"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 23 de agosto de 2015

NA CAMPANHA DO 2º TURNO EM 2014 O PT MOBILIZOU CARAVANA DE 50 ÔNIBUS DE TURISMO PARA CARREGAR CLAQUE DO MST NO NORDESTE



Leitor do blog acaba de encaminhar este vídeo. No mínimo 50 ônibus, que segundo afirmam os motoristas desses coletivos, como se pode ver no vídeo, foram bancados pelo governo da Dilma para trazer sua claque do MST a Petrolina, no Pernambuco, durante a campanha eleitoral do segundo turno da eleição presidencial de 2014.

Bem que este vídeo poderia ser incluído no expediente encaminhando pelo Ministro Gilmar Mendes à Procuradoria Geral da República e à Polícia Federal, em que determina investigação na 'contabilidade' da campanha da "presidenta".

Vídeos como esse aparecem aqui, ali e acolá nas redes sociais. Tem de abrir a caixa preta e ir fundo na investigação.

O perigo é quando a população brasileira souber em detalhes o que realmente aconteceu na eleição de 2014. A reação popular é imprevisível. Por certo não reagirão apenas com faixas e bonecos de protesto, se é que me entendem.

As coisas, como diria, começam a aparecer... e à medida em que aparecem o PT vai amarelando, murchando e adquirindo o seu tamanho real. Pressente-se que desta refrega o PT resultará num partido nanico correndo sério risco de ser proscrito.

23 de agosto de 2015
in aluizio amorim

USAR DROGAS É UMA ESCOLHA PESSOAL




A droga só é maravilhosa quando é usada na roda de grã-finos, gente que tem dinheiro. Por isso mesmo sempre esteve presente entre a elite e nas universidades – que, de ontem até hoje, sempre foi frequentada, predominantemente, pela mesma elite cheiradora.
Quem não se lembra dos cabeludos da década de 70, com os seus carrões, fumando um baseado ou cheirando uma carreira? Naquela época, os pobres ou estavam nas obras ou na roça e se fossem apanhados com droga seriam presos e não teria ninguém para ligar da delegacia, pois nem telefone tinham.
O “filho de papai”, no máximo, iria para a delegacia para que o pai viesse buscá-lo, após “aquela ligação” para aquele sujeito importante (geralmente um general).
Este tipo de usuário jamais precisaria cometer um assalto na esquina para manter o seu vício. Assim exposto, qual é o problema se ele quiser usar drogas até sangrar o nariz? Tem dinheiro e pode gastar como quiser. Que morra em uma bad trip, mas ninguém terá nada a ver com isso!
Até aqui, tudo bem, pois o alcance da escolha pessoal feita por ele não influenciará ninguém além de dele mesmo! Ele deve ter esse direito! Mas…
DROGADOS POBRES
O problema começou quando a droga caiu nas mãos dos pobres e miseráveis deste país, pessoas que não tinham como manter o vício, Se não já estivessem desempregados, foram demitidos pelos patrões por causa do vício!
Então, como essas pessoas manterão o vício, se não têm dinheiro nem para as necessidades mais básicas, como os milhões de trabalhadores deste país? Uma vez desempregados e sem dinheiro, serão obrigados a assaltar para manter o vício!
E olha que não estou me referindo àquelas pessoas que ainda estão a formar a personalidade e o caráter, e que, por isso mesmo, são mais susceptíveis e expostos às drogas – os adolescentes, justamente na fase da vida decisiva para o futuro, quando deveriam receber incentivo do Estado:
AS ALTERNATIVAS
Só há três alternativas, e a primeira é prender o usuário.. Como a maior parte dos drogados pertence à elite econômica do país, os 5% usuários têm mais força política no Congresso Nacional e Tribunais Superiores do que os 95% que não usam drogas ilícitas. Por isso toda essa polêmica.
Foi só a polícia começar a prender alguns ricos que logo mudaram o nome de drogado para usuário e o uso de drogas deixou de ser um vício e passou a ser uma doença! Beber e dirigir é proibido; no entanto, ninguém ouve o governo falar que dá uma cheirada e depois dirigir também seja.
BOLSA-DROGADO
A segunda alternativa é o usuário ter dinheiro para se drogar até rachar o cérebro. Como tem dinheiro, não precisará assaltar nem matar nas ruas. Isso já acontece com os ricos e os filhos dos remediados.
Já com os usuários pobres, o governo terá que conceder a Bolsa-Drogado, como já tem sido feito pelo prefeito de São Paulo (acabando com a necessidade de assaltar para manter o vício). Só não pode fazer como o Governo Lula fez aqui em Brasília: distribuiu cachimbos para os craqueiros, mas não distribuiu a droga. O resultado é que os usuários continuaram a assaltar os pedestres da rodoviária!
ESTATIZAR A PRODUÇÃO
A terceira alternativa é estatizar a produção para que possa ser vendida a preços de custo e quebrar os traficantes pela concorrência. Vejam que no Uruguai e em alguns lugares dos Estados Unidos em momento algum se falou em liberação geral das drogas, mas em liberação da plantação caseira e da venda da maconha. Quero ver liberarem o crack, a heroína e a morfina… A maconha pode até ser produzida em casa, mas o mesmo não acontece com o crack e outras drogas que são feitas em laboratórios.
Para estas drogas ou se compra do governo ou se compra dos traficantes. Assim, ou o Brasil cria a Drogabrás ou se tornará o caos do filme Resident Evil. Mas sem a beleza da Milla Jovovich…
Finalizando, o uso de drogas por quem não pode pagar por ela não é uma escolha pessoal. É um problema social. Tem gente que acha que seremos iguais à Holanda com a liberação das drogas. Eu acredito que estejamos mais é indo rumo à Cracolândia do Haddad. Basta ver, na internet, as atuais imagens dos pontos de consumo de drogas dois países.
23 de agosto de 2015
Francisco Vieira

USA BUSCA PROVAS PARA COBRAR U$ 1,8 BILHÃO DE MULTA DA PETROBRAS POR ENGANAR ACIONISTAS AMERICANOS. É A MAIOR MULTA DO MUNDO!



(Estado)Investigadores norte-americanos recolheram durante a semana passada cópias de documentos da Operação Lava Jato no Brasil para dar sustentação a uma ação coletiva milionária, ou class action, em curso na Suprema Corte de Nova York. O grupo reclama perdas milionárias causadas pelo esquema de corrupção na companhia após compra de ações da estatal que vieram a sofrer baixas na Bolsa de Valores de Nova York, a maior dos Estados Unidos. Os ex-presidentes da estatal José Sérgio Gabrielli e Graça Foster devem ser citados.

O coletivo é formado por um fundo de pensão de professores e pesquisadores do Reino Unido, outros três de servidores dos Estados de Ohio, Idaho e Havaí, a gestora Skagen, da Noruega, e o Danske Bank, da Dinamarca. Por negociar papéis na Bolsa de Nova York, a Petrobrás é obrigada a comunicar fatos relevantes que possam influenciar a decisão de investidores. Para eles, a estatal não comunicou apropriadamente ao mercado o esquema de corrupção na empresa.

Durante a estada da comitiva americana no Brasil foram colhidas cópias de documentos e perícias tornadas públicas nas ações criminais da Lava Jato com autoridades e defensores de alguns dos principais delatores da investigação. A missão foi cercada de sigilo para evitar desgaste ante o fato de que a norma aplicável legal é aquela do país onde se produz a prova, ou seja, os advogados da Petrobrás podem questionar o conjunto de provas obtidas sem obedecer formalidades legais.

Os investidores foram recepcionados por um especialista em crimes transnacionais que os acompanhou na busca por evidências sobre cartel, pagamento de propina e superfaturamento de contratos na Petrobrás. O advogado Jeremy Lieberman, do escritório Pomerantz, é o responsável pela defesa dos investidores. “Sentença, delações premiadas, confissões, tudo pode ser prova. E isso pode ser feito, inclusive, sem a presença física. A presença é o ideal, obviamente, mas muitos (ex-diretores da Petrobrás) estão presos. Nós não sabemos o procedimento de como eles poderiam de alguma forma testemunhar, mas estamos explorando isso”, declarou Lieberman.

‘Vítima’. A companhia foi reconhecida pelo juiz federal Sérgio Moro – que conduz as ações penais da operação na primeira instância – como vítima do cartel de empreiteiras que tomou o controle de contratos bilionários para distribuição de propinas a políticos do PT, PMDB e do PP. Ao assumir o papel de assistente do Ministério Público Federal na acusação aos réus da Lava Jato, a Petrobrás se comprometeu a prestar informações às autoridades.

A defesa dos investidores, no entanto, discorda da posição ocupada pela estatal no processo. “Pensamos que é uma piada dizer que eles são vítimas. A Corte em Nova York abordou essa questão. A Petrobrás disse que foi vítima, portanto, as ações de (Nestor) Cerveró (ex-diretor da área Internacional), (Renato) Duque (ex-diretor de Serviços) e (Paulo Roberto) Costa (ex-diretor de Abastecimento) não devem ser atribuídas à empresa, porque eles não estavam agindo para a empresa, e sim contra a empresa”, afirma o advogado Jeremy Lieberman.

Para Lieberman, as propinas obtidas pelos ex-diretores da estatal no esquema de corrupção beneficiaram o governo da presidente Dilma Rousseff, o que não pode assegurar status de vítima à Petrobrás. “Nós dissemos que não. Eles estavam dando subornos ao governo, o governo é o acionista majoritário e, portanto, o que é bom para o governo é bom para a empresa”, afirmou.

Em audiência realizada em junho na Corte de Nova York, a defesa da Petrobrás alegou que apenas poucos ex-executivos da estatal sabiam das irregularidades. Em abril, a companhia reconheceu em seu balanço financeiro de 2014, divulgado com cinco meses de atraso, a perda de R$ 6,2 bilhões relacionada à Lava Jato. Outros R$ 44,6 bilhões foram registrados como prejuízos após revisão no valor de ativos. Os dados serão utilizados como argumento de defesa dos investidores.

‘Adoçar’. “O (balanço) é uma munição (para a class action) em grande medida, sim, eles admitiram que pelo menos US$ 2.5 bilhões foram usados em corrupção. O fato de existir um balanço é muito útil, mas nós acreditamos que ele não é preciso, completo. Tentaram ‘adoçar’. É menos munição do que deveria ser. Vamos provar que quando você tirar o açúcar, uma grande quantidade de munição vai sair de lá”, declarou o advogado.

Segundo ele, a class action deverá ser julgada até agosto de 2016. Em cerca de dez dias, a defesa deverá entregar uma petição sobre a investigação à Corte de Nova York. “Nós certamente não vamos deixar o caso acabar como qualquer pizza.Para os investidores, as principais vantagens de ingressar na ação consistem na possibilidade de obter indenização punitiva, celeridade no processo, litigância conjunta, o que reduz os custos e une os interesses comuns, assim como a possibilidade de o investidor ter voz ativa nas negociações de uma eventual proposta de acordo pela Petrobrás. 

A Petrobrás informou que não se manifestaria sobre a ação na Corte de Nova York. Em abril, entretanto, a estatal apresentou um documento de defesa aos investidores dos EUA com o argumento de que as construtoras formaram um cartel, com esquema de atuação desconhecido pela administração da companhia.

O texto afirma que apenas quatro diretores da empresa sabiam do esquema e foram afastados – Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco, Renato de Souza Duque e Nestor Cerveró. Cita ainda que em novembro de 2014 publicou um documento sobre as investigações. Quanto a seus ex-presidentes, José Sérgio Gabrielli informou que não se manifestaria sobre o assunto. Graça Foster não respondeu à reportagem até a conclusão desta edição.

23 de agosto de 2015
in coroneLeaks

O HOMEM-BOMBA



(Globo) Denunciado pelo Ministério Público na última quinta-feira, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tem em mãos munição para atingir o governo da presidente Dilma Rousseff e as contas da União. São bombas que vem sendo armadas e podem ser detonadas já neste segundo semestre na Casa, em forma de Propostas de Emenda Constitucional (PECs), projetos de lei, além de 12 pedidos de impeachment pendentes. 

Entre elas, estão propostas do pacto federativo que têm por objetivo aliviar os cofres de estados e municípios, mas impactando o da União. Com uma base enfraquecida na Casa, o governo terá que enfrentar o desafio de conter o desejo dos deputados em ajudar estados e municípios, principalmente às vésperas das eleições municipais. 

Um dos aliados mais fiéis de Cunha, o líder do PSC, André Moura (SE), foi escalado para relatar as emendas do pacto federativo. No caso da PEC 172, que veda criação de despesas para estados e municípios sem fontes de receita, Moura já apresentou na última terça-feira seu relatório, modificando o texto para deixar claro que a União arcará com os recursos.

Diante da ofensiva, o governo apresentou emenda mais ampla que diz que lei só pode impor aumento de despesas à União, aos estados e municípios se houver previsão da fonte para o custeio, constitucionalizando a regra da Lei de Responsabilidade Fiscal para todos os três entes federados. Moura não acatou. Cunha, por sua vez, já avisou que pautará a PEC 172 em plenário, assim que ela sair das comissões.

- Do jeito que está, é uma bomba fiscal seletiva. Preserva estados e municípios, mas inexplicavelmente exclui a União - criticou o vice-líder do governo na Câmara, Orlando Silva (PC do B-SP).

Além dessa PEC, o governo já terá que enfrentar essa semana a votação de projeto que beneficiará pequenas empresas, mas implicará em renúncia fiscal de R$ 3,9 bilhões. O projeto que amplia o alcance do Simples Nacional é defendido pelo ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, mas encontra resistência na equipe econômica.

Também estão no forno outras propostas que impactam as contas. Uma delas é o projeto de lei que aumenta o percentual de gastos do governo com a merenda e o transporte escolar. André Moura avisa que já coleta assinaturas para levar o projeto, em regime de urgência, direto ao plenário.

23 de agosto de 2015
in coroneLeaks

TSE CHAMA MPF E PF PARA INVESTIGAR DINHEIRO DO PETROLÃO NA CAMPANHA DE DILMA


(Veja) O ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu ao Ministério Público e à Polícia Federal a investigação de suposta prática de atos ilícitos na campanha que reelegeu a presidente Dilma Rousseff em 2014. 
Em relatório encaminhado nesta sexta-feira à Procuradoria-Geral da República (PGR) e à PF, o ministro cita "vários indicativos" de que a campanha da petista teria sido financiada por recursos desviados da Petrobras.

Relator no TSE das contas da campanha do PT e da candidata à reeleição no ano passado, Mendes encaminhou ainda o despacho ao corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro João Otávio de Noronha, para que sejam tomadas providências em relação a um artigo da Lei dos Partidos Políticos que veda o financiamento de campanhas por empresas de capital misto, como a Petrobras.

"Assim, tenho por imprescindível dar conhecimento às autoridades competentes sobre os indicativos da prática de ilícitos eleitorais e de crimes de ação penal pública ressaltados neste despacho", escreveu o ministro. No despacho, Gilmar Mendes utiliza informações reveladas pela Operação Lava Jato, como trechos da delação do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, que disse a investigadores ter doado 7,5 milhões de reais à campanha de Dilma.

Também integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes aprovou a prestação de contas da petista no ano passado "com ressalvas", mas indicou na época que a suspeita de atos ilícitos deveria continuar a ser investigada.

Na semana passada, o ministro solicitou à assessoria do TSE responsável pelo exame de contas eleitorais informações sobre se as empreiteiras OAS, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, UTC Engenharia, Camargo Corrêa, Engevix e Odebrecht, todas envolvidas no escândalo do petrolão, fizeram doações ao PT no período de 2010 a 2014, bem como os valores repassados. Gilmar cruzou os dados da Justiça Eleitoral com as informações obtidas pela Operação Lava Jato. "Há vários indicativos que podem ser obtidos com o cruzamento das informações contidas nestes autos (...) de que o PT foi indiretamente financiado pela sociedade de economia mista federal Petrobras", escreveu.

PSDB - Gilmar Mendes já tinha citado a Operação Lava Jato no plenário do TSE, quinta-feira passada, durante a votação de um recurso apresentado pelo PSDB contra a decisão, tomada pela ministra Maria Thereza de Assis Moura, de rejeitar uma ação do partido pedindo a impugnação do mandato de Dilma por abuso de poder político e econômico durante a campanha à reeleição.

Mendes disse que a Lava Jato tem reflexo nas quatro ações contra a presidente que estão sendo analisadas atualmente pelo tribunal. Ao justificar a demora em devolver o processo do recurso, disse que levou cinco meses - de março, quando pediu vista, até agora - porque "a toda hora tinha que fazer atualizações" no caso devido à evolução da Lava Jato. "A cada nova operação, há fatos conexos aqui", argumentou. "Puxa-se uma pena e vem uma galinha na Lava Jato."

Mendes e também o ministro João Otávio de Noronha votaram a favor do recurso do PSDB que pede a impugnação, mas a análise do caso foi suspensa depois que o ministro Luiz Fux pediu vista do processo - não há prazo estipulado para a retomada do julgamento.

23 de agosto de 2015
in coroneLeaks

JEAN WYLLYS: UM ERRO GROSSEIRO

LUÍS INÁCIO ADAMS, MINISTRO CHEFE DA ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO É VAIADO EM RESTAURANTE DE BRASÍLIA

BATENDO O PÉ

Cunha diz que não deixa o cargo e que denúncia não altera tramitação de pedidos de impeachment

eduardo_cunha_26Nesta quinta-feira (20), a Procuradoria-Geral da República teria oferecido denúncia (informação não confirmada) contra o deputado federal Eduardo Cunha(PMDB-RJ), acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, crimes cometidos no âmbito do Petrolão, mas o presidente da Câmara dos Deputados já afirmou que a institucionalidade de seu cargo “continua exatamente da mesma forma”.
O procurador-geral Rodrigo Janot decidiu não pedir ao Supremo Tribunal Federal o afastamento de Cunha, o que poderia se dar com base na lei de improbidade. Contudo, há quem garanta que o ministro-relator da Lava-Jato, Teori Zavascki, pode determinar o afastamento, caso a denúncia da PGR seja devidamente aceita. Uma interpretação do parágrafo 1º (inciso I) do artigo 86 da Constituição Federal impede que alguém que esteja na linha sucessória do presidente da República seja réu em processo criminal.
Art. 86 – Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. Eduardo Cunha é o segundo na linha sucessória, podendo assumir o comando do Executivo federal na ausência ou impedimento do presidente da República ou do vice.
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:
I – nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal.
À luz do Regimento
Um dos maiores conhecedores do Regimento Interno da Câmara dos Deputados tem entendimento divergente. Segundo ele, no caso em questão não cabe pedido de afastamento, sendo que tal decisão depende de deliberação da Mesa Diretora, que, por questões óbvias, votará favoravelmente ao presidente da Casa.
Por outro lado, um pedido de afastamento ou renúncia pode ser aprovado na esteira de processo no Conselho de Ética, o que demandará muito mais tempo do que o que resta para Cunha completar seu mandato como presidente da Câmara.
Porém, um processo de cassação de mandato por quebra de decoro parlamentar, que depende da propositura por parte de algum partido e da aprovação do corregedor da Casa, pode tirar Eduardo Cunha da cena política, mas isso também demandaria tempo, necessário para garantir o direito constitucional da ampla defesa.
Impeachment de Dilma
Sobre os pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff que tramitam na Casa, Cunha ressaltou: “O processo é exatamente do jeito que estava indo”, disse. “O que eu decidir é dentro da mesma ambiência técnica que eu estava seguindo”.
O deputado também comentou a nota divulgada na manhã desta quinta pelo centro de informática da Câmara (Cenin), que informou que a busca da Polícia Federal no edifício extraiu somente os registros de Cunha e da ex-deputada federal Solange Almeida (PMDB), não de todos os deputados. Na véspera, o presidente havia afirmado que provaria que os dados coletados na busca foram de todos os parlamentares.
Diante disso, nesta quinta, o presidente da Câmara baixou o tom. “Eu não disse que extraíram os dados, disse que tiveram acesso”, disse. “Eles coletaram, coletaram do sistema. O que eles copiaram ou o que eles levaram é o que eles colocaram no processo”.
O peemedebista afirmou que ida da Polícia Federal ao prédio para busca não era necessária. “Bastava ter notificado e teria sido fornecido exatamente o que eles notificaram. Não precisaria ter sido feita a busca”, finalizou. 
23 de agosto de 2015
(Danielle Cabral Távora com Ucho Haddad)

JOGO DE CENA

Denúncia contra Cunha não pode servir de cortina de fumaça para o governo corrupto de Dilma

eduardo_cunha_17Esperada na quarta-feira (19) e prometida para esta quinta, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o peemedebista Eduardo Cunha(RJ), presidente da Câmara dos Deputados, dera ser muito mais grave e contundente do que as estimativas. Cunha será denunciado ao Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, crimes cometidos no âmbito do Petrolão, esquema de corrupção desmontado pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal.
Não bastassem as acusações contra o parlamentar, a manifestação da PGR poderá vir acompanhada de um pedido de afastamento de Cunha do cargo de presidente da Casa legislativa, o que aumentaria a crise político-institucional que chacoalha o País. O pedido terá de ser autorizado pelo Supremo Tribunal Federal e terá caráter cautelar, o que significa que Eduardo Cunha ficará afastado da presidência da Câmara durante o trâmite do processo judicial na Corte suprema.
Há muito que Cunha e Dilma Rousseff travam uma batalha política marcada pela irresponsabilidade e pelos interesses pessoais, mas nesse campo de beligerância explícita a primeira queda tende a ser a do presidente da Câmara, que por certo usará de todas as armas e subterfúgios para manter-se no cargo.
Com o anúncio da denúncia contra parlamentares envolvidos no esquema de corrupção que sangrou os cofres da Petrobras, o foco do noticiário político nacional foi direcionado para o calvário de Eduardo Cunha, situação que patrocina certa dose de alívio ao Palácio do Planalto. Contudo, Dilma não pode ser beneficiada por mais um desdobramento da Operação Lava-Jato, uma vez que o Brasil é diuturnamente corroído por uma crise múltipla e sem precedentes.
Se por um lado as recentes e desesperadas manobras palacianas sucumbiram à força das manifestações populares do último domingo (16), quando o discurso foi uníssono e colocou Dilma e Lula no olho do furacão, o clima de incerteza que reina no Parlamento não poderá servir como cortina de fumaça para a lambança patrocinada pela presidente da República e seus asseclas de plantão. Isso porque o Brasil necessita com máxima urgência de uma solução, sem a qual o País tende a mergulhar em um processo irreversível de deterioração.
Os números da economia, que já revelam recessão técnica, o aumento do desemprego, a corrosão do salário do trabalhador e a resistência da inflação transformaram o Brasil em território de incertezas, as quais têm feito muitos cidadãos a desistir do País, rumando para destinos menos conturbados, quiçá melhores.

23 de agosto de 2015
ucho.info

PÁ DE CAL

Dirceu tentou criar auxílio funerário no Bolsa Família; intermediação era feita por consultoria

jose_dirceu_42A Polícia Federal trabalha para descobrir qual a relação dos negócios de consultoria de José Dirceu com a tentativa de fechar contrato de auxílio funerário com inscritos no Programa Bolsa Família, principal vitrine social dos governos petistas. O ex-ministro do governo Lula está preso desde o dia 3 de agosto, alvo da décima sétima fase da Operação Lava-Jato.
Nas buscas que realizou no início deste mês, durante a Operação Pixuleco, em endereços de Luiz Eduardo Oliveira e Silva – irmão e sócio do ex-ministro na JD Assessoria e Consultoria -, a PF encontrou contratos relacionados a suposto convênio firmado entre o Ministério do Desenvolvimento Social com a Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT – criada em 2007. O negócio envolveria ainda a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).
A empresa de seguros e o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) informaram que o convênio para fornecer e administrar o benefício de Assistência Funeral para todos os inscritos no programa Bolsa Família não chegou a ser fechado.
Entretanto, entre os documentos recolhidos durante ação de busca e apreensão consta um que seria o elo entre Dirceu e a suposta tentativa de convênio com o Ministério de Desenvolvimento Social. É uma empresa de consultoria de Campinas (SP), a Manzolli Consultoria Comercial e Negócios, que tem como um dos sócios, Luiz Carlos Rocha Gaspar, amigo do petista.
A Manzolli tem um contrato redigido para prestar serviços referentes ao suposto convênio pelo valor mensal de R$ 240 mil. No mesmo material apreendido, existe um contrato da JD Assessoria com a consultoria ligada a Gaspar, pelo valor mensal de R$ 52 mil. O contrato da consultoria é com a Fenaprevi, prevendo parcelas mensais de R$ 240 mil, a partir do primeiro pagamento efetuado pelo Ministério de Desenvolvimento Social, que é responsável pelo Bolsa Família.
A Fenaprevi e a Manzolli registram no contrato que a Seguradora Líder-DPVAT fechou convênio com a Fenapravi para “prestação de serviços de avaliação e análise do desenvolvimento e operacionalização do benefício de Auxílio Funeral para todos os inscritos no Programa Bolsa Família”.
A PF apura quais contatos e relações tiveram Dirceu, seu irmão e o amigo Gaspar na tentativa de criar um auxílio funerário no Bolsa Família. Considerado um benefício eventual assegurado pela Lei Orgânica de Assistência Social (Loas), desde 2011, a concessão e os valores dessa vantagem são definidos por Estados e municípios.
No caso do auxílio funeral, a Loas prevê cobertura para despesas de urna funerária, velório e sepultamento, necessidades urgentes da família pela morte de um de seus provedores.
Uma cópia de e-mail que o irmão de Dirceu guardava, com a cópia da minuta do contrato foi o ponto de partida da descoberta. Nos autos de arrecadação da Operação Pixuleco, a mensagem de e-mail, do dia 11 de março de 2012, foi registrada. A remetente é Eliane Aparecida Manzolli de Aparecida e destinatário “Gaspar”, cujo endereço de e-mail começa com “lcrgaspar@”. “Assunto ‘Resumo executivo para reunião com a ministra do MDS’”, registra a apreensão. Anexo à mensagem estava o contrato de prestação de serviços entre a Fenaprevi e a Manzolli, em quatro páginas.
Quem ocupa o cargo desde 2011 é a ministra Teresa Campello, mulher do ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira – que teve o nome apontado como beneficiário de propina, na Lava Jato.
De acordo com o contrato em poder do irmão de Dirceu, o objetivo do serviço era “colaborar para o seu pleno sucesso, principalmente devido ao seu caráter social, na busca permanente pela melhor relação custo benefício, no aprimoramento sempre constante da qualidade e na maximização dos serviços”.
A Manzolli, que era a contratada, teria as condições técnicas e profissionais para auxiliar a Fenaprevi, contratante, “para que ela possa cumprir, da melhor forma, o que foi acordado no objeto de seu contrato com a Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S.A.”.
Gaspar é amigo de Dirceu desde a época de militância durante o regime militar. O irmão de Dirceu guardava também o contrato da JD com a Manzolli, assinado em 2011. O contrato tem a assinatura de Luiz Rocha Gaspar como testemunha.
O termo previa pagamento de R$ 52 mil mensais por um ano. Para o Ministério Público Federal, a Manzolli era a consultoria da consultoria.
23 de agosto de 2015
ucho.info

ELOGIEMOS AS PESSOAS DECENTES


“Todo homem decente se envergonha do governo sob o qual vive”.H. L. Mencken

Nunca antes na história deste País as pessoas decentes foram tão ultrajadas, depreciadas, caluniadas, desrespeitadas e atacadas justamente por causa do seu caráter.
O que explica os ataques verbais diários e as ameaças de violência física lançadas contra a parcela da população que protesta contra um governo corrupto que instrumentaliza o Estado em benefício de uma minoria de aliados e apadrinhados?

A Marcha das Margaridas foi financiada com dinheiro público, assim como o churrasco que reuniu meia dúzia de pelegos no Instituto Lula. Já os protestos dos “coxinhas” reuniram centenas de milhares de pessoas que protestaram de graça contra Dilma.
Detalhe: em São Paulo mais de 800 mil pessoas foram voluntariamente se manifestar contra o Dilma e o PT: não teve churrasco, pão com mortadela ou dinheiro público.

Penso que é justamente isso o que perturba os petistas: eles sempre usaram movimentos sociais, sindicatos e entidades compráveis e compradas para usar o povo mais pobre como gado, mas agora, visivelmente, perderam o controle das ruas.

Se o movimento contra Dilma fosse formado por sindicatos e entidades tradicionais, suas lideranças certamente estariam, neste momento, negociando benesses, verbas e cargos em Brasília em troca de mais flexibilidade e de um discurso moderado.

É este o modus operandi da vagabundagem sindical: atacar, negociar, assoprar.
Mas nem toda a mortadela ou dinheiro do mundo pode comprar quem não se vende. É o que tira o sono dos mandatários e seus aliados: gente na rua com quem não se negocia.

São trabalhadores, estudantes e profissionais liberais, jovens, adultos, idosos, de todas as camadas sociais, que não dependem de esmolas do governo para viver – ao contrário da pilantragem organizada dos sindicatos e entidades que vivem às nossas custas.
O governo Dilma planeja aumentar impostos, ameaça direitos previdenciários e trabalhistas, e coloca seus papagaios no Senado para defender a proposta de uma “nova CPMF”.

Porém, para horror das pessoas que trabalham e pagam impostos, Dilma mantém os 39 ministérios que custam R$ 400 bilhões por ano, metade disso usado na folha de pagamento de cerca de 100 mil cargos de confiança – dos quais a gente sempre desconfia.

Tudo isso pago pelo povo e contra a vontade do povo. Apenas um mau caráter como o ministro Edinho Silva é capaz de afirmar publicamente que as pessoas que protestam contra toda essa podridão têm como objetivo defender o fim da democracia.
Apenas um governo flagrantemente indecente faz do seu porta-voz um deputado cujo assessor foi flagrado com dinheiro escondido na cueca (José Guimarães).

É hora de dizer claramente que o Brasil hoje se divide não entre tucanos e petistas, coxinhas e militantes, mas simplesmente entre pessoas decentes e aquelas sustentadas pelo governo.
Os que protestam nas ruas são atacados pela mídia, pelas autoridades públicas, sindicatos, artistas da TV e até por cardeais do PSDB. Mas não desanimam ou retrocedem da luta.
Não importa. A verdade é esta: as pessoas decentes sempre se envergonham do governo sob o qual vivem. E não há churrasco ideológico que dê jeito nisso.

23 de agosto de 2015
Thiago Cortês

PETISTAS DEVEM TER "CAUTELA", AFIRMA EX-PRESIDENTE LULA

ELE QUER QUE PARTIDO EVITE PAPEL DE PROTAGONISTA EM AÇÕES CONTRA CUNHA

LULA NÃO QUER O PT COMO PROTAGONISTA EM AÇÕES CONTRA EDUARDO CUNHA. FOTO: INSTITUTO LULA

Tanto o PT quanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão convencidos que, caso o Supremo Tribunal Federal aceite a denúncia por crime de corrupção contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o peemedebista não terá mais condições de permanecer no cargo. Até lá, porém, a ordem é manter a cautela, esperar o desenrolar da crise e evitar movimentos bruscos. Lula não quer que o PT repita agora os erros cometidos no processo da eleição de Cunha, no início do ano.

A prioridade é aproveitar a chance para recompor a base da presidente Dilma Rousseff na Câmara. Segundo uma pessoa próxima a Lula, o ex-presidente não quer derrubar Cunha, "ele quer é que as coisas melhorem".

A estratégia do PT é deixar o protagonismo das ações contra o peemedebista para outras legendas como o PSOL. O partido não fará acordos para salvar Cunha mas também rejeita o papel de algoz do adversário e só vai entrar em campo quando a situação estiver em vias de definição. Mesmo porque uma série de parlamentares petistas está na mira da Procuradoria-Geral da República por causa da Lava Jato.

A um interlocutor, Lula comparou a situação com uma roda de discussão. "O PT não pode querer ganhar na base do grito. Não podemos errar outra vez", disse o ex-presidente, em referência à fracassada candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP) à presidência da Câmara.Lula quer que o PT defenda uma "solução institucional" para Cunha, uma solução que seja "boa para a Câmara". O alvo é a enorme base de apoio do peemedebista. O PT aposta que caso o STF aceite a denúncia, os aliados vão se afastar naturalmente de Cunha e o governo deve estar pronto para recebê-los.

O presidente do PT, Rui Falcão, disse que a bancada petista vai se reunir amanhã para discutir o assunto, mas a tendência é aguardar a análise do Supremo. "Não queremos prejulgar ninguém", disse.

Um dos motivos do discurso é manter a coerência. O PT tem acusado a oposição de fazer uso político da Lava Jato contra o partido e não acha que pode repetir a prática contra Cunha. Outro é ganhar tempo para construir uma candidatura do campo governista capaz de bater a oposição e reunir a base de Dilma, de preferência em torno de um peemedebista próximo ao vice-presidente, Michel Temer.

O PT está dividido quanto aos efeitos práticos da denúncia contra Cunha. Um grupo argumenta que é melhor manter o peemedebista fragilizado, dependente do governo e mais disposto a colaborar, do que correr o risco de enfrentar nova eleição para a presidência da Câmara e perder para um nome da oposição.Outro grupo avalia que, mesmo fragilizado, Cunha não é confiável, já prometeu outras vezes não retaliar o governo (uma delas quando anunciou que iria para a oposição) e deve ser afastado. Todos, no entanto, concordam que a denúncia contra o presidente da Câmara deixou em segundo plano as CPIs do BNDES e dos Fundos de Pensão, instaladas por Cunha para fustigar o governo e o PT (AE).



23 de agosto de 2015
diário do poder

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Mas afinal, o que é que está acontecendo no cenário político? Acredito que tudo o que vem sendo revelado por comentaristas e delatores da operação Lava Jato, e tudo o que se denuncia semanalmente envolvendo o governo petista, com os seus melhores quadros cassados, presos ou envolvidos na varredura do juiz Sérgio Moro, seja verdade. 
Anuncia-se a iminente prisão de Lula, o impeachment a qualquer momento, e deparo-me com a estratégia proposta pelo discurso do ex-presidente pedindo cautela, 
A essa altura dos acontecimentos, ele, que está envolvido em denúncias gravíssimas, assume uma postura de que nada está acontecendo, de que não qualquer ameaça ao governo, a ele e a outros quadros do partido. Vem pedir "ações cautelosas" contra Cunha... A uma altura dessas, pedir "cautela"? Meteram os pés pelas mãos durante anos... Cautela? Pretendem continuar com o 'joguinho' de ver o que vai acontecer com o Cunha, escondendo-se para não protagonizar uma 'torcida' aberta? O terror batendo na porta e ele discursar sobre o sexo dos anjos...
Não consigo entender a desfaçatez desse homem. A essa altura deveria estar preocupado com outros fatos gravíssimos que ameaçam o partido e a ele próprio.
Faz cara de paisagem como se nada o estivesse ameaçando, como se fosse limpo diante da lama que se derrama nas denúncias e apurações da operação Lava Jato, como se estivesse acima do bem e do mal...
É a estratégia do teatro? É a encenação que procura convencer de que tudo não passa de futricas e banalidades, que assim como dizia que o mensalão não existiu, pretende também exibir tranquilidade e confiança de que o "petrolão" é coisa da 'zelite', golpe da direita, desespero de uma burguesia diante do excelente governo da presidente Dilma.e de que nada está acontecendo e que o país navega em mares de tranquilidade?
É muito complicado e até mesmo exasperante assistir o lento processo que vai esgotando a capacidade do governo e do PT de sobreviver ao tsunami político.
Tudo bem. Aguardemos os fatos, pois que "há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia".
m.americo

FAZENDA VAI PAGAR 13º. DE APOSENTADOS EM 3 PARCELAS

BENEFÍCIO SERÁ CREDITADO EM SETEMBRO, EM OUTUBRO E EM DEZEMBRO
MINISTRO DA FAZENDA, RESPONSÁVEL PELO AJUSTE FISCAL DO GOVERNO. FOTO: WILSON DIAS/ABR


O Ministério da Fazenda confirmou neste sábado, 22, que a antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS será paga, de forma parcelada, em setembro e outubro. Em cada uma das duas parcelas, será creditado 25% do total que o beneficiário tem direito a receber. Os outros 50% entram na folha de pagamento do mês de dezembro.

Na última sexta-feira, 21, o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, informou que a Fazenda havia proposto o parcelamento. A medida é uma saída para evitar o desgaste de não fazer o adiantamento, além de diminuir o comprometimento no fluxo de caixa federal com o pagamento concentrado em um só mês. Contribuiu para o acerto a aprovação do projeto de lei de reoneração da folha de pagamentos das empresas nesta semana pelo Senado Federal. Também é fator positivo o bom andamento das propostas de concessão.

Com a definição, o governo voltou atrás de decisão tomada no fim da semana passada. Com o aperto das contas, o Executivo havia optado por não pagar o adiantamento em agosto. Apesar de não ser obrigatória, a antecipação de 50% do valor do 13º tem sido feita desde 2006, após um acordo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com centrais sindicais. Ao longo da semana, ministros se mobilizaram para convencer a presidente Dilma Rousseff a mudar de ideia (AE).



23 de agosto de 2015
diário do poder

"ENTRE MITOS E BANDIDOS"



Carlos José Marques
diretor editoria
IstoÉ

A bandidagem tenta tomar conta da cena política sob a falsa alegação de defesa da democracia. Quando um dirigente classista tem a petulância de dizer, na frente da presidente da República, que vai pegar em armas e convoca seus comandados para a trincheira a lutar pelo Governo, numa guerra civil imaginária contra a sociedade, está ofendendo o País inteiro e ferindo de morte o estado de direito democrático.

Aconteceu há poucos dias, sem reprimendas.

O líder da CUT, Vagner Freitas, tal qual um criminoso que não teme infringir a lei e que já invadiu prédios e repartições do Estado, enxergou o Palácio do Planalto como um bunker e dali, em uma cerimônia ao lado da maior autoridade da Nação, lançou suas ameaças.

O que fazer nessa situação?

Para um governo que alimenta com dinheiro público o movimento sindical em busca de apoio e solidariedade, omitir-se pareceu a melhor tática. Nada mais enganoso.

Perplexos, os brasileiros esperavam um repúdio veemente a tal comportamento. Desencantados, estão cada vez mais protestando. Por todos os estados. Em centenas de cidades. Por três vezes, no intervalo de cinco meses, tomaram às ruas. Passaram recados claros. E precisam ser ouvidos.

A imoralidade que campeia o Partido dos Trabalhadores, o Governo Dilma e o líder maior da patota petista, Lula, tem causado repulsa generalizada.

Um boneco inflável do ex-presidente vestido como presidiário pontificou como símbolo da desconstrução de um mito. Lula perdeu a primazia dos movimentos populares. Perdeu até a credibilidade do seu discurso do “nós contra eles”.

Quem são eles?

Perguntaria a esmagadora massa de desassistidos Brasil afora. Do alto de sua fortuna de ao menos R$ 27 milhões, obtida com palestras e consultorias regiamente pagas pelas mesmas empresas que ele combate em público e se beneficia nos acertos privados, Lula deixou para trás o figurino de retirante sindicalista.

Virou a elite que tanto critica. Viajando em jatinhos particulares, bebericando vinhos Romanée Conti, de US$ 6 mil a garrafa, e com ternos sempre das melhores grifes, o ex-presidente está mais para barão de cartola do que para metalúrgico sem eira nem beira.

Beneficiou-se fartamente da classe “A”.
Usou e abusou das regalias de quem ocupa um lugar de destaque no topo da hierarquia social. E agora, entre o discurso e a prática, não consegue mais vender a mensagem de combate aos privilégios.

Como ele, o dirigente da CUT, Vagner Freitas, também gosta de esbravejar contra a “burguesia”, mas não se furta de usar camisas francesas Lacoste e relógio Rolex quando toma o microfone para disparar seus impropérios.

Os mitos, as elites e os bandidos – no conceito difuso dessa turma – parecem ter distinções muito pouco claras. Variam ao sabor das circunstâncias e conveniências deles mesmos. Com um único fim: manter a boquinha.



23 de agosto de 2015
 IstoÉ