"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

A HIPÓTESE GAIA, REVISITADA

Como já não é mais possível nem desejável viver sem uma rede global, coletiva, é preciso educá-la.

Os anos 70 foram bem loucos. No meio das pirações filosóficas e teorias paranormais, uma ideia chama a atenção. Tanto por sua bizarrice na época quanto por sua viabilidade, quase meio século depois, por meio da tecnologia. A hipótese Gaia foi uma mistura de misticismos que atribuíam ao planeta uma espécie de "consciência cósmica". Segundo a teoria, os seres vivos interagiriam com as redondezas inorgânicas para formar uma espécie de super-organismo, um sistema complexo responsável pela autorregulação do ambiente, garantindo a vida.

A ideia é poética, mas não tem cabimento. Mamãe Natureza não está preocupada com seus filhinhos, como bem o podem provar os pobres dinossauros. Não há equilíbrio. Depois de cada choque o ambiente se reconfigura de forma diferente, sacrificando espécies no processo.

Gaia não existe, mas há pouco tempo outra espécie de consciência global vem se formando. Ela não tem nada de natural nem esotérico. Pelo contrário, é construída pelos processos comerciais e industriais e conectada pelas redes digitais.

A presença humana desde a Revolução Industrial provocou mais mudanças no planeta do que boa parte dos acidentes geológicos. O uso da terra através de agricultura e mineração, a destruição de ecossistemas e o comprometimento da biodiversidade, a poluição e o crescimento das metrópoles levaram a uma mudança sem precedentes da superfície e das condições de habitação do planeta. A mudança é tão grande que vários cientistas se referem à época atual como o "Antropoceno", uma época que viria depois do Holoceno, o período geológico em que vivemos desde a última glaciação, há cerca de dez mil anos.

A tecnologia aplicada aos sistemas de transporte, comunicação, logística, mineração, agricultura, industrialização e energia cria uma nova espécie de inteligência global. Suas operações integradas criam um tipo de consciência de rede, coletiva, descentralizada e auto-organizável. Como a hipótese Gaia, ela é autorregulável, resistente a catástrofes naturais ou a qualquer interrupção da rede.

Onisciente, onipotente e onipresente, a tecnosfera cria uma espécie de "super-organismo", que envolve a terra em um processo complexo e descentralizado. É uma inteligência mais parecida com a de uma planta do que com a de um Godzilla. Plantas não têm cérebro, controle central ou órgãos vitais. Sua arquitetura modular permite a reconstrução de boa parte de sua estrutura sem morrer. Não há nada tão resiliente no mundo animal.

Aos 20 anos, essa super-planta ainda é jovem. Ela não tem objetivo a não ser se manter viva. Como qualquer organismo, cresce descontroladamente. Seus desejos não são muito diferentes dos nossos. Água pura e abundância de energia, por exemplo, são vitais para boa parte dos processos industriais.

Como já não é mais possível nem desejável viver sem a rede global, é preciso educá-la, criar nela um sistema imunológico que nos proteja de ações perigosas ou daninhas.

Mas para isso é preciso saber o que queremos. Precisamos reforçar as ideias de comunidade global e os valores de nossas instituições, com a consciência de que o sistema só se sustentará quando beneficiar a todos, sem exceção.
 
13 de janeiro de 2014
LULI RADFAHRER, Folha de SP
 

COMO AS DEMOCRACIAS SE MANTÊM VIVAS



Em Como as democracias acabam, o filósofo francês Jean-François Revel, um ex-marxista e posteriormente seguidor das ideias de Raymond Aron, profetizou no início da década de 1980 a derrota das democracias ocidentais para o socialismo.

Revel não foi o único. Um grande pessimismo contagiou o bloco liberal nesse período. Mas ao contrário dos prognósticos negativos, a democracia não só sobreviveu a tantos oponentes como prevaleceu no fim da Guerra Fria.

Até hoje existem mais ditaduras do que democracias no mundo. Não obstante, o regime liberal cresceu muito, alcançando, de acordo com institutos especializados, mais de 40% dos países.

Enquanto a democracia chega a lugares novos, muitas repúblicas pluripartidárias questionam-se. É o caso do Brasil. O paradoxo consiste no fato de que nunca tantos povos viveram sob as instituições democráticas como agora, ao mesmo tempo em que nunca a desilusão com essas instituições foi tão grande.

Adam Przeworski, autor de inúmeros livros sobre o tema, concluiu em seu mais recente Democracia e os limites do autogoverno, de 2010, que a insatisfação com o regime democrático está baseada em uma incompreensão de como a democracia funciona realmente.

Segundo o autor polonês, a democracia encontra dificuldades em atender a tudo que se espera dela, como o fim da pobreza e a participação ativa dos cidadãos na vida pública - ao contrário do que prometeram seus pais fundadores - porque vem associada ao capitalismo.

O comparativista, que por muitos anos foi professor da Universidade de Chicago, certamente não está defendendo uma recaída comunista, já ter sido ele próprio a decifrar em ensaios mais antigos a impossibilidade de liberdades políticas existirem em economias socialistas.

Przeworski está apenas demonstrando, mais uma vez com base em amplo estudo empírico, que a igualdade política formal estabelecida pela democracia não conseguiu eliminar as desigualdades econômicas e sociais, fazendo-as em alguns casos até mesmo aumentar.

O autor não vê alternativas e deixa para a imaginação futuras maneiras que possam contornar o problema. Os resultados das suas pesquisas desafiam teorias da justiça e outras postulações normativas que têm tentado solucionar a questão pelas próprias estruturas institucionais.

O pensador político liberal John Rawls, talvez o mais influente na passagem do século 20 para o 21, fundamentou sua teoria da justiça na ideia de que soluções constitucionais podem superar estruturas econômicas desiguais quando tomadas sob o "véu da ignorância" em um momento fundacional idealmente construído, isto é, quando os legisladores não fossem capazes de antecipar os efeitos das instituições por eles criadas sobre suas respectivas posições na sociedade.

Para Rawls, a justiça social se resume à igualdade de oportunidades e, dessa forma, nenhum interesse coletivo definido pelo governo ou qualquer outra entidade pode servir de justificativa para subtrair direitos e liberdades individuais consideradas invioláveis.

O debate teórico sobre democracia envolvendo o liberalismo revisitado, na linha da justiça de Rawls, e os limites do institucionalismo democrático, reconhecidos nos estudos de Przeworski, é da maior importância para o Brasil, neste momento com uma agenda de reforma política entreaberta.

A insatisfação que os brasileiros têm apresentado nas ruas e no dia a dia com relação à política representativa e o absoluto descrédito popular por qual passam nossas instituições democráticas são motivos mais do que suficientes para que este debate se desenvolva.

Assim como os céticos do passado, os pessimistas de hoje quanto ao futuro da democracia brasileira não devem ver suas profecias catastrofistas se realizarem. Mas, para que a democracia possa sair fortalecida e afastar hipóteses autoritárias, é preciso que ela se renove. Nada melhor para isso do que um ano de eleição, possivelmente acompanhado por mais protestos sociais.

Não é preciso que a democracia acabe para que voltemos a lhe dar valor. Mesmo para um grupo atualizado de marxistas, esse já é um regime considerado inegociável pelo menos desde o texto seminal do brasileiro Carlos Nelson Coutinho, publicado também nos anos 1980: Democracia como valor universal.

Em síntese, nenhuma insatisfação econômica, social, institucional ou de qualquer outra natureza pode servir de pretexto para destruir o pluralismo que já temos. Ao se reinventarem, as democracias simplesmente se mantêm vivas. Só é preciso que mudanças aconteçam sem repetir mais do mesmo.

13 de janeiro de 2014
Marcelo Coutinho, Correio Braziliense

EM FAMÍLIA

“Nosso sistema de saúde é muito bom para os presos”
Roseana Sarney, governadora do Maranhão


 
Roma falou. Ou melhor: Brasília. A crise da segurança pública no Maranhão agravou-se desde o mês passado. Finalmente, na última sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff postou sete mensagens consecutivas em seu Twitter. Para dizer que acompanha a crise, que despachou para São Luís seu ministro da Justiça e que providências para controlá-la começaram a ser tomadas. Citou algumas. E voltou a se calar.
 
TODO O CUIDADO é pouco. Dilma é candidata à reeleição. Há quatro anos, depois do Amazonas, foi o Maranhão, feudo da família Sarney há meio século, o estado a lhe conferir a maior vantagem de votos sobre Serra (PSDB) — 79% dos válidos no segundo turno. Primeiro cacique a se incorporar em 2002 à campanha de Lula, José Sarney foi o único a acompanhá-lo no avião que o devolveria a São Paulo, oito anos depois.
 
LULA APRENDEU a gostar dele. No passado, em comício no Maranhão, chamou Sarney de “ladrão”. No governo, encantado com seu apoio, batizou-o de “homem incomum” e fez-lhe quase todas as vontades. A crise da segurança pública que provocou até aqui decapitação de presos, atentados contra delegacias e a morte de uma criança queimada por bandidos veio em má hora para os Sarney — e, por tabela, para Dilma.
 
HÁ UM CANDIDATO favorito ao governo do Maranhão e ele é adversário da família — Flávio Dino, advogado, ex-deputado federal, filiado ao PCdoB e atual presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). No plano nacional, o PCdoB está com a candidatura Dilma e não abre. No Maranhão, Flávio Dino está com a candidatura a presidente de Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco. E também não abre.
 
ALI, NA MAIS recente eleição municipal, o PSB apoiou Edivaldo Holanda Junior (PTC) para prefeito de São Luís, e indicou seu vice. Eduardo participou ativamente da campanha de Edivaldo. Que agora é eleitor de Dino. Em Pernambuco, empurrada por Lula e Eduardo, Dilma teve três quartos dos votos. Agora não terá mais. Minas Gerais presenteou-a no segundo turno com quase 60% dos votos válidos.


 
O CANDIDATO majoritário de Minas Gerais à vaga de Dilma é o senador Aécio Neves (PSDB). Que espera colher em São Paulo, com a ajuda do governador Geraldo Alckmin, candidato à reeleição, uma vitória igual ou maior do que a de Serra em 2010. A luz amarela está acesa nos bastidores da campanha por ora informal de Dilma. Vê só por que ela aparenta estar alheia ao que acontece no Maranhão?

 
ALGUÉM VIU por aí a ministra dos Direitos Humanos? Ela não deveria ter viajado ao Maranhão? Roseana vetou — e Dilma acatou o veto. O procurador-geral da República deverá pedir intervenção federal no Maranhão. A ministra dos Direitos Humanos empenhou-se para que seus conselheiros não pedissem. Foi bem-sucedida. Roseana deixará o governo em abril próximo para ser candidata ao Senado.

 
SOMENTE NA semana passada ela quebrou o silêncio e falou sobre a crise. Foi um desastre. Agrediu o bom senso. Revelou-se despreparada para o exercício do cargo que ocupa pela segunda vez. Traiu a arrogância de quem está acostumada a não dar satisfações ao distinto público. Cometeu a frase desde já candidata a frase do ano: “Um dos problemas que está piorando a segurança é que o estado está mais rico”.
 
O MARANHÃO TEM a pior renda per capita entre os 27 estados brasileiros. Está em 26º lugar em matéria de Índice de Desenvolvimento Humano. Quase 40% de sua população são pobres. Ali, manda a família de um homem incomum
 
RICARDO NOBLAT, O GLOBO
 
13 de janeiro de 2014

COVARDIA CHIQUE

Para Smith, o homem moderno poderia vir a ser um covarde viciado em seus pequenos luxos

Sabemos todos das críticas comuns ao capitalismo. Injustiça social, viramos mercadoria. Sonhamos com um mundo no qual todos terão praia sem trânsito, com areia e água igual para todos. Mulheres e homens se amariam sem ciúmes e também amariam outros animais e plantas de forma igualitária e com respeito. Um mundo no qual todos viveriam numa mistura de Islândia e França, com clima italiano.

Vulcões não engoliriam civilizações, tsunamis não invadiriam a terra, jacarés respeitariam os direitos humanos. Mulheres não desejariam mais de um vestido, homens não teriam medo da impotência. Todos integrados num sistema autorregulativo de paz e amor. Críticas de uma mente infantil.

A melhor crítica à sociedade de mercado foi feita por seu maior defensor, Adam Smith (século 18). Tradutor de Rousseau, Smith discutiu com ele a corrupção do caráter causada pelo sociedade comercial.

Rousseau entendia que a corrupção era política e seria resolvida com remédios políticos: revolução, destruição da cultura e técnica, frutos do mundo baseado em trocas comerciais, uma nova pedagogia que deixasse a harmonia e beleza da natureza humana inata se manifestar de novo na sua integração com a harmonia e beleza da natureza a nossa volta. E, assim sendo, de novo, voltaríamos ao mundo no qual o homem acordaria, caçaria de manhã, almoçaria ao meio-dia, escreveria um livro à noite, sem um tsunami ou inveja sequer.

Para Smith, a corrupção é moral, e não política. Interessante ver como aquele para quem a sociedade comercial era um trunfo humano a ser preservado, será o mesmo homem para quem o risco dessa mesma sociedade será muito mais difícil de curar do que para nosso filósofo da vaidade, Rousseau.

Smith temia que a sociedade de mercado causasse um enfraquecimento das virtudes heroicas. A perda dessas virtudes (coragem, disciplina e força), causada por uma vida baseada na produção de riquezas materiais e consequente riqueza de bens imateriais (hoje materializados em leis luxuosas sobre direitos, desejos e liberdades numa sociedade baseada em escolhas individuais contra sociedades que esmagam esta escolha sob a bota de modelos coletivistas tradicionais, religiosos ou marxistas), apareceria na covardia generalizada e no vício do bem-estar, material e imaterial.

Se a URSS tivesse ganho a Guerra Fria, seriamos todos pobres e ninguém teria esses luxos materiais e imateriais. O capitalismo deixou todo mundo frouxo.

Logo, o enriquecimento produz homens e mulheres covardes em larga escala porque produz demandas de luxo generalizado.

Para Smith, o homem moderno poderia vir a ser um covarde viciado em seus pequenos luxos. No entendimento do nosso iluminista escocês (o iluminismo britânico é infinitamente mais sofisticado do que o francês, o único ensinado no Brasil tacanho de nosso dia a dia), somos capazes de benevolência e empatia (ou simpatia), e buscamos uma certa imparcialidade em nossos julgamentos morais por percebermos como ela é importante para o convívio racional.

Entretanto, a virtude heroica da sociedade de mercado, pensava ele, era a autonomia, não a pura kantiana, mas a capacidade de assumirmos nossas decisões morais na vida alimentada por nosso desejo de sermos donos de nossa vida material, na medida do possível.

Ele bem sabia o quão duro é ser assim. Sempre foi. Mas a corrupção do caráter, baseada nos ganhos materiais e imateriais do bem-estar, nos tornaria uns frouxos. E isso aconteceu. E esta frouxidão se materializa numa demanda interminável de facilitação da própria vida.

Logo, vamos exigir a abolição do trabalho como direito. Ganhar a vida com o suor do rosto sem garantia de retribuição será considerado contra os direitos humanos.

O novo crescimento do socialismo rosa-choque, inclusive em lideres como Obama, é fruto dessa corrupção. Smith previu as bases para o surgimento do pensamento de Marx e Gramsci: a corrosão do caráter causada pelo enriquecimento das sociedades e suas demandas de supressão das condições reais da vida como dor, luta e trabalho sem garantias.

O QUE É O SUCESSO?


COM TODO O RESPEITO


 
13 de janeiro de 2014
Ruy Castro, Folha de SP

VOCÊ REALMENTE CONFIA NA URNA ELETRÔNICA?

 



Circula na internet um inquietante texto sobre o seminário “A urna eletrônica é confiável?”, promovido pelos institutos de estudos políticos das seções fluminense do Partido da República (PR), o Instituto Republicano; e do Partido Democrático Trabalhista (PDT), a Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini.
 
Acompanhado pelo especialista em transmissão de dados Reinaldo Mendonça e pelo delegado de polícia Alexandre Neto, um jovem hacker de 19 anos, identificado apenas como Rangel por questões de segurança, mostrou como (através de acesso ilegal e privilegiado à intranet da Justiça Eleitoral no Rio de Janeiro, sob a responsabilidade técnica da empresa Oi) interceptou os dados alimentadores do sistema de totalização e, após o retardo do envio desses dados aos computadores da Justiça Eleitoral, modificou resultados beneficiando candidatos em detrimento de outros – sem nada ser oficialmente detectado.
 
Esse depoimento do hacker vem alimentar as suspeitas do Brizola quando da eleição presidencial de 1989, ocasião em que o Lula foi para o segundo turno com o Collor por uma diferença mínima de votos.
Na época, o Brizola requereu recontagem de votos o que foi rechaçado pelo presidente do TSE, sob o comando do “insuspeito” Francisco Rezek que, em seguida à apuração do segundo turno da eleição, largou o cargo vitalício de ministro do STF para assumir um ministério no governo Collor. Depois de algum tempo no cargo, saiu do governo e foi renomeado pelo Collor de volta ao STF!
 
Tive informações à época de que o complô foi urdido com apoio do Doutor Roberto Marinho e do ACM, que era ministro das Comunicações do Sarney e sócio do Doutor RM. O plano era emplacar o Afif. Como o Afif não decolou, aderiram ao Collor. Não poderia ser o Brizola pelos motivos mais do que óbvios!
 
Estranhamente, durante a transmissão dos dados do primeiro turno da eleição presidencial de 1989 do TRE de Minas Gerais para o TSE de Brasilia, houve uma “pane” no sistema, como que para dar tempo ao dimensionamento da fraude.
 
400 mil votos foram necessários para levar o Lula para o segundo turno, porque o candidato do PT poderia ser abatido com mais facilidade pelo esquema que já possuía no bolso do colete o escândalo da Miriam/Lurian (ex-namorada e filha de Lula).
 
EXEMPLO DA ARGENTINA
 
O Brizola pediu o apoio do Lula para pressionar o TSE a conceder a recontagem argumentando que há pouco tempo houvera fato semelhante na Argentina, onde a recontagem manual apurou uma diferença em relação à eletrônica bem superior à diferença verificada na eleição brasileira. Lá não houve mudança na classificação dos candidatos porque a diferença apurada não foi suficiente para alterar a classificação.
 
Na eleição brasileira, entretanto, a diferença entre o Brizola e o Lula, salvo engano, não chegava a 0,5%. O TSE não admitiu a recontagem. Registre-se que, antes da eleição, a Globo promoveu um Globo Repórter sobre a vida do Rezek, com o fito explícito de construir uma credibilidade que seria necessária para dar força às providências que ele teria que tomar no curso da sua presidência do pleito.
 
Para conferir o texto sobre o seminário, basta buscar no Google o título Hacker de 19 anos revela no Rio de Janeiro como fraudou eleição.
 
13 de janeiro de 2014
Paulo Sergio Everdosa

O HUMOR DO DUKE

Charge O Tempo 13/01
 
13 de janeiro de 2014



 

PRESSÃO TOTAL

PPS quer que Comissão de Direitos Humanos recorra à OEA após restrição em visita a presídio

complexo_pedrinhas_01Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Maranhão, a deputada estadual Eliziane Gama (PPS) afirmou no último sábado (11) que recorrerá à Organização dos Estados Americanos (OEA) pelo fato de ter sido barrada ao tentar visitar celas do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.

O presídio foi palco, em outubro passado, de rebelião que deixou dez mortos e dezenas de feridos.
O governo de Roseana Sarney impediu que uma comitiva formada por deputados da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão e integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) visitasse o pavilhão 2 – local de maior tensão.

O grupo teve sua autorização negada pelo secretário de Administração Penitenciária do Estado, Sebastião Uchôa, por meio de mensagem de texto. Das seis instalações que fazem parte do complexo de Pedrinhas, os parlamentares e membros da OAB e Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH) só conseguiram ter acesso ao Centro de Detenção Provisória (CDP), segundo a deputada.

Eliziane afirmou que os tratados internacionais dão aos integrantes das comissões de direitos humanos a prerrogativa de ter livre acesso e sem aviso prévio aos estabelecimentos prisionais. “A nossa intenção é enviar, na segunda-feira (13), conjuntamente com a OAB e a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, um documento à OEA relatando o grave fato que impediu nossa entrada nas celas de Pedrinhas”, disse a deputada estadual.
Tragédia anunciada
Eliziane Gama há sete anos comanda a Comissão de Direitos Humanos e já havia feito visitas ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Em um dos acessos verificou as péssimas condições do local. Chegou a encontrar sacos de terra empilhados em locais da prisão.
O material era resultado de escavação feita pelos detentos que serviria para uma fuga em massa.

A presidente da Comissão de Direitos Humanos também participou da elaboração de relatório enviado, em novembro passado, aos governos estadual e Federal sobre o quadro caótico registrado naquele estabelecimento prisional.
“Era uma tragédia anunciada. E novos episódios podem vir a acontecer novamente, caso não seja dada uma solução em definitivo para esta crise no sistema prisional maranhense”, alertou Gama.

13 de janeiro de 2014
ucho,info

CASTELO DE AREIA

MP quer saber se chefe da Casa Civil atuou para blindar Rosemary Noronha em esquema de corrupção

gleisi_hoffmann_31A petista Gleisi Hoffmann, que vem revelando estranha intimidade com a censura, deve deixar o comando da Casa Civil da pior maneira possível, fato que certamente impactará em sua campanha rumo ao Palácio Iguaçu, sede do Executivo paranaense.

Isso porque o Ministério Público Federal (MPF) investiga a Casa Civil por suposta manipulação do processo que apurou o envolvimento de Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, em esquema de corrupção e tráfico de influência.

A Procuradoria da República no Distrito Federal (PR-DF) quer saber, também, se a Secretaria-Geral da Presidência, sob a batuta do ministro Gilberto Carvalho, companheiro de primeira hora do lobista e dedo-duro Lula, foi omissa em relação ao caso para blindar a Marquesa de Garanhuns, indicada ao cargo pelo ex-presidente.

Muito mais do que “braço direito” de Luiz Inácio da Silva – ela se apresentava como namorada do ex-metalúrgico – Rosemary Noronha foi flagrada pela Polícia Federal, durante a Operação Porto Seguro, em esquema de venda de pareceres técnicos do governo a empresas privadas. Rose teria se aproveitado da relação íntima com Lula para indicar dois integrantes do grupo investigado, os irmãos Paulo e Rubens Vieira, a cargos de chefia em agências reguladoras.

De acordo com o inquérito da operação da PF e denúncia do Ministério Público – em que é acusada de falsidade ideológica, tráfico de influência, corrupção passiva e formação de quadrilha – Rose recebia vantagens materiais para facilitar pleitos da quadrilha. O mais estranho nesse caso é que desde então o ex-presidente Lula não fez qualquer comentário sobre o assunto, assim como reduziu sobremaneira suas aparições públicas no País.

Independentemente das estripulias de Rosemary Noronha, o fato mais grave é a possível conivência da Casa Civil para blindar a amante do ex-presidente da República. Confirmado esse escândalo, ficará provado que a Casa Civil não segue a legislação vigente e acaba atendendo aos pedidos de pessoas que sequer poderiam ocupar cargos de confiança. É o caso do pedófilo paranaense Eduardo Gaievski, que foi levado pela ainda ministra Gleisi Hoffmann na condição de assessor especial da Casa Civil.

Articulado politicamente e pinçado para coordenar a campanha de Gleisi Hoffmann ao governo do Paraná, Gaievski está preso e é acusado de dezenas de crimes sexuais, entre os quais estupro de vulneráveis (menores de 14 anos). Mesmo assim, a chefe da Casa Civil reage com truculência quando este site cobra explicações sobre mais um absurdo palaciano: o de colocar um delinquente sexual a poucos metros do gabinete presidencial.

13 de janeiro de 2014
ucho.info

VERGONHA NACIONAL

Dilma reajusta benefícios do INSS abaixo da inflação e empobrece ainda mais os aposentados

dinheiro_60O desgoverno de Dilma Vana Rousseff é uma ode à piada de mau gosto. Autoridades dos ministérios da Fazenda e da Previdência anunciaram nesta segunda-feira (13), por meio de portaria conjunta publicada no Diário Oficial da União, que os benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) serão reajustados em 5,56%, tendo como data base o último dia 1º de janeiro.

A portaria destaca que, a partir de 1º de janeiro, o salário de benefício e o salário usado como referência para contribuição não poderão ser inferiores a R$ 724,00, valor do novo salário mínimo, como não deverão ser superiores a R$ 4.390,24, novo teto dos pagamentos do INSS. Em 2013, o limite era de R$ 4.159,00.

A inflação oficial, que é uma mentira descomunal, fechou 2013 em 5,91%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, apurado pelo IBGE. É sempre bom lembrar que a inflação real, aquela que os brasileiros enfrentam diuturnamente, atém mesmo quando estão dormindo, já flana com muita tranquilidade na órbita de 20% ao ano, mas os palacianos preferem fingir que isso não existe e que o Brasil é aquele fabuloso país de Alice, o das maravilhas.

O cidadão contribui durante anos a fio para o INSS, mas ao final acaba sendo vilipendiado em seus direitos por um governo de incompetentes, que continuam a levar seguidos dribles da inflação.
Os aposentados e pensionistas há muito enfrentam a pobreza decorrente da anorexia dos rendimentos, mas Dilma Rousseff e seus “golden boys” insistem e arruinar aqueles que tanto fizeram para que o Brasil se tornasse uma nação com expectativa de futuro, apesar de todas as suas inúmeras mazelas. Se o governo do PT não sabe como se livre da própria incompetência, que deixe o comando do País nas mãos de quem entende do assunto.

Durante os anos em que engrossou a oposição, o senador Paulo Paim (PT-RS) sempre circulou pelo Congresso Nacional vociferando duras críticas aos que à época ocupavam o poder central. Paim era tão dramático ao fazer sua gazeta, que até um carrinho de supermercado com produtos de primeira necessidade era usado para evidenciar o ínfimo valor do salário mínimo. Com o seu partido instalado no Palácio do Planalto, de onde não quer arredar o pé, Paulo Paim simplesmente adota um silêncio obsequioso quando o assunto é salário mínimo, aposentadorias e pensões.

13 de janeiro de 2014
ucho.info

MÃOA AO ALTO

Surrupio patrocinado pela Caixa em cadernetas de poupança, no valor de R$ 719 milhões, é caso de polícia

dinheiro_97Em qualquer país minimamente sério do planeta, a “tunga” que a Caixa Econômica Federal deu nas cadernetas de milhares de clientes, sob a alegação de que as mesmas estavam irregulares, a polícia já teria entrado em ação e levado à prisão o presidente da instituição financeira, Jorge Hereda.

O Banco Central (BC) divulgou nota no domingo (12) informando afirma que não houve qualquer prejuízo para os clientes da Caixa com a decisão do banco de encerrar, em 2012, as contas de poupança que estavam com CPF irregulares, mas não é essa a tradução da realidade.

A Caixa, por sua vez, após a direção da instituição ser cobrada pela presidente Dilma Rousseff, anunciou que o dinheiro esta disponível, mas trata-se de uma mentira deslavada, pois na manhã desta segunda-feira (12) muitos clientes que tiveram as poupanças excluídas elas foram informados que as contas não mais existem e não há qualquer valor a ser ressarcido.
Ou seja, garfaram na cala da noite as economias de milhares de brasileiros, que a partir de agora terão de recorrer à Justiça.

Se o que a Caixa fez com o dinheiro alheio tivesse sido cometido por alguém sem qualquer proteção, esse já estaria atrás das grades respondendo por apropriação indébita. Ao banco público não cabe decidir sobre a destinação dos valores depositados em uma conta poupança, mesmo que o CPF do titular esteja irregular. A eventual irregularidade do documento de inscrição do titula na Receita Federal não extingue a propriedade do dinheiro.

Considerando que a Caixa agiu e maneira criminosa ao se apropriar do dinheiro alheio (R$ 719 milhões), lançando o valor de R$ 420 milhões (descontados os impostos) como lucro do banco, que a mesma tese seja aplicada aos clientes inadimplentes que têm CPFs irregulares. Ou seja, que cancelem suas dívidas por conta de eventuais irregularidades ou pendências nos documentos.

A presidente Dilma, que já mostrou ser uma governante que carece de pulso, deveria demitir toda a direção da Caixa, pois é inadmissível que um caso como esse aconteça à luz do dia, sem que seus responsáveis sejam punidos de acordo com o que determina a legislação. Não custa lembrar o caso do caseiro Francenildo Costa, o caseiro Nildo, que teve o seu sigilo bancário violado no rastro de uma operação criminosa para tentar blindar o então ministro Antonio Palocci Filho, da Fazenda. O máximo que aconteceu no caso foi a demissão do então presidente do banco, Jorge Mattoso, o arrogante que faz parte da “panelinha” de Marta Suplicy.

Mas não é apenas esse escárnio que ocorre na Caixa Econômica Federal. A instituição deixou de atualizar o saldo inativo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de milhares de beneficiários, desde 2009. A Polícia Federal precisa fazer uma visita na sede da Caixa, sempre lembrando que é importante reforçar o estoque de algemas.

13 de janeiro de 2014
ucho.info

QUEM PARIU MATEUS QUE O EMBALE...

Depois de Valcke, presidente da FIFA lava as mãos em relação à organização da Copa do Mundo

joseph_blatter_21A Copa do Mundo de 2014, que dentro de cinco meses terá o seu jogo de abertura na Arena Corinthians, em São Paulo, começa a preocupar sobremaneira os palacianos.

Depois do secretário-geral da FIFA externar, na última semana, preocupação com a possibilidade cada vez maior de caos generalizado no Brasil durante a competição, nesta segunda-feira (13) foi a vez do presidente da entidade, Joseph Blatter, transferir ao governo brasileiro a responsabilidade pela organização do evento.

Esse jogo de “batata quente” decorre do escandaloso atraso no cronograma das obras destinadas à Copa. Não se trata da construção dos estádios que receberão partidas do mundial de futebol, mas das obras de infraestrutura necessárias à realização do certame. Além de as obras estarem atrasadas, cresce cada vez mais a disposição do governo federal de desembolsar qualquer valor para finalizá-las. Truque famoso que reinou no preâmbulo dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro e que já se prepara para entrar em cena mais uma vez. Esse é o detalhe que Jérôme Valcke e Blatter desconhecem ou fingem não saber.

Escolher o Brasil para sediar a Copa do Mundo foi um equívoco da FIFA e uma irresponsabilidade magistral do então presidente Luiz Inácio da Silva, que forçou para que a competição tivesse doze cidades-sede. O que aumentou de maneira absurda o investimento de dinheiro público na construção de estádios, sendo que quatro deles já são considerados “elefantes brancos”.

Além da questão do cronograma das obras, a presidente Dilma Rousseff está preocupada com a segurança durante a Copa. Tanto é assim, que Dilma reuniu-se nesta segunda-feira, no Palácio do Planalto, com sete ministros cujas pastas estão diretamente relacionadas ao evento. Entre eles os ministros José Eduardo Martins Cardozo e Celso Amorim, da Justiça e da Defesa, respectivamente. Os palacianos estão com a atenção voltada para as crescentes ameaças de protestos durante a competição futebolística, a exemplo do que ocorreu na Copa das Confederações. Alguns manifestantes estão ameaçando inviabilizar a realização da copa, o que seria um desastre político em meio à campanha de Dilma Rousseff à reeleição.

O xis da questão não está mais na forma como se dará a Copa no Brasil, mas no montante que sairá dos cofres federais para minimizar um fiasco internacional. O governo petista de Dilma Rousseff enfrenta sérias dificuldades para investir em setores básicos e deve ser alvo de protestos cuja reverberação será proporcional à dinheirama que escoará pelo ralo, sem que os contribuintes tenham conseguido resposta para os pleitos que tomaram as ruas do País em junho e julho de 2013. Tal situação ajudará a impulsionar a inflação oficial, que cada vez mais se aproxima do teto da meta (6,5%).

13 de janeiro de 2014
ucho.info

O SUPRASSUMO DA IMBECILIDADE A SERVIÇO DE DILMA

Quando eu sinto que meu coração anda amolecendo e que preciso de raiva para fazê-lo voltar ao normal, basta dar um pulinho do blog do PHAmorim e as coisas voltam ao normal, só que à vezes, o nanorrepórter exagera na dose e acaba me deixando possesso, como hoje.

Como é que pode um imbecil desse quilate ser patrocinado pelo Estado, ou seja, por nós? É claro que nós estamos falando em um estado de exceção, em um favelão de mais de oito milhões de quilômetros quadrados onde quem manda são os bandidos, mas, mesmo levando-se isso em conta, esse pintor de rodapés é o que há de pior da escória.

Primeiro, a maneira que ele escreve é absolutamente destrambelhada - e compatível com a sua desimportância -, de difícil digestão e coalhada de erros gramaticais crassos; segundo, não há concatenação lógica em nenhum dos seus textos e, terceiro, a sua notória e vergonhosa obrigação contratual em falar bem do governo o obriga a mentir descaradamente.

O post do pouca sombra que reproduzo abaixo, “Maranhão é o novo Amarildo”, dá uma ideia do que eu digo. Se alguém conseguir ler sem vomitar, aviso que escrevo mais alguma coisa depois:

É inaceitável o que se passa nos presídios do Maranhão.
Faz parte de um quadro sinistro do Brasil que nos envergonha - como dizem o Mino e o Fernando Brito .
Um dos elos da cadeia que une o Brasil do Maranhão a Daniel Dantas, é o Ministro zé da Justiça que esperou a nonagésima primeira degola para se coçar e dar um pulinho a São Luis, onde desempenhou o papel de vácuo embrulhado num terno escuro.
O zé da Justiça impõe o respeito de um condutor de carrocinha de pipoca.
Não foi por acaso, porém, que as imagens da degola tenham sido publicadas pela Folha (*), o jornal que deseja que o Brasil se exploda.
Como está a caminho do precipício, a Folha quer levar o Brasil junto - como se tivesse força para isso.
O episódio permitiu, inclusive, que Gilmar Dantas (**), membro proeminente do complexo Dantas-Gilmar (terá ele caído na armadilha ? ) aparecesse no Globo Overseas a dar entrevista sobre a situação carcerária do Brasil.
“Não falta dinheiro, falta gestão”, disse Gilmar Dantas (**).
Como se ele entendesse da segunda parte da assertiva.
(E o repórter não pergunta se leu o “Operação Banqueiro”… Como diz o Mino, no Brasil os jornalistas são piores que os patrões…)
E aí está um ponto que o ansioso blogueiro gostaria de discutir.
Os presídios sinistros do Maranhão foram privatizados.
Ou terão sido privatizados à la Privataria Tucana, que o Gilmar Dantas (**) absolveu, com dois HCs Canguru (clique aqui para ver o vídeo censurado pela Globo) ?
E, ao falar de “gestão”, Gilmar Dantas (**) não discute a privatização.
Prefere descarregar toda a culpa no Governo Federal - e no ministro zé da Justiça (coitado, nem o Gilmar, também geneticamente ligado a Dantas, o poupa …)
Já que não se trata da Privataria no Maranhão, passemos a outro capítulo.
A família Sarney se prepara para deixar o comando do Maranhão.
A eleição de Flavio Dino é inevitável.
Como já era três anos atrás.
E, com isso, Gilmar Dantas (**) perderá um forte aliado no Senado.
Foi Sarney quem engavetou o pedido de impeachment formulado por um modesto advogado do Espírito Santo, que, na verdade, preparou um B. O. contra Gilmar .
Agora, com a próxima saída de Sarney do Senado, o destemido senador Suplicy pode por exemplo, brandir o livro do Rubens Valente e pedir o impeachment de Gilmar.
O Maranhão entra aqui como Pilatos no credo.
O propósito é o Golpe !
É uma vergonha !, brada o PiG (**).
E uma vergonha que ajuda a desacreditar o Governo da Presidenta Dilma.
Como o Amarildo.
Cadê o Amarildo ?
Outra miséria.
O desaparecimento de negros nas favelas brasileiras, especialmente em São Paulo, depois de confrontos com a Policia é uma rotina que o Caco Barcelos documentou.
Mas, o Amarildo tinha um apelo especial.
Ele deve ter sido assassinado por policiais de uma UPP, uma das obras mais importantes da parceria Lula-Dilma-Cabral no Rio.
Por isso, Amarildo foi o negro escolhido para falar por milhares de outros, anônimos.
Que não interessam ao PiG (***) de São Paulo.
Amarildo e o Maranhão tem uma vantagem: fazem a Dilma explodir.
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Clique aqui para ver como notável colonista da Globo Overseas Investment BV se referiu a Ele. E aqui para ver como outra notável colonista da GloboNews e da CBN se referia a Ele. O Ataulfo Merval de Paiva  preferiu inovar. Cansado do antigo apelido, o imortal colonista  decidiu chamá-lo de Gilmar Mentes. Esse Ataulfo é um jenio. O Luiz Fucks que o diga.
(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político - o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Difícil até de comentar: o cara começa no Maranhão e acaba na Rocinha, passando por Gilmar Mendes e Daniel Dantas! Mas vamos lá.

Ele diz que a exposição das barbaridades de Pedrinhas faz parte de um plano para desmoralizar Dilma, o qual tem até a participação de José Eduardo Cardozo, que Amorim chama “carinhosamente” de zé da Justiça; o nanico encontrou espaço aí para incluir sua principal implicância, Gilmar Mendes, ministro do Supremo a quem chama de Gilmar Dantas, em alusão a Daniel, supostamente protegido seu, que disse faltar gestão no sistema penitenciário, e foi criticado por isso; volta ao Maranhão e insinua que os presídios de lá, terão sido privatizados “à la Privataria Tucana, que o Gilmar Dantas (**) absolveu”; em seguida diz que Sarney engavetou um pedido de impeachment contra Gilmar Mendes; e conclui essa parte insistindo que tudo isso não passa de uma tentativa de desacreditar o governo Dilma.

Aí ele pula para o eixo Rio-São Paulo, dizendo que mata-se mais negros em Sampa que no Rio e que o caso Amarildo só tinha “apelo especial” porque ele foi “assassinado por policiais de uma UPP, uma das obras mais importantes da parceria Lula-Dilma-Cabral no Rio”, tudo para desestabilizar Dilma. Vá ter imaginação fértil assim na Papuda!

Difícil, né? Vou dizer mais o quê, se a piada já veio pronta? E olha que tá assim de gente comentando lá. Não sei se é tudo pago, mas de qualquer maneira mostra o tanto de gente indecente e idiota que há pelaí...
 
13 de janeiro de 2014

ESTÁ FALTANDO UM NA PAPUDA

“‘Compra os pequenos partidos, fica mais barato’, disse Lula a Dirceu.”

Sempre gostei de Sebastião Neri, apesar dele ter sido um Brizolista doente - e arrependido, diga-se de passagem, tendo sido expulso do PDT por denunciar maracutaias dos políticos do próprio partido.
Neri teve sua época áurea (1978-80) quando tinha até programa diário na TV Bandeirantes. Sempre muito bem informado e relativamente imparcial, Neri caiu em desgraça quando apoiou a eleição vitoriosa de Collor para presidente (como prêmio foi nomeado adido cultural em Roma e em Paris).
Ao voltar, após a queda de Collor, parece que levou um gelo geral e passou a escrever para jornais pouco expressivos, o que continua fazendo até hoje.
Apesar de uma ou outra eventual idiossincrasia, minha avaliação de Neri é positiva.
 
Em novembro passado, ele escreveu o seguinte artigo na Tribuna da Imprensa:

ZUM, ZUM, ZUM, ESTÁ FALTANDO UM

Contei esta historia aqui em 25 de setembro do ano passado. Tarde de sábado do começo de 2003 no restaurante Piantella, o melhor de Brasília. Lula havia ganho as eleições presidenciais de 2002 contra José Serra e estava em Porto Alegre, com José Dirceu e a cúpula do PT, discutindo com o PT gaúcho a formação do novo governo.
 
Como fazíamos quase todas as tardes de sextas e sábados, um grupo de jornalistas almoçávamos a um canto, conversando sobre política e o pais.
De repente, entram nervosos, aflitos, os deputados Moreira Franco, Gedel Vieira Lima, Henrique Alves, da direção nacional do PMDB, e começam a discutir baixinho, quase cochichando. Em poucos instantes, chega o deputado Michel Temer, presidente nacional do PMDB. Nem almoçaram. Beberam pouca coisa, deram telefonemas, saíram rápido.
Nada falaram. Acontecera alguma coisa grave. Deviam voltar logo.
 
LULA
Só um voltou e nos contou a bomba política do fim de semana. Antes de viajar para o Rio Grande do Sul, Lula encarregara José Dirceu, coordenador da equipe de transição e já convidado para Chefe da Casa Civil, de negociar com o PMDB o apoio a seu governo, em troca dos ministérios de Minas e Energia, Justiça e Previdência, que seriam entregues a senadores e deputados indicados pelo partido.
Lula já havia dito ao PT que eles não podiam esquecer a lição da derrubada de Collor pelo impeachment, que o senador Amir Lando, do PMDB de Rondônia, relator da CPI de PC Farias, havia definido como uma “quartelada parlamentar”. No Brasil, para governar é preciso ter sempre maioria no Congresso. O PT tinha que fazer as concessões necessárias.
 
DIRCEU
O primeiro a ser chamado foi o PMDB, o maior partido da Câmara e do Senado. Lula mandou José Dirceu acertar com o PMDB. Combinaram os três ministérios e ficaram todos felizes. Em Porto Alegre, na primeira noite, Lula encontrou a gula voraz do PT gaúcho, que exigia os ministérios de Minas e Energia, da Justiça e da Previdência. Lula cedeu. Chamou Dirceu e deu ordem para desmanchar o acordo com o PMDB.
Dirceu perguntou como iriam conseguir maioria no Congresso.
- Compra os pequenos partidos, disse Lula a Dirceu. Fica mais barato.
Dilma virou ministra de Minas e Energia, Tarso Genro da Justiça e Olívio Dutra das Cidades. O PMDB seria substituído pela compra dos “pequenos partidos” : PTB, PL, PP, etc. E assim nasceu o Mensalão.
 
PATRÃO
O advogado do ex-deputado Roberto Jefferson, o brilhante jurista Luiz Francisco Correa Barboza, disse ao “Globo”:
-”Não só Lula sabia do Mensalão como ordenou toda essa lambança. Não é possível acusar os empregados e deixar o patrão de fora”.
No dia 12 de agosto de 2005, em um pronunciamento pela TV a todo o povo brasileiro, Lula pediu “desculpas pelo escândalo”.
Lula é um “cappo”. Os companheiros do partido e do governo na Papuda e ele, só ele, de fora. Logo ele que é o grande réu, “o réu”. Dirceu, Genoino, Delúbio, Valério, a malta toda, como disse o Procurador Geral da República, era uma “organização criminosa”, uma “quadrilha” chefiada pelo Dirceu. (Mas sob o comando do Chefão, Lula).
 
SUPREMO
Desde 2003, cada ano relembro essa historia. Lula começou dizendo que “não sabia de nada”. Depois, passou para : “Fui traído pelas costas”. E, finalmente, a tese oficial dele e do PT : – “O Mensalão foi uma farsa”.
E Lula arranjou ajudantes na desfaçatez para agredir o Supremo Tribunal. Delubio:- “O Mensalão é uma piada de salão”. Um gaúcho baixotinho, que veio não se sabe de onde e virou presidente da Câmara, Marco Maia, cuspiu no Supremo: “O Mensalão é uma falácia”.
Ele não sabe o que é falácia. Mas cadeia ele sabe. Quando for visitar na Papuda sua turma, Dirceu, Genoino, Delubio, Valério, ele vai aprender.
Quem tinha de estar na Van da frente era Lula, o Chefão. Como diz a marchinha do Paulo Soledade, Zum, Zum, Zum, na Papuda está faltando um.

13 de janeiro de 2014
Ricardo Froes

CAMPANHA NA ITÁLIA PROPÕE BOICOTE À COPA POR CAUSA DE BATTISTI


Das manifestações dos políticos eu já sabia. Não conhecia o poster. Não vai dar em nada, mas não deixa de ser mais uma bofetada no Brasil provocada pela decisão absurda de dar liberdade a um assassino, desrespeitando as leis de um país irmão e, principalmente, as famílias das vítimas desse bandido.

“Boicotta Brasile 2014”: le reazioni dei politici dopo la liberazione di Battisti

“Il Brasile ha detto che il terrorista assasino Battisti è libero infischiandosene delle leggi del nostro Paese. Noi vittime proponiamo al nostro governo di ritirare la nostra partecipazione dai mondiali di calcio e da altre manifestazioni organizzate in Brasile compreso lo stop commerciale da e per il Brasile”: lo afferma Bruno Berardi, figlio del maresciallo di polizia Rosario, ucciso dalle Br nel 1978 ed esponente della Fiamma Tricolore in una nota. “Questo Paese - aggiunge - deve imparare a rispettare la giustizia del nostro Paese, non sempre chiedere aiuti dalla nostra comunita’ senza il rispetto per il dolore delle vittime del terrorista Battisti. Faremo una campagna denigratoria contro il Brasile e contro i brasiliani che hanno accolto una serpe nel loro Paese venendo meno ad un comportamento logico che doveva restituirci l’assassino Battisti per fargli pagare i suoi omicidi”.
(“O Brasil disse que o terrorista assassino Battisti é livre, desrespeitando as leis do nosso País. Nós, as vítimas propomos ao nosso governo que retire a nossa participação da Copa do Mundo e de outros eventos realizados no Brasil, incluindo o cessar o relações comerciais”: afirmou Bruno Berardi , filho de Rosario, marechal de polícia que foi morto pelas Brigadas Vermelhas em 1978 e expoente da Chama Tricolor em um comunicado. “Este país - acrescenta - deve aprender a respeitar a justiça do nosso país e não sempre pedir a ajuda de nossas comunidades sem respeito pela dor das vítimas do terrorista Battisti. Faremos uma campanha de difamação contra o Brasil e contra os brasileiros que aceitaram uma cobra em seu país por violar o comportamento lógico de devolver o assassino Battisti para fazê-lo pagar por seus crimes”.)

13 de janeiro de 2014