"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A AURA DOS GOVERNANTES NA ERA DO MARKETING

 

 
A propaganda é a alma do negócio. O jargão mais conhecido do meio publicitário avança, a cada dia, na esfera da política, produzindo a máxima assemelhada: a propaganda é a aura dos governantes.
Ela desenha a auréola que cobre a cara de políticos e governos, melhorando seu aspecto e tornando positiva sua avaliação popular. No campo privado, a propaganda vende produtos, burila a imagem de empresas, amplia suas margens nos mercados, é a mola propulsora dos negócios.

O ciclo da telepolítica abriu palcos para exibir seus atores, melhorar os discursos, maquiar situações, plantar versões. A propaganda pavimentou os caminhos dos governos, na esteira de um Estado adornado pela fosforescência midiática, exaltando seus chefes e promovendo desfiles de personalidades. A propaganda governamental evoluiu de tal maneira que passou a ser protagonista nas estratégias de persuasão social. Os governos tornaram-se os maiores anunciantes dos veículos.

Vejam o nosso caso: R$ 16 bilhões foram gastos pelos governos Lula e Dilma com propaganda governamental. Esse montante daria para cobrir os custos de 170 mil casas populares. Há sentido em gastar tanto com propaganda quando se vê a infinidade de buracos na estrutura de serviços, a começar da saúde?

É dever dos governos prestar contas de suas tarefas à sociedade, da mesma forma que é um direito do cidadão saber o que os governantes fazem, mas não deveriam fazer; não fazem, mas deveriam fazer; ou fazem porque são obrigados constitucionalmente a realizar. O jogo democrático carece de informação e transparência, possibilitando ao representado vigiar as ações dos representantes. O problema passa a existir a partir da montanha de exageros formada para glorificar as administrações.

FERINDO PRINCÍPIOS

Faz-se a ressalva de que há modalidades de publicidade plenamente cabíveis, como campanhas de vacinação ou orientação eleitoral pelo TSE, ações que integram a planilha de serviços de utilidade pública. Da mesma forma, há produtos de empresas governamentais que carecem de divulgação, à medida que enfrentam a concorrência do mercado. O foco da crítica é mesmo a propaganda institucional, essa que erige altos altares para entronizar a imagem de governos, cantar loas a governantes, sob a trombeta de campanhas maciças em horário nobre da TV. Esse coro de glórias não fere os princípios constitucionais de moralidade, razoabilidade e proporcionalidade?

Se os governos usassem a propaganda para promover a cidadania e os valores democráticos, estariam contribuindo para a elevação dos padrões civilizatórios. Não é o que se vê. Ao contrário. Obras atrasadas em cronogramas são objeto de louvação; programas, como o Mais Médicos, até podem ser objeto de publicidade para ganhar confiança social, mas sem exagerar na dose.

O discurso propagandístico, infelizmente, em todos os governos e em todas as instâncias, abriga forte viés eleitoral. E, assim, de exagero em exagero, o país vê alargadas as veredas da mistificação e o povo passa a “comprar” versões como verdades. Ao fim do processo, bilhões de reais, que poderiam ser usados de modo mais justo, são jogados no poço sem fundo do desperdício.

MAIS PARTIDOS, MAIS PROBLEMAS

 



Três novos partidos estão rompendo a casca do ovo. O Rede, de Marina Silva, despertando simpatias e tropeçando nas exigências, pode morrer na praia.
O Solidariedade, puxado pelo deputado Paulinho, da Força Sindical, já é acusado de irregularidades na obtenção das assinaturas. Será pró-Aécio.

Do Pros, que se adjetiva republicano da ordem social, pouco se sabe, a não ser que será pró-Dilma, podendo receber aliados em desconforto. Um sistema que já tem 30 partidos só pode piorar com o aumento de siglas.

Enquanto for assim, governo algum terá maioria. Seguiremos reféns do presidencialismo de coalizão e de seus males, como os que estão na base deste mensalão que, a cada episódio, como a decisão de quarta-feira, aumenta a divisão e o veneno entre os brasileiros.

A BATALHA DO PRÉ-SAL

 

 
Nos últimos dias, a licitação do campo de Libra, no Oceano Atlântico, dividiu com o julgamento dos embargos infringentes pelo STF a atenção da sociedade brasileira. O governo e a Presidente da Petrobras, Graça Foster, defendem a realização do leilão, marcado para o dia 21 de outubro. Argumentam que a empresa brasileira, com  baixa disponibilidade de caixa, devido ao crescimento da importação de combustíveis nos últimos anos, não teria dinheiro para fazer frente aos pesados investimentos exigidos.
 
Outros especialistas, como o ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobras no governo Lula, considerado um dos descobridores do pré-sal, Guilherme Estrella, acreditam que a realização da licitação do Campo de Libra é um erro estratégico, já que a Petrobras investiu sozinha na descoberta do poço.

“Libra são 10 bilhões de barris de petróleo já descobertos, é muito óleo. A nossa posição de reserva com o pré-sal é muito confortável pelos próximos 20 anos. Por que abrir Libra para a participação de empresas estrangeiras e interesses estrangeiros?”, disse em recente seminário realizado no Rio de Janeiro.

 No Senado, os senadores Roberto Requião (PMDB-PR), Pedro Simon (PMDB-RS) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) protocolaram  projeto de decreto legislativo que impede a realização do leilão, que tem que ser aprovada pelas duas casas do Congresso. Os três senadores combinaram também articular uma ação popular contra a iniciativa. E o PSOL prepara um mandato de segurança contra o leilão para ser apresentado ao STF.

Por trás disso tudo estaria, segundo Fernando Siqueira, Vice-Presidente do Clube de Engenharia e Diretor da AEPET – Associação dos Engenheiros da Petrobras, a intenção da ANP de favorecer empresas estrangeiras.

 O poço de Libra, com 15 bilhões de barris,  estaria, na verdade, ligado a outro poço, o de Franco, descoberto antes, com 9 bilhões de barris.
Dessa forma, quem levar Libra, licitado primeiro, pode acabar tendo acesso também ao petróleo de Franco, o que diminuiria o interesse (e as reservas disponíveis) em caso de licitação do segundo poço.

BÔNUS DE 15 BILHÕES

Outro ponto levantado pela AEPET é o bônus de assinatura, de R$ 15 bilhões, que a empresa vencedora deverá pagar ao governo. A lei 12.351, de 2010, que cuida do regime de partilha, determina que esse bônus não pode ser ressarcido.

No entanto, para Fernando Siqueira, a resolução nº 5 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e o contrato de partilha elaborado pela ANP permitem que o bônus seja considerado no cálculo do custo em óleo.

 Isso significa que o bônus, seria, na verdade, devolvido à empresa, já que poderá ser abatido da parcela de petróleo que o consórcio vencedor tem que entregar à União.

Quem  ganhar o leilão – lembram os opositores à medida – não estará adquirindo um bloco, para pesquisa, mas, na realidade, assumindo um poço onde o petróleo já está praticamente à disposição, faltando apenas cubá-lo, coisa que será feita com tecnologia e equipamento da própria Petrobras.

 Ora, nesse caso, porque não fazer tudo diretamente com a Petrobras? A lei permite que, se quiser, o governo contrate diretamente a empresa para explorar esse petróleo sem licitação. Não haveria nenhum impedimento legal para isso.
 

Outro ponto que se discute, também em uma carta escrita para ser enviada à Presidente da República, é a forma autoritária em que foi decidida a formatação do edital. Nem “o MME, o CNPE, a ANP ou a EPE, nenhum desses órgãos possibilitou ao público acesso a documentos explicando a perspectiva das descobertas, o percentual do petróleo que será destinado para o abastecimento brasileiro ou exportado, por exemplo.”

As dezenas de entidades que assinam o documento, argumentam que a Petrobras deveria desenvolver esse poço, e passar depois, calmamente, para a exploração dos outros poços que o Brasil descobriu no pré-sal. O cálculo é de que o petróleo descoberto até agora daria para abastecer o país pelos próximos 50 anos.

POR QUE A PRESSA?

Realmente fica difícil entender a pressa. O problema do Brasil, hoje, é de falta de combustíveis, não de petróleo bruto. Precisamos é de refinarias. Se extraíssemos mais petróleo, teríamos de mandá-lo para o exterior por falta de capacidade de refino.

Ao estimular a venda de automóveis, sem assegurar de onde viria o combustível, o governo deu um tiro no pé que hoje afeta até mesmo o nosso balanço de pagamentos. Ao negociar com as empresas o novo regime automotivo, o governo deveria ter exigido mudanças que diminuíssem a extrema dependência que temos, hoje, de combustíveis fósseis.

Um prêmio em dinheiro (em reais) poderia ter sido criado para incentivar as usinas a produzir maçiçamente etanol, o que diminuiria a oferta de açúcar no mercado internacional, aumentando o seu preço – assegurando-se o abastecimento interno de açúcar com estoques do próprio governo.

 E a produção de carros híbridos, elétricos ou a ar comprimido poderia também ter sido estimulada, nos últimos anos, diminuindo nossa dependência da gasolina estrangeira.
Mesmo considerando-se tudo isso, o Brasil precisa ficar com o máximo do petróleo que ele mesmo descobriu. As empresas estrangeiras devem vir de fora para procurar novas reservas e não explorar as que já existem.

 O grande desafio agora é destravar os problemas que estão impedindo o avanço da construção das refinarias e investir na produção de combustível nacional, como o etanol, o biodiesel, o hidrogênio para transporte público, e em carros híbridos e elétricos, por exemplo.


26 de setembro de 2013
Mauro Santayana (JB)

UM JUIZ ORGULHOSO E IMPRUDENTE

 



Ao votar favoravelmente à admissibilidade dos embargos infringentes na Ação Penal 470 (leia-se Mensalão), o ministro Celso de Mello fez o seguinte:

• inovou, criando um tipo de recurso que nunca havia sido admitido no Supremo Tribunal Federal.

• permitiu que esse recurso fosse criado, justamente no maior e mais escandaloso processo judicial do país, em que constam como réus expressivas figuras da República;

• abriu uma brecha que vai causar delongas infinitas não apenas nesse específico processo mas em muitos outros julgamentos, tanto no STJ quanto nas demais cortes superiores, tornando ainda mais inconclusos e procrastináveis todos os julgamentos de réus endinheirados;

• quando tinha com opinião divergente cinco dos melhores juristas do STF, optou por filiar-se à corrente defendida por figuras como Toffoli, Lewandowski e Barroso e outras personagens menores do cenário jurídico do país;

• jogou o Poder Judiciário no poço do descrédito, com consequências que se multiplicarão no tempo.

Que péssimo serviço à Pátria pode prestar um magistrado orgulhoso e imprudente!

26 de setembro de 2013
Percival Puggina

ENTENDA A MATEMÁTICA DO CRIME

 

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Dois novos “partidos políticos” acabam de nascer no Brasil e ainda temos mais um no forno.
Um deles responde pela adequada sigla PROS (Partido Republicano da Ordem Social) e já nasceu falando que é pró governo. O outro chama-se Solidariedade e é propriedade daquele Paulinho da Força, nosso velho conhecido que doravante passa a ser Paulinho da ex-Força, e diz que vai ser da oposição, ainda que estejam ambos abertos a negociações.

Com isso o Brasil chega ao recorde de 32 partidos políticos, a caminho de 33 porque há pelo menos mais um em gestação, fato que absolutamente não quer dizer que existam 33 maneiras diferentes de se gerir a coisa pública que é o critério que, pelo mundo afora, faz partidos políticos nascerem. Mas explica porque o Brasil tem 40 ministérios quando ninguém no resto do mundo passa muito dos 10.

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Desde a Queda do Muro em 1989 há consenso de que não existem sequer duas maneiras de gerir a coisa pública. Uma e meia, talvez, a diferença resumindo-se a permitir ou não permitir que, nos momentos de crise, o Estado ponha a ponta de um de seus pezinhos dentro da economia.

Por isso são raros, hoje, os países onde haja mais que dois partidos, sendo as exceções admitidas em modelos parlamentaristas que abrigam partidos dedicados a temas específicos como os verdes”, que adoram essa cor, ou os piratas que propõem a livre roubalheira de trabalho alheio e doses maiores de democracia direta não muito honesta via internet.
Porque, então, nascem tantos partidos no Brasil?

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Primeiro, porque a função dos governos no Brasil não é gerir a coisa pública, é roubar a coisa pública. E para disputar tão gigantesco butim há muito mais do que apenas dois candidatos.

Segundo, porque o povo brasileiro e a representação política do Brasil são entidades absolutamente divorciadas entre si, não havendo nenhuma possibilidade de contato entre ambas salvo nos momentos em que os eleitores são chamados a sancionar a hierarquia da roubalheira dos próximos quatro anos negociada previamente entre essas 30 e mais agremiações especializadas no alto “comércio de governabilidade”, que é o nome que se atira à imprensa para descrever as idas e vindas de cada ladrão ao longo de cada temporada oficial de saque à Nação.

Trata-se de um jogo no qual só se ingressa constituindo-se um partido político e no qual a moeda de troca é o tempo de exposição no horário gratuito eleitoral”.

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A regra é acertada entre os próprios contendores. Formar um partido é a parte mais fácil. Basta juntar 101 asseclas dispostos a tudo, criar a marca do novo produto e colher assinaturas de 1/1000 dos eleitores que votaram na última eleição em 9 estados. Escolhendo os 9 estados de menor eleitorado bastarão 7.641 assinaturas.

Conseguido isso, só por ter aderido à máfia, sem ter feito nada por ninguém, sem ter tido de pedir nada a ninguém, o partido já recebe, automaticamente, um cacife inicial bancado por nós todos para entrar num jogo em que disputa-se montanhas de dinheiro.
Funciona assim:

O horário eleitoral gratuito colocará candidatos no ar em rede nacional dizendo o que quiserem dentro da melhor embalagem que conseguirem comprar, sem contraditório que fica proibido nos meses que antecedem as eleições, durante 30 minutos por dia.

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Dez desses 30 minutos serão distribuídos igualitariamente pelo numero de partidos existentes. Se forem 32, cada um terá 18 segundos e 75 centésimos. Se forem 33, 0’18”18 centésimos.

Os outros 20 minutos serão distribuídos pelos 513 deputados federais eleitos e atribuídos ao partido a que eles estiverem filiados no momento, o que dá 0’02”33 centésimos para cada um.

É, no entanto, uma propriedade inalienável desse deputado, que ele leva com ele independentemente de trair ou não o seu eleitor.

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Aí começa o jogo que consiste nos partidos roubarem deputados eleitos uns dos outros fazendo a eles a melhor oferta de posicionamento privilegiado para futuros assaltos à coisa pública em caso de vitória da agremiação à qual se aliou.

Essa primeira fase desse jogo de rouba-montinho envolve todos contra todos. O Solidariedade, ex-Força, por exemplo, nas mãos de um veterano de comprovada competência na modalidade, garante que já vai nascer com 46 deputados tirados do alheio.

Isso lhe daria um cacife de 2 minutos 10 segundos e 58 centésimos por dia na TV (2”33 x 46 = 107”60 + 18”75 de cacife inicial = 126 segundos e 35 centésimos ou, /60 = 2’10”58 centésimos).

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Aí começa a segunda etapa do jogo que, a essa altura, passa a ser de rouba-montão. É quando os donos de partidos negociam entre si a qual dos dois partidos mais cotados para a disputa final eles vão entregar os seus preciosos minutos, e em troca de quais ministérios, autarquias, empresas estatais ou simples encruzilhadas boas de assaltar em caso de vitória.

Esses minutos valem tanto assim porque este é um país onde até os universitários, ou pelo menos 38% deles, são analfabetos funcionais, interessados exclusivamente em ver bundas na televisão e se compor, futuramente, com os ladrões postos no seu caminho pra ver se garantem algumas migalhas no mole para si mesmos.

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Pro resto os contendores desse jogo nem olham porque não são suficientemente numerosos para mudar nada nas eleições. Uma vez eleitos, eles cuidarão de manter o sistema de educação pública com o nível de eficiência necessário para parir, na próxima geração, uma igual proporção de otários e miseráveis, contingente que tem de ser amplamente majoritário para que eles possam seguir comprando-os eternamente com bundas e com migalhas.

Passada a eleição começa a fase do rouba-bilhão onde cada voto no Congresso, cada gatuno pego no pulo, cada julgamento que chega ao judiciário, cada crise, cada pânico nacional é uma nova oportunidade de faturamento tanto maior quanto mais grave for a ameaça envolvida. Nessas ocasiões, não é ajuda que vendem, é só a promessa de não atrapalhar.

De modo que se você sonha sair dessa arapuca um dia, comece por fazer tudo que você puder para destruir esse tal de “horário gratuito” mantido o qual não há esperança de nada.

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NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA HELIO FERNANDES

05 de abril de Eduardo Campos: nasce um filho ou uma candidatura? E Beltrame, o que fará da vida? Cinco ministros do Supremo terminaram a revisão dos votos: três pela condenação, dois pela absolvição. Os donos da Supervia e da Fetranspor continuarão impunes?



 
Cinco ministros do Supremo (e não seis, como foi divulgado) terminaram a primeira revisão das notas taquigráficas dos votos, das anotações e dos apartes. São duas fases. A primeira, pelo gabinete, competente, composto até por juízes convocados.
 
A segunda e definitiva revisão, feita pelo próprio ministro, alguns mais exigentes e cautelosos. Dos cinco ministros que estão mais adiantados, três votam pela condenação, dois pela absolvição completa do que será reexaminado pela aceitação dos infringentes.
 
Como tenho dito e não é segredo, é possível que sejam novos 5 a 5, e aí Celso de Mello, como 11º a votar, com todos os holofotes a que tem direito. O voto dele não terá muito mistério. Foi o próprio ministro, na quarta-feira do “adiamento” da sessão, que chamou atenção para os seus votos anteriores, duas vezes a favor dos infringentes.
 
“BANDIDOS QUADRILHEIROS”
 
Há 24 anos no Supremo, nada tira a tranquilidade do ministro. Mas julgando precisamente o crime de “quadrilha”, nenhuma surpresa, mas natural constrangimento, se o resultado chegar a ele em 5 a 5. Como absolver pelo crime de quadrilha, condenados que já identificou como “quadrilheiros” e “bandidos”? Se condenar, pelo menos será coerente. E a Justiça, vem da coerência, da competência ou da incompetência?
 
PLENÁRIO EM 2013, NEM PENSAR
 
De qualquer maneira, haja o que houver, os prazos obrigatórios irão devorar o que falta deste 2013. E como acredito que os prazos serão estendidos, quando começará o recesso do Judiciário? Interromperão os prazos, irão para o recesso, voltarão e votarão?
 
O VOTO DE JOAQUM BARBOSA
 
Deve chegar da Europa no fim de semana, a não ser que resolva visitar amigos nos EUA. De graça tudo é interessante. Seu gabinete já está trabalhando no voto. O surpreendente: o Supremo ainda usa notas taquigráficas, velharias no mundo todo. No Brasil, até a Câmara e o Senado abandonaram essas “notas”, há muito tempo.
 
GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO
 
Existem muitos candidatos supostos e possíveis, mas apenas dois verdadeiros: Garotinho e Lindbergh. Um deles será o vencedor. Pezão começou a se desgastar desde o lançamento, quando o secretário Beltrame não aceitou ser vice dele.
 
O plano era serginho cabralzinho deixar o governo, Pezão assumir e disputar com palanque oficial. O desgaste do ainda governador desmontou tudo, cabralzinho nem sabe se sai ou para onde vai. E o PT fez o obrigatório, apoiou seu filiado senador Lindbergh.
 
GOVERNADOR DE SÃO PAULO
 
Apesar do escândalo do CARTELÃO da Siemens e da indiscutível participação de Alckmin, este continua favorito. Tanto que não se decide entre Serra e Aécio, acha melhor esperar. E a Siemens continua “cartelizando” tudo e monopolizando concorrências. E falando em ÉTICA.
 
O adversário mais assustador deve vir do PT, perdão, de Lula. Este não será de modo algum, indicará um “poste”, tem tudo para ser o ministro Padilha, que conhece tão pouco São Paulo, que se perde a partir do Aeroporto de Congonhas. Mercadante acha e diz, “é a minha vez”. A sua vez “chegou” duas vezes, desperdiçadas.
 
MAIS MÉDICOS, MENOS HOSPITAIS
 
Eleitoralmente, o ministério da Saúde não faturou nada com essa farsa de contratar médicos sem hospitais. Dona Dilma, que só pensa (?) na reeleição, já colocou tudo na sua conta eleitoral. Não sobrou nada para Padilha.
 
Em São Paulo, toda e qualquer decisão ou escolha tem que ter o aprovo de Lula. Aliás, pensando bem, não apenas em São Paulo. E Mercadante, que já desperdiçou duas oportunidades, não terá a terceira chance. Aliás, o senador Dornelles, em cinco linhas, deu formidável conselho a Mercandante, conselho que ele não considerou.
 
O 5 DE ABRIL DE EDUARDO CAMPOS
 
Até agora, essa data só era citada para Joaquim Barbosa, seria (ou será?) uma reviravolta-renovolução. Mas agora é o governador de Pernambuco que está dependendo e dependente desse dia.
Por dois motivos. O primeiro, inexorável e satisfatório: nasce seu quinto filho, pode ser até nesse dias, tudo o que precisava fazer já fez.
 
O outro motivo de ansiedade pela data é a desincompatibilização. Ainda não fez tudo o que podia, mas está tentando. Para ser presidenciável, terá que deixar o governo. Deu um pulo positivo, decidiu que “todos deveriam deixar os cargos, mesmo não sendo “federais”.
 
Não houve uma só desistência ou resistência. Até o ministro da Integração Nacional, que pretendia suceder o atual governador, logo comunicou a Lula que sairia. Mas não desistiu de ser governador. Campos concorda. Como ele diz que vai sair, assume o vice. Que por causa disso nem quis conversar. Como garantir o sucessor?
 
O QUE BELTRAME FARÁ DA VIDA?
 
Assim que cabralzinho lançou Pezão à sua sucessão (antes do 6 de junho), convidou publicamente o secretário Beltrame para vice. Não disse que sim ou não, retardou a resposta, até que refugou o convite.
 
Não se filiou a partido, não é candidato a nada. Convidado para permanecer na Secretaria por vários candidatos, declarou: “Só continuo secretário se Pezão for eleito”. O impossível acontece, Beltrame, só que raramente.
 
E, se eleitos, Lindbergh ou Garotinho insistirem em mantê-lo na Segurança? Pense bem: não convidam você pelos seus “belos olhos”, mas pelo que você realizou. Atrás deles está o povo, pelo menos no sistema político-eleitoral-partidário usado aqui.
 
MILLÔR FERNANDES E O SUPERMERCADO
 
Em 1963, antes do golpe, fui preso e julgado pelo Supremo, por ter publicado uma circular sigilosa e confidencial, assinada pelo ministro da Guerra. E o Millôr, textual: “Não defendo o Helio por ser meu irmão. Mas um jornalista que não publica uma circular sigilosa e confidencial, é melhor que abra um supermercado”.
 
DIRIGENTES DA SUPERVIA, PRESOS A VAGÕES DE TRENS E DE ÔNIBUS, QUASE 60 ANOS DE “EXISTÊNCIA”
 
No momento em que se movimenta a campanha “ruas sem carros”, é preciso examinar o comportamento desses concessionários de trens e ônibus. A última vez que renovaram os vagões foi em 1954. O que fizeram com os lucros, nesses 59 anos de exploração.
 
Em todas as capitais do mundo existe excesso de carros, mas os coletivos funcionam de verdade. Em São Paulo, pesquisa conclui: “63% dos paulistas dizem que deixariam os carros nas garagens, se pudessem usar coletivos”.
 
E não ouviram trabalhadores, que desperdiçam no mínimo uma hora e meia para ir ao trabalho, e outra hora e meia para voltar, isso se esses coletivos não ficarem enguiçados no meio do caminho.
No título desta nota usei a palavra PRESOS, para esses exploradores. Nada mais adequado como palavra e ação, se alguém fiscalizasse o transporte. E a poderosa dona das ruas, a Fetranspor.
 
26 de setembro de 2013
Hélio Fernandes

EUA VEEM COM CAUTELA DISCURSO MODERADO DO NOVO PRESIDENTE IRANIANO NA ONU

 

(Getty Images

Pé atrás – Distanciando-se de forma clara do seu antecessor, Mahmoud Ahmadinejad, o primeiro discurso do novo presidente iraniano, Hassan Rohani, aos líderes mundiais foi ausente de retórica anti-israelense e propôs negociações com os Estados Unidos sobre a disputa em torno do programa nuclear iraniano. O que merece a devida cautela, pois, seguindo o que prega a sabedoria popular, quando a esmola é demais até o santo desconfia. Como nessa história inexistem santos, o melhor é redobrar o cuidado.

Na terça-feira (24), Rohani, ao discursar na Assembleia-Geral das Nações Unidas, afirmou que o Irã está preparado para assumir negociações “ligadas a prazos e direcionadas a resultados”.
Ele assegurou completa transparência e afirmou que o governo de Teerã não tem pretensões a armas nucleares. Rohani abriu seu discurso dizendo que o Irã não representa nenhuma ameaça à paz e à segurança mundiais, declaração que não pode ser levada completamente a sério, pois os bastidores do mercado de urânio apontam em outra direção.

Hassan Rohani insistiu no direito de seu país ao enriquecimento de urânio, que não estaria a serviço de objetivos militares: “O objetivo do programa nuclear de qualquer país deve ser somente o uso pacífico. Eu declaro aqui com toda clareza que esse é o único fim do programa nuclear iraniano”. Armas nucleares não teriam lugar na doutrina de segurança e defesa e seriam contrárias à convicção religiosa do país.

Anteriormente, em seu discurso na ONU, o presidente americano, Barack Obama, havia deixado claro que os Estados Unidos não iriam tolerar a posse de armas nucleares pelo Irã. Obama disse, no entanto, que Teerã tem direito ao uso pacífico da energia nuclear. Desde o drama envolvendo o sequestro de mais de 50 cidadãos americanos, em 1979, Irã e Estados Unidos não têm mais relações diplomáticas.

Em seu discurso, Rohani afirmou que Teerã não estaria procurando nenhum acirramento das relações com os Estados Unidos. “Eu escutei hoje atentamente as declarações do presidente Obama. Se houver vontade na liderança dos EUA e esta não seguir grupos de interesse belicosos, é possível alcançar um ambiente no qual podemos lidar com nossas diferenças.” O respeito mútuo seria a pré-condição. “Mas naturalmente esperamos de Washington uma linguagem consistente.”
Avanço nas negociações

Mesmo antes da Assembleia-Geral, já estava claro que haveria certo avanço nas negociações nucleares com o Irã. A Casa Branca declarou que na próxima quinta-feira haverá um encontro do Irã com as potências nucleares com poder de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas e a Alemanha. Obama nomeou negociador o seu secretário de Estado, John Kerry.

Obama acatou cautelosamente os sinais de abertura do novo presidente iraniano como base para um possível acordo nuclear, mas o esforço fracassado de agendar um aperto de mãos entre os dois líderes sublinhou uma desconfiança intrínseca, difícil de ser superada.

Em seu discurso nas Nações Unidas, Obama disse que estava determinado a testar os recentes sinais diplomáticos e instou o Irã a tomar passos concretos com vista à resolução da longa disputa em torno do programa nuclear iraniano.
Faltou um aperto de mãos

A falta do aperto de mãos foi um sinal das dificuldades que EUA e Irã enfrentam em empreender uma abertura histórica após décadas de hostilidade. Autoridades americanas disseram que não conseguiram agendar um encontro informal entre Rohani e Obama, afirmando que as dificuldades estavam do lado iraniano.

“Nós indicamos que os dois líderes poderiam ter tido uma discussão à margem se houvesse a oportunidade”, disse uma autoridade americana. “Mas ficou claro que era muito complicado para eles empreender isso agora, dada a dinâmica interna deles.”

No entanto, mesmo um curto encontro teria sido simbolicamente importante, considerando que seria o primeiro contato face a face entre lideranças americanas e iranianas desde antes da revolução islâmica de 1979, que expulsou o xá Reza Pahlavi, apoiado pelos Estados Unidos.
Republicanos e democratas

Embora as palavras de Rohani tenham repercutido amplamente como um sinal de aproximação entre o Irã e o Ocidente, analistas afirmaram que elas também se dirigiam a um público doméstico. Rohani condenou as sanções internacionais ao Irã, comparando-as a medidas punitivas contra o Iraque à época de Sadam Hussein.
“As sanções são violentas”, disse Rohani à Assembleia Geral, acrescentando que as verdadeiras vítimas seriam os cidadãos comuns, mais do que as elites políticas.

De acordo com autoridades americanas, as sanções impostas pelo Congresso dos Estados Unidos, e que estão prejudicando a economia iraniana, seriam as verdadeiras responsáveis pelo tom moderado da nova liderança iraniana. De qualquer forma, Obama deverá enfrentar dificuldades no Congresso para realizar seu mais recente objetivo político: o esforço de melhorar as relações com o Irã.

Diversos republicanos e alguns apoiadores democratas de Obama estão céticos quanto aos sinais de aproximação do novo presidente iraniano. “Nós precisamos abordar a atual iniciativa diplomática com olhos bem abertos, e não devemos permitir ao Irã que utilize as negociações como instrumento de atraso e decepção”, afirmaram em declaração conjunta os senadores republicanos John McCain, Lindsey Graham e Kelly Ayotte.

Muitos políticos americanos são profundos apoiadores de Israel e suspeitam que o Irã esteja tentando montar um arsenal de armas nucleares. Tal posição, que divide profundamente republicanos e democratas, dificulta um consenso sobre uma política de distensão dos Estados Unidos perante Teerã.

26 de setembro de 2013
ucho.info
(Com agências internacionais)

CRISE SÍRIA

Impasse convém a alguns países e pode não acabar tão cedo

Covardia explícita – Comete um grande equívoco quem aposta em solução de curto prazo para o impasse na Síria, que se acirrou depois que o ditador Bashar al-Assad usou armas químicas contra os adversários, promovendo a matança de mais de 1,4 mil pessoas, sendo 400 crianças.

Nessa queda de braço que se ergue a partir da capital Damasco estão interesses políticos internacionais que ultrapassam com folga as fronteiras sírias.
Depois de uma semana de discussões sobre possível ataque militar direcionado, comandado pelos Estados Unidos com o objetivo de dar um duro recado ao governo local, o presidente russo Vladimir Putin entrou no circuito e conseguiu “convencer” o colega Barack Obama que o ideal seria uma solução diplomática, como de fato é.
Mas não se deve dar espaço a Assad, que é adepto da diplomacia somente diante das câmeras e age de forma truculenta nos bastidores.

Acontece que Putin aplicou um drible na Casa Branca, que acreditou na disposição do Kremlin de buscar uma saída negociada para o uso de armas químicas, mas que não garante o fim da guerra que já dura mais de dois anos e já fez dezenas de milhares de vítimas.
A grande questão nesse caso é como tirar o sanguinário e truculento Bashar al-Assad do poder e quem colocar em seu lugar. Isso porque os adversários do ditador sírio são tão extremistas quanto ele.

Desacreditada quando o assunto é decidir sobre ações militares em países onde a democracia está ameaçada, a ONU parecia ter recuperado parte de sua combalida força, mas as esperanças ruíram nesta quarta-feira (25), um dia após a abertura 68ª Assembleia-Geral, ocasião em que a crise síria foi um dos assuntos principais. Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China fecharam um acordo no Conselho de Segurança da ONU sobre o arsenal químico de al-Assad, revelaram diplomatas ocidentais às agências de notícias Reuters e France Presse, mas o representante russo desmentiu a informação.

“É só pensamento positivo”, disse o porta-voz da delegação russa nas Nações Unidas. “Isso não é a realidade. O trabalho sobre o esboço de resolução ainda está em andamento”, completou.
Uma autoridade do governo dos EUA disse que há “progressos”, mas não confirmou a celebração do acordo, cuja base teria sido definida após encontro dos representantes dos cinco países com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Um desfecho para a crise síria pode demorar muito a surgir, pois o país árabe tornou-se massa de manobra para uma disputa de poder no cenário internacional. Duelam nesse cenário de sangue e barbárie o norte-americano Obama e o russo Putin, que tentam provar aos terráqueos quem tem mais força. Uma bobagem descomunal, considerando o fato de que pessoas mantêm com a vida essa guerrinha particular entre Washington e Moscou.

Manter a crise na Síria por mais alguns longos meses é o desejo de Bashar al-Assad, que aceitou entregar o seu arsenal químico, não sem antes avisar que essa operação seria complexa e demoraria pelo menos um ano. Com isso, a instabilidade política no Oriente Médio continuará crescendo, o que torna viável um enfrentamento pontual entre países da região. Vladimir Putin, que surgiu em cena na condição de salvador da humanidade, mas há muito vem apoiando o ditador sírio, só tem a lucrar em termos políticos se o impasse persistir. Isso porque Obama se enfraquece no cenário internacional, principalmente na região.

Reduto de terroristas, muitos dos quais responsáveis pela instabilidade quase perene no Líbano, a Síria conta também conta com o apoio do Irã e da China. O Irã apoia a ditadura síria porque Bashar al-Assad representa uma ameaça constante ao Estado de Israel, que por enquanto deixou de frequentar os discursos de primeira hora do governo de Teerã, mas não se pode confiar plenamente na candura da bandeira agitada pelo novo presidente do país, Hassan Rohani, que pode ser um lobo em pele de cordeiro.

Com a prorrogação da crise na Síria, alguns países da região, aliados dos Estados Unidos, também ficam com o pé atrás. É o caso da Arábia Saudita, que tem apoiado logística e financeiramente os adversários de Assad, e a Turquia, que mesmo fazendo parte da União Europeia é aliada de Washington e não quer ver seu território tomado por um conflito. E o impasse em relação às armas químicas garante novos capítulos crise síria.

A situação torna-se ainda mais perigosa em termos de conflito porque a Irmandade Muçulmana, que está a um passo de ser proibida no Egito, é um dos pilares dos rebeldes sírios e em breve poderá enviar seus integrantes para reforçar a resistência a Assad. A Irmandade Muçulmana, que também tem seus tentáculos na Arábia Saudita, reforça o caixa dos rebeldes sírios com dinheiro do governo do Qatar, que é dono da TV Al Jazeera.

Resumindo, há os que fingem preocupação com a situação caótica da Síria, mas na verdade têm na mira os próprios interesses. Isso prova que a prorrogação do impasse trará consequências imprevisíveis, o que coloca todo o Oriente Médio sob tensão, porque há na região um conflito diuturno de interesses. E para que o mundo árabe vá pelos ares não é preciso muito.

26 de setembro de 2013
ucho.info

GASTO DA DILMA EM NY É NADA SE COMPARADO AO DESCASO EM RELAÇÃO AO TERRORISMO E À ECONOMIA

 

Lado do avesso – O noticiário desta quinta-feira (26), na rede mundial de computadores, tem um assunto em destaque.

O hotel de Nova York onde se hospedou a presidente Dilma Vana Rousseff, que participou da abertura da 68ª Assembleia-Geral da ONU e de evento para investidores organizado pelo banco Goldman Sachs.

Os internautas estão indignados com a diária de R$ 22 mil referente à suíte ocupada pela presidente no elegante e caro Hotel St. Regis, o que de fato é um descalabro, mas esse é o problema menor da viagem da petista aos Estados Unidos.

Pela importância do cargo, o valor da diária é irrisório se a passagem por Nova York tivesse sido exitosa. Mas não foi isso que aconteceu, pois Dilma abusou da falta de bom senso nos dois eventos.
Na ONU a presidente brasileira usou boa parte do seu discurso para criticar as denúncias de espionagem por parte do governo norte-americano, assunto que deveria ser tratado na esfera diplomática. Até mesmo os servidores do Itamaraty mais à esquerda pensam de maneira idêntica.

Uma das máximas do Direito explicita que o ônus da prova cabe ao acusador, não ao acusado. Longe de querer defender a violação da soberania, o ucho.info entende que um assunto tão delicado exige habilidade e, acima de tudo, um incontestável conjunto probatório. Sem isso fica o dito pelo não dito.
Como já noticiamos, a presidente cometeu um grande equívoco ao afirmar, em suas críticas aos EUA, que o Brasil condena a prática do terrorismo e muito menos dá abrigo a terroristas. Não é essa a realidade que vivemos no País, porque entre o discurso e a prática há uma enorme distância.

Há no território brasileiros diversos terroristas, espelhados do Oiapoque ao Chuí, sendo que muitos deles chegaram sorrateiramente nos últimos dois anos por causa de grandes eventos internacionais como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Fora isso, o Brasil abriga diversos representantes das Farc, sediados, em sua maioria, nas favelas cariocas, de onde controlam o rentável e criminoso tráfico de entorpecentes.

A declaração da presidente acerca do terrorismo e de terroristas cai por terra quando se acessa o conteúdo da palestra que teve lugar na Câmara dos Deputados em 19 de setembro passado. Durante o evento, o policial legislativo federal Marcus Reis, especialista em terrorismo, externou sua preocupação. “O terror atua de forma descentralizada, até por causa da globalização.
Essas organizações estão buscando o que a gente chama de invisibilidade diante das políticas, já estão em redes e são totalmente descentralizadas. O Estado tem que aprender a combatê-las assim. Depois de Munique, o Brasil não pode alegar inocência e dizer que não sabia. A gente sabe e conhece: são ameaças”, disse.

Em outro vértice da discussão, mas na mesma direção em termos de preocupação, está o brasileiro Hussein Ali Kalout, representante de um centro norte-americano de assuntos internacionais. Kalout reconhece que os agentes da inteligência e das Forças Armadas brasileiras são extremamente competentes, mas o baixo investimento é preocupante. “O material humano é do mais alto calibre.
O problema é que para se ter uma política de contraterrorismo é preciso de investimento, treinamentos e equipamentos modernos. Será que vamos ter capacidade de investir pesadamente nisso? Os Estados Unidos partiram para um orçamento megabilionário e, com isso, consegue-se fazer trabalho em campo, infiltrar pessoas, mandar pessoas para o exterior para mapear os grupos e saber por que e como agem”, disse Hussein.

A declaração de ambos os especialistas é facilmente comprovada pelo atentado ocorrido na Maratona de Boston, apesar de todo o aparato norte-americano de espionagem e de ações oficiais contra o terrorismo. Nenhum país está livre desses malfeitores e por isso o governo brasileiro deve, sem deixar de buscar respostas e soluções para a eventual bisbilhotice cibernética ianque, usar o episódio como divisor de águas e ponto de partida de uma política efetiva de proteção das comunicações oficiais.

Deixando de lado as questões do terrorismo, Dilma adotou uma postura equivocada diante de eventuais interessados em investir no Brasil. Só faltou a presidente implorar para que os empresários tirassem os tostões do bolso e despejassem na infraestrutura brasileira, por exemplo, um dos mais carentes setores nacionais. A situação tornou-se ainda mais vexatória quando Dilma desdenhou o nível de conhecimento desses investidores sobre a realidade brasileira. Foi no mínimo irresponsabilidade afirmar que o Brasil respeita contratos e dizer que o segmento de infraestrutura é altamente lucrativo. Fosse assim, o leilão da BR-262 não teria sido marcado pelo fracasso.

O descrédito que ronda o governo brasileiro ficou evidente no preâmbulo do leilão do Campo de Libra, da Bacia de Santos. O Palácio do Planalto esperava a participação de pelo menos quarenta empresas, mas apenas onze pagaram a taxa no valor de R$ 2 milhões exigida dos interessados. Para piorar, as quatro maiores petroleiras do planeta desistiram de participar do primeiro leilão da camada pré-sal, o que mostra que a suposta espionagem na Petrobras pode não ter ocorrido.

Algumas das informações acima não são novidades, mas mostram o desespero que se abateu sobre um governo paralisado e operado por incompetentes, que insistem em não reconhecer o fiasco que se agiganta a cada dia.

26 de setembro de 2013
ucho.info

A REITORA E AS TARTARUGAS...


Contando, ninguém acredita, mas é verdade: roubaram 118 (cento e dezoito) aparelhos de ar condicionado do almoxarifado do Colégio Pedro II.
 
Em nota, sindicato de servidores diz que “possível furto” ocorreu em junho.
 
Maria Helena Sampaio, a reitora, deve ter sido aquela que deixaram tomando conta de duas tartarugas: uma fugiu e a outra engravidou...
 
26 de setembro de 2013

CADÊ A JUSTIÇA, QUE NÃO MANDA PRENDER ESSES PASTORES:

  
“...coma feijão com farinha, se necessário for, ande descalço, se necessário for, mas venha ao encontro de Jesus...”
 
“Missionário” R.R. Soares, dono da Igreja Internacional da Graça de Deus, incentivando que mais otários vivam na pobreza, mas depositem seus dízimos na conta da “igreja”, para que ele possa por gasolina nos seus jatinhos.
 
Um filho da puta desses merece morte lenta e sofrida. 
 
26 de setembro de 2013

DILMA E O "CUÊNIA" NA ONU...


 
26 de setembro de 2013

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

 
 
26 de setembro de 2013


LÁ DAS BANDAS DO SANATÓRIO

Que geração!

Que geração essa minha! Nasci com a 2ª Grande Guerra Mundial; me criei sob a democracia do pequeno simpático ditador Getúlio Vargas; atravessei Gaspar Dutra, Jânio, Jango modelito Brizola e Juscelino Kub sei lá o quê; passei arranhando pela Redentora de Castello Branco a João Baptista Figueiredo; e caí nessa coisa que começou com Sarney, seguiu com Collor, Itamar, FHC, Lula e se aperfeiçoou no engodo com Dilma Vana. Que geração!

Esse tempo todo foi bom para me fazer entender que a verdade nunca foi perigosa para o homem sincero e leal e que o saber, o conhecimento, nunca foram perniciosos para os sábios e talentosos.

Aprendi, nessa grande aventura que é a vida, que para os hipócritas, falsos e desleais, a verdade é o grande inimigo a ser vencido.

Pena que a maioria dos erros que cometemos na vida, nasce da irrefutável realidade de que, só quando devemos sentir, é que a gente não sente...pensa. E enquanto se pensa, os canalhas exercitam o seu dom de iludir e agem.

E então me vêm à mente, em flashes esparsos, os versos do hoje neo-ninja Caetano: "não me olhe, como se a polícia andasse atrás de mim; cale a boca e não cale na boca notícia ruim / Você sabe explicar, você sabe entender tudo bem / Você está, você é, você faz, você quer, você tem / você diz a verdade, a verdade é seu dom / De iludir...

E penso nisso porque sei que essa pandilha que se apropriou do nosso País não pode nem sonhar em viver sem mentir. Dizer que é verdade tudo quanto mente é a sua própria pele. Que geração! 

 


FAZER O QUÊ?!?
Tá bom, a gente já sabe que, além de futrica contra a arapongagem de Barack Obama, Dilma Vana não foi fazer mais nada em Nova Iorque. Mas alguém poderia, de sã consciência, explicar e justificar o que é mesmo que Aloízio Mercadante estava fazendo lá?!? Que coisa, né não?... E, com aquele perfil retrô, com seu possante bigode hors de la mode, ainda faz pose de Amaral, o Tal. Entre essas viagens de Mercadante e aquelas que Rose fazia nos bons tempos de Lula, a diferença é que a carona do ministro da Educação de Dilma pode ser fora de contexto, mas pelo menos não é clandestina.

 


ENTREMENTES...Para usar o púlpito da ONU e perorar - sim, pode ser perolar também - sobre a espionagem americana em seus e-mails, telefonemas e, quem sabe até, idas e vindas ao banheiro, Dilma Vana se deu ao luxo de hospedar-se com o dinheiro público numa suíte de R$ 25 mil a diária. Os camareiros e mordomos falavam português. Um cuidado de gata escaldada: a provável arapongagem de Obama seria dificultada. A suíte da primera-mulher-president@ do Brasil além de ser meticulosamente varrida, passou também por uma completa varredura. Não, ela não foi de vassoura para a sede da ONU. Foi de limusine.

O JUIZ BIRRENTO
O assunto já é velho e requentado, mas Celso de Mello ainda consegue alguns espaços de jornal, menos do que manchetes, meros rodapés. Agora, depois de consagrar embargos infringentes com jurisprudência no STF, Celso de Mello vem protestando contra a postura - "postura" é atitude de galinha poedeira - dos meios de comunicação diante de seu voto a favor dos mensaleiros e, por extensão, aos malfeitores que praticarem as mesmas malfeitorias. Celso de Mello diz que foi pressionado pela revista Veja: "nunca a mídia foi tão ostensiva para subjugar um juiz". Vai ver que foi mesmo, mas isso não justificaria em momento algum, em lugar nenhum do mundo, uma sentença baseada em pura birra. Há outras maneiras mais legais de um homem mostrar que é mais homem. Um delas, seria - como bom homem das leis que é - processar a mídia por assédio e tentativa de chantagem moral e até imoral.

DENÚNCIA ABORTADA
Ricardo Izar, deputado paulista que preside o ínclito Conselho de Étitica da Câmara, acaba de instaurar processo contra o colega carioca Jair Bolsonaro, dono de conhecida truculência verbal, por quebra de decoro. Ele acredita nas queixas de Randolfe Rodrigues, o gasquito deputado do Amapá, que jura ter levado um soco de Bolsonaro na barriga. Apesar do entrevero ter ocorrido diante de dezenas de testemunhas oculares que se acotovelavam para entrar na sede do DOI-CODI no Rio de Janeiro, só Randolfe viu e sentiu a porrada nas entranhas. Sabe no quê vai dar isso tudo? Pois é. Randolfe vai acabar abortando e tudo vai dar em nada. Comme d'habitude.

FACTÓIDE DE PADILHA
Alexandre Padilha em sua caminhada rumo ao Palácio dos Bandeirante, nem bem acomodou mal e porcamente a legião estrangeira nos pontos mais recônditos do Brasil, já entrega para a mídia ansiosa outro factóide: diz que num balanço feito pelo seu próprio ministério o número de pessoas que aguardam transplantes nos hospitais públicos foi reduzido de 64.774 em 2008, pleno governo do eficiente Lula, para apenas 38.759, neste notabilíssimo 2013, ano da graça de Dilma Vana. Os dados foram apresentados com ares de vitória. Padilha não esclareceu se os pacientes foram atendidos em dobro, ou se impacientes de tanto esperar já partiram desta para a melhor. 
 
26 de setembro de 2013
sanatório da notícia

"EUA NÃO VÃO PARAR DE ESPIONAR E NÃO PEDIRÃO DESCULPAS" - DIZ CHANCELER


 

Quatro dias antes de a presidente Dilma embarcar para Nova York, onde na última Terça-feira fez discurso ferrenho contra a espionagem americana no Brasil, o novo chanceler Luiz Alberto Figueiredo a colocaria numa saia-justa na ONU se suas falas vazassem oficialmente.
Na semana passada, Figueiredo deu mostras da impotência do Governo diante da situação e de que a indignação da presidente não vai passar do discurso.
‘(Os Estados Unidos) não vão parar de espionar, vão continuar, e não vão pedir desculpas’, disse Figueiredo em reunião sigilosa com oito deputados federais, em seu gabinete no Itamaraty.
Os deputados são membros ativos da Comissão de Relações Exteriores que visitaram o chanceler a seu pedido, após convite para ele ir à Câmara, do qual declinou. O encontro foi inédito nas relações entre o MRE e o Congresso, e Figueiredo marcou um ponto positivo, segundo parlamentares, porque se blindou.
Estavam na reunião o presidente da Comissão de Relações Exteriores, Nelson Pellegrino (PT-BA), e os integrantes Perpétua Almeida (PCdoB-AM), Carlos Zarattini (PT-SP), Hugo Napoleão (PSD-PI), Cláudio Cajado (DEM-BA), Eduardo Azeredo (PSDB-MG), Mendonça Filho (DEM-PE) e Alfredo Sirkis (PV-RJ).
O chanceler Luiz Figueiredo só vai se aproximar dos deputados. O Itamaraty não quer conversa com a comissão no Senado. Está revoltado pelo apoio do senador Ricardo Ferraço (PMDB), presidente da Comissão de Relações Exteriores, ao diplomata Eduardo Saboia, na fuga do senador Roger Molina para o Brasil.
Em nota enviada à coluna, o Itamaraty informou que ‘não tece comentários sobre declarações emitidas em reunião privada
ESQUECERAM DE MIM
 
Veja a que se resumiu o poder do ex-chanceler Antonio Patriota, indicado pela presidente Dilma para representante do Brasil na ONU. O pau quebra em Nova York, e Patriota desfilava ontem à tarde pelo Congresso em Brasília com dois assessores. Aqui
26 de setembro de 2013
Coluna da Explanada - Uol Notícias
 

PAPA ARGENTINO E TUPA URUGUAIO, MESMO COMBATE

Em menos de uma semana, tanto o papa Francisco – que já declarou não ser de direita - como o presidente uruguaio, José Mujica – que já foi guerrilheiro tupamaro – fizeram pronunciamentos contra o capitalismo.

No domingo, em uma viagem a Cagliari, capital da Sardenha, o papa teceu críticas à idolatria ao dinheiro que rege a atual sociedade. Em um discurso de improviso para desempregados, falou por 20 minutos e estimulou-os a ter esperança e a não desanimar com as dificuldades da vida.

"Não queremos esse sistema econômico globalizado que nos faz tão mal. Homens e mulheres têm que estar no centro do sistema econômico como Deus quer, não o dinheiro. O mundo passou a idolatrar um deus chamado dinheiro".

Toda vez que alguém condena o sistema econômico globalizado – este sistema que faz o intercâmbio de todos os bens do mundo, onde um livro impresso na China sai mais barato no Brasil que um livro impresso no Brasil – me pergunto qual sistema defende. Pois basicamente há dois sistemas, o socialista e o capitalista. O capitalista pode ter suas falhas e bolsões de miséria. Mas o mundo socialista – nomenklatura à parte – é só miséria e não deu certo em lugar algum do mundo.

Ontem, o presidente do Uruguai, José Mujica, criticou duramente o consumismo durante seu discurso na 68º Assembleia Geral da ONU:

“O deus mercado organiza a economia, a vida e financia a aparência de felicidade. Parece que nascemos só para consumir e consumir. E quando não podemos, carregamos frustração, pobreza e autoexclusão”, afirmou.

Que um ex-tupamaro diga isto, se entende. Seu pronunciamento me lembra o Dr. Strangelove, do filme homônimo de Kubrick. Quem o viu deve lembrar dos reflexos condicionados do braço esquerdo do cientista semiparalítico, que mal seu dono se descuidava, se erguia na saudação nazista. Strangelove tinha de contê-lo com a mão direita.

No discurso, que durou 40 minutos, ele também elogiou a utopia “de seu tempo”, mencionou sua luta pelo antigo sonho de uma “sociedade libertária e sem classes” e destacou a importância da ONU, que se traduz para ele um “sonho de paz para a humanidade”.

O sarampo da juventude recidivou. É preciso, pois, continuar lutando pela Idéia, como se dizia então. Pelas manhãs que cantam. Ex-comunista é como ex-seminarista. Fica para sempre marcado na paleta.

“A humanidade sacrificou os deuses imateriais e ocupou o templo com o “deus mercado, que organiza a economia, a vida e financia a aparência de felicidade – continua o ex-tupamaro – . Parece que nascemos só para consumir e consumir. E quando não podemos, carregamos a frustração, a pobreza, a autoexclusão”. No mesmo tom, ressaltou o fracasso do modelo adotado no capitalismo: “o certo hoje é que para a sociedade consumir como um americano médio seriam necessários três planetas. Nossa civilização montou um desafio mentiroso”.

Para o presidente, o atual modelo de civilização “é contra os ciclos naturais, contra a liberdade, que supõe ter tempo para viver, (…) é uma civilização contra o tempo livre, que não se paga, que não se compra e que é o que nos permite viver as relações humanas”, porque “só o amor, a amizade, a solidariedade, e a família transcendem. Arrasamos as selvas e implantamos selvas de cimento. Enfrentamos o sedentarismo com esteiras, a insônia com remédios. E pensamos que somos felizes ao deixar o humano”.

O tempora, o mores! Quem diria que um dia entre os dias, um papa e um ex-guerrilheiro teriam o mesmo discurso. Nunca fui consumista. Nunca tive carro, jamais usei roupa de grife e ainda não cheguei aos iPhones da vida. Fora viagens, meus gastos se resumem ao comer e vestir, livros e música. Mas sempre defendi o consumismo. É o consumo, mesmo desbragado, que distribui trabalho e dinheiro no mundo, e não o socialismo.

Em um dezembro do século passado em Madri, quando buscava um singelo Rioja para fim de noite no hotel, ao cair na rua tive de enfrentar uma multidão furiosa, compacta, invasiva, imiscuindo-se em todo e qualquer lugar onde houvesse algo para comprar. Investi de ombros contra a massa e lutei bravamente por meu vinho. Até aí, nada demais. Lá pelas tantas, em plena Puerta del Sol, deparei-me com um grupo de católicos vestidos de andrajos – simulando pobreza, pois pobres não seriam – que ostentavam cartazes contra a sociedade de consumo e o consumismo. Se já não nutro muita simpatia por estes senhores, naquela noite meu sentimento foi de asco.

O que aqueles papistas pareciam não entender é que consumo, por estúpido que seja, gera trabalho e riqueza. Aquela histeria desmesurada dos madrilenhos beneficiava o último produtor de queijos, presunto ou vinhos, nos confins de uma vila qualquer na Espanha ou na Europa. Lubrificava a ampla capilaridade de distribuição e venda, os setores de transporte e comércio, do país todo. O consumo quase irracional dos madrilenhos azeitava a economia da nação, demonstrava a eficiência plena do capitalismo. Claro que o sentido original do Natal fica empanado, para não dizer abolido. Mas melhor que o culto piegas de um deus obsoleto é assistir o espetáculo de uma economia pujante.

Conquistada minha botellita de Rioja, fugi da massa e busquei uma bodega discreta para continuar minhas leituras. Não imagine o leitor que tais orgias de consumo me fascinem. Mas tenho de convir que são salutares para a saúde das nações. Aqueles gatos pingados católicos, travestidos de pobres e humildes, eram, naqueles dias de festa, os piores inimigos da humanidade.

Como o papa e o ex-tupamaro.


26 de setembro de 2013
janer cristaldo