"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

FERNANDO GABEIRA FAZ REPORTAGEM SOBRE A SAÚDE PÚBLICA NO MARANHÃO E CONSTATA O APARTHEID DOS SARNEY

 


 
Sem contestação – Há dias, quando o ucho.info afirmou que o nefasto clã comandado por José Sarney criou um apartheid verde-louro no Maranhão, o mais miserável dos estados brasileiros, não foi exagero, mas, sim, a mais completa tradução de uma realidade caótica que afeta de forma hedionda os maranhenses e que o editor deste site conhece de perto. Sarney e seus apaniguados – inclusos nesse rol seus filhos (Fernando, Roseana e Sarney Filho) – criaram um regime de exceção, o qual privilegia de maneira acintosa os integrantes de um grupo político que transformou o estado em capitania hereditária, governado a partir de um Tratado de Tordesilhas local.

No âmbito da saúde, o apartheid é muito mais evidente e escandaloso, porque as ações do governo de Roseana Sarney, assim como as do governo federal, podem facilmente ser traduzidas pela expressão “papo furado”. Roseana e os membros da família Sarney dão de ombros para as questões da depauperada saúde pública, porque há muito o aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado, da capital São Luís, foi transformado pelo clã em recepção avançada do Hospital Sírio-Libanês, o melhor e mais caro do País.

As nossas denúncias, todas de longa data, não trazem qualquer exagero, mas apenas uma constatação que qualquer brasileiro disposto a mudar o País pode fazer em um estado rico que pela incompetência de seus governantes vive em miséria quase eternizada. O que afirmamos em nossas matérias, sempre repudiadas pelo Palácio dos Leões, sede do Executivo estadual, têm sido confirmadas de maneira a não deixar dúvidas sobre a dura realidade enfrentada por um povo sofrido e corajoso.

Há dias, neste site, publicamos matéria destacando o programa político do Partido Progressista, que sob o comando do deputado federal Waldir Maranhão tem mostrado ao Brasil a verdade que Sarney e seus aduladores insistem em esconder.

Para que nenhum leitor se renda a ilação de que se trata de jornalismo de encomenda, o jornalista Fernando Gabeira, em seu programa de estreia na Globo News, visitou algumas cidades maranhenses, como Buriti Bravo, onde proporcionalmente há o menor número de médicos por habitantes. Em sua incursão em terras maranhenses, Gabeira pode constatar o grau de irresponsabilidade com que Roseana Sarney trata a saúde pública no estado. Na maioria das cidades faltam médicos, medicamentos, leitos hospitalares e equipamentos.

Em Caxias, importante cidade do interior maranhense, está localizado um centro de diálises que recebe pacientes de todo o estado. Fernando Gabeira entrevistou um senhor que três vezes por semana viaja 300 km para se submeter a sessões de hemodiálise. Na cidade, um hospital universitário está fechado há seis anos. Na capital, onde o atendimento na rede pública de saúde deveria ser minimamente aceitável, pacientes viajam até Teresina, debaixo de um sol implacável, em busca de tratamento contra os mais variados tipos de câncer.

Entre as cidades de Paiol e Buriti Bravo dificilmente encontra-se um médico. Em Buriti Bravo, Claudete de Moraes conta que seu filho teve hanseníase e morreu pela falta de medicamento. O curandeiro da cidade conta que já fez aproximadamente 1,8 mil partos e destaca que nunca uma mulher morreu em seus braços. Nessas cidades, um equipamento de Raio-X, por exemplo, espera perto de seis meses a visita de um técnico para começar a funcionar. Mesmo assim, Roseana lançou, tempos atrás, o galhofeiro programa “Saúde é Vida”, que pela obviedade redundante mostra o quão mentiroso é. Mas para a governadora a saúde pública no Maranhão deve ser tratada como um negócio familiar, pois afinal o secretário da pasta é o seu cunhado, o médico Ricardo Murad, que em qualquer minimamente responsável já estaria demitido.

O Maranhão precisa mudar urgentemente e todos os brasileiros têm o dever de cobrar essa mudança, pois é inaceitável que alarifes da política local vivam como nababos, enquanto a população diuturnamente enfrenta o monstro da miséria. Muda Maranhão, muda! A hora é agora!

13 de setembro de 2013
ucho.info
(Agência Brasil)

A GRANA DOS MÉDICOS CUBANOS

 

Senhoras e senhores, agora que ficou definitivamente consagrada a mutreta dos médicos cubanos no Brasil, estabelecida de forma insidiosa entre o governo petista e a ditadura dos irmãos Castro, convém aqui especular sobre os destinos da elástica baba financeira que vai escorrer para os cofres da Ilha Cárcere.

A pergunta básica é a seguinte: para onde vai o dinheirame – algo entre um bilhão e meio e três bilhões de reais, ou mais – extorquido do bolso do indefeso trabalhador brasileiro?
 
Sobre o destino do grosso ervanário já foram levantadas várias hipóteses. Senão, vejamos: em data recente, um militante de “O Globo”, porta-voz da esquerda festiva, reproduzindo informe oficioso, noticiou que parte da grana dos 4 mil médicos cubanos contratados poderá servir para amortizar fração do empréstimo de US$ 980 milhões contraída pela ditadura comunista do Caribe junto ao BNDES do Dr. Lula, ao que se diz apenas parcialmente aplicado na reconstrução do Porto de Mariel e na reforma do aeroporto de Havana.
 
Outra hipótese levantada com insistência nos sites da internet é que pelo menos metade da grana tomada do contribuinte nativo em nome do programa Mais Médicos retornaria ao Caixa Dois do PT para financiar a campanha eleitoral do próximo ano.

De fato, levando-se em consideração que o pagamento mensal dispensado a cada médico cubano será na ordem de 60 reais – segundo o cirurgião caribenho Carlos Rafael Jimenez, em recente depoimento no Congresso Nacional -, não resta dúvida quanto ao potencial bilionário da campanha presidencial da guerrilheira Dilma.
(Neste particular, é bom recordar a operação de milhões de dólares contrabandeados em caixas de Havana Club Rum, em voo originário de Cuba, remetidos por Fidel Castro para “dar força” à reeleição de Lula.
Na denúncia publicada pela revista Veja, em julho de 2005, o falso diplomata cubano Sérgio Cervantes, notório “observador” das FARCs, teria sido o agente da operação.
 
Já na Ilha Cárcere, por sua vez, a certeza (e não mera hipótese) entre os perseguidos políticos é de que a grana bilionária do programa Mais Médicos, sacado do bolso do parvo povo brasileiro, servirá para Raul Castro – “alcoólatra e brutamontes confesso”, no dizer do jornalista Carlos Franqui, Ex-Íntimo do Vampiro do Caribe – ampliar o aparelhamento da DGI (Direción General de Inteligência), órgão da polícia secreta que, na Ilha Cárcere, exerce implacável repressão sobre a população em geral e, em particular, sobre os dissidentes em desacordo com os métodos do comunismo dos irmãos Castro.
Como se sabe, a DGI, só em Havana, emprega cerca de setecentos mil espiões para manter sob severa espreita cada quarteirão da desgastada cidade.
 
Por fim, há a hipótese dos que admitem, com considerável dose de razão, que os irmãos Castro, sinistros predadores do subcontinente, simplesmente enfiarão no bolso o grosso da grana do programa petista, subtraído de forma astuciosa da lograda patuléia cabocla.

Amparando a conjetura, basta assinalar recente reportagem da revista Forbes (especialista em quantificar e qualificar a fortuna dos milionários) que elegeu Fidel Castro como um dos homens mais ricos do mundo.
A revista informa, sem meias palavras, a razão do vasto patrimônio em dólares de Fidel:
os pagamentos dos negócios externos de Cuba são depositados na conta pessoal do insaciável ditador.
 
Em resumo: bem medido e pesado é possível que cada uma dessas hipóteses seja factível. Pior: no frigir dos ovos, os vastos recursos enviados ao “Paraíso do Caribe” poderiam servir a todos os propósitos acima apontados e mais outros que o desconfiado leitor pode livremente descortinar.

PS – Fidel tem horror aos médicos-enfermeiros cubanos, não confia neles. O tirano se trata com médicos espanhóis e seus exames são analisados em clínica de Boston. Chávez se meteu a besta com a medicina da ilha e se ferrou.

13 de setembro de 2013
Ipojuca Pontes, ex-secretário nacional da Cultura, é cineasta, destacado documentarista do cinema nacional, jornalista, escritor, cronista e um dos grandes pensadores brasileiros de todos os tempos.

CASO PENSADO

Congresso pode produzir conflito legal que garantirá a continuidade do banditismo político

O Congresso está costurando um golpe jurídico que mais adiante provocará uma confusão legal sem precedentes, apenas e tão somente para beneficiar o banditismo político que grassa no País. Nesta semana, o Senado Federal aprovou um Projeto de Emenda Constitucional que estabelece que o mandato eletivo deverá ser automática e imediatamente cassado quando o parlamentar for condenado pelo Supremo Tribunal Federal.

Essa medida surgiu na esteira do polêmico caso de Natan Donadon, deputado federal por Rondônia condenado pelo Supremo a treze anos de prisão por corrupção, mas que não teve o mandato cassado pelo plenário da Câmara, que decidiu sobre o tema em votação secreta. Tal episódio criou um fato inusitado, pois o Brasil é o primeiro país a ter um presidiário com mandato parlamentar.

Com os desdobramentos do processo do Mensalão do PT, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou que colocará em votação no plenário da Casa a matéria que extingue o foro privilegiado. Isso porque a Ação Penal 470 deixou claro que políticos corruptos serão julgados em tempo menor se o processo for originário do STF.

Caso a extinção da prerrogativa de foro por função for aprovada, os parlamentares corruptos serão julgados inicialmente na Justiça de primeira instância, tendo, dessa forma, muito mais tempo para procrastinar o processo e manter o mandato eletivo. Contundo, se a sentença condenatória for confirmada pelas instâncias superiores do Judiciário, a cassação do mandato esbarrará na PEC que exige que a condenação seja do STF.

O Brasil há muito precisa de uma profunda assepsia na política, mas os parlamentares insistem em legislar tendo o corporativismo como pano de fundo. É preciso que a sociedade pronta e continuamente, pois do contrário o País se transformará, em caráter definitivo, no paraíso dos bandoleiros.

13 de setembro de 2013
ucho.info

ASINUS ASINUM FRICAT...

Zé Dirceu e Zé de Abreu: é por causa de gentinha como vocês que o Brasil se ..... (completem os pontinhos com uma rima rica)
José de Abreu, o papagaio-de-pirata número um do PT, disse que vai iniciar uma pesquisa para o longa metragem que pretende rodar sobre - pasmem - o mensalão. Ele mesmo vai interpretar um dos ministros do Supremo Tribunal Federal. O panaca diz ainda que vai contar com a ajuda do amigo José Dirceu nas pesquisas. Imaginem a merda que vai sair disso!
 
Mas o pior não é o filme em si e sim a afirmação do calhorda dizendo que “é uma obrigação da Agência Nacional do Cinema (Ancine) ajudar no financiamento da obra”. Ou seja, o Zé simplesmente acha que nós, os contribuintes, temos que sustentar burros como ele e ladrões como o outro Zé a pão-de-ló.

Vão tomar no centro que é pra não gastar as beiradas!
 
13 de setembro de 2013

SEM PALAVRAS...



13 de setembro de 2013

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA HELIO FERNANDES

Em 1940, Stalin mandou um elevado membro do Politburo pedir a Vargas liberdade para Prestes. O Senado ludibriou o povão, fez o mesmo que a Câmara. Qual a diferença? Dona Dilma feliz com a ‘recuperação’. Acha que o povão vai retirar essas aspas.




Os líderes da Câmara e Senado não se cansam de tripudiar sobre a opinião pública. E com a cobertura desavisada da mídia impressa e expressa. Há 15 dias a Câmara mistificou mais uma vez, enganou com sempre, votou o fim do “voto secreto”, quer dizer, consumou mais uma farsa ou fraude, que atirou do plenário para o pleno da ruas, como se verdade fosse.

Festejaram a noite toda, os aplausos já apareciam nos sites e blogs, os primeiros a se manifestarem. E no dia seguinte, bem cedo já surgiam as manchetes impressas: “DERRUBADO o voto secreto”. Ou muito interesse ou pouca análise. Então não viram que estavam sendo enganados, queriam apenas jogar um pouco de claridade na escuridão da quarta-feira anterior?

AGORA, O SENADO NU, A CÂMARA DESVESTIDA, FESTEJANDO CONTRA O POVO

Imediatamente mostrei o que estava acontecendo, não levei nem 48 horas para dizer: “A Câmara enganou a todos, o VOTO SECRETO continua impávido e indestrutível”.
E ainda disseram: “O Helio não se satisfaz, esse projeto aprovado na Câmara e que vai para o Senado é mais amplo, acabará com o voto secreto em todas as votações, um avanço”.

Não quero lembrar tudo o que comentei, pretendo apenas chegar à nova farsa de anteontem no Senado. Quando fingiram, estrondosamente, que o voto secreto havia acabado. Novamente? Se a Câmara mentiu para todos, por que o Senado, que se julga hierarquicamente superior, ficaria silencioso?

O SENADO MAIS IMORAL E COM FRAUDE MAIS AMPLA

Anteontem o presidente do Senado (todos sabem, Renan) anunciou o grande AVANÇO do que haviam votado com ampla maioria. Vou separar para ficar mais legível.

1 – Fim do voto secreto para cassação de deputados. Só que precisa ser votado novamente e ir para a Câmara, outras duas votações, ou se sofrer emendas, volta para o Senado.
Explicações e restrições: só serve para a cassação do deputado Donadon, que está preso, Os outros não serão incluídos nesse projeto. Esses chamados de “outros” são os que estão sendo julgados no Supremo.

Mais uma restrição. Como o objetivo é mistificar a opinião pública, o projeto que seria um avanço, vai perambular pelas gavetas do Senado. Fim do voto secreto geral? Só quando Renan e Henrique Eduardo puderem apresentar “folha corrida”.
MAIS CARINHO E COMPREENSÃO COM A CORRUPÇÃO ATIVA E PASSIVA

2 – Acrescentaram ao projeto “penas duríssimas” contra corruptos, não só da Câmara e Senado, mas de todos que ocuparem cargos públicos. Para quem for flagrado em atos de corrupção, qualquer que seja o cargo, condenação a um ano de prisão.
Puxa, exageraram. Mas entrarão com recursos, estarão em liberdade, irá prescrever quase que imediatamente. Só não podem acusar o Senado (e a Câmara) de negligência, cumplicidade e omissão, tentaram.

3- Atentos, os senadores não esqueceram do enriquecimento ilícito. Usaram da mesma severidade, foram implacáveis, também 1 ano de prisão, só não explicaram como comprovarão esse “enriquecimento”. Principalmente quando se tratar de deputado ou senador.

NADA SERÁ DESVENDADO

Portanto, continua vigorando o que eu revelei logo que retumbaram, “o voto secreto foi DERRUBADO”. Nem o que atingia apenas os parlamentares a serem cassados, ou os da transparência geral.
E ninguém quebrará o silêncio dos parlamentares, eles estão pensando. Que República.

A CAMPANHA DE 2014

Falam muito que Dona Dilma está em franca recuperação. Com o “Mais Médicos”, teria se recuperado (quem acredita nessa pesquisas?) e ganharia logo no primeiro turno. Inacreditável como é fácil enganar a opinião pública.
Numa pesquisa, cai 30 pontos. Num clima piorado, desconfiado, desmoralizado e contaminado, “recupera” o perdido e acrescenta mais popularidade.
E a corrupção total do seu governo? Se tivesse demitido o ministro do Trabalho na hora, talvez a pesquisa tivesse tom e clima de verdade.
Concordo: os adversários são fracos. Mas Lula não pensa (?) assim.

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PS – José Reis Barata, você fez muito bem em citar Churchill, era um notável e insuperável frasista. Logo depois, faria outra, altamente reproduzida: “A democracia é o pior dos regimes. Excetuados, naturalmente, todos os outros”.

PS2 – Também como personagem, Churchill foi sincero e extraordinário. Bebia, fumava, jogava, pública e diariamente. Difícil uma fotografia dele sem o charuto ou longe de um copo.

PS3 – Jogava sempre que podia, principalmente em cassinos, e era “viciado” em perder. (Existe isso, em maior quantidade do que se imagina)

PS4 – Como jogo sempre foi considerado “dívida de honra”, no dia seguinte Churchill precisava arranjar dinheiro, fazendo a “ronda” na Old Bond Street (centro financeiro de Londres), voltava a jogar.

PS5 – Quando seus livros passaram a vender muito e recebeu várias heranças, abandonou o jogo, com a declaração-confissão do vício: “Que prazer tem o jogo, perco, faço o cheque e vou dormir?”

PS6 – Tinha horror a Stalin e não gostava de De Gaulle, que representava o governo da França no exílio. Hostilizava-o, sempre que possível. E De Gaulle era conservador como ele. Mal se falavam.

PS7 – Churchill nem queria ouvir falar de Stalin. Segundo o presidente Roosevelt, que foi o grande coordenador do que se chamou de “aliados”, Churchill não aceitava de maneira alguma se encontrar com o então poderoso líder soviético.

PS8 – O presidente Roosevelt levou muito tempo, mas conseguiu realizar os encontros de Ialta e Teerã, com ele, Stalin e Churchill. Quem viu as fotos da época, e não conhecia os bastidores, tinha a impressão de que eram ligadíssimos. Churchill de charuto e Stalin com aquele reluzente uniforme branco, muito mais reluzente do que o seu caráter.

PS9 – Em 1940, Stalin mandou o número 2 do Politburo (personagem elevado) ao Brasil, para pedir ao ditador que “libertasse Luiz Carlos Prestes, preso desde 1936 e tratado cruelmente”.

PS10 – Principal argumento de Stalin, utilizado pelo emissário: “Brasil e União Soviética agora são aliados, o Brasil está mantendo preso um amigo”. Era verdade.

PS11 – Vargas, espertíssimo, percebeu o “trunfo” que possuía, respondeu que ia decidir. Não libertou Prestes, mas mandou construir para ele, na Penitenciária da Frei Caneca, uma casa de madeira, quarto, sala, banheiro e cozinha. E o mais importante: podia manter correspondência, receber e conversar com amigos. O mais assíduo: Sobral Pinto, seu advogado e grande amigo.

PS12 – Prestes ficou preso até 1945, quando saiu para lançar a “Constituinte com Vargas”. Que contradição para qualquer um, menos para Prestes, que jamais defendeu interesses pessoais. Mas isso é outra história).

13 de setembro de 2013
Helio Fernandes
 

TEORI E BARROSO, DOIS PATRONOS INESPERADOS



Décadas atrás, em Minas, um caso agitou os tribunais e prendeu as atenções da opinião pública, tendo sido condenados a trinta anos de cadeia os irmãos Naves,  acusados do  assassinato de um desafeto.

O processo durava anos quando se completou, só que o juiz que o instruíra aposentou-se, entrando o substituto em seu lugar, a quem coube apenas dar a sentença condenatória,  toda baseada nos  autos. Mais tarde o verdadeiro assassino apareceu e confessou.  
 
Um dos irmãos Naves havia morrido na prisão, o outro ganhou a liberdade. Entrou em discussão tema ainda hoje polêmico, a respeito de poder um juiz completamente à margem de um demorado  julgamento ser convocado apenas para exarar a condenação. Não foi culpa daquele jovem  juiz se grave erro judiciário aconteceu,  já que caiu de paraquedas em terreno desconhecido.
 
Guardadas as proporções, e com todo o respeito, situação análoga  verifica-se  no Supremo Tribunal Federal, no processo do mensalão. De repente, já com as condenações dos réus discutidas, debatidas,  analisadas e exaradas,  dois novos ministros são indicados e tomam posse.
De nada participaram do julgamento, sequer acompanharam depoimentos, argumentação do Ministério Público e dos advogados de defesa. Como o juiz mineiro, chegaram depois.
 
Deveriam Teori Zavaski e Luís Roberto Barroso ter-se dado por impedidos? Seria  mais lógico que não participassem da fase finalíssima do julgamento, dado não terem acompanhado o longo período de instrução, elucidação  e definição do escândalo. Mesmo assim, por obrigação ou por vaidade, consideraram-se aptos a julgar o último recurso dos já sentenciados mensaleiros. Em especial porque os ministros que vieram a substituir já tinham participado e votado.
 
Cada cabeça uma sentença, diz o Bom Direito. Não se emitem juízos de valor a respeito das decisões dos dois novos ministros, que tiveram todas as prerrogativas para aceitar os embargos infringentes, à luz de suas concepções jurídicas.  Mas estariam preparados para tanto, apesar do brilho e da erudição de seus votos?
 
Numa fase em que se fala tanto do Regimento Interno do Supremo, não seria o caso de se estabelecer que novos ministros deveriam ater-se apenas a novos processos? Haveria, é claro, que resolver primeiro o problema da herança dos ministros que se forem. Muitos deixam mais de 500 processos para os sucessores.  Mecanismos inexistem para obrigá-los a limpar a mesa e os armários, mas  levar  os que chegam a participar de causas tão intrincadas como a do mensalão geralmente leva a inversões de vulto.
 
O tema, porém, é meramente retórico. Os irmãos Naves sofreram injustamente. Quanto aos mensaleiros, ganharam  dois patronos inesperados.
 
INSUFICIÊNCIA DELIBERADA
 
O palácio do Planalto julgou insuficientes as explicações da Conselheira de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Susan Rice, a respeito da espionagem promovida pelo seu país nas comunicações do governo brasileiro e de empresas como a Petrobrás. Não era esse texto pífio que a presidente Dilma esperava, depois de seu encontro com o presidente Obama, na Rússia.   

Outras conversas com assessores americanos terá o chanceler Luiz Alberto Figueiredo, em Washington,  mas pelo jeito não chegarão ao desejado pedido de desculpa que merecemos dos nossos irmãos do Norte. Por enquanto, a tendência da presidente Dilma continua de  suspender a visita que faria em outubro à capital dos EUA, mantendo também a disposição de denunciar a arapongagem pela tribuna das Nações Unidas.

Moda tão comum aqui no Brasil acaba de pegar lá em cima, apresentada na nota de dona Susan Rice: a culpa de tudo é da imprensa, que distorceu as atividades da Nasa…
 
SAUDADES DO ITAMAR
 
É sempre bom lembrar o saudoso presidente  Itamar Franco, que diante de qualquer acusação de irregularidade envolvendo algum auxiliar seu, ministro  ou não, demitia o acusado e mandava que fosse defender-se fora do governo.  

Se conseguisse demonstrar inocência, voltaria com tapete vermelho e banda de musica. Caso contrário, ficaria mesmo de fora.

Já se passou uma semana das denúncias sobre roubalheira no ministério do Trabalho, feudo do PDT que não é mais de Leonel Brizola. Ignora-se qual a instrução da presidente Dilma ao ministro Manoel Dias. Mas ele continua em seu gabinete, despachando como se nada tivesse acontecido.

13 de setembro de 2013
Carlos Chagas 

O HUMOR DO DUKE

Charge O Tempo 13/09
 
 
13 de setembro de 2013


AS IMAGENS MELANCÓLICAS DO BRASIL DO MENSALÃO...

 
 







 
13 de setembro de 2013







 

E DE CHICANA EM CHICANA, O "APITO AMIGO" PODERÁ LEVAR O CAMPEONATO


Bem amigos a pizza ficou para a semana que vem.
A certeza da impunidade é tamanha que um dos até então condenados, Zé Dirceu, faz reuniões em sua casa para assistir a um melancólico e patético STF fazer de conta que faz justiça.

A banda muito provavelmente começará a tocar marchinhas carnavalescas já na próxima quarta feira, onde o ninho das Ratazanas Vermelhas irá comemorar as "chicanas" ideológicas no aparelhamento do Supremo, onde a idéia era mostrar à população um julgamento épico para a história deste país e ao final servir a pizza da impunidade.
O aparelhamento do supremo foi feito de forma ordenada e pensada de maneira que alguns " mais perigosos" fossem punidos com penas exemplares, mas a cumpanherada, os que promoveram a zona, saíssem de cu lambido.

E quando vejo juízes que entraram na suprema corte pela porta dos fundos apenas com a função de livrar a cara da cumpanherada é que percebo que este país, a pátria de chuteiras não tem mais jeito.

Com a eleição do EX presidente Bebê da Rosemedonha lá em 2003, o país entrou em piloto automático, surfou no crescimento mundial, coisa que só foi possível pela estabilização econômica promovida pelo plano Real. Distribui-se crédito fácil, as populistas bolsas das mais variadas, alçaram a classe "C" a emergente , rebaixaram a classe média e promoveram a alegria do povaréu na base do carro novo, cartão de crédito, futebol e festas das mais diversas.

Transformaram o país em um novo paraíso, o lugar do planeta que todos querem viver, vendeu-se a imagem de terra prometida onde, para alguns desavisados, o dinheiro era fácil e a riqueza estava a olhos vistos. Muita gente lá fora estava comprando essa idéia.

Com uma parcela da população gastando como nunca no exterior, comprando sem a menor cerimônia bugigangas das mais diversas só por que estavam baratas. Viajando deslumbradamente em suaves 12 prestações, o povo começou a achar que estava rico. 

A realidade é bem outra, tem muita gente com dinheiro no Brasil, mas a imensa maioria da população vive na base do crédito fácil e no perrengue nosso de cada dia.

Iludiram a população pobre, e por que não a classe média também, facilitaram a compra de bens de consumo elevaram a arrecadação de impostos fazendo com que nuncaantesnahistporiadestepaís se arrecadasse tanto.
Em contrapartida, nunca se gastou tanto e tão mal o dinheiro público.

Criou-se a república sindical, onde a cangalha de sindicalistas mortos de fome se infiltraram no governo e hoje, vivem nababescamente torrando milhões em grana desviada do povo.As empreiteiras, bancos e construtoras... Os grandes beneficiados pelos planos mirabolantes de Copa do Mundo, Olimpíada, Trem Bala, e o crédito fácil... Entregaram o galinheiro para as raposas tomarem conta, não sem antes acertarem comissões polpudas e vergonhosas.

E como não poderia deixar de ser, a classe política, aquela nossa velha conhecida, se juntou ao poder, o inimigo de ontem virou o aliado de hoje, e dependendo do jeito que a coisa vá, amanhã podem voltar a se odiar.
E assim é feita a política neste país, ideologia e pragmatismo, ou programa de governo são palavras no dicionário, ou apenas produto de marqueting para continuar caçando voto dos idiotas.

Conseguiram aparelhar até as mobilizações populares que foram às ruas num modismo passageiro de Brasuca consciente político de araque.

Nas ruas ficaram apenas o que servem aos interesses dos poderosos, a Bolivarianização do Brasil.

As urnas eletrônicas o uso da maquina estatal e a distribuição de benefícios para os mais pobres garantem eleições infinitamente sem precisarem mexer na constituição como fizeram alguns Caudilhotas Bananeiros da Amérdica Latrina para se perpetuarem no poder. 

Aqui tudo fica legitimado aos olhos da lei, e totalmente "imoralizado" aos olhos dos que sabem que tudo é feito de maneira a garantir o poder a qualquer preço.
Afinal, socialista que se preze divide a pobreza do povo com o povo, e os poderosos vivem muito bem obrigado, desfrutando os benefícios do capitalismo selvagem.
Nosso ultimo suspiro em ver um Brasil melhor e mais ético seria o julgamento do mensalão,  deram a relatoria para um Juiz sério, competente que chegou à magistratura por méritos próprios, um intelectual na concepção da palavra.
Um jurista que entende sua função na defesa da constituição e das leis.

Ao mesmo tempo deram a revisão a um pau mandado que chegou ao STF pelas mãos da Premera Muda, Marisa Letícia, um advogado meia boca que sempre esteve ao lado dos Ratos Vermelhos. A fórmula certa para o desastre.
Ou para a maracutaia, o revisor segurou o inicio do julgamento tempo suficiente para que durante o processo dois ministros não alinhados ao governo  entrassem em aposentadoria na marra, e essa manobra daria tempo de que fossem colocados dois novos "amigos do Rei" para ajudarem na impunidade.
 
Deu no que está dando, dos 25 réus julgados, TODOS os que não são políticos, ou não eram inocentes pelo próprio processo, se arrebentaram, vai ser cana dura de 10, 12, até 40 anos para essa turma.
E para os cumpanherus, inventaram algumas chicanas morais, colocaram suas máscaras e manobraram o julgamento da maneira que bem entenderam para desespero dos Brasucas que acreditavam em punições e alegria dos "mesmos de sempre".

Ou se livram dos crimes pelas chicanas, ou irão demorar tanto para que se faça um novo julgamento que parte dos criminosos já estarão em terras do Capiroto, isto é, se os crimes não prescreverem durante esse tempo colocando definitivamente a pá de cal da impunidade sobre a combalida democracia Tupiniquim.

Lembro que durante sua campanha para o segundo mandato, o EX presidente se auto elogiava dizendo que um operário, pobre e sem estudos, mandava e desmandava em uma porrada de gente formada em universidade, e que seu time de puxa-sacos era basicamente formado por "doutores".
As palavras não são bem as que ele usou, mas o teor do pensamento é este.

E hoje, olhando para a corte suprema e vendo o nível de subserviência e pau "mandatismo" a que estão sujeitos alguns dos nobres ministros, percebo que o pensamento do operário pobre e ignorante é uma realidade que chega as vias do bizarro.
Parte do STF está ajoelhado diante do operário pobre e ignorante, e o pior, fazendo absolutamente tudo o que ele quer.
Se o pt continuar no poder, em mais alguns anos o STF irá julgar apenas crimes de opinião, ou aos opositores do governo, pois, quando se tratar de punir alguém da cúpula, ou seus satélites, a pizza sempre estará pronta para ser servida.
Quarta feira será o desdobramento final deste infame julgamento, e pelo que se lê na mídia, salvo um milagre, o Ministro Celso de Melo, já deu a entender que irá aceitar os embargos que fatalmente tornarão impunes, a parte "cumpanhera" dos réus do mensalão.

Então veremos as mais bizarras comemorações dos réus e até os pronunciamentos inflamados de um ex-presidente que bradava aos quatro ventos que o mensalão não existiu. Tanto não existiu que eles precisaram da ajuda do "apito amigo" para ganhar este jogo.

Sairão impunes, mas não menos culpados.
O crime aconteceu, os culpados foram julgados e condenados, e a manobra safada de aparelhamento criou a chicana da impunidade. 
Na minha opinião, mesmo que saiam desta sem bater um dia de cana dura, ainda assim continuarão bandidos da pior espécie.

Eu ainda acredito em milagres. Só que tenho a certeza de que eles não acontecem para um povo que não os mereça. Deus é brasileiro como dizem alguns ufano-idiotas.  Só que Deus não tem nada a ver com isso.
 
13 de setembro de 2013
omascate

A LIBERDADE É FILHA, E NÃO DONA DO DIREITO


          Artigos - Aborto        

“Percebi que todos aqueles que são a favor do aborto já nasceram”, dizia Ronald Reagan.

Não é possível defender o aborto como simples questão de escolha sem colocar em xeque as bases da própria existência da sociedade de direito. É como o macaco que serra o galho em que está sentado, ou o pedreiro que marreta a laje sob a qual se sustenta.

Só há liberdade de escolha para quem foi garantido o direito de existir. Quem não tem direito de nascer, tampouco tem direito de escolher. O grito do aborto como direito da mulher é um grito louco dos contraditórios: se 50% das pessoas que nascem são mulheres – e o aborto impede que muitas mulheres venham ao mundo – como o aborto protegerá o direito a liberdade da mulher que está sendo impedida de viver, de ser dona da própria existência? É óbvio que o aborto trata apenas do direito do mais velho, do mais forte, do mais independente sob negação do mais novo, mais fraco e vulneravelmente dependente.

 
É opressão pura travestida de autonomia. A liberdade é filha do direito e se desenvolve do respeito ao próximo.
 
 
Não se trata de religião, laicismo, sanitarismo, filosofia; se trata de simples justiça e pacto social. Você não me mata e me deixa nascer e eu prometo em troca não sangrar quem virá depois de mim. Todos que nascem, já nascem devedores disso. Quem quer fazer parte do mundo dos viventes é moralmente obrigado a conservar a vida alheia, e não deve ser considerado herói por isso: de graça recebeu a existência, de graça deve garantir a dos demais.
Não há sociedade possível sem que todos seus integrantes – de novos a idosos – tenham o mesmo valor. Os países que permitem o aborto e possuem taxas de natalidade abaixo da mera reposição, com população em pleno declínio e insolúveis crises providenciarias bem o sabem.
 
Ou a liberdade individual se expande até onde começam os direitos do próximo e para aí, neste a quem chamamos “tú”, ou caímos na barbárie pura e simples, num caminho quase sem volta onde os fracos só têm vez quando a sorte resolve ficar do seu lado. Não é por acaso que todo país que chega na eutanásia dos idosos, inválidos e ditos “inúteis”, o faz depois de normatizado a arbitrariedade da cultura abortista, que atrela o direito à vida alheia ao subjetivismo dos mais fortes, saudáveis, úteis. A vida precisa de mais garantias.

 

Precisamos abolir essa nova espécie de escravidão de uma vez por todas: ninguém é propriedade de ninguém para ser tratado como objeto negociável, ninguém tem o direito de decidir pela vida e pela morte de quem quer que seja. Dramas não justificam o injustificável. Aborto é miséria, é injustiça, é opressão, e talvez mais do que tudo, aborto é desprezo e ingratidão para com toda a comunidade humana. Não precisamos postular isso.


13 de setembro de 2013
Karen Fernandes é enfermeira e especialista em Pedagogia.
 

PROJETO "MAIS ´MÉDICOS": SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO ASSALTADO PELOS DITADORES CASTRO!

         
          Artigos - Governo do PT        
 
Fica evidente que o interesse não é na condição de vida e saúde dos pobres e marginalizados dos confins do mundo, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste onde a carência é de tudo, mas um projeto eleitoreiro  demagógico, ideológico, desumano e criminoso.
 

Muitos de nós ainda não conseguimos digerir a entrada de 400 “médicos” cubanos no Brasil, uma vez que ninguém, absolutamente ninguém foi consultado para opinar se apoiava esta derrama: nem a sociedade, nem o Congresso Nacional, nem as associações médicas, nem mesmo aqueles a quem o Governo diz querer “assistir”.
E eles serão 4.000 no total.
A imprensa divulgou que os médicos contratados no programa “Mais Médicos” que, além dos brasileiros, vieram de Portugal, Espanha e Argentina, teriam um contrato assinado com o Ministério da Saúde, poderiam trazer suas famílias e receberiam um salário mensal de R$ 10.000,00 mais moradia, alimentação e despesas de deslocamento pagos pelo Governo, para oferecer “atenção básica” nos rincões mais longínquos e desassistidos do país.
Eles estão hospedados em hotéis e fazem treinamento de três semanas sobre as doenças tropicais, características de cada região, além de português, no caso dos estrangeiros.
 
Ninguém teve acesso a esses contratos, entretanto, como a pressão sobre os cubanos foi muito grande, o Ministério da Saúde o disponibilizou através do “Portal Saúde” que pode-se lê-lo na íntegra neste endereço:

http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/pdf/2013/Ago/27/OPAS_27022013.pdf.
 
Chama a atenção que apenas para os cubanos haja um contrato especial, feito através do convênio existente entre o Brasil e a Organização Panamericana de Saúde (OPAS), existente desde o ano 2000, e não diretamente como os profissionais.
Além disso, não estão hospedados em hotéis como os demais, mas em alojamentos de quartéis das Forças Armadas que foram obrigadas a recebê-los, embora não se saiba se vão receber pela hospedagem.

Apesar de haver sido posto ao conhecimento do público, não vi até agora na grande imprensa qualquer análise sobre os termos do referido acordo, onde as partes são chamadas apenas por: “Organização” - a OPAS/OMS -, “Ministério” - Ministérios da Saúde e Educação -, e o projeto, que chama-se “Ampliação do acesso da população brasileira à atenção básica em saúde”, apenas “Programa”.

Não quero aqui discutir as questões legais porque fogem à minha competência, embora diga-se no contrato que os cubanos serão regidos pela legislação brasileira nas questões “civis e penais” mas não “trabalhistas”, mas porque foge ao objetivo, que é levantar os pontos nebulosos e pouco claros sobre o que vieram fazer estes profissionais no Brasil, em que circunstâncias mas, sobretudo, ressaltar para os brasileiros a exorbitância a ser paga por todos nós, involuntariamente, não àqueles que vão prestar serviços médicos mas aos ditadores Castro. 

As primeiras perguntas surgem a partir da “Cláusula Segunda: das obrigações das partes”, item I, do que compete ao Ministério. 
 
No sub-item i, lemos:
“Garantir, aos Médicos Participantes, a oferta e a realização de curso de especialização por Instituição Pública de Educação Superior, pelo prazo de até 3 anos, prorrogável por igual período, que envolverá atividades de ensino, pesquisa e extensão, que terá componente assistencial mediante integração ensino-serviço.

Ora, quando as associações médicas e o Conselho Federal de Medicina questionaram a validade do diploma desses médicos que foram dispensados do exame Revalida, o ministro da Saúde brasileiro, e todos os que os defendem, afirmaram que seus 10, 20 anos de experiência atestavam sua excelsa capacidade.
Então, por que no contrato consta que eles vêm fazer curso de “ensino, pesquisa e extensão”? O projeto, como foi dito ao público, não era para “exercer a medicina” nos lugares que os brasileiros se recusavam ir? 
 
No sub-item o, lemos: “Realizar, com base nos Planos de Ação do Programa, o repasse semestral e antecipado à OPAS/OMS dos recursos referentes:
 
i - ao financiamento da cooperação técnica (...) incluída a cooperação por meio de consultores e Assessores em Atenção Básica em Saúde;
 
Com relação a essa “cooperação” citada acima, compete também à Organização, como lê-se no item II, c: Conformar um conjunto de Assessores em Atenção Básica em Saúde que acompanharão o Programa nos níveis nacional e estadual, que facilitarão a interlocução com os Médicos Participantes.
 
A questão do pagamento antecipado comento mais adiante.
O que chama a atenção nas questões acima, é: quem são esses “consultores e assessores” que irão “cooperar” com esses médicos, e que servirão de “interlocutores”? Interlocutores para que e entre quem?

Ainda nesse item, letra o, esse controle fica mais evidente quando cita-se um “monitoramento mensal da execução” dos Planos.
Que “planos” serão esses? Soa estranho a qualquer indivíduo que assina um contrato de trabalho, tendo como maior relevo sua competência profissional, saber que vai ser “monitorado” mensalmente e que haverá um “interlocutor”, a não ser que a vigilância seja em relação à doutrinação a que são obrigados os médicos que prestam serviço noutros países!

A parte mais acintosa e aberrante deste contrato é a que diz respeito aos recursos, constantes da Cláusula Terceira e anexos II e III.
 
Na Cláusula Terceira, lemos: 
 
“Para o Plano de Trabalho aprovado, (...) o Ministério apropriará para transferir à Organização, no corrente exercício, a quantia de R$ 510.975.307,00 (QUINHENTOS E DEZ MILHÕES, NOVECENTOS E SETENTA E CINCO MIL, TREZENTOS E SETE REAIS)
 
E na sub-cláusula única, lemos:
 
“Do total dos recursos de que trata esta Cláusula, R$ 24.331.301,00 (VINTE E QUATRO MILHÕES, TREZENTOS E TRINTA E HUM MIL, TREZENTOS E HUM REAIS) correspondentes a 5% do montante líquido, (...) refere-se aos custos indiretos decorrentes da cooperação técnica a ser fornecida pela Organização (...).
 
No Anexo II temos uma planilha demonstrativa da destinação dos recursos:
 
DIÁRIAS                                                                             1.309.770,00
PASSAGENS                                                                      12.242.500,00
SERVIÇOS DE TERCEIROS - PESSOA FÍSICA                    469.000.000,00
SERVIÇOS DE TERCEIROS - PESSOA JURÍDICA                      4.073.736,00
CUSTOS INDIRETOS - (5%)                                               24.331.301,00
 
No Anexo III, o Cronograma de Desembolso anuncia que o pagamento é referente ao ano de 2013 (de um contrato que vai até 2016) e que os valores pagos são: 
 
Agosto              100.000.000,00
Setembro          300.000.000,00
Novembro         110.957.307,00
Total               510.957.307,00
 
Ocorre que foi explicitado na Cláusula Segunda, subitem o, que esse repasse seria semestral, e que na planilha do Anexo III aponta-se o valor pago somente no ano de 2013.

Além disso, vemos ainda que o maior valor pago, constante como “serviços de terceiros”, é a parte que segue para Cuba onde os ditadores vão repassar aos seus escravos o valor que bem lhes aprouver, sem que NINGUÉM interfira.
E aqui vem a aberração maior: observem que está escrito que o valor de R$ 469.000.000,00 é pago a PESSOA FÍSICA, ou seja: aos cofres pessoais dos ditadores Castro e não ao Estado Cubano!
Se tudo isto não fosse suficientemente abominável, temos que ao final de um ano os ditadores Castro vão embolsar R$ 938.000.000,00 (NOVECENTOS E TRINTA E OITO MILHÕES) e até o término do contrato de 3 anos, que pode ser prorrogado, R$ 2.814.000.000,00 (DOIS BILHÕES, OITOCENTOS E QUATORZE MILHÕES)!
 
Aos que defendem a legitimidade desse pagamento à ilha, alegando investimento na formação profissional dessas pessoas, o que dizer de o Estado cubano não ser o receptor desta imensa fortuna paga com os impostos de TODOS nós? Será que com R$ 3.065.743.842,00 (TRÊS BILHÕES, SESSENTA E CINCO MILHÕES, SETECENTOS E QUARENTA E TRÊS MIL, OITOCENTOS E QUARENTA E DOIS REAIS) não daria para o Governo Federal construir nessas cidades e municípios, hospitais, postos de saúde, ambulatórios, clínicas de análise - todos bem equipados de aparelhos e medicamentos -, além de ambulâncias, e contratar médicos com um salário digno? Resolver o problema da seca no Nordeste?
 
Fica evidente que o interesse não é na condição de vida e saúde dos pobres e marginalizados dos confins do mundo, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste onde a carência é de tudo, mas um projeto eleitoreiro  demagógico, ideológico, desumano e criminoso, onde à custa dos nossos impostos estamos enriquecendo mais ainda, dois dos mais sanguinários e miseráveis ditadores da América Latina, que são os irmãos Raúl e Fidel Castro.
 
13 de setembro de 2013
Graça Salgueiro