"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 30 de setembro de 2017

FINALMENTE! BOLSONARO FALA DE FORMA DURA SOBRE A VENEZUELA E ARREBENTA O PT, PCdoB, PSOL...




FINALMENTE! Bolsonaro fala de forma DURA sobre a Venezuela e ARREBENTA o PT, PCdoB, Psol...

Seu Tube
30 de setembro de 2017

ERIKA KOKAY FALA CONTRA ENÉAS CARNEIRO E LEVA UMA AULA DE EDUARDO BOLSONARO



Érika Kokay Fala Contra Enéas Carneiro e Leva UMA AULA EDUARDO BOLSONARO

Notícias Política BR
30 de setembro de 2017

EDUARDO BOLSONARO DETONA EXPOSIÇÃO DO PELADÃO DE MÃOS DADAS COM CRIANÇAS! SÓ POR DEUS!!

MARQUETEIRO PREPARA NOVA ESTRATÉGIA PARA TENTAR SALVAR A IMAGEM DO TEMER

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Marqueteiro se dedica a uma missão impossível
Com a expectativa de superar a votação da denúncia da Procuradoria-Geral da República ainda em outubro, a equipe de comunicação do presidente Michel Temer vai tentar, a partir de novembro, “repaginar” a imagem do peemedebista, recordista de rejeição. A “narrativa” passaria de um presidente “reformista” para o “transformador”. A comunicação do governo deve buscar “traduzir” as ações de Temer para a sociedade, na tentativa de melhorar os índices de popularidade do governo, hoje nos 3%, o menor índice desde a ditadura militar.
Uma das ideias é criar uma espécie de “Plano Temer”, uma compilação de feitos do governo na área econômica e a promoção de medidas que virão no próximo ano. Se for mesmo aprovada, a reforma da Previdência seria um dos fios condutores do plano, que ainda está em fase de elaboração. Na sexta-feira, no Rio, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já avisou que a reforma será “menor do que o governo imaginava”.
NOVO PLANO REAL – O marqueteiro do presidente, Elsinho Mouco, tenta construir um discurso de que a guinada de Temer seria comparável à criação do Plano Real, lançado em 1994, e ao Plano Marshall — plano econômico criado no pós-Segunda Guerra Mundial para recuperar os principais países capitalistas afetados pela guerra.
“Vamos construir um compilado de ações do governo, que eu, por enquanto, batizei de Plano Temer. A ideia é ter o tamanho de um Plano Real, ser um Plano Marshall moderno” — disse o marqueteiro.
Uma das principais dificuldades, segundo Mouco, é melhorar a imagem junto aos internautas que acessam o Portal Brasil, site do governo federal, que ainda é diariamente alvejado por comentários negativos sobre a gestão Temer.
VOMITAÇO – O marqueteiro, responsável pelo monitoramento das redes do Palácio do Planalto, diz que, dos 11 milhões de acessos totais ao portal, 7 milhões são de militantes do PT. De cada dez acessos ao Portal Brasil, seis ainda são de opositores.
Nas redes sociais, uma das estratégias frequentes é o “vomitaço”, uma repetição orquestrada de bonequinhos vomitando. Para minimizar a repercussão negativa, esses comentários são recorrentemente deletados: “Temos que mudar esse algoritmo, diminuir essa onda de petistas”.
AVALIAÇÃO PÉSSIMA – Logo que assumiu a Presidência, após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o governo já tinha uma das piores avaliações desde o fim da ditadura: 13%, segundo o Ibope, aproximando-se dos momentos mais críticos da petista e dos ex-presidentes José Sarney e Fernando Collor. Na última quinta-feira, a aprovação aferida pelo instituto caiu para 3%, a mais baixa em três décadas.
Na tentativa de suavizar a imagem, Temer já distribuiu presentes de Natal para crianças no Planalto, vestiu a touca da seleção brasileira de polo aquático, lançou mão do pulôver à la João Doria, prefeito de São Paulo, e até abandonou as mesóclises em discursos ainda nos primeiros meses de governo. Contudo, a imagem ainda é negativa. No Instagram, por exemplo, o perfil de Temer não permite que internautas deixem comentários.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Mais uma boa matéria de Leticia Fernandes, a netinha do lendário Helio Fernandes, que dia 17 completará 97 anos, como o decano dos jornalistas mundiais, escrevendo artigos diariamente. Quando à tarefa a que se propõe o marqueteiro, trata-se de missão impossível sem Tom Cruise no elenco. (C.N.)


30 de setembro de 2017
Leticia Fernandes e Eduardo Barretto
O Globo

ALEXANDRE DE MORAES ENFIM LIBERA JULGAMENTO QUE RESTRINGIRÁ O FORO PRIVILEGIADO

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Ao pedir vistas, Moraes suspendeu a votação  
Em meio ao rumoroso impasse entre o Supremo Tribunal Federal e o Congresso, o ministro Alexandre de Moraes devolveu à pauta a ação que discute o alcance do foro privilegiado. Em junho, o relator do caso, Luís Roberto Barroso, votou para que autoridades só tenham acesso ao foro quando cometerem crimes relacionados ao exercício do cargo e durante o mandato. Três integrantes da corte acompanharam seu entendimento. Nesta sexta-feira (dia 29), Moraes liberou o plenário para retomar o julgamento.
Quando o tema entrou em pauta, ainda no primeiro semestre deste ano, o Senado correu para aprovar um projeto que alterasse as regras do foro privilegiado e votou sua proposta no mesmo dia em que o STF iniciou seu debate. Tudo na tentativa de reagir à provável imposição de normas mais duras do que as atuais.
O projeto aprovado pelo Senado e encaminhado à Câmara acaba com o foro para autoridades processadas por crimes comuns, com exceção do presidente da República e dos comandantes da Câmara, do Senado, e do Supremo. O texto está travado na Comissão de Constituição e Justiça desde junho.
CASO AÉCIO – Depois de criticar o STF por afastar Aécio Neves (PSDB-MG), o PT vai endossar o discurso de que o Senado deve esperar a corte deliberar a respeito da prerrogativa de o Congresso avalizar medidas contra parlamentares para definir o destino do tucano. Se houver pressão para que Casa se manifeste na próxima semana, os senadores do PT não devem comparecer.
No PSDB, a indicação para a relatoria da nova denúncia contra o presidente Michel Temer fez do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), 87 anos, o foco da tensão que permeia o partido há meses. Logo após aceitar o posto, ele recebeu um telefonema do líder da bancada na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), que ameaçou destituí-lo da CCJ.
Houve reação. Mesmo tucanos anti-Temer disseram que afastar Andrada seria desrespeitoso. Tasso Jereissati (CE), presidente interino da sigla, se viu obrigado a entrar em cena. O senador pediu ao mineiro que avaliasse deixar o posto.
CPI DA JBS – Em recente conversa com o procurador Ângelo Goulart Villela, que chegou a ser preso na Lava Jato, o presidente da CPI da JBS, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), disse que trabalhará para garantir “total respeito e segurança” durante o depoimento dele à comissão.
Ataídes indicou ainda não ver problema em, caso o procurador solicite, que depoimento dele à CPI seja fechado ao público e à imprensa.
E o governo vai explorar trecho do novo áudio de Joesley Batista divulgado pela “Veja” em que os delatores dizem que a Procuradoria ficou “frustrada” quando ouviu pela primeira vez o grampo que o dono da JBS fez com Temer.

30 de setembro de 2017
Daniela Lima
Folha (Painel)

DELIRANTE, CUNHA DIZ QUE É "PRESO POLÍTICO" E ACUSA O JUIZ MORO E RODRIGO JANOT

Capa edição 1006 (Foto: Época )
Eduardo Cunha não aceita ser o que esperam dele: um presidiário obsequioso, a cumprir sem muxoxos sua sentença. “Sou um preso político”, disse, num encontro recente em Brasília, aquele cuja delação o presidente Michel Temer mais teme. Na primeira entrevista desde que foi preso, Cunha, cujo corpo, fala e espírito não traem um dia submetido ao xilindró, foi, bem, puro Cunha: articulado, incisivo, bélico. Falou da vida na prisão, da negociação frustrada de delação com o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e do que considera uma clara perseguição judicial contra ele.
Acusou a existência de um mercado de delações premiadas, revelando detalhes substantivos. Pôs-se à disposição da sucessora de Janot para voltar a negociar sua delação, talvez sua única saída viável para escapar da cadeia – ele foi condenado em primeira instância e responde a processos por corrupção em Curitiba, Brasília e no Rio de Janeiro. A seguir, trechos da entrevista.
O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot não aceitou sua proposta de delação premiada. O senhor ainda está disposto a colaborar, caso a nova procuradora-geral, Raquel Dodge, aceite negociar?Estou pronto para revelar tudo o que sei, com provas, datas, fatos, testemunhas, indicações de meios para corroborar o que posso dizer. Assinei um acordo de confidencialidade com a Procuradoria-Geral da República, de negociação de colaboração, que ainda está válido. Estou disposto a conversar com a nova procuradora-geral. Tenho histórias quilométricas para contar, desde que haja boa-fé na negociação.
Não houve boa-fé na negociação com Janot?Claro que não. Nunca acreditei que minha delação daria certo com o Janot. Tanto que não deu.
Então, por que negociou com a equipe dele?Topei conversar para mostrar a todos que estou disposto a colaborar e a contar a verdade. Mas só uma criança acreditaria que Janot toparia uma delação comigo. E eu não sou uma criança. O Janot não queria a verdade; só queria me usar para derrubar o Michel Temer.
Como assim?Tenho muito a contar, mas não vou admitir o que não fiz. Não recebi qualquer pagamento do Joesley  [Batista, dono da JBS] para manter silêncio sobre qualquer coisa. Em junho, quando fui depor à Polícia Federal sobre esse episódio, disse que tanto não mantinha silêncio algum que ninguém havia me chamado a colaborar, a quebrá-lo. Naquele momento, o Ministério Público e a Polícia Federal me procuraram para fazer colaboração. Autorizei meus advogados a negociar com o MP.
O que deu errado?Janot queria que eu colocasse mentiras na delação para derrubar o Michel Temer. Se vão derrubar ou não o Michel Temer, se ele fez algo de errado ou não, é uma outra história. Mas não vão me usar para confirmar algo que não fiz, para atender aos interesses políticos do Janot. Ele operou politicamente esse processo de delações.
O que há de político nas delações?O Janot, na verdade, queria um terceiro mandato. Mas seria difícil, tempo demais para um só. O candidato dele era o Nicolao Dino [vice de Janot], mas a resistência ao Dino no PMDB era forte. Se o Dino estivesse fora, a Raquel Dodge, desafeto do grupo dele, seria escolhida. É nesse contexto que aparece aquela delação absurda da JBS. O Janot viu a oportunidade de tirar o Michel Temer e conseguir fazer o sucessor dele na PGR.
O que há de absurdo na delação da JBS? Ou o senhor se refere aos benefícios concedidos aos delatores?O Joesley fez uma delação seletiva, para atender aos interesses dele e do Janot. Há omissões graves na delação dele. O Joesley poupou muito o PT. Escondeu que nos reunimos, eu e Joesley, quatro horas com o Lula, na véspera do impeachment. O Lula estava tentando me convencer a parar o impeachment. Isso é só um pequeno exemplo. Eu traria muitos fatos que tornariam inviável a delação da JBS. Tenho conhecimento de omissões graves. Essa é uma das razões pelas quais minha delação não poderia sair com o Janot. Ele, com esses objetivos políticos, acabou criando uma trapalhada institucional, que culminou no episódio do áudio da JBS. Jogou uma nuvem de suspeição no Supremo sem base alguma.
Mas o que houve de político na negociação da delação do senhor?A maior prova de que Janot operou politicamente é que ele queria que eu admitisse que vendi o silêncio ao Joesley para poder usar na denúncia contra o Michel Temer. Não posso admitir aquilo que não fiz. Como não posso admitir culpa do que eu não fiz, inclusive nas ações que correm no Paraná. Estava disposto a trazer fatos na colaboração que não têm nada a ver com o que está exposto nas ações penais. Eles não queriam.
Havia algum outro fato que os procuradores queriam que você admitisse? Que não foi uma admissão espontânea, como determina a lei?Janot queria que eu colocasse na proposta de delação que houve pagamentos para deputados votarem a favor do impeachment. Isso nunca aconteceu. Um absurdo. Se o próprio Joesley confessou o contrário na delação dele, dizendo que se comprometeu a pagar deputados para votar contra o impeachment, de onde sai esse tipo de coisa? Qual o sentido? Mas aí essa história maluca, olha que surpresa, aparece na delação do Lúcio [Funaro, doleiro próximo a Cunha]. É uma operação política, não jurídica. Eles tiram as conclusões deles e obrigam a gente a confirmar. Os caras não aceitam quando você diz a verdade. Queriam que eu corroborasse um relatório da PF que me acusa de coisas que não existem. Não é verdade. Então não vou. Não vou.
Janot estabeleceu uma disputa entre o senhor e Funaro. Só um fecharia delação, por terem conhecimento de fatos semelhantes envolvendo o PMDB da Câmara.O Janot tem ódio de mim. Mas o ódio dele pelo Michel Temer passou a ser maior do que a mim. Então, se eu conseguisse derrubar o Michel Temer, ele aceitava. Mas eu não aceitei mentir. E ele preferiu usar o Lúcio Funaro de cavalo.
Alguma outra razão para a delação não ter saído?O que eu tenho para falar ia arrebentar a delação da JBS e ia debilitar a da Odebrecht. E agora posso acabar com a do Lúcio Funaro.
O que o senhor tem a contar de tão grave?Infelizmente, não posso adiantar, entrar no mérito desses casos. Quebraria meu acordo com a PGR. Eu honro meus acordos.
Nem no caso de Funaro? O senhor já mencionou um fato que diz ser falso.Ainda não tive acesso à íntegra da delação do Lúcio Funaro. Mas, pelo que li na imprensa e pelo que já tive conhecimento, há muito contrabando e mentiras ali. A delação do Lúcio Funaro foi feita única e exclusivamente pelo que ele ouviu dizer de mim. O problema é que ele disse que ouviu de mim coisas que não aconteceram. Como um encontro dele com Michel Temer e comigo na Base Aérea em São Paulo. Ou esse episódio da véspera do impeachment, de compra de deputados, que o Janot colocou na boca do Lúcio Funaro. Tudo que ele falou do Michel Temer que disse ter ouvido falar de mim é mentira. Ele não tinha acesso ao Michel Temer ou aos deputados. Eu tinha.
O senhor está preso preventivamente há quase um ano. Já foi condenado em primeira instância e ainda enfrenta inquéritos e ações penais em Curitiba e em Brasília. Tem esperança de sair da cadeia um dia?Minha prisão foi absurda. Não me prenderam de acordo com a lei, para investigar ou porque estivesse embaraçando os processos. Prenderam para ter um troféu político. O outro troféu é o Lula. Um troféu para cada lado. O MP e o Moro queriam ter um troféu político dos dois lados. Como Janot já era meu inimigo, todos da Lava Jato estavam atrás de mim. Mas acredito que o Supremo vá julgar meu habeas corpus, parado desde junho, e, ao seguir o entendimento já firmado na Corte, concedê-lo.
As decisões de Moro sobre a necessidade das preventivas na Lava Jato têm sido mantidas nas instâncias superiores. Não é um sinal de que ele está certo?Nós temos um juiz que se acha salvador da pátria. Ele quis montar uma operação Mãos Limpas no Brasil – uma operação com objetivo político. Queria destruir o establishment, a elite política. E conseguiu.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– A entrevista só tem interesse porque desperta curiosidade. As afirmações de Cunha têm o mesmo valor de uma nota de três dólares. Antes de ser preso, ele se reunia diariamente com Funaro para montar um dossiê e obrigar Temer e a classe política a intercederem em seu favor. Bobeou, fica sonhando com um habeas corpus que o Supremo não vai conceder, Funaro então tomou-lhe a frente e fez a delação com o material que havia separado para Cunha, porque as provas da corrupção estavam com o doleiro, que é organizado, anotava tudo, guardava comprovantes etc. Cunha perdeu a vez e sua delação não interessa mais. De toda forma, pode continuar sonhando, porque ainda não é proibido. (C.N.)


30 de setembro de 2017
Diego Escosteguy
Época

LÍDER DO PSB PEDE QUE SENADO ADIE A VOTAÇÃO SOBRE AFASTAMENTO DE AÉCIO NEVES

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Valadares quer esperar a nova decisão do STF
O líder do PSB no Senado, Antônio Carlos Valadares (SE), pediu adiamento da votação pelo plenário do afastamento do senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG), marcado para a próxima semana depois de aprovada a urgência do tema na sessão desta quinta-feira.
Ele argumenta que depois de o STF ter marcado para o próximo dia 11 o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) que questiona a a aplicação de medida cautelar diversa de prisão no afastamento de um parlamentar.
REVISÃO – A Adin pede que o tribunal considere a possibilidade de o Congresso rever, em até 24 horas, qualquer medida cautelar diversa da prisão imposta a deputados e senadores, como suspensão do mandato e recolhimento domiciliar.
É o caso do senador Aécio Neves (PSDB-MG), afastado do mandato e proibido pela Primeira Turma do Supremo de sair de casa à noite.
“É preciso evitar um confronto institucional. Depois que o STF marcou uma data para analisar a Adin, é o momento de o Senado aguardar. A solução está encaminhada”, disse ao Blog o senador Valadares. “Acredito que o presidente do Senado, Eunício Oliveira, vai aguardar o desfecho”, acrescentou.
MARCO AURÉLIO – Na véspera, o ministro Marco Aurélio Mello já tinha sinalizado que essa era a melhor solução para o impasse. Diante da repercussão do afastamento de Aécio, o relator da Adin, ministro Luiz Edson Fachin, liberou o caso para julgamento nesta sexta-feira, o que possibilitou que a ministra Cármen Lúcia marcasse a data.
A providência da ministra é resultado das conversas que manteve com o presidente do Senado, Eunicio Oliveira (PMDB-CE), a fim de resolver o impasse sobre a situação do senador Aécio Neves.
Por 3 votos a 2, os ministros da turma rejeitaram o pedido de prisão formulado pela Procuradoria Geral da República, mas determinaram o afastamento do senador do mandato e o recolhimento domiciliar noturno, isto é, a proibição de sair de casa à noite. Esta última determinação é uma das medidas cautelares diversas da prisão previstas no Código de Processo Penal.

30 de setembro de 2017
Gerson Camarotti
G1 Brasília

MESMO CHEIO DE DÍVIDAS, 'DONO' DO APARTAMENTO DE LLULA NÃO COBRAVA ALUGUÉIS

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Costamarques responde a 14 processos por dívidas
Apresentado pelos advogados de defesa do ex-presidente Lula como um empresário de sucesso, pecuarista e investidor, o engenheiro Glaucos da Costamarques é um poço de dívidas. Ele responde a 14 ações na Justiça sob acusação de não ter pago R$ 1,2 milhão.
Costamarques é o dono de um apartamento ao lado daquele em que Lula vive em São Bernardo do Campo (SP) e se tornou personagem-chave em uma ação penal em que o ex-presidente é acusado de ter-se beneficiado do imóvel sem pagar aluguel.
Segundo Costamarques, não houve pagamento e os 26 recibos apresentados pela defesa de Lula ao juiz Sergio Moro foram assinados num único dia, em 2015, quando ele estava hospitalizado, conforme revelado por “O Globo” e “Valor Econômico”. Os comprovantes do aluguel cobrem o período entre agosto de 2011 e novembro de 2015.
14 PROCESSOS – Há cobrança de dívidas de vários tipos nos 14 processos que o empresário responde nas esferas estadual e federal da Justiça de Campo Grande (MS), onde mora. O banco Santander, por exemplo, cobra R$ 242,5 mil em ação aberta em fevereiro deste ano.
A Receita Federal ingressou com uma ação em setembro do ano passado na qual pleiteia R$ 119,9 mil por supostas omissões no Imposto de Renda de Pessoa Física.
A maioria dos processos, no entanto, é de execução fiscal por falta de pagamento de impostos da prefeitura de Campo Grande. Os débitos fiscais somam R$ 490 mil em 11 ações que correm ou correram na Justiça estadual. O empresário tem negócios imobiliários em Campo Grande, como loteamentos, e cria gado na região do Pantanal.
COMPRAS PARA LULA – Costamarques fez duas compras que teriam beneficiado Lula, segundo acusação dos procuradores da Lava Jato que foi aceita pela Justiça. Além de ter comprado o apartamento vizinho ao de Lula por R$ 504 mil em 2010, ele adquiriu uma área para o Instituto Lula por R$ 6 milhões – a defesa do ex-presidente nega que esse terreno seria para a sede do instituto. Costamarques também emprestou o endereço de uma empresa que foi sua, a Bill Maker, para um dos filhos de Lula, Fábio Luís.
Em acordo de delação, a Odebrecht disse ter repassado R$ 12,4 milhões para essas duas operações.
Engenheiro aposentado da Rede Ferroviária Federal, Costamarques, 77, é primo de terceiro grau de José Carlos Bumlai, empresário e pecuarista também de Campo Grande, que se tornou amigo de Lula e iniciou a reforma no sítio em Atibaia que foi finalizada pela OAS e Odebrecht.
VERSÕES DIFERENTES – Costamarques já disse a procuradores da força-tarefa da Lava Jato que foi Bumlai quem o introduziu no círculo de Lula e, sobretudo, do advogado Roberto Teixeira, advogado e amigo de Lula.
Ele já apresentou versões diferentes para os negócios que fez. No começo, disse que comprou o apartamento vizinho ao de Lula a pedido de Bumlai. Depois afirmou que foi Teixeira quem recomendara o negócio. Já contou que abatera o valor do aluguel dos negócios que mantinha com Teixeira. Neste mês relatou que só recebera o montante dos aluguéis depois da prisão de Bumlai, em 2015.
Procurado, Costamarques não ligou de volta. A Folha não conseguiu contato com os advogados dele em Campo Grande. O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, não quis se pronunciar.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Falta explicar muita coisa. Por exemplo: Quem paga o IPTU? E quem paga o condomínio? São obrigações do locatário – no caso, Lula e Marisa. Mas nos recibos não consta pagamento de IPTU nem condomínio.(C.N.)


30 de setembro de 2017
Mario Cesar Carvalho
Folha

RECEITA CONSTATA QUE GLAUCO COSTAMARQUES ERA APENAS "LARANJA" DE LULA

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O dono do apartamento vizinho ao de Lula, o empresário e engenheiro Glaucos da Costamarques, não tinha renda para comprar um terreno que seria destinado ao Instituto Lula nem o imóvel ao lado ao do ex-presidente. Há também fortes indícios de que ele seja um laranja, tudo segundo análise feita pela Receita Federal.  Costamarques comprou o apartamento e os direitos do terreno em 2010. Pagou R$ 504 mil pela cobertura vizinha à de Lula e R$ 6,6 milhões pelo terreno. Naquele ano ele registrou um prejuízo de R$ 3.800 em atividades rurais, e seus rendimentos foram de R$ 57,2 mil (média mensal de R$ 4.800), segundo a análise fiscal.
A Receita suspeita de três das principais fontes de recursos de Costamarques: dois empréstimos feitos pelos dois filhos, num total de R$ 1,66 milhão, e R$ 800 mil pagos por uma construtora de Salvador, a DAG, que era usada pela Odebrecht para distribuir propina, conforme relato da empresa em sua delação.
LAVAGEM DE DINHEIRO – “Há razoável suspeita de que em alguns anos (especialmente 2010, 2011 e 2013), além da possibilidade de sonegação de receitas, as contas bancárias de Glaucos da Costamarques podem ter sido utilizadas apenas como interposição para passagem de expressivos valores de terceiros”, diz o texto da Receita.
Interposição é um jargão usado para designar laranja. E a análise fiscal faz parte da ação penal em que Lula e Costamarques são réus. A suspeita em torno do ex-presidente é que ele tenha se beneficiado do apartamento sem pagar aluguel —o que Lula nega enfaticamente. O instituto preferiu outra área para abrigar a sua sede.
Já o empresário é acusado de ter ajudado Roberto Teixeira, advogado e amigo de Lula, a comprar os imóveis com recursos da Odebrecht, desviados da Petrobras, o que a defesa de Lula nega.
HOMEM DE SUCESSO? – A análise da Receita Federal derruba a definição de Teixeira sobre o empresário. Em depoimento ao juiz Sergio Moro, o advogado pintou Costamarques como homem de sucesso: “Ele era um investidor, um pecuarista, um fazendeiro, uma pessoa de grandes posses e estava em São Paulo, e entre as atividades que buscava, era investimento imobiliário”.
Na acusação, os procuradores dizem que o empresário não tinha capacidade econômica para fazer a compra do terreno por R$ 6,6 milhões à vista, segundo o contrato de compra e venda. Em 2010, todos os bens dele valiam R$ 4,8 milhões.
O juiz Sergio Moro ironizou em audiência no início deste mês com o empresário o valor da comissão de R$ 800 mil que ele recebeu da DAG por ter supostamente adquirido os direitos sobre o terreno.
CULPA DE TEIXEIRA – No interrogatório, o engenheiro afirmou que quem providenciou toda a sua participação na compra do terreno foi Teixeira, o advogado de Lula. “O senhor não acha que recebeu R$ 800 mil sem ter feito nada?”, disse Moro. E acrescentou: “Eu queria arrumar um advogado desses para mim”, referindo-se a Teixeira.
O escritório de Teixeira, que teria feito todo o trabalho para a aquisição do terreno, ganhou da DAG um valor muito menor do que o pago a Costamarques: R$ 234 mil.
O empresário contou ao juiz Moro que Teixeira lhe pediu que os R$ 800 mil que recebera fossem devolvidos em dinheiro vivo. Ele conta ter devolvido R$ 650 mil, retirados por um carro blindado. Teixeira nega que tenha feito esse pedido.
É MESMO LARANJA – A análise da Receita Federal apresenta outros indícios de que Costamarques seria laranja de alguém. Segundo a Receita, o empresário recebeu R$ 425 mil em 20 de julho de 2010 em sua conta no Banco do Brasil. Questionado pelo empresário sobre a origem desse depósito, o BB respondeu que “não foi possível verificar o remetente do crédito”.
O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, afirma que o empresário não é laranja: “Glaucos da Costamarques é o proprietário do apartamento locado à dona Marisa. Há provas de que ele comprou o imóvel com recursos próprios, por meio de três cheques administrativos emitidos de sua conta bancária”.
O advogado de Costamarques, João Mestieri, não foi localizado pela reportagem. Teixeira diz em nota que sua “atuação foi exclusivamente como advogado, na análise jurídica e elaboração de contratos e demais instrumentos necessários para a compra do imóvel”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Não há novidade na notícia de que Costamarques era laranja, é a apenas a confirmação. O mais curioso da matéria é a declaração do Banco do Brasil, de que “não foi possível verificar o remetente do crédito”. Deve ser Piada do Ano e a Polícia Federal precisa enquadrar o responsável por essa “informação” oficial do BB. É uma omissão grave, que não pode ser admitida pela PF. (C.N.)


30 de setembro de 2017
Mario Cesar Carvalho e Felipe Bächtold
Folha