"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

GARCIA MÁRQUEZ: DISCUSSÃO IMPOSSÍVEL?


Artigos - Cultura
fidelggb
Sobre os intelectuais, o marxismo tem exercido uma poderosa e venenosa atração. Essa ideologia lhes provia a “ilusão da consciência total”.

A torrente de elogios que Gabriel García Márquez recebe de maneira póstuma, horas depois de sua morte no México, não é imerecida se pensa-se no formidável homem de letras que ele era. Entretanto, o prêmio Nobel de literatura foi também um ativista que aderiu a teses políticas repudiáveis que o levaram a cometer erros cujos efeitos recaíram sobre sua pátria e seus compatriotas. Esse aspecto de sua vida trata de ser convertido por alguns em um tabu acerca do qual está proibido discutir. Nademos pois contra a corrente, para que a liberdade de pensamento não seja sepultada pelo peso esmagador de alguns elogios a um homem que dizia lutar pela liberdade, ao mesmo tempo em que defendia a ditadura mais liberticida que o continente americano tenha conhecido.
Gabriel García Márquez, é necessário dizer, não teve inteireza de caráter, nem a grandeza moral de romper com o castro-comunismo. Sua amizade com Fidel Castro foi indefectível e não se limitava ao campo literário. O escritor colombiano nunca questionou os crimes dessa ditadura. Todavia, os motivos sobravam para que o fizesse. Outros intelectuais latino-americanos de idêntica excelência à dele e de sua mesma geração, como Octavio Paz, Mario Vargas Llosa, Julio Cortázar e Plinio Apuleyo Mendoza, atraídos num primeiro momento pelo “anti-fascismo” e o “anti-imperialismo” da URSS, e depois pela chamada “revolução cubana” (involução cubana, deveríamos chamá-la), tiveram o valor e a lucidez de romper um dia com esse totalitarismo.
García Márquez persistiu, pelo contrário, até seu último dia em sustentar um tirano que não só arruinou, oprimiu e levou seu próprio povo a níveis incríveis de abjeção social, durante mais de cinqüenta anos, senão que propinou tremendos golpes às liberdades e fortes danos às economias latino-americanas. As sangrentas aventuras guerrilheiras e terroristas que Fidel Castro impulsionou durante décadas na América Latina para exportar o socialismo policialesco que ele havia instalado na ilha, levaram não só à fanatização e morte a milhares de jovens manipulados do continente, senão que provocaram a emergência de violentas ditaduras militares no Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Uruguai, Peru, Guatemala, que por sua vez arrasaram durante anos os valores democráticos. Essa empresa depredadora e anacrônica do castrismo continua em pleno auge hoje na Colômbia onde, todos os dias, e em meio de um falso “processo de paz”, cobra vidas de civis de todas as classes sociais e de abnegados militares e policiais. Não posso deixar de pensar neles, nessas vítimas, sobretudo nas mais recentes e mais anônimas, ignoradas e eclipsadas nestes momentos pela catarata de “adeuses” ao autor de Cem anos de Solidão.
O escritor colombiano nunca teve a têmpera daqueles, como Arthur Koestler, André Gide, Ignazio Silone, Louis Fischer, que foram capazes de se livrar de suas crenças políticas quando descobriram o horror que elas promoviam. O grande gênio literário de García Márquez, que ninguém questiona, ficará manchado para sempre por essa atitude, por sua surpreendente amizade com Fidel Castro e por sua lealdade, nunca desmentida, a um sistema que se apoderou, até 1999, de uma terceira parte do planeta, e que produziu o regime “mais desumano da história da humanidade e a ameaça mais grave que o gênero humano tenha jamais encontrado”, segundo a conhecida fórmula de Arthur Koestler.
Tad  Szulc, em sua excelente biografia de Fidel Castro, conta que a “adoração” de Gabriel García Márquez pelo ditador cubano “tornou-se evidente em um breve e primeiro retrato que ele escreveu intitulado ‘Mi hermano Fidel’, baseado em conversações com Emma, a irmã de Castro”. O célebre repórter do New York Times acrescenta: “A amizade que os une é tão íntima que, quando o colombiano vai a Cuba, amiúde conversam sem cessar durante oito ou dez horas, e depois continuam vários dias com suas noites”. Escritas em 1986, essas linhas jamais perderam a vigência. Em 2006, já doente, García Márquez viajou a Havana para assistir ao 80º aniversário do decrépito ditador e proclamar seu desejo de que esse homem chegasse até os 100 anos.
Essa fascinação pelo poder despótico, denunciado paradoxalmente por García Márquez em um de seus livros, ficou manifesta, de novo, em sua relação, menos intensa, com Hugo Chávez. Ele por acaso não escreveu, em agosto de 2000, que durante um vôo entre Havana e Caracas, o venezuelano lhe contou sua vida e que isso lhe havia permitido descobrir “uma personalidade que não correspondia em nada à imagem de déspota que os meios de comunicação lhe deram”?
Como milhares de outros escritores e poetas dos cinco continentes, Gabriel García Márquez foi agarrado um dia pela maquinaria comunista que fazia dos intelectuais mais uma “frente” de luta. Deles, alguns ficaram nesse abismo a vida toda. Outros saíram dali de alguma maneira. Entre os primeiros o mais conhecido na América Latina foi Pablo Neruda, que fez horríveis odes a Stalin e votava nos congressos internacionais de escritores como lhe ordenava o partido.
Ninguém reprova que García Márquez tenha aderido às teses marxistas em sua juventude. Reprovam-lhe que não tenha rompido quando viu com seus próprios olhos, como lhe ocorreu em Cuba, nas oficinas de Prensa Latina primeiro, e com o caso de Heberto Padilla depois, a podridão que essa ideologia engendrava. Reprovam-lhe haver seguido nessa história depois do fuzilamento de três jovens negros e do encarceramento e condenação de 75 opositores a longas penas de prisão. Reprovam-lhe suas descrições grotescas de Fidel Castro como um homem “com alma de criança”, e como um “dos maiores idealistas da História”. E suas críticas vacilantes e inconstantes ante as atrocidades das guerrilhas colombianas.
Sobre os intelectuais, o marxismo tem exercido uma poderosa e venenosa atração. Essa ideologia lhes provia a “ilusão da consciência total”. Czelaw Milosz, prêmio Nobel de literatura de 1980, ao descrever essa problemática observou que o marxismo chegou a aparecer ante muitos como “um paraíso filosófico”. Outro intelectual, Raoul Calas, descreveu essa mesma corrente como “uma convicção filosófica completa e total”. Como não ser seduzido por esse espelhismo? 
As técnicas empregadas para prender a inteligência, tem sido objeto de investigações e reflexões. O filósofo francês Henri Lefebvre, que havia passado por essas forcas caudinas, assinalou em 1959 que os partidos comunistas “culpavam os intelectuais para amarrá-los a uma fidelidade”. Essa gente obtinha resultados importantes com um método relativamente atroz: com a prédica incansável, verbal e escrita, destinada a fazê-los caminhar contra eles mesmos, contra sua família, contra sua classe, contra sua cultura, contra sua educação e se sentir, finalmente, culpados de não ser proletários.
Precisamente, como observa com grande precisão a investigadora Jeannine Verdès-Leroux, “o anti-intelectualismo praticado pelas direções comunistas se acompanhava de uma visão cientista e produtivista da sociedade, concepção que era vista como a única capaz de tirar o homem de sua pré-história e de fazê-lo entrar na História”. Vale a pena voltar sobre estes temas, sobretudo na Colômbia de hoje, para tratar de nos explicar o caso García Márquez e para poder combater com certa eficácia os esforços de recrutamento totalitário que existem ainda hoje em nosso continente.

21 de abril de 2014
Eduardo Mackenzie
Tradução: Graça Salgueiro

TRÊS COISAS QUE DESTACO NA PESQUISA IBOPE


 
A primeira constatação interessante que o Ibope permite é dizer que quanto mais alta a faixa etária e quanto mais baixa a escolaridade, maior a insatisfação dos brasileiros. Os mais velhos e os menos instruídos, o que é surpreendente, são, no momento da pesquisa, os mais insatisfeitos. Acaba a lenda do "grito das ruas" como o fator que decidirá a eleição. A maioria silenciosa ainda domina.
 
Segundo dado revelador. Aécio Neves tem uma intenção de voto bem mais baixa do que os outros candidatos junto ao sexo feminino. Sem dúvida alguma, é o efeito Dilma e Marina. O povo está avisando que quer uma vice mulher. Atenção: não é qualquer mulher, é mulher que agregue mensagem, força e liderança. Não é mulher-região. É mulher perfil. É decisão das mais estratégicas para uma vitória que se revela possível.
 
Por fim, uma terceira manifestação do eleitor que impressiona na pesquisa do Ibope: há praticamente um empate técnico entre Aécio e Dilma entre aqueles que querem mudança e que já são a grande maioria. No Sul (15% x 14%) e no Sudeste (24% x 21%), Aécio Neves já ultrapassou Dilma Rousseff como o mais preparado para fazer as mudanças desejadas pelo eleitor. Por sexo, idade e faixa etária, entre os que desejam mudanças, a petista tem apenas 24% contra 22% do tucano.
 
Há muito tempo, não havia uma pesquisa tão reveladora para a Oposição. Que seja bem interpretada.
21 de abril de 2014
in coroneLeaks

ENTRE ELEITORES QUE CONHECEM BEM OS CANDIDATOS, DILMA É DERROTADA TANTO POR AÉCIO QUANTO POR CAMPOS


 
Os candidatos a cargos públicos costumam repetir que agora ainda é cedo para analisar o cenário eleitoral, pois a maioria dos brasileiros ainda não está conectada à disputa de outubro e poucos eleitores conhecem neste momento todos os principais nomes na corrida pelo Palácio do Planalto.
É tudo verdade. Segundo a mais recente pesquisa Datafolha, realizada nos dias 2 e 3 deste mês, apenas 17% dos eleitores afirmam conhecer "bem" ou "um pouco" os três principais pré-candidatos a presidente: Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Nesse universo, embora a margem de erro do levantamento se torne bem maior por causa do número pequeno de entrevistados, o resultado final é muito diferente daquele apurado quando é considerado o total da amostra do instituto.
 
No cenário testado apenas com eleitores que conhecem os três principais candidatos, Campos fica com 28%. É seguido por Dilma, com 26%. Aécio pontua 24%. Os três estão tecnicamente empatados. É que a margem de erro sobe para cinco pontos percentuais, para mais ou para menos. No âmbito geral da pesquisa, essa margem chega a apenas dois pontos percentuais.
 
O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, faz um alerta: "Os eleitores que conhecem os três candidatos são os que mais acessam o noticiário, ou seja, são os mais escolarizados, de renda mais alta etc. Nada indica que o eleitor típico de Dilma, ao conhecer Aécio e Campos, deixará de votar nela". Ou seja, a oposição não terá certeza de sucesso se garimpar apoio apenas entre os que já conhecem e votam em Dilma sem saber direito quem são Aécio e Campos.
A jazida inexplorada de votos à disposição de adversários do PT --e também aberta para a própria presidente Dilma-- está no vasto grupo de eleitores que não vota na candidata governista e ainda não conhece muito bem as opções em jogo para pensar em fazer uma mudança.
 
Em todos os cenários pesquisados pelo Datafolha, no levantamento completo, a petista pontua de 38% a 43% e aparece à frente dos demais candidatos. O restante dos eleitores prefere outros nomes, está indefinido ou vota em branco, nulo ou em nenhum candidato.
 
Ainda dentro do universo dos que dizem conhecer bem Dilma, Aécio e Campos, desaparece o amplo favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, registrado em todas as pesquisas até agora. Quando é ele, e não Dilma, o candidato, seu percentual chega a 32%. Aécio e Campos pontuam 23% cada um.
 
Se Campos é substituído pela ex-ministra e ex-senadora Marina Silva como candidata do PSB a presidente, ela fica com 34% e lidera numericamente a pesquisa contra 23% de Dilma e 25% de Aécio --tudo no universo dos que dizem conhecer os três principais nomes na disputa. Marina Silva também permanece competitiva se disputar nesse nicho eleitoral contra Lula e Aécio. Nesse cenário, a ex-senadora pontua 32%. O ex-presidente registra 29% e o tucano tem 24%. Na semana passada, no entanto, o PSB confirmou que a chapa da legenda terá Campos como candidato e Marina na vaga de vice.
SEGUNDO TURNO
 
Nas simulações de segundo turno feitas pelo Datafolha com esse grupo de 17% dos eleitores que conhecem Dilma, Aécio e Campos, os vitoriosos são sempre de oposição --com uma vantagem fora da margem de erro. Numa eventual disputa entre Dilma e Aécio, a petista seria derrotada porque sua marca é de 31% contra 47% do tucano. Na hipótese de embate com Campos, o socialista registra 48% contra 31% da atual ocupante do Palácio do Planalto.
 
(Folha de São Paulo)
 
21 de abril de 2014
in coroneLeaks

FAMÍLIA DE EX-DIRETOR DA PETROBRAS COMPROU 13 IMÓVEIS NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS


Paulo Roberto Costa, com mulher e filhas, tem transações registradas de pelo menos 5,8 milhões de reais. Imóveis estão avaliados em 14,4 milhões


Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras (Folhapress)


Acusado pela Polícia Federal de ser um dos líderes de um esquema de lavagem de cerca de 10 bilhões de reais, o engenheiro mecânico Paulo Roberto Costa teve, na Petrobras, uma carreira invejável. Funcionário de carreira, conseguiu, desde que entrou na estatal, em 1977, chegar ao posto de diretor de Abastecimento, em 2004. A carreira bem-sucedida teve, no entanto, uma fase meteórica de acúmulo de capital nos últimos cinco anos.

Nesse período, de acordo com um levantamento feito pelo site de VEJA, Costa, a mulher, duas filhas e dois genros adquiriram nada menos que treze imóveis no Rio de Janeiro – num período de preços nas alturas. Os valores das transações registrados em cartório chegam a 5,8 milhões de reais. Não estão na soma duas salas comerciais nas quais a família investiu uma parte de seu capital.

Costa está preso por suspeita de ter cometido crimes como lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e participação em organização criminosa – delitos pelos quais foi indiciado na última quarta-feira pela Polícia Federal com a conclusão da primeira etapa da operação Lava-Jato. Ele também é investigado por evasão de divisas e corrupção. Os investigadores suspeitam que o ex-diretor tenha se associado ao doleiro Alberto Youssef para articular negócios e que tenha recebido propina de fornecedores da estatal. Há indícios de que Costa recorria ao doleiro para ocultar recursos de origem ilícita. Já se sabe que Youssef comprou para o ex-diretor um Land Rover Evoque blindado, avaliado em 300.000 reais.

A suspeita é que essa compra foi viabilizada por recursos mantidos por Costa no exterior, embora a defesa dele alegue que foi apenas a remuneração por serviço de consultoria prestado ao doleiro. Os policiais analisam se parte desse dinheiro foi utilizado para abastecer políticos e partidos. Vai ser verificado se Costa contava também com a ajuda da esposa (Marici Costa), das duas filhas (Arianna e Shanni Bachmann) e dos genros (Humberto Mesquita e Márcio Lewkowicz) para esconder o patrimônio.

Os registros em cartório mostram que o ex-diretor e a família fizeram uma rodada de compras de imóveis da Península, reduto de luxo na Barra da Tijuca monitorado por seguranças privados. O histórico de negociações inclui também a aquisição de um terreno em situação irregular de 2.800 metros quadrados, por 200.000 reais. A transferência de propriedade, no entanto, não foi concluída, porque a prefeitura do Rio considera o loteamento ilegal desde agosto de 2012.

Em diversas transações, os valores registrados em cartório ficaram abaixo da avaliação de mercado e da avaliação da Prefeitura do Rio de Janeiro na cobrança do Imposto de Transmissão de Bens Imobiliários (ITBI). Apesar de a compra de onze dos imóveis ter sido registrada por um gasto total de 5,8 milhões de reais, essas aquisições valiam 6,5 milhões de reais no momento em que foram feitas, de acordo com dados da Prefeitura do Rio. Uma avaliação feita pelo presidente da imobiliária Patrimóvel, Rubem Vasconcelos, a pedido do site de VEJA, estima valor atual de 14,4 milhões de reais aos imóveis adquiridos pela família de Costa desde 2009, sem considerar o terreno irregular em Vargem Pequena.

De acordo com investigadores ouvidos pelo site de VEJA, transações imobiliárias costumam ser subavaliadas em cartório para que o comprador efetue parte do pagamento com dinheiro de caixa dois, fora do sistema bancário, ou para que economize no gasto com impostos. Um dos indícios de que Costa mantinha uma espécie de “caixa dois” de recursos ilícitos foi a apreensão, na casa dele, de cerca de 1,2 milhão de reais, em notas de dólar, euro e real.

Costa tinha um salário alto como diretor de Abastecimento da Petrobras, cargo que ocupou de maio de 2004 a abril de 2012. Em 2011, a remuneração anual média dos sete diretores da estatal era de 1,7 milhão de reais, entre salário fixo e bônus. A atual residência de Costa, uma casa no condomínio Riomar IX, no Recreio dos Bandeirantes, foi adquirida em setembro de 2003 por 500.000 reais. Na época, ele era diretor-superintendente da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia Brasil. Em abril de 2005, Costa vendeu um apartamento de 214 metros quadrados que tinha no condomínio Villa di Genova pelo valor declarado de 400.000 reais.

Mas foi em 1º abril de 2009 que começou a acumulação de imóveis como investimentos. Nessa data, a mulher de Paulo Roberto Costa, Marici, oficializou a compra de um apartamento do ex-senador Ney Suassuna (PMDB). O partido de Suassuna foi um dos padrinhos da manutenção de Costa como diretor da Petrobras, junto com o PP e o PT.

Conforme o registro em cartório, Marici pagou 220.000 reais por um quarto e sala de 50 metros quadrados no flat Barra Royal Plaza, na Avenida Lúcio Costa, de frente para o mar. Foi, por assim dizer, um excelente negócio. Outros compradores tiveram de efetuar desembolso maior por uma unidade no mesmo local nesse período.

Em 26 de fevereiro de 2009, um apartamento na mesma coluna do prédio, três andares acima, e do mesmo tamanho, foi vendido por 290.000 reais. Em 4 de maio daquele ano, outra unidade, com a mesma área habitável, foi negociada por 350.000 reais.

Entre março de 2012 e setembro de 2013, a família de Costa comprou quatro salas no condomínio comercial Península Office, na Barra da Tijuca. Paulo Roberto adquiriu uma das unidades com a mulher; a filha Shanni comprou outra; e Arianna, outra filha, com o marido Márcio levaram outras duas. A sala 913 do condomínio era considerada a sede da consultoria Costa Global, mantida pelo ex-diretor desde que deixou a Petrobras, e foi alvo de mandado de apreensão. No local, foram apreendidos documentos e um HD pela Polícia Federal.

Duas dessas salas foram vendidas pelas mesmas pessoas. Curiosamente, foi registrada na escritura a venda exatamente pelo mesmo valor pago por eles à construtora Cyrela, que lançou o empreendimento. Uma sala saiu por 219.095,10 e outra por 218.771,37. Ou seja, é como se os intermediários não tivessem lucrado na revenda, um indício de que a compra foi subfaturada, de acordo com fontes do mercado imobiliário.

Outra transação suspeita foi a aquisição de um apartamento de 107 metros quadrados, com dois quartos e uma vaga de garagem, no condomínio Península Saint Martin. A compra foi registrada em 27 de fevereiro de 2013 com o valor de 680.000 reais, exatamente o mesmo montante desembolsado um ano antes pelos vendedores. Arianna já revendeu o imóvel para a Troika Empreendimentos Imobiliários em 30 de setembro do ano passado, por 1,2 milhão de reais. Vasconcelos, presidente da Patrimóvel, estranhou a expressiva variação de preços em pouco mais de sete meses: “Um imóvel no condomínio Saint Martin não dobrou de preço no ano passado”.

Nesse mesmo condomínio, Arianna e o marido Márcio compraram outros dois apartamentos, um com quatro quartos e outro com dois quartos. A menor unidade saiu por 497.205 reais em março de 2010 e a maior por 1,2 milhão de reais em outubro de 2013. Sem considerar a compra de uma sala comercial, o casal registrou gastos de pelo menos 3,9 milhões em imóveis nos últimos cinco anos.

No mesmo período, Shanni, a outra filha de Paulo, e o marido Humberto fizeram aquisições com o valor declarado de 1,18 milhão de reais, sem considerar uma sala comercial no Península Office. Paulo e a esposa Marici aparecem nos documentos de cartórios como responsáveis pelo gasto de 639 mil reais desde 2009, a menor fatia das despesas imobiliárias da família.

Ocultar a propriedade de um Land Rover rendeu um indiciamento por falsidade ideológica a Paulo Roberto Costa. Se os policiais e o Ministério Público Federal constatarem que familiares ajudaram a ocultar outros bens, eles também podem ser acusados por lavagem de dinheiro, de acordo com fontes que acompanham as investigações da Lava-Jato. Em caso de condenação, somente esse crime dá até 10 anos de prisão.


     
Vista aérea da refinaria de Pasadena, comprada pela Petrobras no Texas - Gilberto Tadday

21 de abril de 2014
Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
Veja.com

 

PSICOPATAS DO PT PERSEGUEM DIPLOMATA BRASILEIRO E MANTÉM SENADOR BOLIVIANO NA SITUAÇÃO DE PRESO POLÍTICO DO ÍNDIO COCALEIRO EVO MORALES CUMPRINDO PENA NO BRASIL


O diplomata Eduardo Saboia foi lançado ao ostracismo pelos psicopatas do PT que dominam o Itamaraty
Protagonista de uma história com roteiro cinematográfico, com direito a fuga e ameaças, o diplomata Eduardo Saboia vive em um limbo desde que trouxe ao Brasil o senador boliviano Roger Pinto Molina. O ex-parlamentar de oposição era perseguido pelo governo de Evo Morales e ficou asilado, com o aval do governo brasileiro, por 455 dias na Embaixada do Brasil na Bolívia. Servidor de carreira, Saboia é ministro-conselheiro do Ministério das Relações Exteriores.
 
Após a epopeia com a fuga de Molina para o Brasil, ele se tornou alvo de processo disciplinar que se arrasta há oito meses na comissão de sindicância do Itamaraty – e não tem prazo para ser concluído. Na última quarta-feira, o colegiado voltou a empurrar a decisão se ele deve ou não ser punido pelo episódio: prorrogou os trabalhos por mais 30 dias, como vem ocorrendo sucessivamente desde outubro. Enquanto aguarda uma deliberação sobre o caso, Saboia foi deixado na geladeira e lotado em uma função administrativa. Constrangido, ele pediu licença do cargo no dia 8.
 
Ex-encarregado de Negócios na Embaixada brasileira, Saboia tem 46 anos, metade deles vividos no Itamaraty. A atuação do diplomata era considerada impecável pelo Ministério das Relações Exteriores e lhe rendeu, inclusive, uma condecoração pelo ex-presidente Lula com a medalha da Ordem do Rio Branco. No entanto, a carreira foi interrompida após, diante da inoperância do governo brasileiro, ajudar o senador a escapar das ameaças da tropa comandada por Morales. Molina denunciou o envolvimento de autoridades bolivianas com o tráfico de drogas. 
 
Logo ao chegar ao Brasil, no final de agosto, Saboia foi afastado de suas funções e tornou-se objeto de investigações de uma sindicância interna do órgão. Um relatório final, que deve ser elaborado por uma comissão, decidirá se o diplomata deve ou não ser punido. As medidas disciplinares aplicáveis vão desde uma advertência à demissão do cargo.  
 
Com o futuro incerto, o diplomata foi realocado no cargo secundário de assessor no departamento de Assuntos Financeiros e de Serviços do Itamaraty – uma função administrativa, sem status de chefia nem gratificações que tinha como ministro. “Isso é um assédio moral do ponto de vista de não conceder qualquer atividade na altura do que ele possa exercer. Hoje ele está sentado em uma cadeira sem fazer nada”, afirma a defesa de Saboia, o advogado Ophir Cavalcante.
(...)
 
Senador Roger Pinto Molina permanece também com a situação indefinida no Brasil, como se fosse um preso político do índio de araque Evo Morales cumprindo pena no Brasil.
A presidente Dilma Rousseff classificou o episódio como uma “quebra de hierarquia” e disse que a embaixada brasileira na Bolívia é “extremamente confortável”. Do outro lado, Saboia alegou que, por “questões humanitárias”, não poderia deixar uma pessoa viver daquela forma em uma dependência do Brasil. O diplomata ainda alegou que informou o Itamaraty somente após o episódio por motivos de segurança. Como consequência, o então ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, foi exonerado.
 
“O governo brasileiro deixou que o instituto do asilo se transformasse em uma situação de violação da dignidade de uma pessoa que estava sob os nossos cuidados. Isso é muito sério e é algo que deveria ser investigado: quem é o responsável ter deixado isso chegar até esse ponto?”, questiona Saboia. “Eu não tive outra opção além daquela para preservar a vida de uma pessoa e a imagem do meu país.”  
 
Assim como Saboia, o senador boliviano ainda não teve a situação definida. Molina espera aval do governo Dilma para morar legalmente no Brasil enquanto está abrigado, de favor, na casa do senador Sérgio Petecão (PSD-AC), em Brasília – hoje ele pode permanecer no país graças ao refúgio provisório concedido pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare).   
Questionada pela reportagem sobre o motivo da demora para a conclusão dos trabalhos da sindicância e o cargo incompatível exercido por Saboia, a assessoria de imprensa do Itamaraty afirmou que não iria comentar o caso.
 
21 de abril de 2014
in aluizio amorim

E NA PÁTRIA DE CHUTEIRAS...



E PHOD@-SE!!!
 
21 de abril de 2014
omascate

VENEZUELA CONTINUA EM CLIMA DE PRÉ-GUERRA CIVIL COM ESCASSEZ E ANARQUIA.

Veja 7 minutos de luta entre povo desarmado e soldados-paramilitares do ditador Maduro, o colombiano que manda e massacra na Venezuela

CIVIS LUTAM CONTRA POLICIAIS E PARAMILITARES DO TIRANETE NICOLÁS MADURO.

Veja AQUI o vídeo da guerra civil na Venezuela

O vídeo acima reporta cenas ocorridas na noite deste domingo em Chacao, cidade da área metropolitana de Caracas, quando se vê manifestantes encurralando a polícia a paus, pedras e coquetéis molotov. São cenas que a grande mídia escamoteia dando uma idéia de que está tudo voltando ao normal na Venezuela, o que é uma deslavada mentira.

Quem acompanha o noticiário internacional apenas por meio de veículos da grande mídia tem a impressão que a crise na Venezuela arrefeceu e que o tiranete Nicolás Maduro conseguiu controlar tudo depois da malfadada reunião no Palácio Miraflores, destinada ao “diálogo”, que contou coma presença da Oposição.

Entretanto, a verdade é que nada mudou na Venezuela. Nem um milímetro. A população continua sob o assédio da polícia e dos ‘coletivos’, bandos armados paramilitares que foram instituídos já durante o reinado do defunto caudilho Hugo Chávez, com assessoria cubana.

Além do terrorismo de Estado os venezuelanos continuam enfrentando a escassez de alimentos, uma estratégia antiga dos comunistas para anular a participação política dos cidadãos que passam a viver o dia a dia correndo atrás dos alimentos. Isto acontecia na ex-URSS e na ex-Alemanha oriental, e ocorre há meio século em Cuba e também na Coréia do Norte.

De fato não existe diálogo de paz coisa nenhuma e ficou muito claro que a decisão do líder oposicionista Henrique Capriles, de participar daquela reunião no Palácio Miraflores, foi um desastre total, já que legitimou o mandato do tiranete Nicolás Maduro.

Capriles foi àquela reunião sem impor qualquer condição. Nem mesmo exigiu que Leopoldo López, considerado atualmente como o maior líder oposicionista venezuelano, fosse libertado. López continua preso há mais de dois meses sem julgamento. E ainda há mais três prefeitos oposicionistas também encarcerados nas masmorras da política política do regime. Estão presos justamente porque se negaram a ceder aos caprichos do psicopata Nicolás Maduro que não hesita em prender e assassinar. Maduro é um assassino sanguinário que foi treinado na juventude em Cuba. É homem de confiança de Fidel Castro e seu irmão Raúl.

As notícias procedentes da Venezuela atualmente circulam apenas pelas redes sociais, particularmente pelo Twitter, onde chovem dezenas de denúncias, fotos, vídeos e textos reportando o fato de que a situação no país continua a mesma, isto é, a violência impera. Inconformados com o terror, a fome, insegurança e a miséria impostos pelos psicopatas teleguiados de Havana os venezuelanos continuam nas ruas.

Anunciam também pelo twitter que durante esta semana deverão ocorrer protestos em todo o país contra lei editada pelo tiranete Nicolás Maduro, que determina a doutrinação comunista nas escolas, abrangendo desde o pré-escolar à universidade. Maduro transformou-se num ditador depois que a Assembléia Nacional lhe conferiu poderes para legislar por decreto. 

Apesar de tudo isso, a grande imprensa internacional continua tratando Nicolás Maduro como “presidente”, quando na verdade é um ditador comunista. A Venezuela já vive uma situação anárquica de pré-guerra civil.
 
21 de abril de 2014
Aluizio Amorim
in blog do navarro

UMA EXCELENTE IDÉIA

 

Comunismo – tanto pode significar o tipo de sociedade na qual a propriedade pertence à comunidade, cada pessoa recebendo o que necessita e tendo um trabalho de acordo com sua capacidade ou o movimento revolucionário que tenta estabelecer esse tipo de sociedade através da derrocada total do sistema capitalista, criando a ditadura do proletariado. (A Dictionary of Politics, Penguin, 1961)

Muito antes de Karl Marx, as extraordinárias sociedades ameríndias – incas, astecas, maias, sioux, apaches, moicanos, etc. – viviam em comunidades onde tudo era de todos e onde ninguém passava por necessidades de qualquer espécie. Eram felizes e sabiam disso. Tinham líderes para dirimir dúvidas e conflitos e um sacerdote, ou que outro nome tivesse, para sua orientação espiritual.

Ao conhecê-las, o europeu ambicionou suas terras e seus metais e mais poderoso nas armas, venceu-as com fúria. Mas não foram apenas as armas, as doenças contra as quais os indígenas não estavam imunizados muito ajudou na matança.

A história do mundo tem capítulos belíssimos e outros de uma hediondez absoluta. O nazismo foi das páginas mais abjetas, mas a liquidação das sociedades ameríndias não fica muito aquém dos horrores da II Guerra Mundial.


Marx escreveu belas páginas e Lenine inspirou-se nelas para derrubar o sistema perverso que dominava a Rússia, onde a servidão, em pleno século 20, não estava distante. Temos aqui a mania de só criticar a revolução russa, esquecendo o luxo nababesco da corte czarista diante da miséria degradante em que a grande maioria de seu povo vivia.

Infelizmente, a ideia central, que sob o comunismo a vida da sociedade seria guiada pelo princípio “de cada um de acordo com sua capacidade, para cada um de acordo com suas necessidades” e que, portanto, as diferenças entre classes, função social e propriedade desapareceriam, e que ao longo do tempo o Estado seria desnecessário, não vingou. Pelo contrário, surgiu a tenebrosa, por inculta e rude, ditadura do proletariado. O estado mais forte e cruel do que nunca.

Na China, outra bela página se desfez num miasma degradante. Mao Tsé Tung matou a fome milenar dos chineses, mas não conseguiu escapar da praga que o poder absoluto traz: a ambição desmedida e a crueldade desvairada.

Mas a roda continua a girar e li ontem no artigo do Elio Gaspari o que parece ser o início de outra página especial, desta vez por sua inteligência: o atual presidente da China, Xi Jinping, pretende mudar o padrão de combate aos larápios do tesouro chinês. O companheiro não vai preso, mas seu patrimônio é todo ele confiscado. “Condenar ladrão a viver como pobre talvez seja mais prático do que mantê-lo na cadeia”. (Uma Lição Que Vem Da China, Elio Gaspari, O Globo, 20/04/2014)

Será que essa belíssima ideia não pode vicejar aqui sem que antes haja uma revolução sangrenta? Será que não podemos aprender com a lição dos outros?

21 de abril de 2014
Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa

MAIS UM ESCÂNDALO ENVOLVENDO ESSA "ADMINISTRAÇÃO" INCOMPETENTE E CORRUPTA EM NOSSO PAÍS


VOCÊ SABE QUEM É O MARIDO DA graça foster???
"QUEM É O MARIDO DE GRAÇA FOSTER?
SÓ NOS RESTA DIVULGAR, JÁ QUE A MÍDIA NÃO O FAZ.

Mais uma vergonha....
E... como o PT é o dono do país, vai montando seu esquema para ficar para sempre. E até quando o país vai aguentar tanto ?
As eleições não mudam nada. O povão, cego, surdo e analfabeto (ou alfabetizado demais...) fazem fila para eleger outro similar.
Vocês vão saber aqui o outro lado que a imprensa comprada não mostra.
Quem é o marido de Maria Caveirão?

Saiba um pouco mais sobre a presidente da Petrobrás:
MARIA DAS GRAÇAS FOSTER = funcionária de carreira da Petrobrás e bastante próxima de Dilma, trabalharam juntas quando Dilma era secretária de Energia do Rio Grande do Sul. As duas cuidaram do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) – negócio que envolveu BP e Shell.

Casada com Colin Vaughan Foster.
E quem seria Colin Vaughan Foster?
Colin Vaughan Foster, marido de Graça Foster, leva a vida numa boa dentro da Petrobras.
Só nos últimos três anos, a C. Foster, empresa de propriedade de Colin Vaughan Foster, assinou 42 contratos, sendo 20 sem licitação, para fornecer componentes eletrônicos para áreas de tecnologia, exploração e produção a diferentes unidades do rentável nicho governamental.

Conhecida até agora nos corredores das Minas e Energias e da Petrobras como Maria Caveirão, ela tem tudo para fazer daquela enorme Casa d'Irene uma grande Casa Bem-Assombrada.

De tudo isso, o que se pode concluir, sem necessidade de qualquer dossiê, é que esse Clã Mac Dilma é muito maior e bem mais abonado do que a vã filosofia pode imaginar.

COLIN VAUGHAN FOSTER = m
arido da MARIA DAS GRAÇAS FOSTER, dono da C Foster Serviços e Equipamentos, empresário que já recebeu 614 milhões de Reais em 43 contratos com a Petrobrás.

E agora com a empresa na mão da esposa, vai receber quanto ?
Interessante, não? Conflitos de interesse, o que é isso mesmo?
Está explicado o porque no país do Pré-Sal, auto suficiente em produção de Petróleo e que segundo o Lula fará parte da OPEP em breve, se paga o combustível mais caro do mundo."
21 de abril de 2014
in blog do beto

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Arapongagem registra 359 chamadas e trocas de SMS entre Presídio da Papuda e Palácio do Planalto


Na página do PT no Facebook, a bronca contra a promotora Márcia
Pelo menos uma das cinco “tendências” da Polícia Federal e membros da cúpula da Agência Brasileira de Inteligência têm a informação de que, entre novembro do ano passado e março deste ano, foram registradas 359 chamadas e trocas de mensagens por SMS entre a Penitenciária da Papuda e o Palácio do Planalto.

Tal informação, se confirmada oficialmente (a tendência é ser negada), incendeia a guerra da cúpula do governo contra a promotora que ousou pedir a quebra de sigilo de ligações dos celulares nas coordenadas geográficas entre o presídio e a sede do governo da República Sindicalista do Brasil.
 
O Advogado Geral da União, Luis Inácio Adams, entrou com representação no Conselho Nacional do Ministério Público contra a promotora Márcia Milhomens Sirotheau Corrêa, do Ministério Público do Distrito Federal. A AGU alega que Márcia agiu de má fé por ter pedido ao Supremo Tribunal Federal a quebra do sigilo das ligações, sem fazer referência direta ao Palácio do Planalto.

O presidente Joaquim Barbosa ainda não autorizou o pedido de interceptação telefônica – que é regido pela Lei 9.296, de 1996. Barbosa pediu ao Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, que faça um parecer sobre o assunto. Em véspera de CPI-X-Tudo da Petrobras, o caso rende polêmicas na Praça dos Três Poderes.
 
Na tese da AGU, se houver uma quebra de sigilo de todos os celulares do Palácio do Planalto, estaria configurada uma invasão de privacidade do Poder Judiciário sobre as comunicações do Poder Executivo. Na letra morta da lei no papel, tudo é muito bonitinho. Segundo a AGU, Márcia agiu de forma “heterodoxa”.

O problema é que, em Brasília, todo mundo sabe, todos os telefones são monitorados – legal ou ilegalmente. Seja por “questões de segurança nacional” ou por arapongagem absolutamente fora da lei – praticada por agentes do governo ou por empresas de segurança. Ligações telefônicas, e-mails e SMS são escancaradamente espionados em Brasília. Só o falso moralismo do desgoverno não reconhece tal aberração.
 
A confusão foi gerada por uma inconfidência, feita no começo do ano, pelo Secretário de Indústria da Bahia. James Correia revelou à coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo, que, no dia 6 de janeiro, teve uma conversa, por celular, com o reeducando José Dirceu de Oliveira e Silva, hospedado na Papuda desde novembro de 2013, por condenação pelo Supremo Tribunal Federal no processo do Mensalão.

O advogado José Luiz Oliveira Lima, defensor de Dirceu, nega que tenha ocorrido tal ligação. Mas o caso acabou investigado pela promotora Márcia Corrêa – que agora é alvo da ira do Palácio do Planalto.
 
Agora, quem vai pagar o pato é a promotora Márcia Corrêa. Ela será intimada nesta terça-feira pelo CNMP a prestar esclarecimentos sobre seu pedido de quebra de sigilo indiscriminada das ligações celulares entre os dias 1º e 16 de janeiro de 2014.
O corregedor do CNMP, Alessandro Tramujas Assad, vai marcar a data para receber as alegações de Márcia e tomar seu depoimento sobre o caso. O absurdo é a promotora ser transformada vítima de uma “reclamação disciplinar”, por querer investigar se um preso usou o celular – fato absurdo, porém dos mais comuns em nosso falido sistema prisional tupiniquim.
 
Bisbilhotagem Geral
 
O Alerta Total adverte o que já denunciou ontem. Por alegadas questões de “segurança nacional”, às vésperas da Copa do Mundo da Fifa, as telecomunicações no Brasil estão sob censura e vigilância.
 
Tudo é monitorado (ligações telefônicas, por celulares, trocas de mensagens por SMS e e-mails) por diversos sistemas de gerenciamento de informação, tanto do governo como de grandes empresas privadas de segurança que prestam serviços para a Fifa.
Nesta conjuntura de arapongagem ampla, geral e irrestrita, os esquemas de poder aproveitam para monitorar o que andam fazendo aqueles considerados adversários ou inimigos, checando até que nível vai o grau de “conspiração”.
 
Recadinho
 
Ao cidadão de bem, que é honesto e nada teme, só resta prestar uma homenagem aos arapongas e fdps do governo do crime organizado com a imortal canção de Cris Nicolotti, no espetáculo “Se piorar estraga”:

 
Se a petralhada assim desejar, a musiquinha também vale para vocês... 
 
Quando vai cair?
 
Releia o artigo de domingo: Quando vai cair o regime meliante
 
Assuma sua parte, Dilma...
 
 
Tacada péssima
 
Elio Gaspari contou a historinha de um jantar na casa do milionário Jeffrey Soffer, em Miami, nos EUA, onde o bilionário Eike Batista tentou convencer o craque de Beisebol Alex Rodriguez, maridão da linda atriz Cameron Diaz, a investir na OGX, que anunciaria, em breve, grandes descobertas de petróleo.
 
Alex teria ligado para seu corretor e voltou para Eike com uma mensagem desagradável:
 
“Ele disse para eu esquecer essa história e não voltar a mencioná-la, porque, se o fizesse, iríamos os dois para a cadeia”.
 
Homem do taco
 
Se Alex tivesse confiado no taco de Eike, cada dólar investido estaria valendo hoje um centavo...
 
Por ironia, Eike costumava citar movimentos táticos do Beisebol nas mensagens de twitter com seus investidores.
Agora, precisa torcer contra as tacadas da CVM, do Ministério Público, da Polícia Federal e dos investidores prejudicados – todos doidos para tirá-lo do jogo do mercado de capitais.
 
Releia o artigo de João Vinhosa: Lula, Eike e a Polícia Federal
Diga os nomes...
 
A ex-empregada da Petrobras, Rosane França, viúva do engenheiro Gesio Rangel de Andrade, peca ao não revelar os nomes de quem teria pressionado seu marido a aceitar superfaturamentos e contratos aditivos na obra do gasoduto Urucu-Manaus, na Amazônia:
“O preço que a Petrobras aceitou já estava superfaturado. Era mais caro do que fazer gasoduto na Europa com alemão trabalhando. Como ele ia assinar algo que seria contestado pelo Tribunal de Contas da União”.
Em 2006, a obra começou licitada por R$ 2,6 bilhões, mas só ficou pronta a um custo de R$ 4,48 bilhões.
 
A diretoria de Engenharia da Petrobras era comandada, na época, por Renato Duque, responsável pelas negociações com as empreiteiras.
 
A punição
 
Falecido há dois anos, Gesio foi exonerado do comando da obra do gasoduto, no final de 2007, no mesmo momento em que Ildo Sauer (também contra o superfaturamento) foi detonado da diretoria de gás e energia.
 
Para o lugar de Sauer foi nomeada Maria das Graças Foster – que mais tarde assumiria a presidência da estatal de economia mista.
 
Participaram da obra do gasoduto as empresas Consórcio OAS/Etesco (trecho A, Urucu Coari), Consórcio Andrade Gutierrez/Queiroz Galvão/Carioca Engenharia (Trecho B1, Coari-Anamã) e Consórcio Camargo Corrêa/Skanska (trecho B2, Anamã-Manaus). 
  
Lamaçal eleitoreiro


Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
 
21 de abril de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

ELEIÇÃO NO CLUBE MILITAR

https://www.youtube.com/watch?v=Gvu8oRxZrvI&feature=player_embedded
 
Prezado associado do Clube Militar,
Chegou a hora de votar, vote conscientemente naquele que apresentou a melhor proposta. O senhor teve oportunidade durante esses meses de campanha de analisar os PLANOS DE AÇÃO dos quatro candidatos, consulte a nossa proposta no site www.chapadeterminação.org, clique para acessar e pode ter a certeza de que o que lá está escrito é promessa para ser cumprida com DETERMINAÇÃO.
 
A nossa proposta baseou-se no CONHECIMENTO, VIVÊNCIA E EXPERIÊNCIA pelo que fizemos como Vice-Presidente e temos muito mais a oferecer, agora, como Presidente, convictos no aumento do nosso patrimônio em benefício do Quadro de Associados.
Assumo também o compromisso, eleito, de lutar pela nossa Classe e pelos destinos do nosso Brasil, convocando de imediato uma ASSEMBÉIA GERAL PERMANENTE, onde os principais assuntos que afligem a Nação serão sobejamente debatidos e culminarão com MANIFESTOS À NAÇÃO, se preciso for com matéria paga nos meios de comunicação e com AÇÕES À REALIZAR, na retomada da liderança do CLUBE MILITAR EM ÂMBITO NACIONAL, congregando as FORÇAS VIVAS DA NAÇÃO, os FORMADORES DE OPINIÃO, os GRUPOS NACIONALISTAS, para que a nossa voz seja ouvida pelo público em geral e não ficarmos restrito apenas ao nosso meio.
 
Desencadearemos, ainda para as Eleições de OUT 2014, uma campanha acirrada contra o continuísmo dos atuais governantes que se apoderaram do Governo utilizando-se da teoria gramiscista, e, investiremos em candidaturas únicas por Estado para formarmos uma BANCADA MILITAR, seja de conceituados militares porventura candidatos, e mesmo de civis simpáticos aos nossos ideais.
Nossa PROPOSTA é AÇÃO COM DETERMINAÇÃO e juntos chegaremos lá, POR UM CLUBE MILITAR ATUANTE!
 
Aproveito para desejar a todos uma FELIZ PÁSCOA junto aos familiares e amigos, convictos num esperançoso porvir não só para a nossa CLASSE MILITAR , mas para a nossa querida PÁTRIA amada.

21 de abril de 2014
Paulo Assis, General na reserva, é candidato à Presidência do Clube Militar pela chapa Determinação.

O CLUBE MILITAR COMO ATOR POLÍTICO


 

O Clube Militar é uma associação civil, não subordinada a quem quer que seja, a não ser a sua Diretoria, eleita por seu quadro social, tendo mais de cento e vinte anos de gloriosa existência. São anos de luta, determinação, conquistas, vitórias e de participação política efetiva em casos relevantes e de inflexão da História Pátria.
 
Há vários anos que esta face do Clube está oculta.
 
Hoje, o País vive situação de descalabro político e moral. O governo está entregue a uma quadrilha que exaure a Nação. É, pois, momento de nos inspirarmos nas tradições da “Casa da República” e imprimir um novo modelo ao Clube que, sem deixar de ser  um lugar de lazer, volte a ser ator político de cunho nacional, ativo fórum de debates, influenciando politicamente e contribuindo para a defesa dos interesses das FFAA e do País.
O Clube Militar não pode se vergar diante de pressões de qualquer natureza, como também não pode se intimidar por assumir papel de ator político, dando vez e voz aos militares. Deve se opor à propagação de uma nova e mentirosa estória que desonra as Forças Armadas e transforma heróis em bandidos e bandidos em heróis, apoiando, de todas as formas, os militares que combateram a subversão comunista. Deve propugnar comportamento ético para os homens públicos e defender a dignidade dos militares, hoje, também, ferida e constrangida com salários aviltados e cortes orçamentários.
 
Não podemos nos esquecer de que Política Externa, em qualquer país que aspira agir como potência, defendendo interesses variados, sem deles abrir mão, se faz com Diplomacia e Forças Armadas.
Isso não ocorre no Brasil, pois, temos governo incapaz, sem planejamento, inclusive de Nação, e falta de visão estratégica, reflexo de anos de inconsequente ação política sob a liderança de homens medíocres e irresponsáveis como os de hoje.
 
Portanto, a defesa dos interesses maiores do País leva a que defendamos a existência do Estado de Direito, hoje uma balela, e de Forças Armadas, modernamente equipadas, com real capacidade operacional e poder de dissuasão, com seus integrantes remunerados de acordo com a excelsa missão que cumprem.
O Clube Militar, pelas suas tradições e atuação, pela abrangência nacional e pelos quadros que possui, sem perder a sua característica de clube de lazer, aliado a outras organizações civis que congregam militares, tem as melhores condições de traduzir, publicamente,  o resultante de  nossa união, das ideias e ações originárias de estudos de temas inerentes aos interesses nacionais e de debates respectivos, possibilitando, entre outras coisas, o conhecimento externo do pensamento militar, a erradicação de estereótipos e o surgir de representação de militares da Reserva e de reformados no Congresso Nacional, onde se decidem os destinos da Nação.
 
Tudo isso deve ser feito de forma integrada e coordenada, sem que o Clube se imiscua em política partidária. Isso, também, não significa transformar o Clube em sindicato, o que não é, e jamais o será, pois, incompatível com o procedimento do estamento militar, por formação e por crença em valores perenes.
 
O meu compromisso é de priorizar a coesão da categoria militar e de forjar um novo modelo para a “Casa da República” que, ao lado do lazer, de acordo com as suas tradições, dará vez e voz, de natureza Política, aos militares.
“A Instituição será maculada, violentada e conspurcada diante da leniência de todos aqueles que não pensam, não questionam, não se importam e não se manifestam”
ELES QUE VENHAM. POR AQUI, NÃO PASSARÃO!

21 de abril de 2014
Marco Antonio Felício da Silva, General na reserva, é candidato à Presidência do Clube Militar pela chapa Tradição, Coesão e Ação.

PÁSCOA E ESPERANÇA

Só pode dar sentido à vida terrena algo que se situe fora dela, que a ela preexista e que se projete para além dela.
A esperança do cristão lhe vem da Ressurreição. São Paulo diz que se Cristo não tivesse ressuscitado, “vã seria a nossa fé”.

Não consegui encontrar a obra, em meio ao indesculpável desarranjo da minha biblioteca. Mas li, faz bom tempo, texto muito interessante sobre certo anúncio feito publicar na imprensa por um personagem do escritor José-María Gironella. O anunciante era um cavalheiro que declarava haver perdido a mais preciosa de suas joias. Justamente aquela pela qual entregaria todos os seus outros bens. Estava consternado e conclamava quantos o lessem a um ato de solidariedade humana: que saíssem às calçadas, às ruas, às praças e procurassem por ela durante alguns minutos. Suplicava a quem a encontrasse que a restituísse ao legítimo dono, porque somente para ele, autor do anúncio, tal joia tinha valor precioso e utilidade infinita. O tão extraordinário bem, esclarecia ele por fim, era o tesouro imaterial da Esperança, sem a qual não estava conseguindo viver.

O trágico personagem reflete muito bem, com seu apelo, a terrível situação de quem se percebe vivendo no desespero, aquela triste forma de se deixar morrer, no dizer do dominicano Bernard Bro. Não sei se o mais triste é a sensação de perda de um bem assim ou a situação de quem vive e morre sem saber do que estou falando aqui. De fato, leitor amigo, a maior parte das pessoas não chega a compreender o fenômeno da esperança e da desesperança. Lida-se com ele mais ou menos como se a vida fosse uma roleta, dentro da qual rodopiam bolinhas da sorte ou do azar. E chama-se de "esperança" o conjunto de expectativas pessoais condicionadas a prováveis ou improváveis prêmios.

Não é essa, porém, a esperança que dá sentido à vida, nem é essa a esperança que se constitui em virtude cristã. Só pode dar sentido à vida terrena algo que se situe fora dela, que a ela preexista e que se projete para além dela. Nossa vida não pode ser um segmento de reta, com começo, meio e fim, atravessado na história. Nós não somos grãos de areia no deserto, despojados de qualquer significado pessoal. Se para o grão de areia tal situação não tem importância, para a vida humana, a ausência de finalidade gera angústia. Não são outras, in suma, as incertezas do existencialismo, as misérias do materialismo e as trágicas convicções do niilismo. E não era outra coisa que clamava o cavalheiro do anúncio mencionado acima.

A esperança do cristão lhe vem da Ressurreição. São Paulo diz que se Cristo não tivesse ressuscitado, “vã seria a nossa fé”. Ou seja, nossa fé estaria depositada em alguém vencido pela morte; ressurreto, Cristo é a esperança de nossa própria ressurreição - ainda com as palavras de São Paulo.

O Evangelho de Lucas relata o conhecido anúncio do anjo aos pastores: “Nasceu-vos hoje um Salvador, que é o Cristo Senhor”. Pois não seria descabido um anúncio semelhante na sexta-feira da Paixão: “Morreu-vos hoje um Salvador, que é o Cristo Senhor”. No mistério da Redenção, que se completa na Páscoa da Ressurreição, cumpre-se o projeto de Deus para a nossa salvação. Seria uma insanidade trocarmos a Esperança que está envolvida nesse ambicioso projeto de Deus por algum projeto de nossa própria ambição, levado ao extremo de extraviar, nele, a única Esperança que efetivamente pode dar sentido à nossa vida. Feliz Páscoa!

20 de abril de 2014
Percival Puggina
Publicado no jornal Zero Hora.