"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 17 de outubro de 2015

THE ORIGINAL SIRTAKI ZORBAS - MILIS THEODORAKIS

The original sirtaki Zorbas - Mikis Theodorakis

  • 1 ano atrás
  • 32.678 visualizações
Zorba the Greek.Greek title: Αλέξης Ζορμπάς (Alexis Zorbas) is a 1964 film directed by Cypriot Michael Cacoyannis and starring ...

17 de outubro de 2015
m.americo

ZORBA, THE GREEK

The original sirtaki Zorbas - Mikis Theodorakis

  • 1 ano atrás
  • 32.678 visualizações
Zorba the Greek.Greek title: Αλέξης Ζορμπάς (Alexis Zorbas) is a 1964 film directed by Cypriot Michael Cacoyannis and starring ...

17 de outubro de 2015
m.americo

R$ 10 BILHÕES DO BOLSA FAMÍLIA FORAM PRAS CUCUIAS... AGORA É PEGAR NO TRABALHO, MOÇADA! OU SENTAR NA MANDIOCA...

Graças às pedaladas fiscais, governo Dilma precisa cortar R$ 10 BI (35%) do Bolsa Família

As pedaladas fiscais proporcionadas pelo governo Dilma entre 2013 e 2015 desarranjaram a economia de tal forma que agora será necessário cortar até onde mesmo a presidente prometia jamais passar a faca. E vai sobrar até pro Bolsa Família. Ricardo Barros sugere ser possível cortar em 2016 um gordo naco de R$ 10 bilhões do BF. Isso equivale a 35% do atual orçamento do programa. O relator defende que isso seria possível sem que haja as retiradas de benefícios. Mas como?!
Primeiro, porque, mesmo com a galopante inflação, não há previsão de aumento dos benefícios distribuídos. Segundo, porque não há a pretensão de abrir vagas para novas adesões. Mas principalmente porque estes cortes já estão sendo efetuados em 2015. E tudo isso requer nada menos do que a fiscalização que todo o resto do país sempre cobrava. Ou seja: o corte será feito em cima daqueles que já não deveriam estar recebendo qualquer bolsa há tempos pois não mais se enquadram no perfil adequado ao Bolsa Família.
Um problema ainda maior? O poder de compra do brasileiro vem sendo consumido pela inflação e o desemprego, o que faz com que várias família voltem à situação de pobreza. Ou seja: à condição que as faz merecedoras da bolsa. Mas encontrarão a porta fechada pelo corte que Dilma tanto prometeu que não faria.
E que não esqueçamos: nada disso seria necessário se o governo não tivesse forçado a reeleição de Dilma camuflando as contas públicas a golpes de pedaladas fiscais.
Foto: Agência Brasília


17 de outubro de 2015
marlos apyus

SIGILO DE DOCUMENTOS: OS ÚLTIMOS QUE PODEM RECLAMAR DISSO SÃO OS PETISTAS


Os tempos definitivamente não estão fáceis para o PT e, por conseguinte, para a militância petista – especialmente a que atua na internet e nas redes sociais. Com a Operação Lava Jato a todo vapor, as Pedaladas Fiscais condenadas por unanimidade pelo TCU e uma crise econômica que devasta o país e desemprega como nunca, estão todos acuados, sem saber o que dizer.
E, até por isso, aproveitam qualquer notícia contrária a adversários para tentar “equilibrar” o jogo (o que seria impossível mesmo se as notícias fossem verídicas e/ou tivessem de fato a gravidade imputada por alguns colunistas). Vejamos, por exemplo, o caso dos “sigilos”.
O Governo de São Paulo, em decisão erradíssima, qualificou como secretos alguns documentos contratuais do metrô. A grita foi justa e corretíssima: era preciso reverter isso e, como se viu, o sigilo imposto foi derrubado pelo governador – que agora estabeleceu em decreto que não mais cabem a outros órgãos estipular tais qualificações. Melhor assim.
Mas aí começou a esculhambação: resolveram gritar contra o que alegaram ser “sigilo sobre a crise hídrica”, já que o governo teria estipulado como secretas algumas (sim, algumas, não todas) informações sobre o abastecimento estratégico de água em caso de racionamento.
Ora, mas ISSO É SIM UMA INFORMAÇÃO ESTRATÉGICA. Não é um dado global sobre a água, nem nada do tipo, mas sim informação sobre quais pontos essenciais precisariam ser mantidos em caso de efetivo racionamento, como hospitais, postos policiais, bombeiros etc. Esse tipo de informação é considerada secreta NO MUNDO TODO, tanto mais considerando a atuação de facções criminosas cada vez mais e mais armadas e estruturadas.
Outra gritaria veio de informações sobre a PM que teriam sido “escondidas”. Aí, quando se vê, são dados sobre contingenciamento, como a quantidade de efetivo a ser empregado em determinado lugar/situção. POR ÓBVIO, é o tipo de informação estrategicamente relevante que NÃO PODE ser revelada. Chega a doer de tão óbvio, mas ainda assim a militância e certo colunismo da imprensa (muitas vezes são a mesma coisa) tentam usar isso para tentar desviar as atenções do mar de escândalos reais.
Pois bem…
Já que estamos falando de sigilo imposto por gestores, então podemos mencionar alguns outros casos que NÃO TÊM NADA DE ESTRATÉGICOS, não dizem respeito ao abastecimento de água, transporte de armas, armazenamento de munições ou contingenciamento de policiais.
Dilma Rousseff decretou sigilo para documentos que citam a Odebrecht. Qual o valor estratégico dessas informações? Se alguém souber, avise. Por ora, o que se tem sobre a empreiteira em comento é que está enroscada até o pescoço na Lava Jato, com direito ao presidente atrás das grades, e agora acusações de favorecimento a Lula. Então, perguntamos novamente: por que o sigilo? Talvez possamos imaginar o motivo…
O governo de Dilma também qualificou como sigilosos os gastos do cartão corporativo de Rosemary Noronha, que figurou em escândalo gravíssimo por meio do qual se descobriu, por assim dizer, sua proximidade a Lula. Um caso, aliás, que parte da imprensas faz questão de abafar. E que nós, do Implicante, fazemos questão de nunca esquecer. Também foi decretado sigilo sobre as operações financeiras envolvendo Cuba e Angola.
Não é preciso ser um gênio para identificar o padrão “estratégico” nessa coisa da Dilma dizer que determinada coisa seria “informação sigilosa”, não é mesmo?
E a cereja desse bolo amargo veio mais recentemente, pela caneta do tão celebrado prefeitão do amor, sr. Fernando Haddad, que decretou como “sigilosas” as imagens das ruas de São Paulo captadas pela GCM (Guarda Civil Metropolitana). Sim, é sério.
Enfim
A militância trezeconfirma está POUCO SE LIXANDO para o tema “documentos sigilosos”. Como sempre, exercem a mais perfeita cara de pau. Se realmente estão preocupados e indignados, que exijam de Dilma (e até de Haddad) a reversão do sigilo, como foi feito pelo governo paulista. Vamos lá! Mandem cartinha, façam petições, passeatas, posts indignados nas redes sociais!
Ué… cadê vocês?
Dilma Rousseff - Sigilo de Documentos - Geraldo Alckmin - Fernando Haddad

17 de outubro de 2015
implicante

E NÓS? NÓS, OS MORTAIS AFETADOS (OS QUE NÃO TEMOS CONTA NOS PARAÍSOS??)

(OS QUE SOMOS TEMOS CONTAS, MAS PARA PAGAR??)


As nossas coisas, as que nos dizem respeito direto, a melhoria, o desenvolvimento, o andamento das questões comportamentais e sociais, os projetos - até quando vamos ficar esperando a decisão que essa infernal política mequetrefe está diariamente nos impondo, envergonhando? Com que forças podemos gritar, tal como He-Mans, para salvar nossa Etérnia?- "Pelos Poderes do Brasil!"

Nunca tivemos um Congresso Nacional tão ordinário. Nunca, e olha que não sou eu que estou afirmando, mas muitas das maiores cabeças pensantes - sim, temos muitas, por aí, isoladas, vozes no deserto - do país. Pessoas da maior qualidade em suas áreas, de esquerda-direita-centro-alto-baixo-norte-sul-leste- oeste. Nunca tivemos um Governo democrático eleito, lindo, mas tão incapaz. Nunca tivemos um Judiciário tão dividido, discutível. E, se imprensa um dia foi chamada de Quarto Poder, agora está abaixo do rabicó da cobra, submetida. Submetida.

Embora possa parecer contraditório chamar de pensantes algumas dessas mentes que continuam ainda apoiando o Governo como um todo, há também de se compreender alguns de seus motivos. O principal, a preocupação com a segurança institucional. Mas, no geral, podem dizer o que for, não há mais como defender o atual estado das coisas. Já transbordam das quatro paredes opiniões bem claras sobre o patetismo do petismo, o trapalhonismo, o cabeça-durismo da senhora governante e seus amiguinhos, também conhecidos por total falta de capacidade política e aptidão para governar.

O impasse está criado. Cada dia o buraco fica mais fundo. Pergunto aqui e ali, transitando entre estes dois mundos, os a favor e os contra. Ninguém me dá uma resposta objetiva. Uns não aceitam impeachment nem renúncia, nem querem ouvir falar, mas também não nos respondem onde encontrar a luz. Outros se juntam ao que há de mais malévolo, ou se fingem de mortos, ou apenas tentam se safar de seus próprios erros pulando de lagoa em lagoa, coaxando.

Enquanto isso parece que tudo que nos é mesmo importante - de nossas vidas, dia a dia, padrões, pode esperar - e não pode. A velha questão do País do Futuro que nunca chega. Agora com mais uma novidade: o tal sigilo carimbado. Estão querendo trancar por anos e anos as informações que nos são de direito. Transparência só na roupa das meninas, nada de transparência nos atos. Não importa se podemos ficar sem água, se a violência se espalha, se agora é hora da tecnologia nos servir, voltamos à idade da pedra. Pagamos e não recebemos, e nem sabemos porque pagamos, mas querem nos sugar ainda mais. As melhorias propostas pioram, subtraem, inacreditável. De troco, decretos, decisões revogáveis de acordo com a cara que acordam, olham no espelho, furam os balões de ensaio que empinam, estocando vento. Não temos para onde olhar. Um atrás do outro, fazendo cada uma pior que a outra.

Desenvolvimento de pesquisas? Células tronco? Legalização ou descriminalização? Discussão sobre o aborto? Estado laico? Novo código penal? Verdadeira justiça social? Ficaria algum tempo enumerando questões que, enquanto vemos passar o lodaçal, de roubos à luz do dia, de arroubos administrativos e de arrobas boiando nas redes sociais, estão sendo postas na fila de espera.

O problema é que nem começaram a distribuir as senhas. Não há mais cadeiras para sentarmos para esperar. Palavras cruzadas já não nos distraem mais.

Começar de novo. Por onde? Por uma nova Assembleia Nacional Constituinte, talvez. Mas como apagar tudo que está aí? Não dá nem para falar em passar um branquinho corretor - vão me acusar de racista. Porque nessa hora, na hora de melhorar, de partir para cima, sempre aparece um montinho de politicamente corretos, que corretos não são politicamente agindo.

São Paulo, passando da hora de enfeitarmos nossas janelas, portas e frestas com verde e amarelo, claramente, 2015



17 de outubro de 2015
Marli Gonçalves, jornalista - Sem poderes, pasma com os poderosos.

REVELAÇÕES SOBRE AS FORÇAS ARMADAS

DESCRÉDITO GERAL

Clique sobre a imagem para vê-la ampliada

Uma pesquisa da CNT, Confederação Nacional dos Transportes, traz alguns dados fundamentais para a compreensão do estado de coisas no Brasil de hoje. O relatório completo está em http://imguol.com/blogs/52/files/2015/07/pesquisa-cntmda-128-relatorio-sintese.pdf, mas a tabela que reproduzo neste artigo (página 45 do relatório) fala por si.
A pesquisa buscou averiguar, com uma amostragem significativa colhida em várias regiões do país, quais as instituições em que o povo brasileiro mais e menos confia: igrejas, partidos políticos, governo, mídia etc. É uma pergunta temível, que anuncia choro e ranger de dentes.
Entre mortos e feridos, a principal vítima foram as Forças Armadas. Semanas atrás, afirmei que, tendo sido por décadas a instituição exibida em todas as pesquisas como a mais confiável do país, elas logo perderiam esse estatuto e rastejariam na lama do descrédito junto com a mídia e os políticos.
O motivo que me levou a esse prognóstico sombrio foi a longa série de hesitações, embromações e desconversas pomposas com que os militares responderam ao clamor de seus admiradores devotos por uma “intervenção militar” supostamente salvadora. A sucessão de vexames entremeados de ostentações de patriotismo histriônico, que teve um ponto alto no ridículo desfile de Sete de Setembro em recinto fechado, chegou ao auge no showde puxassaquismo e concordância ideológica oferecido pelos comandantes das três armas ao representante do Foro de São Paulo, Aldo Rebelo.
Pois bem, a  previsão já estava se cumprindo quando foi anunciada. A pesquisa, de julho, mas só publicada agora, revela que o nível de confiança popular nas Forças Armadas baixou dos antigos 50 e tantos por cento para 15,5 por cento. Merecidamente.
Para meditação dos oficiais militares que ainda prezam um pouco a reputação das suas corporações, relembro aqui o clássico haikai de Antonio Machado:

                                               Cuan dificil es
Cuando todo baja
No bajar también.

Com toda a certeza, os oficiais empenhados em alinhar as suas instituições com a política do Foro de São Paulo acreditaram que podiam continuar fazendo isso sem despertar suspeitas, protegidos sob a redoma da tradicional confiabilidade militar, consolidada ao longo de décadas de pesquisas. Mas nenhum capital acumulado resiste por muito tempo a um empenho sério e obstinado de cultivar o prejuízo. 

Se os bravos guerreiros não acordarem, daqui a pouco teremos Pixulekos fardados flutuando nas praças, e os oficiais vistos de uniforme nas ruas ou nos restaurantes receberão o mesmo tratamento dado ao sr. Adams e similares.
Com exceção das igrejas em geral, que 53,5 por cento dos entrevistados consideraram maximamente confiáveis, praticamente todas as demais instituições nacionais tiveram desempenhos tão baixos que não há exagero nenhum em dizer que perderam por completo a confiança do povo: Justiça, 10,1 por cento; polícia, 5 por cento; imprensa, 4,8 por cento; governo, 1,1 por cento; Congresso Nacional, 0,8 por cento; partidos políticos, 0,1 por cento.
Se um governo que permanece no poder desfrutando da confiança de apenas 1,1 por cento já é a prova contundente de que não existe mais nenhuma “democracia” a ser preservada, mais patético ainda é que o Congresso, da qual tantos comentaristas de mídia esperam a cura miraculosa do descalabro nacional, esteja abaixo dele na escala, com seus 0,8 por cento de confiabilidade. Não é isso que as pessoas chamam de pedir socorro para o bandido?
Como entender esse quadro, exceto como o retrato de uma quebra total da confiança, de uma ruptura insanável entre o povo e a elite governante, de uma falência total do sistema, de um estado de coisas, em suma, revolucionário?
Não é de estranhar que a minoria dominante se esforce acima de tudo para simular normalidade, louvando como valores sacrossantos as “nossas instituições”, fazendo apelos ao fetiche da “estabilidade”, repetindo infindavelmente o mantra de que o leão é manso e de que, se ele não for, não se preocupem, porque “estamos preparados”.
Nem é de espantar que o partido menos confiável de todos, objeto do ódio ostensivo de mais de noventa por cento da população, entre em delírio paranóico e, invertendo radicalmente o senso das proporções, atribua tudo a uma “conspiração golpista das elites”, como se não fosse ele próprio a elite mais golpista que já existiu neste país.
Já os 4,8 por cento de confiabilidade atribuídos à mídia mostram que o povo está consciente de viver num cenário fictício criado por aqueles cuja obrigação seria informá-lo da realidade.
Desde a longa e ominosa ocultação da existência do Foro de São Paulo até o atual empenho de camuflar a tomada do poder continental por organizações comunistas (que poderia ter sido evitada sem o manto de invisibilidade protetora lançado sobre o Foro de São Paulo), é evidente que a classe jornalística no Brasil se tornou uma seita empenhada em defender os seus queridos mitos de juventude – e os grupos que os personificam – contra toda interferência dos malditos fatos.
Nossos grandes jornais e canais de TV, com efeito, não medem esforços na sua missão anestésica, modificando até o vocabulário da língua portuguesa para que nunca, em hipótese alguma, as coisas pareçam o que são.
Vou citar só um caso entre milhares.
Uma recente pesquisa do Datafolha, confirmando brutalmente a da CNT, evidenciou a diferença radical de opiniões entre os membros do Congresso e a população brasileira (v.http://epoca.globo.com/tempo/filtro/noticia/2015/10/politicos-brasileiros-sao-mais-liberais-do-que-o-eleitorado-diz-pesquisa.html). Por exemplo, “55% dos brasileiros disseram ser de direita, enquanto apenas 17% dos parlamentares concordaram que seguem a mesma linha... Dos deputados e senadores ouvidos, 53% disseram que a lei deveria reconhecer uma família com pessoas do mesmo sexo... Já para a população brasileira, 60% afirmam que, por lei, uma família deve ser formada apenas entre homem e mulher”.
Os políticos, evidentemente, querem o contrário do que o eleitorado quer. Não o representam em nenhum sentido substancial do termo.
Mas como foi que a Folha e a revista Época noticiaram esse resultado? Vejam o título: “Políticos brasileiros são mais liberais do que o eleitorado, diz pesquisa”.
Liberais? Liberal, no vocabulário político brasileiro, quer dizer anti-socialista e partidário da economia de mercado – alguém da direita, em suma. Como chamar de liberal um grupo em que 83 por cento dos membros dizem que não são de direita de maneira alguma? O certo, obviamente, seria dizer que os políticos são mais esquerdistas – não mais liberais – do que os seus eleitores.
Mas isso seria confessar que um povo acentuadamente conservador vive, contra a sua vontade expressa, sob a hegemonia ditatorial de um grupo minoritário esquerdista, exatamente como planejado pela estratégia de Antonio Gramsci adotada pelos partidos de esquerda desde há mais de trinta anos. E isso a Folha não poderia confessar de maneira alguma, tendo sido ela própria um dos instrumentos principais para a implantação dessa hegemonia.
Qual o remédio encontrado? Apelar à língua inglesa falada nos EUA, onde a palavra “liberal”, sem que em geral o povo brasileiro tenha disso a menor idéia, significa precisamente “esquerdista” em oposição a “conservative”. Eis como a Folha, transmitindo a informação, anestesia o leitor para que não a compreenda.
Usar as palavras corretas, descrevendo adequadamente a situação que a pesquisa evidencia, seria reconhecer que há muito tempo o sistema representativo, a mais beatificada das nossas “instituições”, já se tornou uma fraude completa, um jogo de cartas marcadas criado para dar representatividade legal a um grupo manipulador desprovido de qualquer representatividade substantiva.
É evidente que, sem essa máquina de ludibriar o povo, fenômenos como o Mensalão, o Petrolão, ou qualquer dos outros inumeráveis crimes cometidos pelo governo com a cumplicidade da classe política praticamente inteira, jamais teriam sido possíveis. Mas reconhecer isso seria admitir a unidade solidária do esquema gramsciano com o roubo organizado – e isto daria por terra com a gentil operação de gerenciamento de danos, com a qual, não podendo negar totalmente os fatos delituosos, a mídia se esforça para apresentá-los como meros delitos comuns, sem qualquer conexão com a estratégia comunista de dominação total.
Se isso não é cumplicidade com o crime, as palavras “crime” e “cumplicidade” também devem ter mudado de significado.


17 de outubro de 2015
Olavo de Carvalho
in aluizio amorim

REVISTA ISTOÉ REVELA


A revelação de ISTOÉ, na última semana, de que a presidente Dilma Rousseff reincidiu nas pedaladas em 2015, conferiu data e hora para o pontapé inicial do impeachment. 
O rito já estava desenhado pela oposição. Mas uma decisão do STF suspendendo liminarmente a liturgia do processo, ao mesmo tempo em que embaralhou o jogo do afastamento de Dilma, deu mais poder à caneta do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. 
E Cunha, descolado em se valer dos pontos fracos de aliados e adversários, não perde uma chance dessas. 

O tabuleiro do xadrez político foi mais uma vez bagunçado. Os movimentos mais bruscos partiram do Planalto. Em tentativas desesperadas de se salvar, o governo da petista já tinha celebrado uma série de acertos espúrios. 
Rolou na lama do varejo político, ao entregar os anéis e os dedos ao baixo clero do PMDB. 
Demitiu auxiliares que tinha na mais alta conta durante a desastrada reforma ministerial e alçou ao primeiríssimo escalão do Planalto políticos mais alinhados com o ex-presidente Lula. 

Quando parecia que não restava mais nada em termos de conchavos para se safar de um processo de impedimento, Dilma passou a costurar um acordo indecente com Cunha, o deputado enrolado com traficâncias na Petrobras que até outro dia era o seu pior adversário. As negociações avançaram depois que o andamento ou não do impeachment passou a depender apenas de uma decisão monocrática do presidente da Câmara. 
Assim, de arquiinimigo, o peemedebista virou o malvado favorito de Dilma, do PT e de Lula. O acordão choca o País e chega a corar de vergonha os próprios petistas – cujos padrões éticos já não servem de exemplo para ninguém há muito tempo. Quem afirma não é um político de oposição, mas o ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, do PT. Segundo ele, fazer um acordão com Eduardo Cunha, é “entregar a alma ao diabo”.
O problema chave é que Dilma e Cunha confabulam, treinam jogadas ensaiadas, tentam ganhar tempo, mas nunca estiveram tão fragilizados. O acerto entre ambos é tão precário quanto a decisão do STF de cancelar o rito inicial do impeachment – as liminares concedidas por Teori Zavascki e Rosa Weber ainda podem ser derrubadas durante votação do mérito em plenário. Dilma não tem poderes para garantir a salvação a Cunha. 
Mas o governo dispõe de meios políticos para evitar a cassação dele no Conselho de Ética. E isso é o melhor dos mundos para Cunha. O que ele mais teme é perder o foro privilegiado e acabar em Curitiba, preso pelas mãos do juiz Sérgio Moro. Quem consegue controlar a agenda da Lava Jato?
Cunha, por seu lado, pode até não deferir o pedido de impeachment da oposição. A presidente, neste caso, ganharia um respiro momentâneo. Nada impede, no entanto, que novas revelações empurrem Dilma ao cadafalso. Nem que um outro presidente da Câmara, em substituição a Cunha, coloque em marcha o processo de impedimento da petista.
Com ou sem o apoio do governo, dificilmente Eduardo Cunha conseguirá sobreviver. Na sexta-feira 16, em parecer enviado ao STF, depois de pedir abertura de novo inquérito, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que há indícios suficientes de que o dinheiro encontrado nas contas no exterior atribuídas ao deputado, sua mulher Cláudia Cruz e filha Danielle Cunha “são produto do crime”. 
As contas de Cunha na Suíça receberam depósitos de pelo menos 4,8 milhões de francos suíços e US$ 1,3 milhão, equivalentes a R$ 23,8 milhões. Os documentos apresentados pelo presidente da Câmara para abertura de uma de suas contas levaram o banco Julius Baer a estimar seu patrimônio em mais de 37 vezes do declarado à Justiça Eleitoral.
No final da semana, a PGR também recebeu das autoridades suíças cópias do passaporte, assinaturas e dados pessoais do presidente da Câmara. No material, a Procuradoria identificou uma frota de carros de luxo utilizados por Cunha e família. Entre os veículos, avaliados em R$ 940 mil, há dois Porsches, uma BMW e cinco SUVs.
Foi incluído na denúncia o teor da delação premiada do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano. Em um dos depoimentos da delação, Baiano disse que entregou entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão em espécie no escritório do presidente da Câmara. O novo revés torna praticamente insustentável a permanência de Cunha no comando da Câmara. 
E o risco de ele vir a perder o mandato é grande. Na semana passada, um grupo de parlamentares do PSOL e da Rede Sustentabilidade protocolou um pedido de investigação contra o peemedebista por quebra de decoro no Conselho de Ética, assinada por cerca de 50 deputados, 32 deles da bancada do PT. Artífice, ao lado de Lula, do acordão com Cunha, a presidente Dilma também permanece com uma espada pendendo sobre sua cabeça. Na quinta-feira 15, os juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr, integrantes da oposição e dos movimentos de rua protocolaram num cartório de São Paulo um novo pedido de impeachment com base das pedaladas fiscais de 2015 reveladas com exclusividade por ISTOÉ. 

Clique AQUI para a ler a reportagem completa


17 de outubro de 2015
in aluizio amorim

REPORTAGEM-BOMBA DE VEJA ARRASADORA



A reportagem-bomba de Veja, que chega às bancas neste sábado é devastadora e traz com exclusividade um fato que que fará deste final de semana o mais longínquo torturante para que tem culpa no cartório, isto é, para aqueles figuraços do Palácio do Planalto e adjacências que se julgam intocáveis. 

Segundo a reportagem-bomba, a Lava Jato vai emergir. Tanto é que ilustra a capa de Veja um tubarão com dentes afiados rumo à superfície onde bóiam sorridentes e faceiros Dilma, Eduardo Cunha e Lula.

A reportagem assegura que os tenebrosos acordos pela impunidade feitos em Brasília não vão matar a esperança dos brasileiros de terem um país em que a justiça é para todos.

Portanto, essa novela tétrica e diabólica ainda terá o seu epílogo e isto pode ocorrer, quem sabe, já na próxima semana. 

Além desta reportagem-bomba, Veja ainda traz com exclusividade que a delação do operador do PMDB arrastou Renan Calheiros e Delcídio Amaral para o escândalo do petrolão.

Por tudo isso, a reportagem-bomba de Veja desta semana é imperdível. Corram às bancas cedo porque a turma do PT por certo vai querer dar um jeito de fazer sumir a edição impressa das bancas.

Todavia, os assinantes digitais daqui a pouco já podem ler online essas agradáveis notícias. Os cidadão de bem deste Brasil que não perdem a esperança de ver a Justiça triunfar sobre a malta petista e seus sequazes que colocaram o Brasil no buraco e agora enviam a conta para o povo pagar.

Não passarão! Acertem os relógios.

Na seqüência um aperitivo de parte da reportagem-bomba de Veja. Mas ainda tem outra parte da matéria que aborda a volta das ações da Lava Jato. Leiam:

LULA, O CHEFÃO!

O ex-presidente Lula se reuniu no fim de junho com os líderes do PT e do PMDB, em Brasília. O encontro ocorreu na casa de Renan Calheiros, presidente do Senado. Acossado pelo petrolão, o maior escândalo de corrupção da história do Brasil, Lula saiu-se com a tática que sempre adotou, com sucesso, nesses casos: arrastar mais gente para o seu lado, na tentativa de tornar o grupo maior do que a boca do abismo que o ameaça. 

Lula disse aos presentes que toda a primorosa investigação da Polícia Federal secundada pelo trabalho implacável dos procuradores federais e de juízes de diversas instâncias não passa de uma "campanha para desmoralizar a classe política". Lula chamou de arbitrários o juiz Sergio Moro e os demais responsáveis pela Operação Lava-­Jato. "O país foi sequestrado pelo Moro. 

Temos de reagir no Supremo Tribunal Federal", concordou José Sarney, o ex-­presidente cuja filha, Roseana, é investigada no caso. 

Obviamente o objetivo da reunião na casa de Renan não foi arrancar o país das garras do arbítrio e devolvê-lo à normalidade democrática. O objetivo foi encontrar um jeito de restaurar a velha ordem da impunidade para os poderosos da República que a Lava-Jato ameaça contrariar pela primeira vez em nossa história.
Em comum, muitos dos participantes da reunião tinham, além do fervor republicano, o fato de estarem na boca dos delatores da Lava-Jato como beneficiários do dinheiro desviado da Petrobras. 
Até mesmo Delcídio Amaral, líder do governo no Senado, que participou da reunião, acabou enlaçado no escândalo. Lula, Renan e Delcídio foram listados como beneficiários do petrolão pelo lobista Fernando Soares, o Fernando "Baiano". 

Em sua delação premiada ao Ministério Público, Baiano declarou ter pago a José Carlos Bumlai, compadre de Lula, 2 milhões de reais em propina, cujo destinatário final seria uma nora do ex-presidente. Comparsa de petistas e peemedebistas, Baiano narrou minuciosamente como intermediou propina para as lideranças dos dois partidos. 

Tudo custeado pelos cofres da Petrobras. Tudo registrado em um documento de dezesseis páginas obtido por VEJA, no qual o delator, condenado a dezesseis anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, relata em detalhes sua atuação a serviço do PT e aliados no assalto à Petrobras. Do site de veja


17 de outubro de 2015
in aluizio amorim

A LAVA JATO E O ARRASTÃO. NUNCA JAMAIS SE VIU TANTO PEIXE GRANDE ASSIM...




A próxima semana promete. Um sintoma é o desaparecimento do noticiário da Operação Lava jato. Enquanto Lula andava para lá e para cá, enquanto pixulecos eram distribuídos para comprar o silêncio ou a ação de figurões da República, enquanto os jornalões prosseguiam com a guerra de guerrilha das notas plantadas, a força tarefa da Lava Jato estava trabalhando. É o que denota a reportagem-bomba da revista Veja que está nas bancas e cujo resumo e capa estão aqui no blog que deu tudo em cima do lance ainda na noite desta sexta-feira.

E o assunto vai se desdobrando, vai se esclarecendo de modo que se pode antever para a próxima semana agradáveis notícias para os 90% dos brasileiros que querem se ver livres dos grilhões vermelhos da camorra do PT. 


Uma nota postada há pouco por O Antagonista, reforça esta impressão geral: 


"Os presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez foram presos em 19 de junho.

Além deles, foram presos também os principais executivos dessas empreiteiras.
Um dos executivos presos, “dono de segredos estarrecedores”, de acordo com a Veja, resolveu contar à Lava Jato tudo o que sabia.
Muito assustado, o dono de uma empreiteira se reuniu com dois ministros aposentados do STJ e avisou:
“Se isso acontecer, vai o Lula, vai a Dilma, vai todo mundo”.

Nunca jamais se viu tantos peixes grandalhões assim...será um arrastão histórico.



17 de outubro de 2015
in aluizio amorim

IMPEACHMENT CONTINUA NA ORDEM DO DIA

REVISTA AFIRMA QUE EDUARDO CUNHA PODE DETONAR O MANDATO DA DILMA E ESFACELAR O PT.


"Uma liminar do Teori Zavascki", anunciou, faceiro, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A presidente Dilma Rousseff, que estava reunida com seu vice, Michel Temer, e com ministros e líderes do governo no Congresso, festejou. Na manhã da última terça-feira, aquela era a melhor notícia que Dilma poderia receber. Minutos depois, a boa-nova ficou ainda melhor: o Supremo Tribunal Federal havia concedido não uma, mas três liminares. Todas suspendiam o rito criado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para a tramitação de um processo de impeachment de Dilma. No dia seguinte, já no fim da tarde, a decisão do Supremo era o assunto no cafezinho do plenário da Câmara. “Já era”, disse o deputado Arthur Lira, do PP de Alagoas, ao colega do PMDB baiano Lucio Vieira Lima – ambos aliados de Cunha, registre-se. Enquanto se serviam em um bufê com saladas, sopas e sanduíches, os parlamentares comentavam que as liminares eram um “balde de água fria”.
Cunha enfrenta ainda, há duas semanas, sucessivas denúncias de envolvimento no petrolão. A olhos inocentes, o presidente da Câmara parecia derrotado. Certamente está sangrando. Mas ele ainda é forte, muito forte – e se tornou ainda mais perigoso para o governo Dilma.
Eduardo Cunha está sereno. “Não vou agir com raiva ou com o fígado”, diz. Cunha tem a frieza de quem teceu, durante toda a sua carreira política e em várias frentes, uma rede de proteção digna dos mais ousados equilibristas. Na Câmara, trincheira onde hoje atua, Cunha tem, em sua retaguarda, amaior bancada da Casa.
Enquanto o PMDB tem 66 deputados, o PT 62 e o PSDB 54, Cunha tem 150 parlamentares que lhe devem fidelidade. Esse exército tem duas missões:livrar Cunha do processo que ele enfrenta no Conselho de Ética e ajudar a construir a maioria de dois terços necessária para a aprovação do impeachment de Dilma. São missões de defesa e de ataque – e o “timing” de uma está condicionado ao “timing” da outra. Cunha precisa se defender nos inquéritos contra ele no Supremo Tribunal Federal, onde depende apenas de si mesmo e de seus advogados, e no Conselho de Ética da Câmara, em que pode contar com a artilharia de seus deputados. Enquanto isso, Cunha trama a ofensiva contra Dilma, contando com os mesmos canhões. Leia MAIS


17 de outubro de 2015
in aluizio amorim

IONESCO EM BRASÍLIA

CUNHA E JAQUES WAGNER NO TEATRO DO ABSURDO


http://lh3.googleusercontent.com/-tH12Tnxa0vo/Vbia5dlcARI/AAAAAAAAg5M/HpA5gZHFjaM/charge-selfie-dilma-e-cunha-700x329%25255B2%25255D.jpg?imgmax=800

O encontro entre Eduardo Cunha e Jaques Wagner em Brasília, de acordo com a reportagem de Fernanda Krakovics, Simone Iglésias, Júnia Gama e Sérgio Roxo, O Globo, edição de quinta-feira, transformou o presidente da Câmara e o chefe da Casa Civil em atores de uma peça do absurdo, tema preferido do romeno Eugene Ionesco que viveu em Paris até sua morte em 1994. Sim. Pois somente sob o ângulo do absurdo é que se pode interpretar o diálogo travado entre ambos, principalmente de parte do parlamentar do PMDB.
Eduardo Cunha propôs obstruir a aceitação do processo de impeachment de Dilma Rousseff em troca da influência do governo no Conselho de Ética da Câmara, além de, através do Ministério da Justiça, interferir nos rumos da Operação Lava-Jato, que deixou evidente o gigantesco assalto praticado contra a Petrobrás. Para tanto, ele chegou a sugerir a nomeação do vice Michel Temer para a pasta da Justiça no lugar de Eduardo Cardozo. Isso porque Cardozo não tem controle sobre a Polícia Federal.
Esta opinião, aliás, é compartilhada pelo ex-presidente Lula. Para início de conversa, digo eu, primeiro é impossível cercear a ação da Polícia Federal; segundo, a simples tentativa tornar-se-ia um escândalo tão grande, que refletiria tanto nacional quanto internacionalmente. Seria uma explosão no que resta no campo da ética na esfera governamental.
BAIXÍSSIMO NÍVEL
Mas o que chama a atenção e a indignação é a existência de um clima que tornou possível proposta desse nível. A política brasileira, que já desceu demais, transmite a sensação de que permanece em declínio. Parece incrível. Porém está ocorrendo. O vice Michel temer, contudo, apressou-se em afirmar que não aceita ser nomeado ministro da Justiça.
A que ponto chegam as pessoas neste país… E tudo isso, toda essa série vergonhosa de atos, para nada. Sim, para nada. Porque é impossível deter a denúncia formalizada pelo Procurador Geral contra Eduardo Cunha, deslocando o processo de investigação para o STF. Como, diante do comunicado do Ministério Público da Suíça, a Corte Suprema poderá arquivar da noite para o dia, como num passe de mágica, paralisar a evolução natural dos fatos? Absolutamente impossível.
O ex-presidente Lula tem a obrigação de saber traduzir todo o episódio para o contexto da época atual. Tem, na realidade, a obrigação de saber. Afinal de contas é o único político do mundo a ter disputado sete eleições seguidas. Perdeu as três primeiras, venceu as outras quatro. (incluindo as de Dilma)
Experiência não lhe pode faltar para a leitura do termômetro que mede a situação do poder. No momento, frágil, abalada por uma sequência colossal de escândalos. Um atrás do outro. Como, então, explicar a distonia atual? Só pode ser esclarecida a partir do clássico Os Donos do Poder, de Raymundo Faoro, somada à embriaguez do sucesso.
DONO DO MUNDO
Com as vitórias de 2002 a 2014, Lula passou psicologicamente a se considerar invulnerável, podendo flutuar acima das leis, rompendo limites a que todos os seres humanos estão obrigados a respeitar. Não respeitou. E, como repetiu a atuação sucessivamente, julgou-se um personagem de aço, capaz de poder fazer qualquer coisa. No país e no exterior. Eduardo Cunha também. Chocaram-se com a força da realidade e com o poder insuperável da opinião pública. Ionesco no palco do Planalto.

17 de outubro de 2015
Pedro do Coutto