"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 22 de março de 2017

FHC DIZ QUE "CAIXA 2 É CRIME" E QUE LISTA FECHADA TEM "CHEIRO DE IMPUNIDADE"


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Charge do Nani (nanihumor.com)
Depois de relativizar o caixa 2, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso declarou nesta quarta-feira que “caixa 2 também é crime” e afirmou ser contrário ao voto em lista fechada. Em vídeo publicado em sua página em rede social, FH criticou os partidos políticos no Brasil que, segundo ele, “vão muito mal das pernas”. “Reforma política viável, hoje, é aprovar o que já está na Câmara”— declarou, destacando leis segundo ele já aprovadas pelo Senado, como a que proíbe coligação nas eleições de deputados e de vereadores.
“Por quê? Porque você vota num e elege outro. Se dois partidos se coligam, você não sabe em quem está votando. Então, é melhor proibir. E em segundo lugar, é muito importante também que haja uma lei que diga: olha, um partido que não recebeu x votos em tais números de estados não vai ter representação na Câmara. Não tem vantagens na Câmara, porque não é partido, tentou ser partido”, assinalou.
MAS DAS PERNAS – Para o ex-presidente, todos os partidos vão muito mal das pernas. “Os políticos, todos, estamos mal das pernas. Então, não acho que seja o momento de fazer proposta (de reforma política)” — disse, citando a lista fechada como exemplo de reforma, “que escolhe quem vai ser o primeiro, segundo e terceiro eleitos” pela direção do partido.
“E o povo vai votar em partidos? Quais? O povo nem sabe os nomes dos partidos. Não são partidos, a maioria. São legendas. E mais: não dá para aprovar nada que tenha cheiro de impunidade”,frisou.
Para FHC, essas propostas têm como “objetivo evitar que a Lava-Jato vá adiante”. O ex-presidente pediu ainda que os políticos, os líderes nacionais e a população deixem a Justiça opinar sobre os crimes que acontecem no Brasil.
TUDO É CRIME – “Quem errou deve pagar, depende do que fez. Fez corrupção? Ganhou dinheiro porque tirou dinheiro da Petrobras? Ou por que recebeu dinheiro para fazer uma lei a favor desta empresa? É crime na verdade de corrupção. E não declarou? É falsidade ideológica. E caixa 2 também é crime, mas é outro tipo de crime, capitulado no Código Penal. Deixa que a Justiça separe: o que é caixa 2, o que é crime de corrupção. O que pode ser punido com a não-eleição, o que vai para a cadeia.”
O ex-presidente deu essas declarações após relativizar, no começo do mês, o uso do caixa dois, afirmando que existe “uma diferença entre quem recebeu recursos de caixa dois para financiamento de atividades político-eleitorais, erro que precisa ser reconhecido, reparado ou punido, daquele que obteve recursos para enriquecimento pessoal, crime puro e simples de corrupção”.
Segundo FH, é preciso, neste momento, dar força às instituições. “O Brasil neste momento não acredita em quase nada. Vamos fazer pelo menos com que as instituições valham”.
LISTA FECHADA – No modelo de lista fechada, eleitores votam no partido em vez de escolherem candidatos avulsos, e os votos são depois distribuídos de acordo com uma ordem de candidatos previamente definida pela legenda. Os defensores da mudança dizem que ela é necessária para tornar as campanhas mais baratas e mais fáceis de fiscalizar.
Já os opositores, como FHC, acham que a proposta tem como objetivo facilitar a reeleição dos parlamentares, muitos alvos da Lava-Jato, evitando assim a perda do foro privilegiado.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A manobra para garantir a impunidade dos corruptos é tão acintosa que nem FHC consegue apoiar. Não é preciso dizer mais nada. (C.N.)

22 de março de 2017
Deu em O Globo

COMPORTAMENTO ABUSIVO DE MINISTROS DO SUPREMO COMPROMETE A JUSTIÇA

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Charge do Bier, reproduzida do Arquivo Google
Quando vemos o comportamento de certos integrantes do Supremo Tribunal Federal sentimos uma grande descrença na Justiça brasileira. O ministro Ricardo Lewandowski já mostrou ao que veio no julgamento do Mensalão. O Brasil todo assistiu seu comportamento. No impeachment da presidente Dilma Rousseff conseguiu fatiar a Constituição Brasileira, isso em plena luz do dia e em rede nacional de televisão.
O ministro Marco Aurélio Mello se sente lisonjeado e exultante com o título de “doutor voto vencido”. Em vários julgamentos ele abre divergência só para ser diferente e sempre perde por larga margem. Uma tristeza.
TOFOLLI E BARROSO – O ministro Dias Toffoli foi advogado do PT e não esconde a sua simpatia por Lula, José Dirceu e pelos petistas. Algumas vezes achamos que ele vai se redimir, mas basta um julgamento de assuntos relacionados aos políticos que ele se revela.
O ministro Luís Roberto Barroso já se notabilizou por querer se transformar em legislador. Por exemplo, defende a legalização do aborto até o terceiro mês de gravidez. É a instituição do prazo de validade da vida. A moral tem prazo. Até o terceiro mês tem-se o direito de matar.
O ministro Gilmar Mendes exagera em sua conduta. É presidente do TSE mas viaja de carona para Portugal no avião do presidente da República, um político que está em julgamento no TSE. Quando o PSDB entrou com a impugnação da chapa Dilma/Temer, ele fez questão de mandar apurar com rigor os desvios na campanha eleitoral. Com impeachment de Dilma e a entrada do seu amigo Michel Temer na Presidência da República, ele defende o fatiamento da chapa e já não tem pressa para que o julgamento chegue ao seu final.
VIROU UM BARRACO – Gilmar Mendes critica, publicamente, seus colegas de Tribunal. Constantemente dá entrevistas condenando a Operação Lava Jato, as prisões preventivas de políticos e de grandes empresários, defende o foro privilegiado e critica a condução coercitiva.
Agora, ele se reúne com os presidente da Câmara dos Deputados e do Senado para discutir reforma política. É o fim dos tempos. Um ministro do STF se reunindo com políticos investigados e acusados de corrupção. Ele apoia uma reforma política num Congresso formado por um grande número de investigados, réus e denunciados por corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de dividas e enriquecimento ilícito.
Gilmar Mendes propõe o voto em lista fechada para eleições proporcionais, uma aberração, defendida por políticos para manter foro privilegiado. Alguém duvida que as listas serão encabeçadas por deputados federais envolvidos na Lava Jato e em outros atos de corrupção?
UM SUPERPODER – Os ministros do STF têm um poder extraordinário no Brasil. Como as nossas instituições são muito fracas e funcionam muito mal, os ministro do Supremo podem quase tudo. Muitos dizem que os ministros não podem decidir contra as leis e contra a Constituição. Podem sim. Se cometerem absurdos, como a libertação do goleiro Bruno, quem vai fazer alguma coisa? Não se diz que decisão judicial é para se cumprir? O Supremo Tribunal Federal é o último acerto, mas também é o último erro.
Diante desse poder absoluto e ilimitado, os ministros do Supremo, para serem escolhidos, além de ter notório saber jurídico e reputação ilibada, também não poderiam ter pertencido a nenhum partido político, não ter participado da administração pública e de empresas, e deveriam ser juízes de carreira.
LEMBRANDO RUY – Além disso, uma vez escolhidos e nomeados, deveriam se recolher a um ambiente nos moldes de um mosteiro trapista e fazer votos de silêncio, de humildade e simplicidade. Deveriam passar o tempo todo refletindo profundamente em suas atitudes e em suas decisões.
Ruy Barbosa, jurista cada vez mais atual, ensinava que a Justiça tem que ser mais alta que as coroas dos reis e tão pura quanto as coroas dos santos.

22 de março de 2017
Augusto Chelotti

O GLOBO DIZ QUE CASSAÇÃO DA CHAPA DILMA/TEMER PODE SER VOLTADA EM ABRIL

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Como separar a campanha da chapa Dilma/Temer?
O processo que pede a cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer poderá ser julgado em abril no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O relator do caso, ministro Herman Benjamin, encerrou nesta terça-feira a fase de instrução – ou seja, quando são coletadas as provas e depoimentos. Agora, será aberto prazo de dois dias para todas as partes interessadas apresentarem alegações finais. Devem se manifestar o PMDB, o PT, o PSDB, que é o autor da ação, e o Ministério Público Eleitoral.
PARECER DO RELATOR – Com todas as informações em mãos, Benjamin vai elaborar um voto para submeter ao plenário do TSE. O presidente do tribunal, ministro Gilmar Mendes, já afirmou que incluirá o processo na pauta de julgamentos assim que o relator liberar o voto. Benjamin anunciou que, dez dias antes do julgamento, vai distribuir aos outros seis ministros do tribunal um relatório com o resumo de todo o processo, para ajudá-los a elaborar seus votos.
Havia expectativa no TSE se que não seria possível realizar o julgamento em abril, como queria o relator. Isso porque, recentemente, ele resolveu incluir no processo depoimento de dez delatores da Odebrecht com fatos relacionados às investigações da Operação Lava-Jato. Ao todo, mais de 50 testemunhas prestaram depoimento ao longo do processo, que foi aberto em dezembro de 2014.
ABUSO DE PODER – No processo, a chapa é investigada por abuso de poder político e econômico na campanha presidencial de 2014. Se houver condenação, Temer pode perder o mandato. Se ficar comprovado que Temer sabia das supostas ilegalidades, ele também poderá ficar inelegível. O mesmo pode acontecer com Dilma.
A defesa de Temer pediu que a prestação de contas dele seja separada da apresentada por Dilma. Com isso, os advogados querem colocar apenas do lado da petista as supostas ilegalidades cometidas, livrando o presidente da condenação. Essa tese deverá ser analisada pelo plenário do TSE durante o julgamento final.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Sonhar não é proibido. O presidente do TSE, que se diz amigo de Temer há 30 anos e não se juga suspeito para julgá-lo, só colocará o processo em pauta quando tiver certeza de que as chapas serão separadas, para inocentar o atual presidente e deixar Dilma Rousseff ser cassada sozinha. Com isso, ela perderá os direitos políticos e não poderá ser candidata em 2018 a senadora ou deputada, conforme anuncia. Gilmar Mendes já fala que a estabilidade da atual conjuntura política será considerada pelo TSE, mas o suspense é de matar o Hitchcock, como dizia Miguel Gustavo, nosso vizinho no edifício Zacatecas(C.N.)

22 de março de 2017
Deu em O Globo

SONHAR NÃO É PROIBIDO E A CÂMARA QUER APROVAR A LISTA FECHADA ATÉ MAIO

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Charge do Nani (nanihumor.com.br)
A Câmara dos Deputados pretende aprovar até maio mudanças no sistema eleitoral e no financiamento de campanhas para que as novas regras entrem em vigor nas eleições de 2018. Pelo texto que será apresentado no dia 4 de abril pelo relator Vicente Cândido (PT-SP), 70% dos recursos das campanhas virão de financiamento público e 30% serão provenientes de doações de pessoas físicas. Modelo preferencial entre os principais líderes partidários, a lista fechada também estará praticamente consolidada no relatório final do petista.
Pelo voto em lista fechada, o eleitor vota no partido, que define previamente os candidatos que serão eleitos em ordem de prioridade. Atualmente o eleitor vota diretamente no candidato. A votação na comissão será no próximo mês e no plenário a apreciação deve ocorrer em maio.
BOM E BARATO? – O discurso geral se sustenta na tese de que a lista fechada é o modelo mais barato e obriga a utilização dos recursos para toda a chapa e não apenas para um candidato. “A lista fechada é o mais recomendável para o momento”, afirmou o relator. O petista vai sugerir em seu relatório que o modelo vigore nas eleições de 2018, 2020 e 2022. Em 2026, a ideia é que se adote o sistema misto alemão – adaptado à realidade brasileira – com metade dos eleitos por distrito e outra metade por lista fechada.
O relatório do petista também vai estabelecer limite de um salário mínimo para doação de pessoa física e proibição do autofinanciamento. “É para que tenha isonomia e não tenha abuso de poder econômico dos candidatos ricos”, disse Cândido.
PREFERÊNCIA – Nesta terça-feira, 21, a Câmara promoveu um seminário internacional em conjunto com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre sistemas eleitorais em vigor em outros países. Preocupado com a repercussão negativa da lista fechada, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a possibilidade de ser incorporada uma cláusula que dê preferência à reeleição dos atuais deputados. “Eu acho que essa questão da preferência é, inclusive, inconstitucional. Você não pode garantir a preferência a ninguém”, afirmou.
Maia também rebateu a tese de que o modelo em lista fechada vai evitar a renovação dos quadros da Câmara. Segundo ele, no Brasil, o índice de renovação chega a 50% por eleição, e isso não trouxe melhorias para o País. “O nosso sistema tem uma taxa de renovação alta e tem os problemas que tem. Porque o sistema renova muito, mas renova com as mesmas fórmulas eleitorais, dentro do mesmo perfil de voto, voto de igreja, de artista, de máquina partidária e de Estado”, disse.
TESE DE GILMAR – O presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, que participou do seminário, disse que o sistema brasileiro se exauriu e que na última campanha presidencial houve um “imenso caixa 2”. Para Gilmar, uma “montanha de dinheiro que corre” nos partidos levou aos “vícios” do sistema. “Então, nós precisamos mudar o sistema, precisamos encerrar esse ciclo. Precisamos afastar o candidato do dinheiro, precisamos tomar algumas providências que são mais ou menos óbvias”, afirmou.
Em sintonia com os líderes do Congresso, o presidente do TSE lembrou que as novas regras precisam ser aprovadas até 2 de outubro deste ano. Gilmar disse ainda que o modelo vigente já deu “péssimos resultados e vai continuar a dar ainda resultados piores”.
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) disse que o País não está preparado para a lista fechada. “Ela (lista) será um abrigo, um guarda-chuva para esconder cada nome sob investigação”, afirmou. Embora reconheça que a lista fechada fortalece o papel dos partidos, Alencar pregou que o fundamental é a interferência do eleitor na escolha.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Querer não é poder. A reação está sendo muito forte, a internet não perdoa. Os corruptos estão vivendo uma ilusão à toa, como dizia Johnny Alf(C.N.)

22 de março de 2017
Daiene Cardoso e Isadora Peron
Estadão

APRESSADINHO, LOBÃO QUER APROVAR EM DEZ DIAS A LEI DO ABUSO DE AUTORIDADE

Dida Sampaio/Estadão
Lobão prepara a nova versão da Lei da Mordaça
O presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, senador Edison Lobão (PMDB-MA), afirmou nesta quarta-feira (22/3) que pretende votar na primeira semana de abril o projeto de lei que define abuso de autoridade. Para que a proposta tramite com mais celeridade, além de já estar em regime de urgência, Lobão decidiu conceder vistas coletiva ao texto apresentado pelo relator da proposta, senador Roberto Requião (PMDB-PR). “Queremos debater essa proposta que não tem nenhuma relação com a Operação Lava-Jato”, reforçou Lobão.
O senador disse que a intenção do projeto não é blindar parlamentares investigados pela Polícia Federal, mas sim coibir excessos nas investigações. “Quem vai julgar se houve abuso ou não são os tribunais”, acrescentou ele.
ACELERANDO – Lobão não quis avaliar se a polêmica em torno da Operação Carne Fraca ajudou a acelerar a tramitação do projeto de abuso de autoridade.
“Esse projeto é anterior à operação da PF. Ele não tem relação com o passado, com o presente ou com o futuro. Ele tem relação com tudo”, tergiversou o senador maranhense.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Tive a curiosidade de ler o parecer anterior do senador Requião e fiquei decepcionado. Uma peça da pior qualidade, sem base na realidade. Como ele fez apenas “pequenas modificações”, nem vou me dar ao trabalho de ler a nova versão da velha Lei da Mordaça preconizada pelo Lobão(C.N.)

22 de março de 2017
Paulo de Tarso Lyra
Correio Braziliense

JANOT DIZ QUE GILMAR MENDES SOFRE DE "DECREPITUDE MORAL E DISENTERIA VERBAL"


Desta vez, Gilmar Mendes fez Janot perder a linha
Num dos mais fortes discursos desde o início de sua gestão, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusou o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, de sofrer de decrepitude moral e disenteria verbal. As críticas de Janot foram feitas nesta quarta-feira em resposta à acusação do ministro de que procuradores teriam convocado uma entrevista coletiva em off na semana passada para vazar os nomes dos políticos suspeitos de receber propina da Odebrecht.
Para Janot, o ministro preferiu direcionar os ataques ao Ministério Público e omitiu, de forma deliberada, as menções ao uso do off no Palácio, no Congresso e no STF. Para o procurador-geral, a seletividade da crítica teria como propósito da deslegitimação das investigações sobre a corrupção no meio político.
DISENTERIA VERBAL – “Não vi uma só palavra de quem teve uma disenteria verbal a se pronunciar sobre essa imputação do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal. Só posso atribuir tal ideia a mentes ociosas e dadas a devaneios. Mas, infelizmente, com meios para distorcer fatos e instrumentos legítimos de comunicação institucional’ — disse Janot em discurso de encerramento de encontro de procuradores regionais eleitorais na Escola Superior do Ministério Público.
Janot não mencionou o nome de Mendes, mas fez uma série de referências que não deixam dúvidas sobre o alvo de suas críticas. As informações sobre a suposta coletiva foram divulgadas pela “Folha de S.Paulo” no último domingo e replicadas por Mendes na tarde de terça-feira. Ao falar sobre o suposto vazamento dos nomes de políticos da lista de Janot, o jornal fez referências à prática do off no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e no STF.
DECREPITUDE MORAL – Janot disse ainda que a informação de que houve uma coletiva para a divulgação de uma lista de políticos investigados é mentirosa. O procurador-geral insinuou também que Mendes estaria tentando nivelar todas as autoridades, atribuindo aos procuradores conduta que, na prática, seria dele: chamar jornalistas para conversas reservadas e, com isso, divulgar informações sigilosas. Para o procurador-geral, o ministro estaria sofrendo de decrepitude moral.
“Ainda assim, meus amigos, em projeção mental, alguns tentam nivelar todos a sua decrepitude moral e para isso acusam-nos de condutas que lhes são próprias, socorrendo-se, não raras vezes, da aparente intangibilidade proporcionada pela posição que ocupam no Estado” — afirmou.
CONDUTA PROMÍSCUA – O procurador reprovou ainda suposta conduta promíscua de Mendes, que estaria participando com frequência de jantares no Palácio do Planalto. O ministro é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde tramita processo sobre supostas irregularidades na prestação de contas da chama Dilma-Temer na campanha eleitoral de 2014.
“Procuramos nos distanciar dos banquetes palacianos. Fugimos dos círculos de comensais que cortejam desavergonhadamente o poder público e repudiamos a relação promíscua com a imprensa” — disse Janot.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Janot perdeu a linha e colocou Gilmar Mendes em seu devido lugar. Já era tempo. O presidente do TSE parece estar variando, como se diz no Nordeste. (C.N.)

22 de março de 2017
Jailton de Carvalho
O Globo

ENTIDADES DENUNCIAM SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO NA OEA

OUTRO ALVO DAS ONGS É O 'USO SISTEMÁTICO DAS PRISÕES PROVISÓRIAS'
AS ENTIDADES VÃO APRESENTAR INFORMAÇÕES SOBRE TORTURA, MAUS-TRATOS, MÁS CONDIÇÕES DE HIGIENE E SAÚDE, ENCARCERAMENTO EM MASSA E SUPERLOTAÇÃO PRESÍDIOS DO PAÍS (FOTO: EBC)

O sistema prisional brasileiro será denunciado nesta quarta-feira (22), na audiência da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA em Washington, por 32 organizações nacionais e internacionais.

As entidades vão apresentar informações sobre tortura, maus-tratos, más condições de higiene e saúde, encarceramento em massa e superlotação presídios do País.

Outro alvo das organizações é o “uso sistemático das prisões provisórias”, que chegam a 41% segundo os dados do relatório da denúncia. (AE)


22 de março de 2017
diário do poder

SUSPENSÃO DA UE PODE CAUSAR EFEITO DOMINÓ, DIZ FRANCISCO TURRA, DA ASSOCIAÇÃO DE PROTEINA ANIMAL

JANOT RESPONDE ACUSAÇÕES DE GILMAR MENDES DE VAZAMENTO

Janot responde acusções de Gilmar Mendes de vazamento de ... 

https://www.youtube.com/watch?v=BDJhTEHa-ho
1 hora atrás - Vídeo enviado por Felipe Vieira
O procurador geral da República, Rodrigo Janot respondeu forte a acusação do ministro do STF, Gilmar ...

22 de março de 2017
postado por m.americo

GILMAR CRITICA VAZAMENTOS DA PGR SOBRE AS DELAÇÕES DA ODEBRECHT

PARA MINISTRO, ATITUDE DA PROCURADORIA-GERAL DESMORALIZA O STF
"QUEM QUISER CAVALGAR ESCÂNDALO PORQUE ESTÁ INVESTIDO DE PODER DE INVESTIGAÇÃO, ESTÁ ABUSANDO DE SEU PODER", DISSE GILMAR MENDES.


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes acusou hoje (21) a Procuradoria-Geral da República (PGR) de vazar para a imprensa nomes de pessoas citadas nos depoimentos de delação premiada de ex-executivos da empreiteira Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato. Na semana passada, com base nas delações, a procuradoria fez 83 pedidos de abertura de investigações ao STF, mas os nomes dos envolvidos não foram divulgados oficialmente porque foram enviados sob segredo de Justiça.

A crítica de Mendes foi feita na abertura da sessão da Segunda Turma, colegiado responsável pelo julgamento dos processos da Operação Lava Jato. Mendes citou artigo publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, no último domingo (19). De acordo com o jornal, a procuradoria enviou os pedidos em segredo ao Supremo, mas divulgou extraoficialmente os nomes dos investigados para alguns veículos de comunicação.

Para o ministro, a publicação de informações da Lava Jato que estão sob sigilo é uma forma de "desmoralização da autoridade pública" e alimenta uma "caça de escândalos para espetaculização".

"Tenho que a Procuradoria-Geral da República tem que prestar a este Tribunal as explicações sobre esses fatos. Não haverá justiça com procedimentos à margem da lei. As investigações devem ter por objetivo produzir provas e não entreter a opinião pública ou demonstrar autoridade. Quem quiser cavalgar escândalo porque está investido de poder de investigação, está abusando de seu poder", disse o ministro.

Após a crítica de Gilmar Mendes, a subprocuradora da República, Ela Wiecko, pediu a palavra e, claro, culpou a imprensa. Disse que o "momento que estamos vivendo está colocando à vista" defeitos em todas as instituições, inclusive do próprio Supremo.

"O que me chama muita a atenção é o poder da mídia. A mídia estabelece o momento, eles fazem investigação, eles têm acesso, não sei como, há muitas informações. Eles estabelecem um momento em que colocam essa notícias a público. Essa sua insatisfação deve ser compartilhada com todas as instituições, inclusive a mídia", rebateu a procuradora.


22 de março de 2017
diário do poder

ALGUÉM SE RECORDA DESSA CANÇÃO?

BOLSONARO DETONA PRESIDENTE DO PSC, O PASTOR EVERALDO