Considerando ainda que o Brasil é um país com legislação concebida dentro da lógica da criação de dificuldades para venda de facilidades, essa estrutura toda, dentro de um ambiente policialesco, vai travar de vez o desenvolvimento socioeconômico. A não ser que se fizesse uma nova Constituição e legislações complementares que diminuíssem drasticamente o poder do Estado sobre a sociedade.
PAÍS TRAVADO – É mais do que óbvio que daqui para frente teremos uma país cada vez mais travado para negócios e para o progresso. Quanto aos irmãos Batista, a principio eles podem pensar que se deram muito bem, um verdadeiro golpe de mestre. Mas em pouco tempo vão acabar se enroscando no suposto paraíso, os EUA, porque estão acostumados a fazer maracutaias e lá o buraco é muito mais embaixo quando se trata de Justiça.
Infelizmente, todo o dinheiro do BNDES utilizado para se fortalecer os “campeões nacionais” terá sido jogado fora. Em pouco tempo esses marginais vão passar o controle do império para algum grande grupo americano ou de outro país.
PARLAMENTARISMO – Para a estabilidade política e institucional, a melhor solução seria antecipar a adoção do regime parlamentarista. Temer deveria pedir que o Congresso escolhesse um líder, através da formação de maioria parlamentar, que poderia fazer o papel de primeiro-ministro.
O presidente Temer continuaria com o poder de direito e para efeitos protocolares, mas o poder de fato seria exercido por esse líder, enquanto o Congresso estivesse aprovando as mudanças constitucionais para a implantação ou não do regime parlamentarista de forma definitiva a partir de 2018, após um necessário plebiscito ou referendo para o povo chancelar essa importante mudança. Mas o fato é que o presidencialismo não dá mais.

21 de maio de 2017
Willy Sandoval

BRASILEIROS DEVEM SAIR ÀS RUAS E EXIGIR RENÚNCIA DE TEMER, DIZ JOAQUIM BARBOSA

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Joaquim Barbosa usa o Twitter para atacar Temer
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa recomenda que os brasileiros se organizem poara promover novas manifestações para exigir a renúncia imediata do presidente Michel Temer, em função das gravações feitas pelo empresário Joesley Batista, do grupo JBS. “Não há outra saída: os brasileiros devem se mobilizar, ir para as ruas e reivindicar com força: a renúncia imediata de Michel Temer”, escreveu Barbosa em seu Twitter.
“Isoladamente, a notícia extraída de um inquérito criminal e veiculada há poucas semanas, de que o sr. Michel Temer usou o Palácio do Jaburu para pedir propina a um empresário seria um motivo forte o bastante para se desencadear um clamor pela sua renúncia”, continuou.
O ex-ministro do Supremo chama de “estarrecedoras” as delações do empresário Joesley Batista, da JBS, envolvendo o presidente. “São fatos gravíssimos”, avaliou Barbosa.

21 de maio de 2017
Deu no Correio Braziliense(Agência Estado)

TRECHOS DA GRAVAÇÃO QUE INCRIMINOU TEMER NÃO SOFRERAM CORTES OU ADULTERAÇÕES


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Caires aponta os trechos passíveis de cortes
A gravação feita pelo delator Joesley Batista, da JBS, da conversa que ele teve com o presidente Temer, no Palácio do Jaburu, no dia 7 de março, será um dos pontos mais discutidos durante a investigação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal contra o presidente da República. O áudio foi entregue pelo empresário à Procuradoria Geral da República dentro de um acordo de delação premiada. Os jornais “Folha de S.Paulo” e “O Estado de S. Paulo” ouviram peritos sobre o áudio da conversa do delator com o presidente. Os peritos detectaram o que classificam de interrupções ou edições. Um deles diz que não é possível afirmar o que as provocou, se defeito no gravador ou outro motivo.
Os peritos ressalvam que não há sinais de mudança na parte fundamental da gravação: quando Joesley diz que zerou suas pendências com Eduardo Cunha e ficou de bem com o ex-deputado preso em Curitiba, ouvindo em outro trecho, a seguir, o presidente incentivar, dizendo “isso tem que continuar, viu”. Para o perito ouvido pela “Estadão”, o mesmo ocorre na parte em que o presidente Temer ouve de Joesley que está manipulando a Justiça.
DIZ A FOLHA – A reportagem da “Folha” diz que o áudio entregue por Joesley tem cortes, segundo um perito contratado pelo jornal. A “Folha” afirma que “a perícia concluiu que a gravação sofreu mais de 50 edições”. O laudo foi feito por Ricardo Caires dos Santos, perito judicial pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Ao jornal, ele disse que o áudio tem “indícios claros de manipulação, mas “não dá para falar com que propósito”. Em entrevista à “Folha”, outro perito, Ricardo Molina, declarou que a gravação é de baixa qualidade técnica: “Percebem-se mais de 40 interrupções, mas não dá para saber o que as provoca. Pode ser um defeito do gravador, pode ser edição, não dá para saber”,
Ainda segundo a reportagem da “Folha de S.Paulo”, “no momento mais polêmico do diálogo, quando, segundo a PGR, Temer dá anuência a uma mesada de Joesley a Cunha, a perícia feita por Ricardo Caires dos Santos não encontrou edições. O trecho, no entanto, segundo o perito, apresenta dois momento incompreensíveis, prejudicados por ruídos.
DIZ O ESTADÃO – O jornal “O Estado de S. Paulo” também aborda o tema, na edição deste sábado, com um perito que diz que “detecta 14 ‘cortes’ em áudio de conversa entre Temer e empresário, mas que, segundo o jornal, também “não vê, no entanto, ‘fragmentações’ no intervalo em que Eduardo Cunha é citado”. Ao “Estadão”, o perito Marcelo Carneiro de Souza disse que “os 14 trechos em que o perito encontrou possíveis edições estão entre o 14º minuto e o 34º minuto do áudio”. Essa parte da gravação não inclui o trecho em que Joesley fala que está segurando dois juízes e um procurador.
Essa parte da gravação foi confirmada pela Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República, no próprio dia em que o áudio veio a público, em nota afirmando que “o presidente Michel Temer não acreditou na veracidade das declarações. O empresário estava sendo objeto de inquérito e por isso parecia contar vantagem”. Segundo a nota, “o presidente não poderia crer que um juiz e um membro do Ministério Público estivessem sendo cooptados”.
MAIS PERÍCIA – O presidente Temer encaminhou a gravação que Joesley fez da conversa com ele para o serviço de inteligência da Presidência da República. Ele quer saber se o material gravado está íntegro ou tem cortes. Em nota oficial, a Procuradoria-Geral da República informou que foi feita uma avaliação técnica da gravação da conversa do dono da JBS com o presidente Temer e concluiu que o áudio revela uma conversa lógica e coerente. E que a gravação anexada ao inquérito do STF é exatamente a entregue pelo colaborador. E que sua integridade poderá ser verificada no processo.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Se as partes mais importantes que se referem a Temer não sofreram cortes nem adulterações, conforme os próprios peritos já constataram, os advogados de Temer precisam encontrar outra alegação a ser feita. Essa linha de defesa não leva a nada, já era. (C.N.)

21 de maio de 2017
Deu no G1GloboNews