"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

LULA - DATA DA PRISÃO, TEMPO DE PRISÃO E SIMBOLISMOS

PREVISÃO PARA O BRASIL A PARTIR DE JULHO/2017 - PALESTRA

ACABOU! LULA HUMILHADO MUNDIALMENTE PELA IMPRENSA INTERNACIONAL

BATEU DESESPERO! GURU PETISTA LEONARDO BOFF INVOCA MALDIÇÃO DIVINA CONTRA SÉRGIO MORO

TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL DEFENDE MORO E DIZ QUE CONDENAÇÃO DE LULA SINALIZA JUSTIÇA QUE FUNCIONA

PRIMEIRO DISCURSO DE LULA APÓS CONDENAÇÃO

MARCEL VAN HATTEN AFIRMA QUE ATO NO SENADO FOI BOLIVARIANO

Marcel Van Hatten afirma que ato no senado foi Bolivariano

SERÁ O FIM DE GLEISI HOFFMANN? ENTREVISTA JOSE MEDEIROS

Será o FIM de Gleisi Hoffmann? - Entrevista com José Medeiros


13 de julho de 2017
postado por m.americo

JUIZ SÉRGIO MORO RECEBE AMEAÇA APÓS CONDENAR LULA, E MILITARES VÃO AGIR

LÍDERES ESQUERDISTAS PERDEMN A NOÇÃO E AMEAÇAM: "SE LULA FOR PRESO, NÓS VAMOS INCENDIAR O BRASIL!"

JUIZES DA 2a. INSTÂNCIA SÃO MAIS DUROS QUE MORO AO REVISAREM PENAS

PROCURADORES QUEREM PENA MAIOR PARA LULA

ALEXANDRE GARCIA COMENTA O FIM DE LULA E ARRASA HIPOCRISIA DO PT POR ATACAR A JUSTIÇA

'FOI POUCO!' ALEXANDRE GARCIA DESCE O SARRAFO NO PT E MANDA RECADO PARA GLEISI HOFFMANN

A OBRA-PRIMA DO DOUTOR JANOT

O vácuo institucional decorrente da sanha justiceira e da leitura política equivocada sobre o que está em curso é tão provável quanto certo é que os petistas o preencherão

Suponhamos que Michel Temer caia. Um, dois, três: bum. Caiu. E então será o vazio. Ou melhor: o vácuo. Não. Não. Atenção. Não pela falta do estadista que ele jamais foi, por favor; mas porque ninguém — ninguém honesto intelectualmente — pode projetar a sucessão de Temer senão como aposta. E arriscada. Farei a minha. Eis o seu fundamento: ao estalar, bum!, no chão o traseiro presidencial, o já ralo compromisso parlamentar com o que estabelece a Constituição se liquefará imediatamente, e a defesa da eleição indireta — que é a defesa da Carta Magna — terá por guardiões apenas os dois ou três gilmar mendes já ceifados pela narrativa jacobina.

Não se pode projetar a sucessão extemporânea de Temer senão como aposta arriscada, repito; mas é fácil casar fichas sobre o maior beneficiário do baguncismo: Lula. O vácuo institucional decorrente da sanha justiceira e da leitura política equivocada sobre o que está em curso no Brasil é tão provável quanto certo é que os petistas o preencherão com maestria. Na lama em que o patriota chefe do Ministério Público jogou o exercício da política, nivelando a roubalheira para enriquecimento pessoal à apropriação do Estado que caracteriza o projeto autoritário de poder petista, Lula não só disputará a próxima eleição presidencial, seja quando for, como já está no segundo turno.

Voltemos, porém.

É perigoso supor — com base na experiência recente — que a queda de um presidente significaria apaziguar a crise política, encaixar as reformas e recolocar a economia nos trilhos. Não estou aqui para educar Tasso Jereissati, mas não foi essa a consequência do impeachment de Dilma Rousseff. E a conjuntura piorou desde então — agora, ademais, com os petistas profissionalmente à vontade na oposição. Não se iluda, senador. O PT — Lula — já o derrubou uma vez. O plano, porém, era varrê-lo do mapa político-eleitoral. O senhor sobreviveu. Que vosso senso de responsabilidade para com a democracia advenha, pois, do recurso à memória combinado ao instinto de sobrevivência. Desenharei: a única chance de que o PSDB — partido de frouxos — seja competitivo em 2018 está em Temer concluir seu mandato; está em que haja eleições somente no ano que vem. É sob essa condição que Geraldo Alckmin será forte candidato.

O PSDB teve, sim, algumas chances de desembarcar do governo e ainda sobreviver. Elas acabaram. Se pular fora agora e o presidente permanecer até o fim, isso terá ocorrido apesar da traição dos tucanos — e sabemos o lugar da deslealdade em política. Sabemos também que o PSDB terá abandonado o barco sem ter ferramentas para convencer como oposição. Esse lugar é do PT. Se o presidente cair, contudo, terá sido graças ao empurrão final dos tucanos — e sabemos o lugar da traição em política. Sabemos também que o PSDB terá derrubado Temer sem ter quaisquer meios de capitalizar eleitoralmente a queda. Esse capital será petista.

Voltemos, porém.

Eu dizia para Jereissati não se iludir. Tampouco, senador, iluda Rodrigo Maia, cuja eventual presidência já está, sim, precificada pelo mercado — mas apenas tanto quanto for possível pagar por uma cabeça de bolinha na bandeja. Não suponham, senhores parlamentares, que têm as rédeas da situação. A explicação grita: a ação da Lava-Jato se deturpou sob o ativismo judicial janotista, que a transformou em instrumento de ataque contra o establishment e de dilapidação da atividade política; mas não sem prestar o serviço ao projeto de poder petista em que consiste tratar todos os políticos criminosos como igualmente criminosos. Está aí — para exemplificar — a delação dos donos da J&F, gratíssima a quem a fez campeã nacional, premiadíssima por sua natureza ficcional.

Rodrigo Maia que não se deslumbre com a corte que ora lhe fazem os petistas. Ele está do lado daqueles condenados pela seletividade de Janot, e talvez seja hoje — ele, Maia — a mais perfeita representação do sistema. Primeiro na linha de sucessão e também investigado na Lava-Jato, que não se engane sobre suas chances de presidir o Brasil. É assumir e cair, derrubado pelas mãos que hoje lhe balançam o berço, triturado facilmente pela narrativa petista, varrido pelo golpe na Constituição e, portanto, pelo crescimento incontrolável — pela volta irreversível — da pressão por antecipação da eleição direta a presidente.

Em política, não se perdoa traição nem burrice. Chegamos ao momento de exceção em que políticos ainda não sentenciados pela Justiça — como Temer — encontram-se politicamente condenados pela institucionalização dos vazamentos seletivos e pela transformação de delação premiada em prova. Aproxima-se, no entanto, o momento, ápice da arte de Janot, em que políticos ainda não condenados pela Justiça — como Lula — ressuscitarão politicamente pela institucionalização dos vazamentos seletivos e pela transformação do conteúdo de delações premiadas em prova. É sutil.

Não importa se Lula terá como vencer em 2018. Importante é o fato de que será candidato. E, uma vez candidato, intocável. Todo o resto decorrerá daí.


13 de julho de 2017
Carlos Andreazza é editor de livros. O Globo

LULA PRESIDENTE EM 2017? NÃO SUBESTIMEM O INIMIGO!

Que está tudo muito estranho e nebuloso na política nacional, essa é a única certeza que se pode ter no momento. Articulações pesadas ocorrem nos bastidores, envolvendo os políticos e grupos mais poderosos do país, enquanto nós ficamos mais perdidos do que cego em tiroteio, com o risco de fazer papel de otário e servir como idiota útil aos interesses obscuros dessa turma. Em especial ao do maior bandido da política brasileira: Lula, o responsável pelo caos em que estamos.

Carlos Andreazza comentou na Jovem Pan sobre isso hoje, afirmando sem rodeios que Lula é o grande culpado por tudo:

O jornalista e deputado Paulo Eduardo Martins também tem se mostrado apreensivo com a possibilidade de um golpe em curso, e comentou:

Temer cai. Assume Rodrigo Maia. Ele é obrigado a convocar eleição indireta.

Lula é candidato na eleição indireta. Então Lula sai em campanha pela Câmara. Ele encontra um deputado e usa sua força de persuasão.

Lula: Olá companheiro, lembra de quando eu era presidente e você me apoiava? Pois é. Eu consegui muita coisa pra você, né? Emenda, dinheiro pra campanha…

Deputado: é. Foi muita coisa.

Lula: pois é. Agora eu preciso me eleger pra não ser preso pelo Moro, aquele fdp. Então companheiro, se você não votar em mim, irei pra cadeia logo e aí, sabe como é, terei que te delatar. Você e os outros companheiros.

Deputado: vai delatar o que? Não há nada de errado comigo e nem com o meu grupo.

Lula: companheiro, se não há nada de errado com você e com seu grupo, você não precisa temer. Só vai ter que provar inocência depois de ser exposto em todos os jornais que darão destaque a tudo o que eu falar. Não importa se é verdade ou mentira. Eu sempre menti e eles nunca viram problema nisso. Ok? Conto com seu voto

Deputado: Lula lá.

Já disse e repito, não defendo Temer, mas esse exercício de consequência é necessário. Lula já disse que vai perseguir a todos quando voltar poder. Podemos estar diante não de uma questão de mera punição e justiça, mas sim se continuaremos a ser uma democracia ou passaremos para uma ditadura bolivariana com um Lula mais maduro. É meu sincero temor.

Em seguida, Paulo voltou ao assunto com mais reflexões, defendendo-se da acusação impensada de que sugerir a possibilidade de um golpe seja o mesmo que defender corruptos:

Pedi pela renúncia de Temer no dia em que vazaram os áudios da conversa com Joesley Friboi.

Nas últimas horas tenho confessado publicamente um temor pelas consequências da queda de Temer, que pode ser a volta de Lula, que fará do Brasil uma Venezuela.

É apenas uma reflexão, honesta, sincera de quem tem humildade para admitir dúvidas e fragilidades. Foi o que bastou para eu ser acusado de “proteger corrupto”.

Nada mais errado. Protege o corrupto quem criminaliza a reflexão. Tudo que um corrupto ou autoritário precisa é de um povo que raciocina por slogan. Reflita.

Bernardo Santoro, ex-presidente do Instituto Liberal, também fez uma análise cética e preocupante, que não descarta a volta de Lula ao poder pelas portas dos fundos, recomendando não subestimar o inimigo:

Avançando um pouco na teoria Lula Presidente 2017.

1 – Lula é o primeiro colocado nas pesquisas para presidente da república. Antes que você, meu leitor, venha com seus negacionismos, quero dizer que não interessa você não acreditar nas pesquisas. O que importa é que os congressistas, em geral, acreditam, e, portanto, essas pesquisas causariam impacto na eleição indireta.

2 – Ao longo dos últimos 15 anos, Lula fez muitos favores para muita gente. Ele foi um presidente que dialogou até mesmo com a oposição dele (FHC que o diga), e sempre foi muito generoso na liberação de emendas parlamentares.

3 – 95% da bancada nordestina foi eleita com ele ou por ele. Provavelmente apenas parlamentares nordestinos do PSDB e do DEM não votariam em Lula.

4 – Lula foi comparsa da maioria dos parlamentares, e principalmente dos líderes partidários. É inimaginável um cenário onde a maioria dos deputados do PP e do PR não votassem em Lula, sob pena de serem posteriormente delatados pelo Nove Dedos, em caso de prisão deste.

5 – Mesmo para aqueles parlamentares mais arredios, há sempre a possibilidade de chantagem por parte de Lula, inclusive fruto de investigações da Abin. Não custa lembrar, a agência de inteligência é aparelhada pelo PT e até hoje Temer tem dificuldades em preencher vagas do segundo e terceiro escalão porque a Abin não libera os processos de investigação social de propósito, para desgastar o presidente.

6 – Dinheiro para compra de parlamentares não falta a Lula.

7 – Lula está fazendo o jogo direitinho no que tange a voar sob o radar: está apoiando as eleições diretas com vigor, mesmo sabendo que essa é uma pauta irrealizável; com isso, se legitima a ser eleito por via indireta, afirmando que eivou todos os esforços em busca de uma “eleição democrática”.

8 – Certamente possui o apoio, ainda que velado, do Grupo Globo e Folha, dois dos maiores beneficiários do esquema de refinanciamentos, publicidade e isenções fiscais durante seu governo.

Não subestimem seu inimigo.

De tudo isso, só podemos manter mesmo o ceticismo e alertar: o “Fora Temer” pode muito bem ser o “Volta Lula”, até porque a cafajestada já preparou o “Fora Maia” para o segundo seguinte da queda eventual e cada vez mais provável de Temer. Todo cuidado é pouco!


13 de julho de 2017
Rodrigo Constantino