"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

CUNHADA DO PETISTA VACCARI QUE ESTAVA FORAGIDA SE ENTREGA E VAI PARA PRISÃO DA PF


 
 
(G1) A cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, Marice Correa de Lima, que estava foragida da polícia, se entregou na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, às 13h55 desta sexta-feira (17). Ela chegou acompanhada do advogado Cláudio Pimentel e não quis falar com a imprensa. Conforme a defesa, Marice voltou de um congresso no Panamá, onde estava há dez dias. A viagem ao exterior, afirma Pimentel, ocorreu antes do mandado de prisão temporária.

O mandado de prisão temporária expedido na quarta-feira (15) quando foi deflagrada a 12ª fase da Operação Lava Jato. Vaccari Neto foi preso na casa dele em São Paulo e já está na carceragem da PF.
O mandado de prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode ser prorrogado pelo mesmo período. A data passa a valer a partir da prisão. Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de Marice e apreendeu vários documentos.

As investigações do Ministério Público Federal (MPF) apontam que Marice teria adquirido um apartamento por R$ 200 mil e o vendido para a empresa OAS por R$ 400 mil. O mesmo imóvel teria sido vendido pela empreiteira por um valor menor. “Aparentemente é uma operação típica de lavagem de dinheiro”, disse o Ministério Público Federal Carlos Fernando dos Santos.

Entre os fatos que chamam a atenção, ainda segundo o MPF, estão as "inconsistências fiscais" de Marice. De acordo com despacho assinado por Sergio Moro, ela não tinha "capacidade financeira" para suportar o aumento de renda declarado.

O advogado, entretanto, garante que a suspeita não terá problemas para explicar sua movimentação financeira, já que tudo está declarado no Imposto de Renda. "Não haverá dificuldade nenhuma para provar a inocência dela", disse.

A Operação Lava Jato foi deflagrada pela PF em março e 2014 e investiga um esquema  bilionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A última fase da operação foi deflagrada na última sexta-feira (10) e prendeu sete pessoas. Entre elas três ex-deputados federais: André Vargas, Luiz Argôlo (SDD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE).

17 de abril de 2015
 

FORÇAS ARMADAS EM CRISE, COM MARINHA PERTO DE UM COLAPSO



Marinha só tem dez navios em condições de navegar

A defesa nacional e as relações exteriores, dois setores de crucial importância para resguardar os interesses do Estado, foram relegadas a um perigoso segundo plano nos últimos anos. A perda de relevância política associada à decisão governamental de reduzir a participação do Ministério da Defesa e do Itamaraty no Orçamento Geral da União estão trazendo grandes problemas operacionais que põem em questão a própria segurança nacional.

Neste artigo vou limitar-me à área da Defesa, identificando concretamente alguns problemas que afetam as atividades das três Forças e tornam mais difíceis o exercício, de forma eficiente, de suas missões constitucionais e o desenvolvimento dos projetos em execução, alguns dos quais urgentes e de grande significado para a projeção externa do Brasil.

O Orçamento Geral da União atribui ao Ministério Defesa apenas 1,3%, abaixo das necessidades das Forças Armadas. A redução de recursos para o PAC trouxe um corte de R$ 1,6 bilhão para alguns dos projetos mais importantes da Defesa.
O forte contingenciamento em 2015 trará sérios prejuízos à manutenção das estruturas físicas, à aquisição de armamentos convencionais, à qualidade dos serviços prestados, incluindo, o que é mais preocupante, as atividades de formação, treinamento e aperfeiçoamento de pessoal, que no caso das Forças Armadas é altamente especializado e relevante para a segurança do País.

No Exército, a escassez de recursos é sentida não só na modernização dos equipamentos, como na execução de sete projetos estratégicos e vários projetos e programas setoriais em andamento. Os projetos Guarani (família de blindados sobre rodas), Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), Defesa Antiaérea, Astros 2020 (sistema de artilharia), Defesa Cibernética e Recop (Recuperação da Capacidade Operacional da Força Terrestre) têm recebido verbas abaixo da previsão, atrasando sua implantação.

Também por causa dos cortes orçamentários impostos às três Forças, o prazo final de entrega das 50 aeronaves EC-725 (Caracal) que estão sendo montadas na Helibras para o Exército, a Marinha e a Aeronáutica passou de 2017 para 2019.

MARINHA À DERIVA

Quanto à Marinha, a esquadra está próxima de um colapso inaceitável. A fragata brasileira Constituição, navio-capitânia da força multinacional que patrulha o litoral do Líbano, quebrou na costa libanesa no fim do mês passado. A avaria é tão grave (a fragata vai completar 37 anos de uso!) que foi preciso despachar um navio-patrulha (menor em tamanho e em capacidades) para substituí-lo na missão. Com isso – em outro vexame nacional – o Brasil se arrisca a perder a liderança da missão, integrada por 15 países.

Por falta de recursos a Marinha deixou de fazer a manutenção necessária nas suas corvetas da classe Inhaúma, que se encontram paradas há mais de dois anos. Noticia-se também a desativação de duas das três fragatas Tipo 22 (classe Greenhalgh), de procedência britânica. Todos esses navios têm, aproximadamente, 30 anos de uso.

Alguns esquadrões navais da Marinha – como o da Flotilha da Amazônia e o da Força de Minagem e Varredura – estão completando 40 anos com os mesmos navios e nenhuma perspectiva de renovação desses seus meios. Isso implica, naturalmente, defasagem tecnológica e adestramento das tripulações fora da realidade da guerra moderna.

Para um país das dimensões e dos interesses do Brasil, a Marinha, na prática, está reduzida a 10 navios: 1 submarino, 3 fragatas da classe Niterói, 2 fragatas Tipo 22, 1 corveta e 3 navios-patrulha. O programa Prosuper, que incorporaria novas embarcações (5 fragatas e 5 navios-patrulha) está paralisado.

NA FAB, O MESMO QUADRO

No tocante à Força Aérea, a modernização dos 43 jatos de ataque A-1 (AMX) da FAB – serviço liderado pela Embraer com a participação de empresas brasileiras e estrangeiras – está praticamente parada. Até agora foram entregues apenas dois A-1M.
O cronograma dessa remodelação já está com sete anos de atraso. Agora há rumores de que a FAB não fará o upgrade em todas as aeronaves – talvez só em 30 delas.

Também falta dinheiro para que a FAB possa contratar entre 8 e 12 caças Gripen C (versão anterior à do Gripen NG, vencedor do programa FX-2) a fim de prover a capital da República de alguma proteção aérea atualizada.
As aeronaves também seriam muito importantes para ir familiarizando os pilotos de combate brasileiros no manejo do jato sueco. O leasing de cada Gripen C custa US$ 10 milhões por ano.

Por falta de recursos nossa Força Aérea também adiou sine die o projeto de comprar um lote de jatos de treinamento para pilotos de combate. Diante dessa dificuldade, os aviadores precisam passar diretamente da fase de adestramento no avião de treinamento Tucano – um monomotor turboélice – para o manejo do caça supersônico F-5.

EMBRAER SEM PAGAMENTO

Empresas líderes no atendimento aos programas das Forças Armadas, como Embraer, Helibras e a Itaguaí Construções Navais (construção de submarinos) já sentem os efeitos dos atrasos nos pagamentos que deveriam receber em 2014.

O caso da Embraer é ainda mais grave. Diante da falta de repasses de dinheiro pelo Comando da Aeronáutica, a empresa – que fechou 2014 com um cash flow negativo em razão dos atrasos nos recebíveis do governo – está tendo de bancar com recursos próprios o desenvolvimento do segundo protótipo do jato cargueiro KC-390.

A falta de recursos adequados está prejudicando programas de significado estratégico e político, como o conjunto de atividades relacionadas com o Programa Espacial Brasileiro: o aproveitamento comercial da Base de Alcântara, o desenvolvimento do projeto para o veiculo lançador de satélites e a fabricação de satélites comerciais.

17 de abril de 2015
Rubens Barbosa
O Estado de S.Paulo

PARLAMENTAR CORRUPTO TEM PRIVILÉGIO SUPREMO





A prisão de três ex-deputados na sexta-feira pode gerar uma falsa expectativa em quem vai protestar hoje contra o petrolão. Se é o seu caso, não se anime. Para os 35 parlamentares da Lava Jato, a conta ainda vai demorar a chegar.

André Vargas, Luiz Argôlo e Pedro Corrêa não deixaram mais rastros do que os outros políticos investigados. Apenas perderam o mandato e, com isso, passaram a responder por seus atos na Justiça como qualquer cidadão brasileiro.

A Constituição afirma que todos são iguais perante a lei, mas garante que alguns sejam mais iguais do que os outros. Isso vale para os deputados, senadores e governadores do petrolão. Eles só poderão ser julgados por tribunais superiores, graças ao chamado foro privilegiado.

Essa diferença de tratamento dividiu a Lava Jato em três. Um núcleo avança com velocidade na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, do juiz Sergio Moro. Lá são investigados doleiros, empresários, hierarcas da Petrobras e ex-parlamentares. Muitos já conheceram a carceragem da PF paranaense ou o Complexo Médico-Penal de Pinhais.

Os outros dois núcleos da operação caminham a passos lentos. Um está no Superior Tribunal de Justiça, onde correm os inquéritos contra os governadores do Rio e do Acre. O outro subiu para o Supremo, que deverá julgar os 35 parlamentares.

TOCANDO A VIDA…

Embora a Lava Jato tenha começado há mais de um ano, as investigações que envolvem autoridades só passaram a existir para a Justiça no mês passado. Por isso, deputados e senadores sob suspeita continuam a tocar a vida em Brasília. Os mais ousados chegam a usar a tribuna para atacar os procuradores.

O ex-ministro Joaquim Barbosa costumava definir o foro privilegiado como “uma esperteza que os políticos conceberam para se proteger”. Ele estava certo. No caso do mensalão, o Supremo surpreendeu ao condená-los. No petrolão, ainda será preciso esperar para ver.

17 de abril de 2015
Bernardo Mello Franco
Folha

A PETROBRAS E O FATOR POLÍTICO

   



A questão da Petrobras mantém, neste momento, a situação do país em suspenso. Trata-se não apenas de um problema jurídico, mas do futuro da nossa maior empresa nacional e de dezenas de setores da economia brasileira, que vão da indústria naval à química, com implicações de toda ordem e a ameaça de eliminação de milhares de empresas e empregos.
Mas os problemas vão além dos casos de corrupção na empresa? Como poderia estar sua situação se não fosse isso?

Do nosso ponto de vista, a queda do petróleo não atrapalha a exploração do pré-sal para a Petrobras, porque o grande mercado da Petrobras é o brasileiro. O que baliza o preço que a Petrobras obtém pelo óleo extraído no pré-sal ou pelo óleo que ela troca pelo petróleo do pré-sal lá fora é o custo final do combustível no mercado nacional.

É a Petrobras que forma o preço do petróleo no mercado brasileiro, e essa condição de formação de preço só se veria ameaçada se houvesse importação de combustível em enorme escala por empresas concorrentes, para substituir a produção nacional da empresa.

Essa é uma possibilidade distante, que não poderia se dar sem um tremendo esforço logístico, que implicaria, por sua vez, no aumento do custo, diminuindo a margem de lucro de suas concorrentes, o que neste momento não interessaria a ninguém.

ALTA DO DÓLAR

O grande problema é o câmbio, considerando-se que muitos dos insumos e serviços da Petrobras são importados. Mas ainda assim, a manutenção desse quadro, em que o grande foco é o mercado interno, com o aumento paulatino da produção nacional de petróleo e a de refino, só tende a ajudar a Petrobras, com a recuperação de suas margens de lucro no futuro.

Com relação ao mercado internacional, em médio prazo, a recomposição do preço do petróleo tende a ocorrer por várias razões. Primeiro, a concorrência do petróleo saudita mais barato com o óleo e o gás de xisto dos EUA, que pode diminuir a oferta de produção local no maior mercado do mundo.

Em segundo lugar, pela pressão de outros membros da OPEP para que haja corte na produção. Em terceiro lugar, pela diminuição dos estoques norte-americanos e chineses, que deve ocorrer devido ao aquecimento da economia dos EUA e das exportações chinesas, como já se viu no início deste ano.

Depois, vem a possibilidade de recuperação da economia europeia, caso seja bem sucedido o pacote de estímulo do BCE, e, por último, a de haver um aumento da tensão na Ucrânia, que pode vir a prejudicar o fornecimento russo de gás para a União Europeia.
Em uma situação normal, em que fosse considerada apenas a lógica produtiva e de mercado, a Petrobras estaria vivendo um excelente momento.

DESINVESTIMENTOS

A expectativa negativa criada em torno da empresa, no entanto, gerou uma posição institucional que não condiz com as perdas efetivamente detectadas até agora com os casos de corrupção descobertos – que têm sido várias vezes multiplicadas pela mídia e por todo o tipo de “fontes” e “analistas” – e que a está empurrando para a realização de desinvestimentos. Isso é muito mais grave do que as suas perspectivas reais de produção e de mercado, mesmo quando levada em consideração a situação vivida neste momento pela indústria de óleo e gás em todo o mundo.

Essa é uma situação que só poderia ser minorada, por exemplo, se a empresa tomasse uma decisão que revertesse as expectativas e contornasse os problemas que tem tido nas bolsas ocidentais e com a má vontade de agências de qualificação como a Moody´s.

Esse seria o caso, por exemplo, do estabelecimento de uma aliança que lhe garantisse a obtenção de recursos e de apoio alternativos – para a execução dos projetos que estão em andamento – com parceiros alternativos que fossem financeira e tecnicamente poderosos, como a China.

TECNOLOGIA

A Petrobras tem excelente tecnologia (acaba de ganhar, pela terceira vez, o maior prêmio do mundo, outorgado pela OTC, no Texas, nos EUA, nessa área), produção e gigantescas reservas de petróleo e gás, em ascensão neste momento, e uma situação predominante em um dos maiores mercados do mundo.
A única coisa que pode atrapalhá-la é o fator político.

17 de abril de 2015
Mauro Santayana
Jornal dos Economistas

ADVOGADO INSISTE EM DIZER QUE NÃO HÁ PROVAS CONTRA VACCARI



No inquérito, as provas contra Vaccari e família são abundantes

O criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, que defende João Vaccari Neto, informou que vai entrar com habeas corpus para derrubar o decreto de prisão preventiva do tesoureiro do PT. “Fomos surpreendidos com esse mandado de prisão preventiva.”
 
D’Urso disse que considera “muito estranha a decretação dessa prisão preventiva uma vez que já há denúncia no processo que corre no Paraná – o tesoureiro do PT já é réu em ação penal por corrupção e lavagem de dinheiro.
 
“Carta precatória até já foi expedida para São Paulo para intimação do Vaccari onde ele deveria apresentar resposta à acusação do Ministério Público Federal”, declarou o advogado.
 
D’Urso rechaça com veemência as suspeitas contra Vaccari a partir de delações premiadas que acusam o tesoureiro de envolvimento com esquema de corrupção e propinas na Petrobrás. A principal delação é do doleiro Alberto Youssef, peça central da Operação Lava Jato – ele afirma ter entregue R$ 800 mil a Vaccari, metade desse valor levado à porta da sede do PT em São Paulo.
 
Outra delação que aponta para Vaccari é do ex-gerente de Serviços da Petrobrás Pedro Barusco que afirmou que o tesoureiro arrecadou propinas de até R$ 200 milhões para o PT.
 
NENHUMA PROVA…
 
“No mérito não há nenhum elemento de prova, absolutamente nenhuma prova que venha confirmar palavra de delatores que apontam qualquer situação pessoal de Vaccari e envolvimento com algum esquema de ilicitude”, afirma o criminalista. “Vou agora examinar os fundamentos da ordem de prisão para impetrar habeas corpus e buscar a liberdade de Vaccari. Sua prisão é absolutamente injusta.”
 
O advogado destacou que o tesoureiro “nunca se furtou” a dar explicações à força tarefa da Lava Jato, nem há informações de que ele tenha ameaçado ou intimidado testemunhas. “Ele já foi alvo de condução coercitiva (no dia 5 de fevereiro) desnecessária quando nunca havia sido intimado. Um excesso flagrante. Agora, uma prisão preventiva sem que haja um único elemento de prova que pudesse dar credibilidade à palavra de delatores.”
 
D’Urso argumenta que “nenhuma das razões para prisão preventiva está presente neste caso”. Ele se refere aos motivos previstos na lei para justificar a prisão de um investigado – garantia da ordem pública ou econômica, conveniência da instrução processual ou garantia da aplicação da lei penal. “São as únicas possibilidades legais de prisão no Brasil, nenhuma delas está presente”, afirma D’Urso.
 
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGAdvogado diz o que bem entende, está no seu direito. Mas os procuradores da República garantem que há provas abundantes contra Vaccari e mandaram prender até a cunhada dele. Um detalhe muito importante: quem paga o advogado de Vaccari é o PT. E a dúvida que surge é a seguinte: será que o ilustre causídico está preocupado em defender o partido ou o réu? (C.N.)

17 de abril de 2015
Ricardo Brandt, Andreza Matais, Ricardo Chapola e Fausto Macedo
Estadão

A ÚLTIMA TRINCHEIRA...

Prisão de Vaccari faz desabar a última pilastra da corrupção na Petrobrás




A prisão de João Vaccari, tesoureiro do PT, decretada pelo Juiz Sergio Moro e efetivada na manhã de quarta-feira, na realidade faz desabar a última pilastra que sustentava o que resta de enigma no esquema de corrupção que conduziu o assalto gigantesco contra a Petrobrás, ao ponto de atingir, tanto direta quanto indiretamente, o patrimônio da empresa e desestabilizar a própria economia brasileira.

Pelos depoimentos recolhidos e publicados na imprensa, incluindo os relatos dos principais personagens que firmaram as delações premiadas, João Vaccari era espécie de centro de gravidade da captação e redistribuição de recursos financeiros obtidos junto a empresas empreiteiras e fornecedores de equipamentos e serviços da Petrobrás.

O absurdo depoimento do tesoureiro do PT à CPI da Câmara dos Deputados, uma fantasia teatral montada para desviar a atenção sobre a força dos fatos, terminou, como era lógico esperar, transformando-se na maior peça de acusação contra si próprio.
Pois, como inclusive acentuou Fernando Gabeira em reportagem apresentada pela GloboNews, as perguntas tornaram-se muito mais importantes do que as não respostas do estranho depoente que, ao tentar vagamente se defender, acabou contraditoriamente sendo o acusador de si mesmo.

COLOCAÇÕES DESCONEXAS

Seus silêncios e colocações desconexas não só confirmaram as acusações de que se tornou alvo, mas sobretudo agravaram o conteúdo das ações das quais é personagem de raro destaque. Ocupando cargo no Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, sua astúcia não o fez compreender o plano inclinado no qual estava inserido, pois várias figuras do próprio partido, como o ex-governador Tarso Genro, pediam seu afastamento.

Não se afastando, nem sendo afastado, tornando-se a última pilastra de sustentação de um esquema do qual fazia parte e que agora explodiu. A explosão abre caminho ao aprofundamento ainda maior das investigações, uma vez que Vacari passou a estar cercado por todos os lados.

Se correntes do PT já lhe eram hostis, agora outras facções passam a temê-lo intensamente, enquanto um terceiro grupo dele passou a desejar uma prudente distância. Personagem de Hitchcock, “o homem que sabia demais”, Vaccari passou da condição de solidário para a de solitário. Desabou a última defesa de um claro enigma.

CONY NÃO ESCREVEU BASTA E FORA

Carlos Heitor Cony, em sua coluna da Folha de São Paulo, edição de terça-feira, rebateu versões que às vezes circulam por aí, de que teria sido, no Correio da Manhã, o autor dos artigos Basta e Fora que precederam os dramáticos últimos dias do governo João Goulart em 1964. Cony disse exatamente a verdade. O autor desses dois artigos foi o jornalista Edmundo Muniz que, por destino, acabou Secretário de Cultura do governo Leonel Brizola no RJ.

Houve – eu trabalhava no jornal que se foi com o tempo – um terceiro artigo: Basta e Fora, publicado no mesmo dia em que Jango deixava o poder e rumava para o exílio em Mentevideu. A autoria deste é do mesmo Edmundo Moniz com a parceria do crítico de cinema, Antônio Moniz Viana. Formaram uma trilogia. Porém existe um quarto editorial, esquecido pelos historiadores e escrito magistralmente pelo grande Oto Maria Carpeaux: Basta:Fora a Ditadura. Carpeaux foi profético. Depois do crepúsculo de Goulart, veio a longa noite da ditadura. Durou 21 anos.


17 de abril de 2015
Pedro do Coutto

AFINAL, O QUE PRETENDE JOAQUIM LEVY?

 

Será que o ministro Joaquim Levy também já está de olho no poder

Há quase quatro meses no comando do Ministério da Fazenda, Joaquim Levy tem mostrado desenvoltura política impressionante para quem foi apresentado como um técnico tímido e compenetrado, não muito afeito aos salamaleques da Corte que habita Brasília. A forma como vem transitando dentro do governo e no Congresso Nacional tem chamado a atenção de parlamentares astutos, que veem em Levy um projeto de poder que pode desaguar em uma tentativa de se lançar candidato à Presidência da República em 2018.

Como o PT está desgastado, por causa das gravíssimas denúncias de corrupção, nem mesmo o ex-presidente Lula apresenta hoje condições de manter o partido no poder, como mostram as mais recentes pesquisas de intenção de votos. A única chance de a legenda que comanda o país desde 2003 se mostrar competitiva na disputa pela sucessão de Dilma Rousseff seria lançar um nome novo, fora do círculo tradicional de políticos. Por que não Levy?

Ambições o ministro tem de sobra. Quem o viu circulando pela Tecnoshow Comigo, feira agrícola realizada em Rio Verde, interior de Goiás, tinha a certeza de se tratar de um político-candidato. Vestindo camisa com as mangas dobradas, chapéu de palha e distribuindo beijinhos, Levy estava muito distante do técnico que assumiu com a missão de promover um forte ajuste nas contas públicas, usando um linguajar muito longe da compreensão do povão.

LEVY E PALOCCI
É possível associar os primeiros meses de Levy aos do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, com o qual o atual ministro trabalhou como secretário do Tesouro Nacional. Ao comandar um programa para resgatar a credibilidade da economia, no início do primeiro governo Lula, Palocci tornou-se referência na administração petista.

À medida que ia colhendo bons resultados na economia e se mostrando articulador perspicaz e sensato, Palocci passou a ser visto como um provável sucessor de Lula. Sua visibilidade foi tão expressiva, que passou a despertar inveja dentro do governo. Acabou tendo todas as chances de chegar à disputa presidencial atropeladas pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

Auxiliares próximos a Levy garantem que, neste momento, não há nenhuma intenção por parte do ministro de enveredar para a política. Mas destacam que o ministro não economiza esforços para ganhar relevância dentro do governo. Ele sabe que, se conseguir levar adiante o programa de ajuste fiscal que prometeu, arrumar a casa destruída no primeiro mandato de Dilma, ganhará musculatura para projetos mais ambiciosos. Quem sabe o Palácio do Planalto.

EM TRÊS PARTIDOS
Não se pode esquecer de que Levy tem conexões com os três maiores partidos do país.
Está num governo PT, trabalhou para o PSDB, durante a administração de Fernando Henrique Cardoso, e fincou raízes no PMDB ao comandar a secretaria de Fazenda do Rio de Janeiro.
Os próximos passo do ministro da Fazenda vão mostrar suas reais intenções.
Sobretudo quando 2017 chegar. Lá, acredita ele, o Brasil estará redondinho, crescendo a uma taxa superior a 2%, com inflação próximo do centro da meta, de 4,5%, e contas públicas ajustadas.
Levy será apontado como o salvador da Pátria, título que cabe muito bem numa campanha eleitoral.

17 de abril de 2015
Vicente Nunes
Correio Braziliense

ASNOS E VAQUINHA: A TRISTE E ESTÚPIDA HISTÓRIA DA CEGUEIRA IDEOLÓGICA

José Dirceu fez vaquinha pra pagar a multa de mensaleiro, enquanto gastava R$ 320 mil para monitorar as redes sociais. Não faltou burrinho pra ajudar.

( Folha) A quebra do sigilo fiscal de José Dirceu (PT-SP), decretada pelo juiz federal de Curitiba (PR) Sergio Moro naOperação Lava Jato, revelou que o ex-ministro pagou R$ 320 mil a uma empresa de São Paulo para monitoramento de redes sociais na internet. 

Dirceu informou os gastos à Receita Federal na declaração de Imposto de Renda de pessoa física. Em entrevista à Folha, o dono da empresa contratada, a Interagentes Comunicação Digital, Sergio Amadeu da Silveira –que no primeiro governo Lula presidiu o ITI (Institucional Nacional de Tecnologia de Informação), vinculado à Casa Civil–, afirmou que o trabalho consistiu em relatórios sobre o que as pessoas falavam a respeito de Dirceu, principalmente no Twitter. 

"Ele nos contratou para fazer análise de rede social. [...] Comentários sobre ele. Faz tempo isso, não sei direito [agora], mas eram comentários sobre ele", disse Silveira. Falando sobre os serviços que presta em geral, e não sobre o contrato com Dirceu, Silveira afirmou que as informações ajudam "a saber o humor da rede em relação a uma pessoa ou a uma marca". 

Os pagamentos ocorreram nos anos de 2011 e 2012, em duas vezes de R$ 160 mil. Dirceu foi julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a partir de 2012 no processo do mensalão, pelo qual foi condenado. 

Em seu site na internet, a Interagentes informa que também trabalha com "a potencialização de presença em rede", incluindo campanhas para ampliar o alcance do perfil, blog ou site do cliente. No caso de Dirceu, Amadeu afirmou que o trabalho não envolveu interagir com internautas ou publicar mensagens –apenas levantamentos sobre o que era escrito em perfis abertos. 

Procurado pela Folha, Dirceu informou por meio de sua assessoria que não iria se manifestar sobre o assunto. Ele também não explicou por que preferiu fazer os pagamentos pela pessoa física, e não pela sua empresa de consultoria JD. Em nota, a assessoria afirmou que o serviço não tem qualquer relação com a Operação Lava Jato.

17 de abril de 2015
in coroneLeaks

PT À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS

          Vargas ameaça dar com a língua nos dentes.


(Correios) O ex-deputado André Vargas (ex-PT-PR) avisou a investigadores da Operação Lava-Jato na quinta-feira (16/4) que estuda fazer um acordo de colaboração. Ele analisa se faz uma delação premiada, na qual assina um “contrato” sobre os temas que irá revelar e obtém a promessa por escrito de que o Ministério Público pedirá ao juiz uma redução da pena.

O ex-vice-presidente do Congresso, cassado do cargo, avalia ainda se simplesmente presta uma colaboração espontânea, apurou o Correio. Nesse caso, ele faria como fez o vice-presidente da Engevix, Gérson Almada, que pediu para prestar um depoimento, revelou suas ligações com operadores e com o ex-ministro José Dirceu e, na sequência, pediu liberdade ao juiz Sérgio Moro. Até o momento, o executivo continua preso.

Na quinta-feira, Vargas prestou seu primeiro depoimento na Superintendência da Polícia Federal, mas preferiu não dizer nada.

A advogada do ex-deputado é Nicole Trauczynski, que defendeu o operador Enivaldo Quadrado na Lava-Jato, também investigado no mensalão. Quadrado colaborou com os investigadores e já obtém os benefícios disso.

Para os investigadores, uma colaboração de Vargas pode evitar que ele seja o único culpado no esquema de desvios de dinheiro da Petrobras ou de lavagem por meio do doleiro Alberto Youssef. Por outro lado, isso poderia envolver mais gente ligada ao PT e ao governo de Dilma Rousseff.

A advogada Nicole não pôde atender a reportagem no início da tarde desta sexta-feira (17/4). O Correio enviou perguntas sobre o caso a ela duas vezes hoje. Nenhuma foi respondida até o fechamento deste texto.

17 de abril de 2015
in coroneLeaks

À LUZ DE VELAS, A SOMBRA DE ANÕES TORNA-SE GIGANTE

Cunha e sua esposa ciclista jantam a sós com Dilma. Sintonia imediata entre as duas: presidente também pedala muito bem.


Em uma tentativa de se aproximar da Câmara, a presidente Dilma Rousseff convidou nesta quinta-feira (16) o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para um jantar no Palácio do Alvorada. O jantar a sós é o primeiro entre Cunha e Dilma desde que ele se elegeu presidente da Câmara, em fevereiro O peemedebista estava acompanhado de sua mulher, Claudia Cruz. Conversaram sobre amenidades, como dietas. A presidente perdeu mais de 13kg desde que aderiu à dieta ravenna. A mulher de Cunha já a presenteou com uma cesta de produtos sem glúten e é adepta do ciclismo. Dilma entende muito do assunto: pode ser impichada pelas "pedaladas" que deu nas contas públicas, cometendo crime contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. TCU já confirmou o crime por unanimidade. Oposição vai abrir o processo. O andamento depende muito de Cunha. Vamos ver se ele também vai pedalar ou vai ouvir a voz das ruas.



17 de abril de 2015
in coroneLeaks

CUNHADA DE VACCARI NETO JÁ ESTÁ PRESA

Após estar foragida, Marice Corrêa de Lima foi de táxi se entregar à Polícia Federal. Defesa diz que ela estava em viagem profissional pelo Panamá, conhecido paraíso fiscal


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Por volta das 14h de hoje, a cunhada de João Vaccari Neto, que já tinha prisão preventiva decretada desde quarta-feira, finalmente se entregou.
Ela deve permanecer na carceragem da Polícia Federal por pelo menos cinco dias e está sendo investigada por suspeita de ser uma auxiliar de Vaccari nas irregularidades que desviaram recursos da Petrobras.
A defesa de Marice Corrêa de Lima informa que a investigada não se apresentou antes pois estava em viagem a trabalho pelo Panamá, conhecido por suas belas praias mas também por ser um “paraíso fiscal”.
Não foram dados grandes detalhes sobre as atividades profissionais de Marice no país da América Central.
17 de abril de 2015
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A SEMPRE INADIÁVEL HORA DA VERDADE

Representação à Procuradoria-Geral da República apresenta motivos para cassação de registro do PT

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A polêmica vinculação do PT ao Foro de São Paulo é alvo de representação à Procuradoria Geral da República, protocolada pelo deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA). A medida requer a instauração de procedimento investigativo para apuração de ilícitos cometidos pelo Partido dos Trabalhadores que ferem o artigo 28 da Lei nº 9.096/95, tais como subordinação à entidade estrangeira, manutenção de organização paramilitar e recebimento de recursos financeiros de procedência estrangeira.

“Não faltam fatos que evidenciam essas ilegalidades praticadas pelo PT, um partido que, no poder, tem subordinado os interesses nacionais às orientações dessa entidade que congrega ditaduras latino-americanas”, diz Aleluia. Diante disso, o deputado democrata espera que seja investigada a fundo a relação do Partido dos Trabalhadores com o Foro de São Paulo e que, se constatada a afronta à legislação brasileira, o Tribunal Superior Eleitoral casse o registro partidário do PT.

A subordinação do PT ao Foro de São Paulo, de acordo com Aleluia, é flagrante em frequentes pronunciamentos públicos do ex-presidente Lula e em atas e resoluções da entidade. “As próprias posturas adotadas pelo atual governo petista, em diversas ocasiões, demonstram a submissão aos interesses do organismo multinacional, criado pelos ditadores Fidel Castro e o falecido Hugo Chavéz, além do próprio Lula”.

Para Aleluia, a manutenção de organização paramilitar no Brasil ficou clara, quando recentemente Lula, em evento público, convocou o “exército de Stédile”, referindo-se ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e seu líder João Pedro Stédile, para a suposta defesa do Governo de Dilma Rousseff e da Petrobras.

Já o recebimento de recursos estrangeiros para financiamento de campanhas petistas foi atestado pelo ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, em depoimento à CPI que investiga a petroleira. “Barusco afirmou que a empresa holandesa SBM deu trezentos mil dólares para a campanha presidencial de 2010, que foram repassados ao tesoureiro do PT, João Vaccari Neto”, lembra Aleluia.

17 de abril de 2015
ucho.info

TRANCA NA PORTA

Projeto busca cancelar portaria que ameaça liberdade de expressão e pensamento na internet

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O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), apresentou, nesta sexta-feira (17), projeto de decreto legislativo com o objetivo de sustar portaria do governo federal que estabelece o “#HumanizaRedes – Pacto de Enfrentamento às Violações de Direitos Humanos na Internet”. De acordo com o parlamentar, a medida é perigosa porque determina que o Executivo tenha poder de receber denúncias e controlar o que se passa na rede mundial de computadores.

O deputado lembrou que o Marco Civil da Internet já determina que atentados ou crimes na rede sejam de competência do Poder Judiciário. Além disso, os órgãos auxiliares da Justiça possuem as formas e os canais necessários para analisar eventuais ataques cometidos na internet.
 
“Por mais meritório que alguém ache que devemos criar organismos para impedir a violência, o Poder Executivo não tem competência constitucional para isso. Entregar ao governo essa função é um risco. Um risco de censura e do controle da internet. Temos que evitar porque atenta contra o direito fundamental da pessoa humana, que é a sua liberdade. Esse tipo de controle é próprio de regimes autoritários. Nas democracias, cabe apenas ao Judiciário julgar crimes conforme as leis estabelecidas”, afirmou.
A portaria

A Portaria Interministerial nº 3/2008 estabelece normas entre os ministérios para firmar o chamado #HumanizaRedes – Pacto de Enfrentamento às Violações de Direitos Humanos na Internet. A norma cria de um comitê gestor composto por representantes das Secretarias de Direitos Humanos, de Políticas para as Mulheres, de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e dos Ministérios da Justiça,da Educação e das Comunicações.

O comitê terá a atribuição de estruturar o canal de recebimento de denúncias no ambiente digital. De forma vaga, a medida estabelece que o Programa deverá observar os direitos e garantias fundamentais, assim como a proteção da privacidade.

“Não há o que se falar em comitê gestor do Poder Executivo para “humanizar a Rede” sem a devida previsão legal para tanto. Embora o grupo possa vir a diminuir o número de ofensas na internet, não podemos admitir qualquer medida que ameace a liberdade de expressão. Fora isso, a portaria é totalmente carente de clareza, o que daria ainda mais poder decisório a essa comissão, ao arrepio da lei e dos demais poderes”, criticou Roberto Freire.


17 de abril de 2015
ucho.info

CAIXA ELETRÔNICA

Esquema montado por André Vargas na Caixa teria rendido R$ 1 milhão por mês ao ex-petista

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Se nos imundos subterrâneos do poder existem profissionais, André Vargas Ilário, ex-presidente da Câmara dos Deputados, é um deles. Preso na décima segunda etapa da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, Vargas é acusado não apenas de manter relações canhestras com o doleiro Alberto Youssef, um dos principais delatores do Petrolão, mas de comandar um esquema criminoso de fraudes em contratos com órgãos federais e de receber polpudas propinas.

A força-tarefa da Lava-Jato apurou que André Vargas chefiava um grupo de empresas que fraudava contratos na Caixa Econômica Federal e no Ministério da Saúde, como noticiou o UCHO.INFO. Após perder o mandato parlamentar por causa de suas relações com Youssef, o ex-petista voltou a frequentar Brasília para dar sequência aos negócios nada ortodoxos. Antes de ser preso pela PF, em Londrina, Vargas esteve na capital dos brasileiros, onde se hospedou na casa de amigos e tratou com seus comparsas o destino de uma nova empresa, a Ilimittati.

Enquanto afinava o tom da nova e criminosa empreitada, o ex-homem forte do PT do Paraná usou a empresa IT7, que mantém em sociedade com Marcelo Simões, para faturar à vontade na Caixa e no Ministério da Saúde. Segundo apurou o UCHO.INFO com exclusividade, nos subterrâneos da política verde-loura, somente o contrato com a Caixa teria rendido a Vargas a bagatela de R$ 1 milhão por mês.

Nesse emaranhado criminoso criado por André Vargas, um empresário que atua com largueza nos escaninhos da capital federal era presença quase constante. Responsável por ceder a Vargas um jato Citation para viagens de trabalho e de lazer (a aeronave foi largamente utilizada durante a campanha do então parlamentar à vice-presidência da Câmara), o tal empresário, de nome Alceu, está apavorado diante da possibilidade de ter de receber os policiais federais em sua casa. A PF já monitora o empresário, que a qualquer momento poderá ser conduzido coercitivamente para depor diante da força-tarefa da Lava-Jato.

Considerando que o Brasil foi transformado por petistas e aliados em uma enorme teia de corrupção e crimes correlatos, não causa surpresa o fato de o tal empresário do jatinho atuar com conhecida intimidade na Eletronorte, empresa do grupo Eletrobras que na quarta-feira (15) serviu como pano de fundo para uma operação da Polícia Federal. Na Eletronorte, o contato do empresário Alceu, que no governo do Distrito Federal teria atuado em parceria com o trepidante Durval Barbosa, é um servidor de origem nipônica conhecido por negociatas e outras incursões afins.

Se por um lado as autoridades da Lava-Jato tentam extrair de André Vargas informações sobre as falcatruas que recheiam seu currículo conturbado, por outro causa estranheza o fato de a ex-secretária do agora preso ainda não ter sido incomodada pelos policiais. Quem conhece a então assessora garante que o temor diante da possibilidade de uma convocação é enorme. Fica a dica para os caciques da Lava-Jato.

17 de abril de 2015
ucho.info

GOVERNO TENTA CRIAR LIMITE ILEGAL PARA AUMENTO DOS SERVIDORES

 



A proposta do governo federal de limitar os gastos com servidores, conforme consta do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, publicado no Diário Oficial da União de ontem, pode abrir uma guerra entre o Executivo, de um lado, e o Legislativo e o Judiciário, de outro.
Isso porque, de acordo com a Constituição, cada um dos Poderes tem autonomia para reajustar livremente os salários de seus funcionários. Pela primeira vez, o Executivo está tentando limitar os reajustes salariais das outras áreas.

“Cada poder é autônomo, tem seu titular e seu respectivo teto salarial. Vai ser uma disputa grande entre os Poderes, se houver mudança. Mas é possível haver uma conciliação sobre as determinações constitucionais porque a Lei de Responsabilidade Fiscal também precisará ser respeitada”, explicou Roberto Bahia, professor de direito constitucional da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo (SP).

VALOR MÁXIMO
Ao entregar o projeto ao Congresso, na quarta-feira, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, informou que a ideia é definir um valor máximo para a elevação das despesas, além do crescimento vegetativo da folha de pagamentos, levando em consideração “o espaço fiscal disponível”.
O limite será discutido nos próximos meses e será definido apenas em agosto, quando o governo enviar ao Legislativo o Projeto da Lei Orçamentária Anual (Ploa).

O diretor para a América Latina do Eurasia Group em Washington, João Augusto de Castro Neves, acredita que a equipe econômica da presidente Dilma Rousseff terá problemas para aprovar a mudança.
“Os interesses do Congresso Nacional podem não respeitar os do Executivo, e eles devem argumentar que essa mudança é inconstitucional, mas é preciso lembrar que, para todo gasto, é preciso ter uma previsão de receita”, disse ele, lembrando que apenas o Executivo é responsável pela a arrecadação do Orçamento da União.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG - A dupla Levy & Dilma não acerta uma, é impressionante. Limitar aumentos salariais é inconstitucional.
O que o governo tem de fazer é diminuir o número de ministérios,  reduzir cargos comissionados, extinguir o cartão corporativo e despesas desnecessárias, mas isso significa acabar com a boca dos petistas.
Por que não reduzir o salário do presidente do Sesi, Jair Meneghelli, que ganha cerca de R$ 70 mil por mês? Seria uma medida exemplar. Mas quem se interessa? (C.N.)

17 de abril de 2015
Deu no Correio Braziliense

IMPASSE ENTRE CAPITAL E TRABALHO


A Câmara deu prova cabal de impotência, ao adiar para a semana que vem a decisão sobre a lei da terceirização do trabalho. Do fundo sobressai estarem os deputados num empate entre capital e trabalho.
O texto base do projeto foi aprovado por ampla maioria, mas ficando questões fundamentais para ser decididas através dos destaques.
Nessa hora, não houve acordo. Por duas vezes Suas Excelências empurraram as votações com a barriga.
 
O impasse demonstra a influência dos empresários, empenhados em reduzir o quanto puderem os direitos do terceirizado, e, em paralelo, a indignação dos que sustentam a preservação das prerrogativas do trabalho.
 
Nada de novo debaixo do sol, apesar de o Legislativo existir precisamente para buscar a sombra, quer dizer, a conciliação entre os dois valores. Não foi possível, nas duas últimas semanas. Trata-se de uma queda de braço ainda sem vencedor conhecido. Em meio a muita confusão, é o que pode ser resumido do atual embate.
 
O singular nessa história é que o debate sobre a terceirização coincide com a tentativa do governo de, em nume do ajuste fiscal, reduzir outro tipo de direitos sociais, como o salário-desemprego, o auxilio-salário e a pensão das viúvas. Cai a máscara da presidente Dilma diante de quem quiser saber sua verdadeira posição frente ao projeto de terceirização.
 
O governo gostaria de ver aprovado o texto inicial que favorece a extinção de prorrogativas trabalhistas, como a de salários iguais para trabalho igual e permissão para se terceirizar atividades-fim de empresas públicas e sociedades de economia mista. Sem falar na dúvida sobre quem responde pelo não cumprimento de dispositivos da CLT, se a contratante ou a contratada.
 
A primeira ironia, no caso, vai por conta de estarem no mesmo barco os dois maiores desafetos da Praça dos Três Poderes, a presidente Dilma e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. A segunda, quando se vê o Partido dos Trabalhadores, mesmo rachado, contribuir para a supressão de direitos sociais.
 
CONTINUA NÃO SABENDO DE NADA
 
O ex-presidente Lula foi o responsável maior pela presença de Delúbio Soares, antes, e de João Vaccari Neto, depois, na tesouraria do PT. Nos dois casos, sustentou a injustiça da condenação de um e da prisão de outro. Desgasta-se, o primeiro-companheiro, junto às bases de seu partido.
Também nada sabia do escândalo do mensalão e da roubalheira na Petrobras. Não há como as oposições deixarem de explorar esses fatos na campanha pelas prefeituras, ano que vem, e nas eleições gerais de 2018.

17 de abril de 2015
Carlos Chagas

PEDIDO DE CPI DO BNDES ENTRA NO FINAL DA FILA E VAI DEMORAR

 




Um requerimento com as assinaturas de 198 deputados propondo a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi apresentado à Mesa da Câmara, na tarde de hoje (16). De acordo com o documento, a CPI deverá apurar fatos ocorridos de 2003 a 2015 relacionados à concessão de empréstimos e financiamentos. Por exemplo, “empréstimos secretos a Angola e Cuba”.

Já estão em funcionamento na Câmara quatro CPIs, e o Regimento Interno da Casa estabelece que só podem funcionar simultaneamente cinco comissões. Mais seis pedidos de criação de CPI aguardam definição sobre a instalação. Eles foram apresentados antes da do BNDES e têm preferência por ordem de apresentação. Para furar a fila e ser criada uma comissão de inquérito, é necessária a aprovação pelo plenário de um projeto de resolução para que ela seja instalada.

OPOSIÇÃO

O documento contém assinaturas de parlamentares de 25 partidos com representação na Câmara e teve como autores os líderes de legendas de oposição, entre eles, os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP); Rubens Bueno (PPS-PR), Mendonça Filho (DEM-PE) e Júlio Delgado (PSB-MG). O anúncio de que a Secretaria da Mesa havia conferido as assinaturas e consideradas válidas foi feito durante depoimento do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, à CPI da Petrobras.

O líder do PPS, Rubens Bueno, afirmou que a CPI precisa ser instalada porque o povo brasileiro quer saber o que aconteceu com os bilhões de reais do banco. “É bom lembrar que a carteira do BNDES é de mais de R$ 400 bilhões, e tudo isso é dinheiro subsidiado, dinheiro da população brasileira”. Para que a CPI seja instalada é necessário primeiro que haja um fato determinado e que ela seja aceita pela presidência da Câmara.

17 de abril de 2015
Iolando Lourenço
Agência Brasil

GOVERNO INVESTE CONTRA A PROPOSTA DE REDUÇÃO DE MINISTÉRIOS




Pela segunda vez seguida, o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sofre revés na Câmara. Após perder uma batalha na tentativa de aprovar a proposta sobre terceirização na noite dessa quarta-feira, Cunha acabou derrotado novamente na quinta-feira, depois de o governo barrar o avanço da matéria que trata da redução para 20 ministérios no governo federal na Comissão de Constituição e Justiça. A análise fica para a próxima quarta-feira.

A base do governo, que é contrária a proposta, tentou impedir a análise da matéria apresentando requerimentos protelatórios para a obstrução. Para o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), a PEC invade a competência do executivo. “Há uma divergência profunda. Esta PEC é um estrupício, invade a competência privativa do Executivo. E vamos construir maioria para derrubá-la. Essa PEC é uma excrescência. Virou disputa política e a CCJ não pode servir a esse papel”, afirmou Guimarães.

INCONSTITUCIONAL?

Ex-líder, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) também rebateu a matéria. “É um argumento risível, insustentável. Essa PEC iria eliminar apenas uns 50 cargos, porque toda a estrutura restante será absorvida por outro ministério”, disse Teixeira. Ele ainda ressalta a proposta é inconstitucional. “A PEC é inconstitucional porque confronta a separação dos poderes, invade a órbita de regulamentação do Poder Executivo”.

De autoria do presidente Eduardo Cunha, a PEC reduz de 38 para 20 o número de ministérios, sem determinar quais deles seriam cortados. Ocupante de sete ministérios, o próprio PMDB – que defende a proposta – poderá perder cargos.
Em momento de crise, o PMDB e a oposição se agarram na bandeira de enxugar a máquina para cortar gastos.

17 de abril de 2015

Naira Trindade
Correio Braziliense

PT, PMDB E PT DILAPIDARAM OS FUNDOS DE PENSÃO E DE SAÚDE

 



Desde o início do governo Lula, o Executivo aparelhou os planos de saúde das estatais e colocou nas diretorias verdadeiros ratos, com diretores ganhando altíssimos salários e provocando desvios de dinheiro dos investimentos e reservas dos respectivos planos, dinheiro descontado dos funcionários.

O governo loteou as diretorias dos planos de saúde entre membros do PT, PCdoB e PMDB. Aconteceu com o Postalis, dos Correios, com a Funcef, da Caixa, com o Serpros, do Serpro etc. Produziu-se uma máfia em todas essas diretorias. Tenho um amigo que foi eleito pelos funcionários do Serpro (ele é do PPS) para a diretoria do fundo, com uma soma de votos superior à soma dos votos dos candidatos que eram do PT e outro do PMDB, e ele foi lá para ver se dava fim a esta roubalheira.

Pois bem, os candidatos derrotados tentaram impugnar sua eleição, mas perderam na Justiça porque não havia fatos para cassá-lo. Todavia, uma andorinha não faz verão e meu amigo pouco pôde fazer contra os desmandos da atual diretoria.
O PMDB, também arrasou com as finanças do plano de saúde do GEAP, que está perto de quebrar.

MIGRAÇÃO CARA

O problema é que muitos usuários do GEAP já tem mais de 50 anos, e migrar para os planos privados de saúde fica muito caro, tendo em vista os parcos salários que recebem como funcionários públicos federais. Fica uma “escolha de Sofia”. Mesmo assim, muitos ex-usuários do GEAP já abandonaram o plano, devido à extrema precariedade do atendimento.
Diretores da GEAP ganham R$ 45.000,00 de salários mensais, como pode se ver na denúncia abaixo:

Plano de saúde dos servidores em nova crise
  • Está feia a coisa na Geap, plano de saúde de servidores federais, onde já se fala em intervenção, apesar de a Anasps (associação dos servidores da Previdência) acusar a agência reguladora ANS de fazer vistas grossas. Último diretor-executivo da Geap, Paulo Eduardo Gomes da Silva, indicado pelo PMDB-PB, foi nomeado em julho e demitido quatro meses depois. Ganhava R$ 45 mil por mês.
  • Falhanço – Gomes da Silva substituiu um bancário formado em educação física, Carlos Célio, para gerir rombo de R$ 300 milhões nas contas da Geap.
  • ‘Sócios’ de olho – O problema é o patrimônio do pecúlio da Geap, avaliado em R$ 2 bilhões, que atraem os dois “sócios” do plano de saúde: PMDB e PT.
E A CPI NÃO SAI…

Falta uma CPI para investigar os desmandos nos fundos de pensão e a quebradeira da GEAP. Os funcionários recolheram contribuições durante muitos anos, para agora terem de pagar do próprio bolso os rombos dos fundos de pensão, ou, no caso do GEAP, ficarem literalmente desassistidos.

É preciso também saber como anda o fundo de pensão Previ, do Banco do Brasil e outros fundos de pensão das diversas estatais, que provavelmente tiveram o mesmo destino. O PT, o PCdoB e o PMDB simplesmente passaram todos esses doze anos roubando despudoradamente o dinheiro dos funcionários públicos e empregados das estatais.

17 de abril de 2015
Ednei Freitas

MORO PODE PEDIR JÁ PRISÃO PREVENTIVA DE DIRCEU



O Juiz Sérgio Fernando Moro, da 13a Vara Federal em Curitiba, pode decretar, a qualquer momento, a prisão preventiva de José Dirceu de Oliveira e Silva, que cumpre prisão domiciliar pelo Mensalão. isto já é dado como certo pela cúpula petista que logo mais anuncia o nome do novo Secretário Nacional de Finanças do PT, substituindo ao tesoureiro João Vaccari, preso pela Lava Jato, e cujo trabalho garantiu pelo menos R$ 31,6 milhões doados para a campanha passada de Dilma Rousseff por 21 empresas - incluindo algumas investigadas pela Força Tarefa do MPF.

Investigações da Lava Jato constataram que as empreiteiras envolvidas em fraudes na Petrobras pagaram R$ 3,7 milhões, entre 2006 e 2012, para a empresa de Dirceu. A consultoria do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, a JD Assessoria e Consultoria, faturou R$ 29 milhões em serviços para mais de 50 empresas no período de nove anos. A suspeita é de que a JD não tenha prestado serviços de consultoria e que os recibos sejam uma fachada para encobrir repasses de dinheiro desviado da Petrobras.

Concretamente, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu recebeu por meio de sua empresa de consultoria, a J.D. Consultoria, R$ 1,45 milhão de Milton Pascowitch. Ele é citado pelo ex-gerente da diretoria de Serviços da Petrobras Pedro Barusco como operador de pagamento de propinas ao PT a serviço da empresa Engevix. Os pagamentos a Dirceu foram realizados em 2011 (R$ 300 mil) e em 2012 (R$ 1,1 milhão), através de uma empresa de Pascowitch, a Jamp Engenheiros Associados Ltda, sexta no ranking dos pagamentos feitos ao ex-ministro desde a sua saída do governo.

Eis a relação de empresas que contrataram a JD - não necessariamente com envolvimento na Lava Jato.

EMS S/A. R$ 7.800.000
CONSTRUTORA OAS. R$ 2.991.150
UTC ENGENHARIA. R$ 2.316.000
MONTE CRISTALINA. R$ 1.590.000
AMBEV. R$ 1.500.000
JAMP ENGENHEIROS. R$ 1.457.954,70
CONSILUX consultor. R$ 1.225.600
ENGEVIX ENGENHARIA. R$ 1.110.000
CAMARGO CORRÊA. R$ 900.000
247 INTELIGÊNCIA DIGITAL. R$ 860.000
SPA ENGENHARIA. R$ 780.000
GALVãO ENGENHARIA. R$ 750.000
ADNE CONSULTING GROUP. R$ 600.000
EGESA ENGENHARIA. R$ 480.000
ARBI RIO INCORp. IMOB. R$ 480.000
LACERDA E FRANZE ADVOG. R$460.000
SOLVI PARTICIPAçõES. R$ 448.000
SERVENG CIVILSAN. R$ 432.000
COMAPI AGROPECUáRIA. R$ 380.000
CARMO CONSULTORIA. R$ 320.000
YPY PARTICIPAçõES. R$ 240.000
VOX ENGENHARIA. R$ 230.000
CREDENCIAL-COM. EQUIP. R$ 200.000
TESSELE & MADALENA ADV. R$ 179.400
BRASIL VIDRO PLANO. R$ 160.000
PARMALAT BRASIL. R$ 150.000
CASA BRASIL emp. CULt. R$ 130.000
Cia ADMIn DE EMPRend. R$ 120.000
SNS AUTOMóVEIS LTDA. R$ 110.000
TMKT SERV. DE MARKeting. R$ 100.000
ROCHA, MAIA & AYRES. R$ 100.000
FORUM DAS AMéRICAS. R$ 100.000
SMK SERVICOS DE MARK. R$ 100.000
DELTA ENGenharia. R$ 80.000
EóLICA FAZENDA nova GER. R$ 70.000
MIL MIX IND E COM. R$ 60.000
KMG EQUIP. ELéTRICOS. R$ 60.000
EDITORA JB. R$ 52.000
TELEMIDIA TECHNOLOGY. R$ 50.000
JD ASSESSORIA E CONSUL. R$ 25.000
HYPERMARCAS S/A. R$ 20.000
SERPAL ENG. E CONSTRUT. R$ 20.000
BRASILINVEST EMP. R$ 20.000
 
17 de abril de 2015
Jorge Serrão