"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 22 de março de 2017

JANOT QUER INVESTIGAR NOVE MINISTROS, BLAIRO MAGGI É UM DELES, MAS DESMENTE


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Blairo diz que nunca se relacionou com a Odebrecht
A delação dos ex-executivos da Obebrecht vai atingir quase um terço do primeiro escalão do governo Michel Temer, o que deve agravar a crise política na Esplanada. O peemedebista já determinou, porém, que seus ministros só deixarão o governo caso sejam tornados réus em ações penais. Nove deles são alvo de pedido de abertura de inquérito junto ao Supremo Tribunal Federal por conta dos depoimentos dos colaboradores da empreiteira. Na terça-feira, o jornal “Valor Econômico” revelou que entre os nove ministros estaria o titular da Agricultura, Blairo Maggi.
A informação foi confirmada pelo Globo. Além dele, estão na lista de pedidos de inquérito do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral), Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Bruno Araújo (Cidades), Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia), e Marcos Pereira (Desenvolvimento). Outros dois ministros também estão na lista, mas os nomes deles ainda não foram divulgados.
CHANCE ZERO – Na terça-feira, em viagem ao Paraná, onde foi inspecionar o frigorífico alvo de outra operação da PF, o ministro da Agricultura negou que tenha sido beneficiado pela Odebrecht.
“A chance de estar nesse negócio é zero. Não tem a mínima chance. Nunca tive negócio com esses caras. Minha única relação com eles (Odebrecht) foi pagar pedágio na rodovia que eles construíram. Para mim, seria ótimo se tirasse o sigilo. Tão certo que não tem nada como amanhã é outro dia — afirmou o ministro ao Globo.
“VIDA MODESTA” – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que também figura entre os governadores que a PGR quer investigar por causa da delação da Odebrecht, disse que suas campanhas eleitorais foram feitas com “rigor ético” e que leva uma vida pública “modesta” há mais de 40 anos. Ele garantiu que não recebeu doações de caixa 2.
“Essas informações não são oficiais. Sempre fizemos as campanhas eleitorais com rigor ético e legalidade — afirmou o governador, ao ser questionado sobre a investigação. — São 40 anos de vida pública e pessoal modesta. Isso foi desde a vez em que fui prefeito da minha cidade natal, Pindamonhangaba.
Ao ser questionado se poderia garantir que em sua campanha não houve caixa 2, Alckmin foi direto: “Claro, óbvio”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – 
Maggi foi governador por dois mandatos, até março de 2010, e se relacionou com a Odebrecht, é claro. Janot pediu abertura de investigação contra 83 deputados, ministros e senadores. O procurador também sugeriu investigações contra mais de dez governadores e outras autoridades. Entre os políticos a serem investigados estão os ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, que não têm foro especial(C.N.)

22 de março de 2017
Gabriela Valente, Jailton de Carvalho e Tiago Dantas
O Globo

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