"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

LAVA JATO JÁ CONTA COM 65 ACORDOS DE DELAÇÃO PREMIADA

DOS 65 DELATORES NA OPERAÇÃO LAVA JATO, 51 ESTÃO EM LIBERDADE


A Operação Lava Jato já firmou 65 acordos de delação premiada, dos quais 51 de investigados soltos. A informação foi divulgada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em palestra na Brazil Conference, realizada pela Universidade de Harvard e pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos - evento que ocorre nesta sexta-feira, 22, e sábado, 23.

O procurador-geral informou que 47 inquéritos já foram instaurados no Supremo Tribunal Federal, compreendendo 118 mandados de busca e apreensão também no âmbito da Corte, segundo informações divulgadas pela Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria-Geral da República.

Na primeira instância - em Curitiba, base da missão Lava Jato -, destacou Janot, foram 1.177 procedimentos instaurados, com 574 mandados.

Para o procurador-geral da República, o fato de 51 delações - das 65 já firmadas - envolverem investigados em liberdade refuta a crítica de que prisões são feitas para forçar colaborações, tese defendida por uma grande maioria de juristas e advogados penalistas.

Na avaliação de Janot, "a atuação equilibrada do Ministério Público Federal, em colaboração com órgãos brasileiros de controle" é fundamental para o êxito da Lava Jato e de outras investigações.

A certificação ISO 9001, conquistada por seu gabinete quanto ao trabalho de distribuição judicial e processamento extrajudicial, também foi destacada pelo procurador-geral.

Para conquistar o certificado é necessário implementar procedimentos obrigatórios, como controle de documentos e de registros, auditoria interna, cumprimento da legislação pertinente e implementação da política e dos objetivos de qualidade.

Na prática, informou a Procuradoria-Geral, isso "significa economia de tempo e de recursos, transparência, segurança e qualidade nos processos de trabalho, além de confiabilidade institucional". (AE)


22 de abril de 2016
diário do poder

CIRO GOMES: SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO ESTÁ EM COLAPSO

EX-MINISTRO DA FAZENDA ACREDITA EXISTIR VÁCUO DE PODER NO BRASIL

"ESSE VÁCUO É SUBSTITUÍDO POR INTERESSES PESSOAIS, UM MOVIMENTO DE ASCENSÃO PENTECOSTAL E LADROEIRA", DISPARA (FOTO: VALTER CAMPANATO/ABR)


O ex-ministro da Fazenda e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, disse há pouco no evento Brazil Conference, promovido pela Universidade Harvard e o MTI, que o sistema político brasileiro está em colapso. Segundo ele, o êxito civilizatório de uma nação depende da obra política, que coordena o desenvolvimento, mas no Brasil hoje existe um vácuo de poder.

"Esse vácuo é substituído por interesses pessoais, um movimento de ascensão pentecostal e ladroeira. Eduardo Cunha não virou presidente da Câmara - sendo o bandido que é - por acaso. Ele comprou 250 deputados", comentou Ciro. Ele também criticou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que em 1998 abandonou uma agenda de reformas estruturantes em troca da mudança na Constituição para autorizar sua reeleição.

Segundo Ciro, por detrás do êxito civilizatório de uma nação existem três elementos: alto nível de formação bruta de capital, "que é consequência de arranjos institucionais que a política faz"; coordenação estratégica entre governos empoderados, empreendedores em consenso com essa visão e universidades comprometidas a construir respostas; e investimento em formação de pessoal.

O ex-governador comentou que a recente melhora na balança comercial do Brasil ocorre apenas em função da recessão, mas o problema nas contas externas é estrutural. "Nosso déficit na balança comercial de manufaturados já está em US$ 110 bilhões. A gente foi adiando o confronto desse problema, atenuando a percepção da catástrofe, em função de um ciclo positivo de preços de commodities", explicou.

Segundo ele, hoje esse superciclo das commodities acabou e isso afeta a economia brasileira, independentemente de quem seja o presidente. "Hoje, a produção do pré-sal custa US$ 41 o barril e nós estamos vendendo a US$ 30. Isso é real, não adianta dizer que é culpa de Dilma, de Lula", comentou. (AE)



22 de abril de 2016
diário do poder

DOIS VICE-LÍDERES DO GOVERNO ANUNCIAM VOTO CONTRA DILMA



Hélio José (PMDB-DF) é membro da Comissão Especial
Dois vice-líderes do governo no Senado anunciaram nesta sexta-feira, em pronunciamentos na tribuna, que votarão pela admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Caso a admissibilidade seja aprovada pelo Senado, a presidente será afastada por até 180 dias enquanto é feito o julgamento do mérito do processo. Wellington Fagundes (PR-MT) e Hélio José (PMDB-DF) ainda não tinham se posicionado sobre o processo.
– Vamos votar, sim, pela admissibilidade, porque politicamente o país já está maduro para isso. A população se manifestou e, felizmente, não tivemos nenhum incidente. Não tivermos morte, ou seja, a democracia está funcionando plenamente no país. Os poderes estão funcionando plenamente – disse Fagundes, que é titular na comissão que analisará o processo.
– Eu já deixei claro que a questão da admissibilidade do processo e, consequentemente, a questão do nosso presidente Temer, presidente nacional do nosso Partido, assumir por 180 dias é, praticamente, na minha visão, normal nessa circunstância. Na comissão de admissibilidade, serei pela admissão do processo – disse Hélio José, suplente na comissão.
PLACAR: 15 A 5
Com a declaração de Fagundes, já são 15 os senadores que se declararam a favor e apenas cinco contrários ao processo. O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) tinha se declarado a favor, mas como foi indicado para presidir o colegiado pediu para que seu status fosse alterado para “indeciso”.
Os dois vice-líderes do governo que discursaram nesta sexta-feira ressaltaram que o voto deles não antecipa o posicionamento deles quanto à condenação de Dilma ao final do processo. Eles afirmam que para esta fase vão analisar o decorrer do trabalho no Senado para decidirem. O senador Hélio José mencionou o fato de ser vice-líder do governo, mas ressaltou que representa tanto Dilma quanto o vice Michel Temer.

22 de abril de 2016
Eduardo Bresciani
O Globo

DEPUTADOS DIZEM QUE CONSEGUIRAM INIBIR DILMA NA ONU



Aleluia e Lauro Filho em NY, a serviço da Câmara
A presidente Dilma Rousseff não mencionou um “golpe de Estado” em seu discurso de oito minutos na ONU por ter ficado “inibida” com a presença de dois deputados da oposição.  É o que diz José Carlos Aleluia (DEM-BA), que viajou com o colega Luiz Lauro Filho (PSB-SP), ambos de classe executiva e com diárias entre US$ 300 e US$ 400 custeadas pela Câmara, para Nova York.
Eles vieram com a missão de “observar” a visita presidencial à cidade, para uma conferência sobre mudança climática com vários chefes de Estado realizada na manhã de sexta (22).
Para Aleluia, não há “comentário a fazer” sobre a participação de Dilma no evento, “que apresentou um discurso de chefe de Estado”. “Digamos que o bom senso prevaleceu.”
“A fala do decano da Corte e nossa presença aqui seguramente tiveram influência na posição sensata da presidente de não atacar as instituições brasileiras”, disse, lembrando da opinião do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, de que o impeachment não seria um golpe.
GASTOS DA CÂMARA
Os gastos da Câmara “foram perfeitamente justificáveis”, afirmou Aleluia, afirmou Aleluia, que atribui ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a ideia da viagem.
Na semana passada, a Casa havia justificado que, por economia, não pagaria passagens para o lobista Fernando Baiano depor no Conselho de Ética, na terça (26). Ele foi convocado para esclarecer denúncias contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no processo que pede sua cassação.
Mais cedo, os parlamentares encontraram manifestantes contrários ao governo nos arredores da ONU, entre eles Kim Kataguiri (colunista da Folha) e Renan Santos, líderes do Movimento Brasil Livre.
Bateram palmas junto com o grupo, que cantava “chora petista/ bolivariano/ a roubalheira do PT tá acabando”.
ACOMPANHANDO TUDO
Os parlamentares pretendem acompanhar, do lado de fora da casa do representante do Brasil na ONU, Antonio Patriota, uma entrevista prevista entre Dilma e a imprensa brasileira. Turmas anti e pró-governo também combinaram de marcar presença no local, onde a presidente está hospedada.
A volta para o Brasil será no domingo (24), de passagem executiva para Aleluia, que repudiou a ideia de comprar um assento na ala econômica (“ninguém aguenta”). “Não sou mais menino. Este menino podia”, diz e aponta para Luiz Lauro.
O deputado mais moço afirma que não conseguiu encontrar tíquete disponível para a poltrona e executiva e terá de regressar de econômica. “Vou feliz!”

22 de abril de 2016
Anna Virginia Balloussier
Folha

NA ONU, DILMA FALA EM "RETROCESSO" E DEIXA "GOLPE" PARA ENTREVISTA


Dilma discursou no plenário da Organização das Nações Unidas (ONU)
Dilma agradeceu o apoio que tem recedido de outros países
A presidente Dilma Rousseff disse na manhã de hoje no plenário da Organização das Nações Unidas (ONU) que a sociedade brasileira conseguir superar o autoritarismo e construir uma democracia pujante e saberá “impedir quaisquer retrocessos”. Dilma não fez referência direta ao processo de impeachment nem mencionou a palavra “golpe”, mas disse que o país vive um “grave momento”. Também agradeceu aos líderes mundiais que lhe manifestaram solidariedade.
A menção à situação interna do Brasil ocupou menos de 1 minuto dos 8 minutos e 42 segundos em que a presidente discursou, durante a cerimônia de assinatura do Acordo de Paris sobre mudança climática. No restante do tempo, Dilma elogiou o tratado, ressaltou o papel desempenhado pelo Brasil em sua negociação e prometeu ratificá-lo e implementá-lo o mais rápido possível.
“Não posso terminar minhas palavra sem mencionar o grave momento que vive o Brasil”, declarou, no fim de seu pronunciamento. “O Brasil é um grande País, com uma sociedade que soube vencer o autoritarismo e construir uma pujante democracia”, ressaltou. “O povo brasileiro é um povo trabalhador, que tem grande apreço pela liberdade. Saberá, não tenho dúvidas, impedir quaisquer retrocessos.”
A presidente foi aplaudida de forma protocolar antes e depois do discurso pelos líderes presentes no plenário. “Sou grata a todos os líderes que expressaram a mim sua solidariedade”, disse ela ao encerrar o discurso
FALANDO DO CLIMA…
Dilma começou seu discurso falando de clima e dedicou a maior parte da declaração ao tema. O Acordo de Paris representou um marco histórico, disse ela logo no início de seu discurso. “Tenho orgulho do trabalho desenvolvido pelo meu governo e pelo meu país”, disse Dilma, agradecendo o “esforço incansável” da delegação brasileira nas discussões em Paris.
“Hoje, assumo o compromisso da pronta entrada do acordo em vigor. O caminho que temos que percorrer a partir de agora será ainda mais desafiador”, afirmou Dilma. A presidente destacou que a economia precisa ficar menos dependente de combustíveis fósseis. O Brasil, disse ela, tem apresentado resultados expressivos nas reduções das emissões e se comprometeu com metas ambiciosas.
“É fundamental ampliar o financiamento do combate à mudança do clima para além dos US$ 100 bilhões atuais.” É necessário ainda, disse Dilma, que o setor privado também participe do esforço.
DESMATAMENTO ZERO?
“É apenas o começo, a parte mais fácil. Meu País está determinado a tomar ações de mitigação (do aquecimento global)”, disse Dilma, citando a contribuição brasileira de redução em 37% dos gases que causa o efeito estufa até 2025. “Alcançaremos desmatamento zero na Amazônia”, disse ela.
Todas as fontes renováveis de energia terão participação ampliada na matriz energética do Brasil, afirmou Dilma. “Meu governo traçou metas ambiciosas e ousadas e sabe os riscos associados.” É preciso tomar medidas corretas para a contenção do aquecimento global, reduzindo também a pobreza e a desigualdade. “O conceito de desenvolvimento sustentável precisa ser referência permanente”, disse Dilma.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –  Dilma agradeceu o apoio recebido de outros países, mas esqueceu de mencioná-los: Cuba, Venezuela, Bolívia e Equador. Se esqueci algum, por favor informem. (C.N.)

22 de abril de 2016
Cláudia Trevisan e Altamiro Silva Junior
Estadão

QUANTO CUSTA UM ENCONTRO COM ARAÚJO, EX-MARIDO DE DILMA?


Araújo abriu uma “consultoria” informal
Em janeiro deste ano, Época revelou como o empreiteiro José Antunes Sobrinho, da Engevix, articulou encontros com o advogado Carlos Franklin Paixão Araújo, ex-marido da presidente Dilma Rousseff, com o objetivo de solucionar problemas em sua empresa entre os anos de 2013 e 2014. Época conversara com dois intermediadores que confirmaram os arranjos para o contato com Araújo: o diretor da Desenvix e ex-vice-presidente da Engevix, Paulo Roberto Zuch, e um amigo de longa data do ex-casal, Nilton Belsarena. Ou Nilton ‘Negão’, para os mais íntimos.
A reportagem revelou ainda que, logo após os encontros, Zuch realizou uma transferência de R$ 200 mil para a Ribas & Ribas, empresa controlada Nilton Belsarena e sua esposa, Eunice Ribas. Um mês depois da transação financeira, Zuch recebeu o mesmo valor da Enerbio, fornecedora da Engevix.
À época, ambos negaram que o dinheiro havia sido uma espécie de bonificação pelos encontros promovidos pela dupla entre Antunes e Araújo. Mas a delação de Antunes, obtida com exclusividade por Época, e que está com os integrantes da Força Tarefa da Lava Jato, esclarece a origem e o destino dos valores.
AGENDA COM DILMA
“O objetivo era conseguir agenda com a presidente”, disse Zuch, ex-vice-presidente da Engevix. E em sua delação, Antunes revela ter, sim, repassado R$ 239 mil a Nilton, por meio de Zuch. Segundo o documento entregue aos procuradores, o empreiteiro diz que Araújo jamais cobrou valores diretamente do delator. Antunes também levantou uma dúvida: disse não saber se Nilton se utilizava de Araújo para enriquecer ou se trabalhava como um operador do ex-marido de Dilma.
Os encontros aconteceram, conforme revelou Época, em períodos em que a Engevix enfrentava dificuldades. Na primeira vez, em 2013, o assunto tratado eram os Aeroportos de Brasília e São Gonçalo do Amarante, concedidos a um consórcio liderado pela empreiteira, em parceria com a argentina Corporación América.
ACABOU A TENSÃO
Antunes confirmou, no documento, que recebeu recados do Palácio do Planalto que denotavam a insatisfação da presidente com as obras. Pensou que isso pudesse fazê-lo perder as concessões e recorreu a Araújo por ajuda. Ainda segundo o delator, os prazos para a entrega das obras terminaram sendo cumpridos e as tensões com o Planalto recuaram. Antunes assim descreve:
“Sendo que não houve mais recados do Palácio do Planalto, e o colaborador entende que esta confiança se deu pelo apoio e interferência de Carlos Araújo”.
Em outro encontro, ocorrido em 2014, Antunes pediu o auxílio de Araújo para destravar a liberação de uma tranche de R$ 62 milhões de um financiamento do Fundo da Marinha Mercante para sua empresa, por meio da Caixa Econômica Federal. Ao ouvi-lo, Araújo se mostrou sensibilizado, disse Antunes. “Dizia que iria tomar providências para ajudar”, afirmou o delator.
HOUVE PAGAMENTO
A mesma disposição de Araújo em ajudar a Engevix foi confirmada por Época em janeiro, com base em relatos de Zuch. Contudo, até o momento, não há sinais de resultado sobre o dinheiro. A liberação continua travada e Antunes não pode sequer voltar ao amigo Araújo, pois está preso em Curitiba.
Quando esteve em Brasília para ser ouvido na CPI dos Fundos de Pensão, em fevereiro, Antunes conversou brevemente com Época. O discurso, contudo, era diferente do que consta do termo de colaboração. O empreiteiro confirmou os encontros com Araújo, mas negou que tivesse pagado qualquer valor a Zuch ou Belsarena. Quando questionado sobre a razão de ter recorrido a Araújo, o empreiteiro não hesitou.
“Eu tinha um estaleiro quebrando e ele conhecia todo mundo. Políticos, sindicatos, além de ser ex-marido da presidente. Tinha muita gente sendo demitida e é lógico que eu ia fazer de tudo para impedir isso”, disse o empreiteiro.
22 de janeiro de 2016
Daniel Haidar, Ana Clara Costa E Diego EscosteguyÉpoca

OS IDIOTAS QUE ESTÃO POR TODA PARTE NÃO PARAM DE ENVERGONHAR O BRASIL NA ONU

DILMA CANTANDO PARABÉNS EM INGLÊS - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=l-Xl8SU2fXE
20 de jun de 2014 - Vídeo enviado por Porradaria
DILMA CANTANDO PARABÉNS EM INGLÊS. Porradaria ... Dilma Canta Abertura do Chaves - Se Você ..

No fim dos anos 80, o presidente José Sarney apareceu na Organização das Nações Unidas numa limusine branca, como um noivo do Michigan. Durante o discurso, interrompido duas ou três vezes por um deputado mineiro que gritava APOIADO!, apresentou ao mundo o poeta maranhense Bandeira Tribuzzi. O governo do Brasil chegara ao limite do ridículo, certo?
Errado. No começo dos anos 90, quando acompanhou o presidente Fernando Collor numa assembleia da ONU, a ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Mello, circulou por Nova York  a bordo de uma carruagem. O governo do Brasil chegara ao limite da jequice provinciana, certo?
Errado. Na primeira década deste século, o presidente Lula, que não fala sequer português, botou na cabeça que merecia virar secretário-geral da ONU (e, antes ou depois, prêmio Nobel da Paz. O governo lulopetista alcançara a última fronteira da maluquice megalomaníaca, certo?
Errado, avisa a viagem de Dilma Rousseff a Nova York. Ela anda por lá para contar aos integrantes da organização internacional que o País do Carnaval inventou o golpe de Estado autorizado pela Constituição, regulamentado pelo Supremo Tribunal Federal, aprovado pelo Congresso e apoiado por oito em cada dez eleitores.
Como lembra o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, Nelson Rodrigues constatou há 50 anos que os idiotas estão por toda parte. Poderiam ao menos permanecer por aqui ─ e parar de envergonhar o Brasil na ONU.

22 de abril de 2016
Augusto Nunes - Veja Online

IMPEACHMENT: O VOTO DE CADA SENADOR

http://veja.abril.com.br/complemento/brasil/o-voto-de-cada-senador-no-impeachment/


O voto de cada senador no impeachment - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=Rj3PUbrexJ8
7 horas atrás - Vídeo enviado por Dtudo
Confira o posicionamento dos 81 senadores no processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff.


22 de abril de 2016
VEJA

DIÁRIO DO OLAVO


gaynaldo
Reinaldo Azevedo, você é apenas um CANALHA. O que você diz de mim e dos meus alunos é tão porco, tão abjeto, tão mentiroso, que nem merece resposta. Não vou discutir com você, porque meus alunos são suficientes para jogar você na privada tucana que é o seu "habitat" natural.

Não há acordo possível entre os que querem salvar o Brasil e os que querem, acima de tudo, salvar a "Nova República".
O Fernando Henrique Cardoso já mostrou o caminho: Sacrificar a Dilma sem destruir o poder do PT. Alguém acredita que o Reinaldo Azevedo luta por um objetivo diverso? PT e PSDB são os dois grandes pilares do esquerdismo nacional. Se um cai, o outro não se sustenta. Ambos nos impuseram a "Nova República", o MST, o abortismo, a ideologia de gênero, a propaganda comunista nas escolas, a destruição da educação nacional, a paparicação dos criminosos, a beatificação dos terroristas, o desarmamento civil, a tolerância para com o narcotráfico etc.

Segundo o próprio FHC, não têm divergências ideológicas, brigam apenas pela partilha de cargos, e nenhum dos dois pretende que isso mude no mais mínimo que seja. A cassação dos mandatos e uma nova eleição, em 2015, destruiriam toda essa bela harmonia. O impeachment, um ano depois, preserva intacto o pacto macabro, e ainda torna a idéia de novas eleições uma tábua de salvação para o PT.
*
Digam-me só uma coisinha: O impeachment da Dilma, supondo-se que venha a ser consumado, removerá os comunopetistas do STF? Do Parlamento? Do TSE? Da OAB? Da mídia? Das cátedras universitárias? De todo o sistema judiciário? Do show business?

É preciso ser um profissional da cegueira como o Reinaldo Azevedo para não enxergar que:

1) O impeachment foi adotado como tática minimalista, precisamente porque deixava intactos setores inteiros do poder comunopetista e PRECISAMENTE por isso tinha boas chances de ganhar apoio na classe política.

2) O impeachment não se impôs por ser o melhor caminho, mas se impôs como profecia auto-realizaval: políticos e Azevedos boicotaram todas as outras propostas, e assim que a única restante, DEPOIS DE UM ANO, começou a dar sinais de sucesso, proclamaram que era, de todas, a melhor. Vigarice braba.
*
tucanaldo
Permitir que o povo fizesse sua própria História, passando por cima dos ídolos de papelão da Nova República e da "Constituição Cidadã"? Jamais. Todas as fibras do gelatinoso ser do sr. Reinaldo Azevedo se revoltavam contra essa hipótese hedionda. Ele jamais consentiria em viver num mundo onde tipos como FHC, José Serra e Miguel Reale Junior fossem apenas sombras do passado.
*
Passado mais de um ano dos primeiros protestos populares, ainda estamos AGUARDANDO o começo prometido. É isso o que os imbecis chamam de "resultados".
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Se você quer enfraquecer um adversário, é coisa simples: faça-o esperar, e esperar, e depois esperar mais um pouco. Esse era o truque supremo do general romano Fabius, cujo nome inspirou o movimento fabiano, que por sua vez inspirou o tucanato. E o mais lindo é ninguém perceber que há um ano esse truque vem sendo usado contra toda a população brasileira.
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A julgar pela pujança do movimento popular em março de 2015, e comparando com iniciativas similares em outros países, a esta altura já podíamos ter varrido da cena pública metade da classe política que nos rouba e oprime. Bastaria que houvesse líderes de verdade, à altura do que o momento exigia. Em vez disso, decorrido mais de um ano, ainda estamos TENTANDO tirar do quadro UMA só pessoa, e com o risco de que venha outra pior no lugar dela. Tal foi a grande realização do MBL, do tucanato e de seus office-boys na mídia. Há quem jure que a queda da Dilma será "só o começo", mas, como a Dilma continua lá e não cairá na próxima semana, com certeza o tal começo não começou ainda.
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Quem estudou o livro do Raymundo Faoro entende que o Brasil só tem um caminho de salvação: destruir o estamento burocrático e entregar o seu poder ao povo. O impeachment foi encaminhado de maneira a fazer PRECISAMENTE O OPOSTO, sob o pretexto de "preservar o Estado democrático de Direito".
*
Enquanto o povo inteiro quer um governo severo, que castigue os comunolarápios até o último, a classe política em peso, com sua consciência acomodatícia facilmente acalmada pela palavrinha "Sim", deseja um governo de conciliação nacional -- a ferramenta clássica do estamento burocrático -- que, como prometeu o sr. Temer, não faça nenhuma "caça às bruxas".
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Nunca fui CONTRA o impeachment, como afirmou o mentiroso descarado. Fui contra colocá-lo no alto da lista de prioridades, porque sabia que (1) era um processo demorado e problemático, como de fato foi; (2) Só poderia ser realizado entregando o protagonismo da situação à classe política e reduzindo o povo à função de mero estimulador de adesistas de última hora, como de fato aconteceu. O impeachment era digno de ser levado em conta, sim, na hipótese de outras reivindicações mais substantivas serem frustradas, mas o que se viu foi gente frustrando premeditadamente essas outras reivindicações no intuito de privilegiar o impeachment e de, com isso, salvar uma classe política desmoralizada.
*
A bandeira que os líderes do movimento popular tinham a OBRIGAÇÃO de levantar em março de 2015, quando a massa estava nas ruas, era: ANULAÇÃO DAS ELEIÇÕES, CASSAÇÃO DOS MANDATOS DOS ELEITOS E PRISÃO IMEDIATA DOS RESPONSÁVEIS PELO CARÁTER SECRETO DA APURAÇÃO. Trocar isso pelo longo e complexo processo de impeachment foi, mais que um erro, UM CRIME PREMEDITADO.
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Em março de 2015 tínhamos uma autêntica situação revolucionária, onde TODOS os canais de ação legal estavam sob o controle dos inimigos do povo, ou seja a ilegalidade tinha se tornado a única forma de legalidade. O que era preciso, então, era negar o sistema como um todo, mediante a desobediência civil maciça, e instaurar imediatamente uma nova ordem fundada na soberania popular. Mas os medíocres e covardes não conhecem nenhum tipo de ação que não seja por meio das "autoridades constituídas".
*
Não se tratava de "romper com a ordem constitucional", pois uma intervenção popular direta está prevista e legitimada na Constituição, mas de romper com a HIERARQUIA DE COMANDO, que não se confunde -- exceto na cabeça dos Azevedos -- com a ordem constitucional.
*
O Reinaldo "Estado democrático de direito" Azevedo não capta sequer a diferença entre URNAS ELETRÔNICAS e APURAÇÃO SECRETA. Acha que defendendo as primeiras justifica a segunda. A inteligência desse homem já acabou faz tempo. Talvez tenha sido enterrada junto com sua honestidade.
*
Se a massa pode pressionar deputados e senadores para que votem o impeachment de UMA pessoa, por que não pode pressioná-los a anular uma eleição fraudulenta, cassar mandatos e punir os responsáveis pela fraude? Por que dirigir a ação das massas num desses sentidos e não no outro? Houve aí uma ESCOLHA, e não foi o povo quem a fez. Foram os políticos e os Azevedos.
*
A idéia dos políticos e de seus office-boys na mídia foi simples e clara: desacelerar o processo para que não escapasse do seu controle e não caísse nas mãos da massa. O que poderia ser resolvido integralmente em semanas foi subdividido em partes, das quais nem mesmo a primeira se realizou ainda... E vem esse idiota cantar vitória! Burrice e desonestidade não são mesmo antagônicas.
*
A apuração secreta das eleições de 2014 foi ela própria tramada em segredo, sem que se desse nenhuma ciência aos eleitores. Estes foram pegos de surpresa, semana depois, ao ser informados, "ex post facto", de que não teriam nenhum poder de fiscalizar as apurações. Será preciso mais para que qualquer pessoa com QI normal entenda que, desde a base, essas eleições foram uma fraude?
*
Algum eleitor, no seu juízo perfeito, ACEITARIA votar numa eleição se soubesse, antecipadamente, que a contagem dos votos seria secreta e inauditável?
*
Voto eletrônico é uma coisa. Apuração secreta inauditável é outra completamente diferente. A primeira é um risco apenas. A segunda é um crime líquido e certo.
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Os líderes de março de 2015, bem como os "formadores de opinião" modelo Reinaldo Azevedo, tinham nas mãos uma revolução popular democrática, e a transformaram num teatrinho mambembe da elite podre. Foram tão hábeis, tão geniais, que, gradativamente, conseguiram transformar a proposta de novas eleições, que era a grande esperança do povo daquele momento, numa arma a serviço do oportunismo petista. Tudo o que essa gente toca vira lixo.
*
De todos os lideres de março de 2015, um dos poucos que estavam enxergando claro era o Dalmo Accorsini. Fizeram a caveira dele e, com polêmicas idiotas de impeachment versus intervenção militar, desviaram a atenção do povo para que não pensasse mais no monstruoso crime eleitoral da apuração secreta.
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Reinaldo Azevedo, você é apenas um CANALHA. O que você diz de mim e dos meus alunos é tão porco, tão abjeto, tão mentiroso, que nem merece resposta. Não vou discutir com você, porque meus alunos são suficientes para jogar você na privada tucana que é o seu "habitat" natural.
*
A piada não é minha. É do Edinho Camargo:
Reinaldo Azevedo, batendo no peito: "Só me ajoelho perante um único."
Sim, o Fernando Henrique Cardoso.
*
Comentário do Rafael Nogueira sobre o último programa do Reinaldo Azevedo:
Duas coisas, Reinaldo:

1. Alunos de Olavo não são como você descreve.

Primeiro porque ele não tem, nem quer ter, controle sobre as vidas de seus alunos. Você mesmo afirmou, Reinaldo, que ele não pode querer saber tudo sobre o Brasil lá dos EUA. Imagine quão difícil não seria manter uma disciplina moral obrigatória sobre milhares e milhares de discípulos! Você foi baixo e jogou com crenças e mentiras populares para melhor difamá-lo. Esperava mais de você, mesmo porque, eu o acompanho desde a antiga Primeira Leitura, revista que talvez só eu mais alguns poucos conheçam.
2. Alunos do Olavo não queriam se ajoelhar perante botinas.

Os intervencionistas eram um grupo pequeno. Olavo só não queria que a população deixasse PSDB e esquerdistas parecerem líderes de movimentos. Se ele estava certo ou não, é outro assunto. Mas seu ataque é errado, senão mentiroso. E veja que eu mesmo, aluno antigo do professor Olavo, não gostei da afirmação do Bolsonaro e já me declarei totalmente contra. Não consta que Olavo de Carvalho tenha vindo me repreender. Conheço incontáveis alunos e não conheço nenhum que tenha se dedicado a fomentar uma intervenção militar (nem aqueles que são alunos militares o fizeram!).
Informe-se melhor. Este é o seu trabalho.

*
Reinaldo Azevedo acha que, distante do Brasil, nada sei do que se passa no país mas, por telepatia, controlo com mão de ferro atos e pensamentos de milhares de meus alunos. Reinaldo, vá cagar.

*
Nunca vi uma prova razoável de que o coronel Brilhante Ustra tivesse mesmo torturado alguém. O único indício é a palavra das mesmas pessoas que dizem que o Brasil não tem dívida externa e que a Dilma é honesta. No entanto, de tão repetida, a rotulagem grudou de tal maneira que quem diga uma palavra em favor do homem torna-se ele próprio um torturador e cuspir nele um ato de civismo. É para coisas desse tipo, e só para elas, que serve a mídia brasileira.
*
É absurdo alegar, como prova de torturas, que o Cel. Ustra foi condenado pela justiça civil. A justiça civil não prova crimes. Não há rigorosamente NENHUMA prova de que o coronel tenha torturado ou mandado torturar quem quer que seja. "Ah -- alegam os beatos --, legistas examinaram corpos!" Sim, corpos de cadáveres. E desde quando o cadáver de um prova que OUTRO, ainda vivo e saudável, foi torturado? Vão à merda, farsantes, sugadores de dinheiro público.
*
Como prova das torturas, mostram-nos fotos de terroristas mortos. É a apoteose do cinismo. Desde quando a morte de um é prova de que outro foi torturado?
*
Tudo o que sei contra o Ustra é aquilo que dizem contra ele as mesmas pessoas que juram que a Dilma é honesta. Se alguém souber algo de outra fonte, me avise.
*
Ouvi falar de olhos furados, unhas arrancadas, dedos amputados, mas nunca vi nenhum. Muito menos na "Comissão da Verdade".
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Antonio Ubaldino, armeiro do Marighela, que diziam ter sido barbaramente torturado na cadeia, foi exilado na Suécia e logo voltou, porque achou mais confortável viver na ditadura militar brasileira do que no paraíso democrático escandinavo.

Sua esposa Gerosina, também torturada, diziam, ao ponto de perder um rim, saiu da cadeia mais saudável do que entrou. Sei disso porque fui eu quem foi buscá-la quando foi libertada.

Meu amigo Arno Preis, que a versão corrente na esquerda diizia ter morrido vítima da ditadura, morreu linchado pela população de uma cidadezinha da Bahia onde mexeu com a mulher de um PM e ainda deu uns sopapos no marido.

Conheço dezenas dessas histórias. De muitas delas fui testemunha direta. Nada, absolutamente nada me garante que muitas narrativas de torturas sofridas não sejam exatamente da mesma espécie.
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Depois de tudo o que os comunopetistas mentiram nos últimos anos, vocês ainda acreditam no que eles dizem sobre torturas? Credulidade deveria ter limites.

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Seria ótimo se um grupo de alunos meus, com formação médica e/ou jurídica, fizesse ume revisão meticulosa e objetiva de todos os casos alegados de tortura que renderam indenização. Isso levaria um ou dois anos de trabalho, mas com certeza traria revelações importantes.
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Que eu saiba, o único dedo faltante em toda a esquerda nacional ainda é o do Lula.
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Repito: Se todo mundo VIU, com os olhos da cara, o quanto essa putada esquerdista é vigarista e mentirosa, por que continuar acreditando piamente na história das torturas, que tem como única prova a palavra dessa gente?
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Sabendo que é membro de um grupo de risco, o deputado Jean Wyllys, ao planejar e realizar a cusparada no seu colega de plenário, infringiu claramente o Art. 131 do Código Penal: expor a risco de moléstia grave.
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Se o deputado Jair Bolsonaro não quer processar o cuspidor fujão para cassar-lhe o mandato, ele está no seu direito. Mas, como virtual candidato à presidência, ele não tem o direito de expor-se à possibilidade de contrair doença grave. Ele tem a obrigação de requerer à Justiça que force o deputado Jean Wyllys a submeter-se a exame para verificar se sua saliva não transmite o vírus da Aids.
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Omitir-se de dizer QUALQUER COISA por medo de que vá "pegar mal" entre os esquerdistas é a atitude mais abjeta, covarde e contraproducente do mundo. Deve-se dizer precisamente TUDO o que "pegue mal" entre esses filhos da puta maliciosos. Apenas, deve-se dizê-lo de maneira que os reduza à raiva impotente em vez de fazer provocaçõezinhas bobocas e irritantes que só servem para encorajá-los. O estilo é tudo. Ou você passa por cima deles como uma motoniveladora, ou não faz nada.
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Se, cada vez que algum sujeito é acusado de torturador, qualquer um que se aventure a defendê-lo se torna ele próprio digno do rótulo de torturador, então, é claro, toda acusação de tortura é autoprobante, inquestionável e automultiplicante. Esta regra foi adotada por toda a mídia nacional, sem exceção.
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Reinaldo "Estado de Direito" Azevedo não tem um pingo de amor ao Brasil ou ao povo brasileiro. Só tem à "Nova República", isto é, à turminha dele mesmo.
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Não desprezo o impeachment, porque não sou um mendigo ingrato. Mas nenhuma gratidão me obrigará jamais a confundir uma esmola com um prêmio da Mega-Sena.
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Se o sr. Michel Temas já garantiu ao Lula que no seu governo "não haverá caça às bruxas", continuar repetindo que o impeachment da Dilma -- ainda não consumado, aliás -- será "só o começo" é tomar um mero desejo como realidade. COM CERTEZA pelo menos metade dos que votaram na Câmara em favor do impeachment não o fez para "começar" nada, mas para APENAS acalmar a população. Tanto que todos agora falam em "governo de conciliação" e "paz nacional".
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Minha maior satisfação sádica é notar que, quanto mais a mídia suprime o meu nome, mais as minhas opiniões se difundem por toda parte e influenciam positivamente o curso dos acontecimentos, passando por cima da ominosa "operação vaca amarela". Quando fui demitido do Globo, apostei que isso ia acontecer, e aconteceu. Perto da verdadeira ciência da difusão das idéias, as tecniquinhas dos marqueteiros e jornalistas são coisa de criança.
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Como é possível que, para remover do poder um partido desprovido de qualquer apoio popular, seja preciso criar os maiores protestos de massa de toda a nossa História e depois ainda esperar um ano e tanto para ver se acontece alguma coisinha?
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A eleição de Jânio Quadros foi "o fim da bandalheira", seguido de Hino Nacional e lágrimas de comoção cívica. A queda de João Goulart foi "o fim da bandalheira", seguido de Hino Nacional e lágrimas de comoção cívica. A "Nova República" foi "o fim da bandalheira", seguido de Hino Nacional e lágrimas de comoção cívica. A eleição de Collor foi "o fim da bandalheira", seguido de Hino Nacional e lágrimas de comoção cívica. A queda de Collor foi "o fim da bandalheira", seguido de Hino Nacional e lágrimas de comoção cívica. A eleição de Lula foi "o fim da bandalheira", seguido de Hino Nacional e lágrimas de comoção cívica. As CPIs de 1993 foram "o fim da bandalheira", seguido de Hino Nacional e lágrimas de comoção cívica. A votação de ontem foi "o fim da bandalheira", seguido de Hino Nacional e lágrimas de comoção cívica. Ou a tal da bandalheira é imortal, ou todo mundo está mentindo.
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Desde os anos 50 do século passado, já vi tantas festas cívicas de "fim da bandalheira", que, diante de mais uma, não tenho nenhuma inibição de ser um estraga-prazeres e dizer, como o inglês da piada: "Oh, Peter, você não mudou nada."

22 de abril de 2016
Olavo de Carvalho