"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 3 de abril de 2016

NAS MANIFESTAÇÕES CONTRA OU A FAVOR, QUEM PAGA O PATO É VOCÊ



É tudo pago com recursos públicos, dinheiro do povo…












Boa parte do dinheiro que vem sendo usado por “petralhas” e “coxinhas” nas manifestações recentes pró e contra Dilma tem a origem comum na chamada “contribuição sindical”, um imposto descontado de quem trabalha e produz. É ela quem recheia anualmente bolsos fundos como o da Fiesp do pato amarelo e da CUT das bandeiras vermelhas.
Juntas, somente quatro dessas organizações mais diretamente envolvidas em eventos contra o governo (Fiesp e Força Sindical) ou pró (CUT e Central dos Trabalhadores do Brasil-CTB) tungaram em 2015 cerca de R$ 135 milhões.
Os valores são tirados de todos os empregados em regime de CLT uma vez por ano (equivalem a um dia de salário) e de empresas ligadas a federações e confederações.
No total, mais de 10,3 mil sindicatos, federações e centrais arrecadaram quase R$ 3 bilhões no ano passado com esse imposto.
A contribuição sindical é mais uma excrescência brasileira. Criada em 1943 e estendida às centrais sindicais pelo governo Lula (em 2008) não exige de seus beneficiários um centavo em prestação de contas, seja do Ministério do Trabalho (que controla arrecadação e repasse) ou do TCU (Tribunal de Contas da União).
Goste-se ou não, pode ser usada livremente em patos amarelos ou em camisetas vermelhas.
São duas centrais sindicais, antagônicas na atual disputa do impeachment, as maiores beneficiárias do imposto. A CUT, tradicionalmente ligada ao PT e a Lula, embolsou R$ 59,1 milhões em 2015. A Força Sindical, R$ 47,4 milhões.
A Força é aliada da Fiesp no pró impeachment e comandada pelo deputado Paulinho (Solidariedade-SP), também aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Em comum, os dois deputados também são réus no STF por suspeita de corrupção.
A Fiesp e a CTB, engajadas em campos opostos na atual luta política, receberam, respectivamente, R$ 15,6 milhões e R$ 13,6 milhões em 2015. E usam abertamente suas estruturas de comunicação para defender posições que muitas vezes nada têm a ver com a de seus “associados”.
Questionadas, centrais e sindicatos dizem que o imposto poderia ser substituído por uma “taxa negocial” a ser cobrada após aprovação em assembleia. Mas ninguém se mexe para isso. Alguns parlamentares mais liberais também já tentaram acabar com ele. Mas foram derrotados pela pressão dos beneficiários desses valores.
Sem controle, esse dinheiro também é utilizado para que líderes de sindicatos e centrais se perpetuem no poder. Em sua última contabilização, o Ministério do Trabalho indicou existirem 8.518 sindicalistas (incluindo presidentes e diretores) com mais de dez anos de mandato.
São os “imexíveis”, como diria o sindicalista Rogério Magri, da extinta CGT, hoje fundida na UGT (União Geral dos Trabalhadores). Que, aliás, levou R$ 39,7 milhões em 2015, o terceiro maior repasse.
03 de abril de 2016
Fernando CanzianFolha

EM FORTALEZA, MANIFESTANTES GRITAM, QUE LULA DEVE SER PRESO

ELE FOI RECEBIDO AOS GRITOS DE 'LADRÃO, SEU LUGAR É NA PRISÃO'

MANIFESTANTES REPUDIARAM VISITA DE LULA À FORTALEZA E PEDIRAM SUA PRISÃO (FOTO: JUCA VARELLA/ABR)

Com bandeiras e roupas nas cores verde e amarela, apitos e buzinas, manifestantes ocuparam no fim da tarde deste sábado (2) a Praça Portugal, no bairro Aldeota, em Fortaleza, para protestar contra o PT e em repúdio à visita do ex-presidente Lula à capital cearense, que participou de um ato pela manhã na Praça do Ferreira, no centro.

Os protestos contra Lula começaram já no seu desembarque, no aeroporto de Fortaleza. Ele foi recebido com o refrão "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão", entoado por dezenas de passageiros que se encontravam no local.

Durante seu discurso na Praça do Ferreira, Lula rebateu o conteúdo dos outdoors e faixas contrárias à sua visita a Fortaleza. “Deveriam ter vergonha na cara e fazer outdoor pelo que fiz pelo Nordeste e pelo Ceará. Pode pegar a história do século 20 inteiro para saber se um presidente da República colocou 30% do que coloquei no Ceará durante meus mandatos e os de Dilma.”

Um boneco representando a presidente Dilma Rousseff e outro do ex-presidente Lula foram inflados pelos manifestantes, na parte central da praça. As palavras de ordem e o barulho dos apitos se juntaram com o barulho de buzinas de carros cujos condutores apoiavam a manifestação.

“Nós não repudiamos só a vinda dele [Lula] ao Ceará. Nós repudiamos o governo que ele fez", disse a dona de casa Lígia Passos, uma das pessoas que participaram da manifestação. No cartaz que ela segurava, havia uma foto de Lula e a frase: “A pior praga do Brasil”. No mesmo tom, outros cartazes e faixas estavam fixados na praça.

Refutando a afirmação de que o pedido de impeachment de Dilma Rousseff é um golpe contra o governo, Edilson Machado, um dos coordenadores da Frente Cearense pelo Impeachment, disse que as pessoas que apoiam o processo contra a presidenta defendem a legalidade e a Constituição.

“Dilma já infringiu a lei e já confessou o crime ao dizer que cometeu as pedaladas para conceder o Bolsa Família. Quem não quer cumprir a Constituição são eles [o governo]. Quem não cumpre a Constituição é golpista.”

A manifestação foi convocada pelas redes sociais contra a presença de Lula no Ceará e começou ontem (1º) com a instalação de outdoors e faixas em vias de grande movimento da capital cearense. Em um dos outdoors, perto da Praça Portugal e patrocinado pelo Sindicato dos Médicos, estão destacadas várias panelas numa referência aos 'panelaços', uma forma de protesto em que as pessoas fazem barulho batendo panelas.

A médica Terezinha Braga, do coletivo Médicos pela Democracia, disse que a atitude do sindicato não representa toda a categoria. “Usaram o dinheiro do sindicato para o interesse de uma visão política e discordamos disso. Os médicos podem se manifestar, mas não é correto usar para isso uma entidade que é de todos.”



03 de abril de 2016
diário do poder

CRIME DE RESPONSABILIDADE

GOVERNO ESCONDE 'PEDALADAS', MAS DEPUTADOS QUEREM INVALIDAR DECRETO DE 'SIGILO'
DECRETO TORNOU 'SECRETOS' OS DADOS, MAS OPOSIÇÃO PROMETE REAGIR


O governo Dilma terá de abrir os dados das "pedaladas secretas", com taxas devidas à Caixa Econômica Federal referentes à execução de programas sociais, como o Bolsa Família, em que o banco precisa ser pago pelo governo por conta dos serviços prestados. 
A oposição anunciou que nesta segunda-feira (4) ira protocolar requerimentos de informação para ter acesso aos dados das “pedalagas”, tornados “secretos” por decreto, pelo governo.

O crime das “pedaladas fiscais” consiste exatamente no fato de bancos oficiais, como a Caixa, bancar programas do governo sob o compromisso posterior de ressarcimento. 
A lei proíbe que bancos oficiais financiem ações do governo. Neste domingo, o jornal O Globo revelou a decisão do governo de decretar “sigilo” nos dados sobre as “pedaladas”, escondendo o tamanho exato da dívida à Caixa.

DEPUTADO MIGUEL HADDAD (PSDB-SP).
O balanço contábil da Caixa registra apenas um crédito a receber de R$ 1,9 bilhão em 2015, referente a "administração de fundos e programas sociais", sem detalhar quais são exatamente esses fundos e programas e que fatia corresponde a União, estados, municípios e iniciativa privada. 
Um pedido nesse sentido, via Lei de Acesso à Informação, foi negado em todas as instâncias, sendo a última delas uma comissão mista integrada por representantes de nove ministérios.

A Caixa e o governo alegam sigilo bancário e "informação própria de mercado e da estratégia" do banco. A posição não é unânime: um parecer técnico da Controladoria Geral da União (CGU) havia concordado em repassar os dados, por enxergar interesse público na informação e por considerar que os devedores – União, estados e municípios – são entes públicos.

Os requerimentos de informação serão apresentados pelo líder da Minoria na Câmara, Miguel Haddad (PSDB-SP), e pelo deputado Otávio Leite (PSDB-RJ). 
Os pedidos serão direcionados ao Ministério da Fazenda, à AGU e à Caixa. Haddad estenderá o requerimento ao Banco do Brasil, que também é credor do governo por conta de taxas não pagas na execução de programas sociais.

03 de abril de 2016
diário do poder

UM PAÍS DIVIDIDO DE ALTO A BAIXO



Charge do Edra (chargesdoedra.blogspot.com)





















Vergonha maior ainda não se tinha visto. Decidiu a presidente Dilma demitir ministros e altos funcionários do PMDB dispostos a seguir as determinações do partido, de se desligar do governo. Por enquanto a guilhotina vem sendo acionada devagar, ainda que cabeças já comecem a rolar. Troca-se a eficiência administrativa por votos contrários ao impeachment de Madame. Um ministro vale pelo número de deputados que controla para votar com o governo,  não pelos projetos que executa ou as obras que promove. A recíproca também é  verdadeira: se o ministro se nega a aliciar deputados para a garantia da permanência da presidente no palácio do Planalto, é mandado embora. Mais fácil ainda se torna remanejar os funcionários do segundo escalão para baixo.
Assistimos a uma operação de compra e venda, sem o menor pudor. O objetivo da administração federal deixou de ser aprimorar a ação da máquina estatal, passando à tentativa de deixar que tudo continue como sempre em termos de subserviência dos ministros.
Impedir a aprovação do afastamento da presidente virou objetivo maior e fundamental, pouco importando o desempenho de seu governo.
UM PAÍS RACHADO
A divisão das manifestações populares em duas metades inconciliáveis não dará bom   resultado. Pelo contrário, revela um país perigosamente desunido e às vésperas da desagregação. Nenhum esforço se faz pela conciliação e cada dia que passa, ou cada passeata que se organiza, demonstram a impossibilidade da união nacional. As peças se confundem no tabuleiro e logo duas forças antagônicas dividirão a partida.
Importa menos se Dilma não conseguirá evitar o impeachment ou se Michel conseguirá um xeque-mate contra a adversária. No final de tudo, um grupo de peões, bispos e torres estarão derrotados, mas outro conglomerado de peças iguais, apenas diferentes no colorido, apresentarão força quase igual, definido o vencedor por um golpe de sorte. Mas um país dividido de alto a baixo.

03 de abril de 2016
Carlos Chagas

O HUMOR DO DUKE...

Charge O Tempo 31/03


03 de abril de 2016

A MORTADELA MURCHOU!

Ato pró-PT de ontem foi quase a metade do anterior

A narrativa estava pronta, mas a realidade dos fatos atropelou tudo. Vejamos: houve um ato pró-PT no dia 18/03, com um número de participantes acima do que os organizadores imaginavam. Daí, chegaram à brilhante conclusão: faremos outro, avisando com com mais antecedência e aumentando o número de cidades, e aí haverá bem mais pessoas.
Mas, claro, isso não aconteceu. Foi bem o contrário: mesmo com mais cidades, algumas com estrutura de mega-show, ainda assim o público foi bem menor, quase a metade da anterior. O levantamento foi realizado pelo Jornal da Globo, com base nas informações da PM e dos organizadores. Mesmo considerando as tradicionais INFLADAS nos números, ainda assim não deu para esconder o fracasso.
Há várias explicações para isso, como a explosão de mais e mais denúncias, bem como o loteamento do que restou do governo a partidos e políticos como PP, PR, Kassab, Jader Barbalho etc. A militância realmente de esquerda, com algum tipo de pendor legitimamente ideológico, por óbvio percebeu que sria o “corno” nessa história: vai pra rua de vermelho defender um governo que entrega cargo a essa turma.
E a mortadela, assim, murchou.
Isso jogou água no chope dos articuladores de Dilma Rousseff, pois o plano seria chegar hoje com as fotos e manchetes dizendo aos apoiadores mais hesitantes que boa parte do povo estaria ao lado deles, que não pegaria tão mal assim continuarem juntos etc. etc. etc.
Deu errado, e a tática falhou ainda mais miseravelmente quando se observa dois fatos também recentíssimos.
O primeiro, a pesquisa Ibope que mostra apenas 10% de aprovação, afugentando todo e qualquer político com alguma ambição eleitoral. O segundo, agora desta manhã, é a nova fase da Lava Jato, que junta três escândalos petistas numa única investigação: Petrolão, Mensalão e Celso Daniel.
Além de a “Mortadela Fest” ter flopado fragorosamente, tirando do governo um trunfo que ele esperaria usar já no dia de hoje, há mais essas duas bombas para dinamitar todo o plano tático precoce e equivocadamente traçado.
manifestação murchou
Resta, portanto, manter o varejão, oferecendo cargos a partidos nanicos e algumas figuras já conhecidas.

03 de abril de 2016
implicante

ARTISTA DA GLOBO APARECEM EM VÍDEO QUE ACUSA A EMISSORA DE CORRUPÇÃO

Um vídeo publicado por um canal de Youtube chamado “TV Poeira”  causou constrangimento para alguns artistas da Globo. Nomes como José de Abreu, Zezé Polessa e Letícia Sabatella gravaram mensagem a favor de Dilma e contra o impeachment para a peça, que responsabilizava a emissora pelo “sétimo maior caso de corrupção no Brasil” por “sonegação” no valor de R$ 615 milhões. O vídeo original foi divulgado pelo deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) e trocado horas depois por uma versão sem a menção à emissora: a lista com os “onze maiores casos de corrupção” do país continua lá, mas agora só tem os seis primeiros. O petrolão e outros escândalos revelados pela operação Lava Jato não constam da relação.

Entrevistado sobre a polêmica, o ator Tonico Pereira classificou o episódio de “uma sacanagem” e afirmou que não conhecia os autores do vídeo antes de gravar o depoimento. A “TV Poeira” é ligada ao “Teatro Poeira”, que pertence às atrizes Marieta Severo e Andréa Betrão.
corrupcao
03 de abril de 2016
implicante

CUNHA ROMPE TRADIÇÃO DE NEUTRALIDADE E VOTA NO IMPEACHMENT



Charge do Duke (O Tempo)


















O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu romper uma tradição de neutralidade inerente ao cargo e vai votar na sessão plenária em que será decidido o acolhimento ou não do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Adversário declarado do governo, ele votará pela abertura do processo de impedimento e prepara, em reuniões fechadas com aliados, uma série de “arapucas” para o dia da votação com o objetivo de reduzir as chances de a petista escapar de uma derrota.
O regimento da Câmara estabelece que o presidente da Casa vota em escrutínios secretos ou para desempatar votações abertas –possibilidade inexistente no caso do impeachment, já que são necessários pelo menos 342 dos 513 votos para que o Senado seja autorizado a abrir o processo contra a presidente.
SEM NEUTRALIDADE
Cunha já fechou com sua área técnica, porém, a interpretação de que, como não há hipótese de empate no impeachment, ele não precisa manter a neutralidade para agir em eventual desempate.
O deputado irá recorrer também ao precedente de Ibsen Pinheiro, que presidiu a votação do impeachment de Fernando Collor de Mello em 1992. Na ocasião, Ibsen votou ao final, quando já havia larga margem pela destituição do então presidente.
‘ARAPUCAS’
A votação decisiva para a Dilma na Câmara deve acontecer no dia 17. O domingo é tratado como ideal pelo peemedebista por coincidir a votação com uma possível manifestação recorde em frente ao Congresso Nacional e permitir uma maior audiência televisiva, o que, em sua avaliação, irá constranger os que querem derrotar o impeachment de Dilma.
Além da data, o deputado estuda, segundo aliados, uma série de procedimentos no dia da votação a fim de dificultar a vida de Dilma.
O primeiro deles é iniciar a votação pelos deputados do Rio Grande do Sul, majoritariamente contrários à petista. O regimento fala que, nesse tipo de votação, deve-se começar chamando deputados das regiões Sul e Norte do país, alternadamente. Segundo aliados, Cunha pretende deixar para o final a chamada de deputados do Nordeste, região em que o governo conta com maior simpatia.
A ordem da chamada dos deputados por Estado contrasta com determinação genérica do Supremo Tribunal Federal de que sejam mantidos, quando possível, os ritos do processo contra Collor.
03 de abril de 2016
Ranier Bragon
Folha

UMA ENQUETE QUE ENVERGONHA O BRASIL

Ela tem quase 10 vezes mais votos que o segundo colocado

A revista Fortune está com uma enquete em seu site para saber quem é o pior líder mundial da atualidade. Sem surpresa, Dilma Rousseff lidera a votação até agora com mais de 44 mil votos, uma vantagem avassaladora de quase 40 mil sobre o segundo colocado, o governador do estado americano de Michigan considerado responsável pela contaminação da água que abastece uma área urbana com população de cerca de 100 mil pessoas.

Na lista também figuram os cartolas da FIFA (em terceiro lugar, com cerca de 2 mil votos), outros políticos americanos e CEOs de grandes corporações. 
Para haver uma competição de verdade, a revista deveria ter listado Dilma entre os grandes escândalos de corrupção na história (apesar de o Petrolão ter suplantado todos os outros) ou mesmo entre desastres naturais.

03 de abril de 2016
implicante
dilma1

A LHANEZA BIZARRA DE DILMA, A PRESIDENTA ESQUIZO-COMUNISTA

Destemperada, insolente, grossa, mal-educada, delirante, boçal, estúpida, impertinente, desbocada, incongruente, arrogante, canalha, malcriada, rude, ofensiva, intratável mesmo com Rivotril e Olanzapina. Eis Dilma, a extravagante, exdrúxula e estapafúrdia presidenta esquizo-comunista do Brasil.
03 de abril de 2016
in selva brasilis

MANIFESTANTES CRITICAM VISITA DE LULA A FORTALEZA

MANIFESTANTES REFUTARAM AFIRMAÇÃO QUE IMPEACHMENT É GOLPE

MANIFESTANTES REPUDIARAM VISITA DE LULA À FORTALEZA (FOTO: EBC)

Com bandeiras e roupas nas cores verde e amarela, apitos e buzinas, manifestantes ocuparam no fim da tarde deste sábado (2) a Praça Portugal, no bairro Aldeota, em Fortaleza, para protestar contra o PT e em repúdio à visita do ex-presidente Lula à capital cearense, que participou de um ato pela manhã na Praça do Ferreira, no centro.

Um boneco representando a presidenta Dilma Rousseff e outro do ex-presidente Lula foram inflados pelos manifestantes, na parte central da praça. As palavras de ordem e o barulho dos apitos se juntaram com o barulho de buzinas de carros cujos condutores apoiavam a manifestação.

“Nós não repudiamos só a vinda dele [Lula] ao Ceará. Nós repudiamos o governo que ele fez. disse a dona de casa Lígia Passos, uma das pessoas que participaram da manifestação. No cartaz que ela segurava, havia uma foto de Lula e a frase: “A pior praga do Brasil”. No mesmo tom, outros cartazes e faixas estavam fixados na praça.

Refutando a afirmação de que o pedido de impeachment de Dilma Rousseff é um golpe contra o governo, Edilson Machado, um dos coordenadores da Frente Cearense pelo Impeachment, disse que as pessoas que apoiam o processo contra a presidenta defendem a legalidade e a Constituição.

“Dilma já infringiu a lei e já confessou o crime ao dizer que cometeu as pedaladas para conceder o Bolsa Família. Quem não quer cumprir a Constituição são eles [o governo]. Quem não cumpre a Constituição é golpista.”

A manifestação foi convocada pelas redes sociais contra a presença de Lula no Ceará e começou ontem (1º) com a instalação de outdoors e faixas em vias de grande movimento da capital cearense. Em um dos outdoors, perto da Praça Portugal e patrocinado pelo Sindicato dos Médicos, estão destacadas várias panelas numa referência aos 'panelaços', uma forma de protesto em que as pessoas fazem barulho batendo panelas.

A médica Terezinha Braga, do coletivo Médicos pela Democracia, disse que a atitude do sindicato não representa toda a categoria. “Usaram o dinheiro do sindicato para o interesse de uma visão política e discordamos disso. Os médicos podem se manifestar, mas não é correto usar para isso uma entidade que é de todos.”

Durante seu discurso na Praça do Ferreira, Lula rebateu o conteúdo dos outdoors e faixas contrárias à sua visita a Fortaleza. “Deveriam ter vergonha na cara e fazer outdoor pelo que fiz pelo Nordeste e pelo Ceará. Pode pegar a história do século 20 inteiro para saber se um presidente da República colocou 30% do que coloquei no Ceará durante meus mandatos e os de Dilma.”(ABr)



03 de abril de 2016
diário do poder

PIROU GERAL... PINELOU!

REVISTA CONTA QUE A NERVOSA DILMA É MEDICADA COM REMÉDIO TARJA PRETA
'ISTOÉ' REVELA QUE DILMA TOMA REMÉDIO CONTRA ESQUIZOFRENIA


A PRESIDENTE SERIA MEDICADA COM OLANZAPINA, REMÉDIO CONTRA ESQUIZOFRENIA. (FOTO ADRIANO MACHADO/ISTOÉ)



A presidente Dilma Rousseff enfrenta graves problemas emocionais, com explosões de destempero e irritação, e inclusive é medicada com Olanzapina, remédio tarja preta contra esquizofrenia. A revelação é da revista semanal IstoÉ, que circula neste fim de semana, em reportagem de Sergio Pardellas e Débora Bergamasco. Leia a íntegra da reportagem:

Os últimos dias no Planalto têm sido marcados por momentos de extrema tensão e absoluta desordem com uma presidente da República dominada por sucessivas explosões nervosas, quando, além de destempero, exibe total desconexão com a realidade do País. 
Não bastassem as crises moral, política e econômica, Dilma Rousseff perdeu também as condições emocionais para conduzir o governo. Assessores palacianos, mesmo os já acostumados com a descompostura presidencial, andam aturdidos com o seu comportamento às vésperas da votação do impeachment pelo Congresso. Segundo relatos, a mandatária está irascível, fora de si e mais agressiva do que nunca. Lembra o Lula dos grampos em seus impropérios. 
Na última semana, a presidente mandou eliminar jornais e revistas do seu gabinete. Agora, contenta-se com o clipping resumido por um de seus subordinados. Mesmo assim, dispara palavrões aos borbotões a cada nova e frequente má notícia recebida. Por isso, os mais próximos da presidente têm evitado tecer comentários sobre a evolução do processo de impeachment. Nem com Lula as conversas têm sido amenas. Num de seus acessos recentes, Dilma reclamou dos que classificou de “traidores” e prometeu “vingança”. 
Numa conversa com um assessor, na semana passada, a presidente investiu pesado contra o juiz Sérgio Moro, da Lava Jato. “Quem esse menino pensa que é? Um dia ele ainda vai pagar pelo quem vem fazendo”, disse. Há duas semanas, ao receber a informação da chamada “delação definitiva” em negociação por executivos da Odebrecht, Dilma teria, segundo o testemunho de um integrante do primeiro escalão do governo, avariado um móvel de seu gabinete, depois de emitir uma série de xingamentos. 
Para tentar aplacar as crises, cada vez mais recorrentes, a presidente tem sido medicada com dois remédios ministrados a ela desde a eclosão do seu processo de afastamento: rivotril e olanzapina, este último usado para esquizofrenia, mas com efeito calmante. A medicação nem sempre apresenta eficácia, como é possível notar.



Em recente viagem a bordo do avião presidencial, um Airbus A319, tripulantes e passageiros ficaram estupefatos com outro surto de Dilma. Depois de uma forte turbulência, a presidente invadiu a cabine do piloto aos berros: “Você está maluco? Vai se f...! É a presidente que está aqui. O que está acontecendo?”, vociferou. 
Não seria a primeira vez que Dilma perdia o equilíbrio durante um vôo oficial. No final de janeiro, o avião da presidente despencou 100 metros, enquanto passava pela região entre a floresta Amazônica e o Acre. O piloto preparava-se para pousar em Quito, no Equador. Devido ao tranco mais brusco, Marco Aurélio Garcia, assessor especial, acabou banhado de vinho e uma ajudante de ordens bateu levemente com a cabeça no teto da aeronave. Copos e pratos foram ao chão, mas ninguém se machucou. 
A presidente saiu de si. Na sequência do incidente, tratou de cobrar satisfações do piloto. Aos gritos. “Não te falei para não pegar esse trajeto? Quer que eu morra de susto, cace...?”. 
Os desvarios de Dilma durante os vôos já lhe renderam uma reclamação formal. Em carta, a Aeronáutica pediu para que a presidente não formulasse tantas perguntas sobre trajetos e condições climáticas nem adentrasse repentinamente às cabines para não tirar a concentração dos pilotos. A presidente não demonstra paciência nem mesmo para esperar o avião presidencial seguir o procedimento usual de taxiamento. Um de seus assessores lembra que, certa feita, Dilma chegou a determinar à Aeronáutica que reservasse uma pista exclusiva para a decolagem de sua aeronave. Com isso, outros aviões na dianteira tiveram de esperar na fila por horas.


O modelo consagrado pela renomada psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross descreve cinco estágios pelo qual as pessoas atravessam ao lidar com a perda ou a proximidade dela. São eles a negação, a raiva, a negociação, a depressão e a aceitação. Por ora, Dilma oscila entre os dois primeiros estágios. Além dos surtos de raiva, a presidente, segundo relatos de seus auxiliares, apresenta uma espécie de negação da realidade. Na semana passada, um presidente de uma instituição estatal foi chamado por Dilma para despachar assuntos de sua pasta. Chegou ao Palácio do Planalto, subiu ao terceiro andar e falaram longamente acerca da saúde da empresa e especialmente sobre a economia do Brasil e o contexto internacional. 
Ao final da conversa, observando o visível abatimento do executivo, Dilma quis saber: “Por que você está cabisbaixo?”. Franco, ele revelou sua preocupação com o cenário de impeachment que se desenhava, especialmente com o então iminente rompimento do PMDB. Ao ouvir a angústia do seu subordinado, que não está há muito tempo à frente da empresa, Dilma teve uma reação que tem se repetido sistematicamente: descartou totalmente a hipótese do seu impedimento. Ela exclamou: “Imagine, nada disso vai acontecer. Já temos garantidos 250 votos na Câmara”. 
O executivo tentou argumentar, mas foi novamente interrompido. A petista avaliou ser “até melhor” o rompimento com o PMDB, assim teriam a chance de “refundar” o governo. O presidente da instituição deixou a conversa completamente atônito. Considerou inacreditável a avaliação da chefe do Executivo.

Outro interlocutor freqüente diz que a desaprovação recorde junto aos eleitores é vista como mero detalhe pela presidente. “Que falta faz um João Santana”, disse referindo-se ao marqueteiro preso e, principalmente, conselheiro para todas as horas. 
Aos integrantes do núcleo político, Dilma deixa transparecer que não lhe importa mais a opinião pública. Seu objetivo é seguir no posto a todo e qualquer custo e, se lograr êxito, punir aqueles que considera hoje seus mais ferozes inimigos. 
Especialmente os do Congresso. Na tática do desespero oferece cargos e verbas para angariar apoios à sua causa, não se importando com o estouro do orçamento e muito menos com o processo sobre suas contas abertos nos órgãos de fiscalização e controle, como o TCU. Na quarta-feira 30, chegou ao cúmulo de sugerir uma audiência com Valdemar Costa Neto, do PR, para oferecer-lhe a indicação do ministério de Minas e Energia. Ocorre que, hoje, Costa Neto apresenta dificuldades e limites de locomoção devido ao uso de uma tornozeleira. Depois da gafe, o jeito foi recorrer a emissários.


É bem verdade que Dilma nunca se caracterizou por ser uma pessoa lhana no trato com os subordinados. Mas não precisa ser psicanalista para perceber que, nas últimas semanas, a presidente desmantelou-se emocionalmente. Um governante, ou mesmo um líder, é colocado à prova exatamente nas crises. E, hoje, ela não é nem uma coisa nem outra. A autoridade se esvai quando seu exercício exige exacerbar no tom, com gritos, berros e ofensas. Helmuth von Moltke, chefe do Estado-Maior do Exército prussiano, depois de aposentado, concedeu uma entrevista que deveria servir de exemplo para governantes que se pretendam grandes líderes. Perguntado como se sentia como um general invicto e o mais bem-sucedido militar da segunda metade do século XIX, Moltke respondeu de pronto: “Não se pode dizer que sou o mais bem-sucedido. Só se pode dizer isso de um grande general, quando ele foi testado na derrota e na retirada. Aí se mostram os grandes generais, os grandes líderes e os grandes estadistas”. Na retirada, Dilma sucumbiu ao teste a que Moltke se refere. Os surtos, os seguidos destemperos e a negação da realidade revelam uma presidente completamente fora do eixo e incapaz de gerir o País.

A maneira temperamental de lidar com as situações não é nova, embora tenha se agravado nas últimas semanas. Desde o primeiro mandato de Dilma, um importante assessor palaciano dedicou-se a registrar num livro de capa preta as reprimendas aplicadas por Dilma em seus subordinados. Ele deixou o governo recentemente por não aturar mais os insultos da presidente. A maioria injustificável, em sua visão. No caderno, anotou mais de 80 casos ocorridos entre 2010 e 2016. Entre eles, há o de um motorista que largou o automóvel presidencial no meio da Esplanada dos Ministérios depois de ser ofendido compulsivamente pela presidente e ameaçado de demissão por causa de um atraso. “Você não percebeu que não posso atrasar, seu m...Ande logo com isso senão está no olho da rua”, atacou Dilma. Consta também das anotações os três pedidos de demissão de Anderson Dornelles, que deixou o Planalto no último mês sob fortes suspeitas de ser sócio oculto de um bar localizado no estádio Beira-Rio de propriedade da Andrade Gutierrez. Nas vezes em que ameaçou deixar o governo, alegou cansaço dos destratos da presidente. “Menino, você não faz nada direito!”, afirmou ela numa das brigas. 
O ministro da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, também já experimentou a fúria da presidente. A irritação, neste caso, derivou das revelações feitas pelo empresário Ricardo Pessoa, da UTC, sobre as doações a sua campanha à reeleição em 2014. 
Participaram dessa reunião convocada pela presidente, além de Cardozo, os ministros Aloizio Mercadante, Edinho Silva e o assessor especial Giles Azevedo. Na frente de todos, Dilma cobrou Cardozo por não ter evitado que as revelações de Ricardo Pessoa se tornassem públicas dias antes de sua visita oficial aos Estados Unidos, quando buscava notícias positivas para reagir à crise. “Você não poderia ter pedido ao Teori (Zavascki) para aguardar quatro ou cinco dias para homologar a delação?”, perguntou Dilma referindo-se ao ministro que conduz os processos da Lava Jato no STF. “Cardozo, você fodeu a minha viagem”, bradou a presidente.



O episódio envolvendo Cardozo, no entanto, pode ser considerado até brando se comparado às situações enfrentadas por duas ex-ministras do governo, Maria do Rosário e Ideli Salvatti. Em 2011, ao debater com Rosário o andamento dos trabalhos da Comissão da Verdade, àquela altura prestes a ser criada pelo Congresso para esclarecer casos de violação de direitos humanos durante a ditadura militar, Dilma perdeu as estribeiras: “Cale sua boca. Você não entende disso. Só fala besteira”. Já Ideli conheceu o despautério da presidente logo no dia seguinte à sua nomeação para as Relações Institucionais. Quando ainda devorava jornais, Dilma leu uma reportagem em que a titular da pasta fazia considerações sobre os desafios do novo trabalho. Não gostou e deixou clara sua insatisfação: “Ideli, se na primeira coletiva você já disse bobagens, imagine nas próximas”.

Publicamente, a presidente tenta disfarçar seu estado de ânimo atual. Mas nem sempre é possível deixar transparecer serenidade quando, por dentro, os nervos estão à flor da pele. Seus últimos discursos refletem a tensão reinante nos corredores do Palácio do Planalto. Na quarta-feira 30, Dilma converteu o evento de entrega de moradias da terceira fase do Minha Casa Minha Vida em um palanque contra o impeachment. Na cerimônia, estiveram presentes integrantes de movimentos sociais, como o MST. Os representantes, —muitos deles chamados de última hora já que nenhum governador se dignou a ir e, dos 300 prefeitos convocados, só oito compareceram —, foram acomodados em lugares destinados a convidados, onde entoaram gritos de guerra pró-governo mesmo antes de o evento começar. Os presentes chamaram o juiz Sérgio Moro, o vice Michel Temer e a OAB de “golpistas” e bradaram o já tradicional “não vai ter golpe”. Detalhe: o coro foi puxado pela militante travestida de presidente da República.

Durante a campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff pagou para seus marqueteiros desenvolverem e disseminarem o nocivo “discurso do medo”. Espalhou o pavor entre os brasileiros mais carentes dizendo que, se seus concorrentes Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (na época no PSB) ganhassem a eleição, os programas sociais estariam em risco. Funcionou. Hoje, cara a cara com o impeachment, ela coloca sua tropa de choque novamente para atemorizar a população. Disse a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), na última segunda-feira: “Programas sociais como Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, Fies e tantos outros que beneficiam os mais pobres correm sério risco de sofrer corte caso a presidente Dilma seja impedida de continuar seu governo”.

Não bastasse a repetição da retórica cretina da campanha eleitoral, a presidente disse nos últimos dias que o que está se vendo o País é um verdadeiro “nazismo”, sem lembrar que o discurso do “nós contra eles” foi gestado e cultivado por sua equipe. 
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, foi na mesma toada ao tentar reverter a posição do governo de incitador de ódio para pacificador: “Nós vamos baixar o tom ou esperar o primeiro cadáver?”. Sem mencionar, é claro, provocações até do presidente do PT, Rui Falcão, que no twitter escreveu recentemente: “Queremos a paz, mas não tememos a guerra”. Ou as palavras de Guilherme Boulos, coordenador do MTST, que disse que se o impeachment for efetivado ou Lula for preso, o Brasil seria “incendiado por greves, ocupações e mobilizações” e que “Não haverá um dia de paz do Brasil”.

As diabruras de “Maria, a Louca”

Não é exclusividade de nosso tempo e nem de nossas cercanias que, na iminência de perder o poder, governantes ajam de maneira ensandecida e passem a negar a realidade. No século 18, o renomado psiquiatra britânico Francis Willis se especializou no acompanhamento de imperadores e mandatários que perderam o controle mental em momentos de crise política e chegou a desenvolver um método terapêutico composto por “remédios evacuantes” para tratar desses casos. Sua fórmula, no entanto, pouco resultado obteve com a paciente Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana de Bragança, que a história registra como “Maria I, a Louca” 
Foi a primeira mulher a sentar-se no trono de Portugal e, por decorrência geopolítica, a primeira rainha do Brasil. O psiquiatra observou que os sintomas de sandice e de negação da realidade manifestados por Maria I se agravaram na medida em que ela era colocada sob forte pressão. “Maria I, a Louca”, por exemplo, dizia ver o “corpo” de seu “pai ardendo feito carvão”, quando adversários políticos da Casa de Bragança tentavam alijá-la do poder. Nesses momentos, seus atos de governo denotavam desatino, como relatou doutor Willis: “proibir a produção de vinho do Porto na cidade do Porto”. 
Diante desse quadro, era preciso que ocorresse o seu “impedimento na Coroa”. Quanto mais pressão, mais a sua consciência se obnubilava, até que finalmente foi “impedida de qualquer ato na Corte”. Já com o filho Dom João VI no comando de Portugal, “Maria I, a Louca” veio às pressas para o Rio de Janeiro com a Família Real diante da invasão de Portugal. Aqui, ela tinha por hábito usar longos vestidos pretos e passava horas correndo pelos corredores palacianos gritando palavrões desconexos. Costumava acordar na madrugada e “berrava para seres imaginários descerem do Pão de Açúcar” porque nele “morava o diabo”. A sua derradeira frase em território lusitano pode ser interpretada como faísca de lucidez na loucura: “Não corram tanto, vão pensar que estamos sendo tocados ou que estamos fugindo”.
Antonio Carlos Prado


03 de abril de 2016
diário do poder

ESTADO UNITÁRIO EM VEZ DE FEDERATIVO




Charge do Junião, reprodução do Humor Político


















Unem-se as quadrilhas, ainda que se dediquem a repetir os mesmos crimes. Quem é flagrado no petrolão foi condenado no mensalão. Quem recebeu propina para votar com o governo no Congresso também abriu contas no exterior. São os mesmos, chamem-se Silvinho, Bumlai, Ronan ou Valério. Questiona-se apenas quando começou: se após a  primeira eleição do Lula ou antes, quando o PT conquistou sua primeira prefeitura no interior de São Paulo. A metástese não parou, basta digitar o nome de empreiteiras, diretórios municipais ou bancos empenhados no trato com a coisa pública, sem esquecer obras onde companheiros e afins se dedicam a exaltar as excelências do modo petista de governar.
Adianta tirar quem se encontre puxando a fila, no caso, através do impeachment da presidente Dilma? Nem de longe, pois Madame é apenas um símbolo. Junto com ela situam-se legiões de grandes e pequenos participantes de um dos maiores escândalos da República, iniciados empalmaram o poder.
Claro que tem  gente  honesta  no PT, ou até que muitos tidos como ladrões não  chegaram  a roubar, ou roubaram muito pouco. Fazer o quê,  diante dessa desmoralização completa da atividade política?  Falam em separar o joio do trigo, mas separando o trigo do joio talvez não sobrem grãos suficientes para assar um pãozinho francês.
Solução, mesmo, não se encontrará  na identificação ou sequer na punição dos responsáveis pela roubalheira. Outros virão, mais ágeis e espertos do que os supostamente punidos. Sendo assim, haverá que buscar saídas diversas, começando pela demolição das estruturas legais que permitiram o assentamento de tamanho descalabro.  

Para começar, a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte destinada a redesenhar o regime.  Em vez de Estado Federativo, um Estado Unitário. Claro que composto através de eleições diretas e livres, mas forte o bastante para levar a todo o território nacional a presença inflexível da autoridade pública.
Não se tenha a ilusão de imaginar um paraíso a partir desse simples começo, mas sem ele não se chegará a lugar algum. Vale iniciar partindo dessa premissa. O diabo é se dela resultar o PT como força maior…

03 de abril de 2016
Carlos Chagas