"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 30 de setembro de 2017

MINISTRO VAI PROPOR AO TCU REABERTURA DE PROCESSO QUE ENVOLVE PARENTES DE JUCÁ

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Charge do Baptistão (El País)
O ministro André Luís de Carvalho, do Tribunal de Contas da União (TCU), levará ao plenário do tribunal na próxima semana a proposta de reabertura de processo que envolve parentes do senador Romero Jucá (PMDB-RR), em razão de novos elementos colhidos na operação Anel de Giges. Nesta quinta-feira, a Polícia Federal deflagrou a operação, que tinha como alvos filhos e ex-enteadas de Jucá, líder do governo no Senado.
A Anel de Giges investiga suposto desvio de R$ 32 milhões com a compra superfaturada de terreno e com obras do programa Minha Casa, Minha Vida. Dois filhos de Jucá e duas ex-enteadas dele foram indiciados pela PF por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
SUPERFATURAMENTO – Segundo as investigações, a Fazenda Recreio, em Boa Vista, que era de propriedade de dois filhos e duas ex-enteadas de Jucá, indiciados pela PF na operação, valia R$ 3, 5 milhões, mas teria sido vendida por um valor superfaturado para obra do programa Minha Casa, Minha Vida.
A PF informa que há documentos contraditórios sobre o valor de venda: uns citam R$ 4,5 millhões e outros, R$ 7 milhões. No local, foi construído o residencial Vila Jardim, com mais de 2 mil apartamentos populares. A obra, financiada pela Caixa Econômica Federal, custou R$ 185 milhões.
A Polícia Federal investiga as transações envolvendo a venda desse terreno e suspeita e a fiscalização e aprovação pela Caixa Econômica Federal para a construção do empreendimento Vila Jardim.
ARQUIVAMENTO – No ano passado, o Tribunal de Contas da União analisou , em parte, esse caso e concluiu que não havia irregularidades na avaliação de mercado do terreno. Segundo a assessoria do tribunal, foi verificado que o valor pago pelo terreno foi de R$ 4 milhões. Avaliação da Caixa mostrava que o terreno valia R$ 5,2 milhões. Diante disso o tribunal concluiu que não havia excedente de preço. Essa apuração do TCU foi feita com base nas explicações da Caixa.
A Polícia Federal suspeita de falhas da Caixa nesse caso. Diante das novas revelações das investigações, o ministro André Luís decidiu levar a proposta de reabertura do caso ao plenário do TCU – que pode aprovar ou rejeitar a proposta.
Caso seja aprovada, ao fim da nova fiscalização, os envolvidos podem ter que pagar multa, e o tribunal até decretar a indisponibilidade dos bens dos responsáveis por prejuízo ao erário.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O senador Romero Jucá nega irregularidades e afirma que a operação é uma “agressão a mim e à minha família”. Pode até ser, mas acontece que tudo o que provém da famiglia Jucá é suspeito e merece ser investigado. Apenas isso. O senador se considera “perseguido”, o ex-presidente Lula diz o mesmo. Certamente, ainda deve haver quem acredite neles. (C.N.)

30 de setembro de 2017
Camila Bomfim
TV Globo, Brasília

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