Medinho petralha: Boato revela que Barbosa pode renunciar ao STF para disputar presidência com Dilma
13 de setembro de 2013
Circulava ontem à noite, à boca nem tão pequena, nos bastidores do poder em Brasília, um boato esquisito, porém plausível, sobre a sucessão presidencial de 2014. O Super Joaquim Barbosa renunciaria ao cargo de Presidente do Supremo Tribunal Federal e se credenciaria como presidenciável para enfrentar Dilma Rousseff.
Politicamente falando, uma candidatura Barbosa seria uma suposta novidade que, chegando ao poder, pouco faria de diferente. No trono do Palácio do Planalto, seria a mesma coisa que qualquer candidato no atual sistema político: uma marionete da Oligarquia Financeira Transnacional. Mesmo papel que seria desempenhado por uma outra pretensa “novidade” sempre citada pela mídia amestrada: Marina Silva.
O ato extremo de Barbosa, entregando a presidência do STF para seu vice Ricardo Lewandowski, seria para manifestar sua indignação e revolta pessoal com a aceitação dos embargos infringentes. A aceitação dos recursos praticamente faz voltar à estaca zero o julgamento do Mensalão. É alto o risco de reversão condenações, diminuição ou prescrição de penas dos condenados, no processo que fica ainda mais sem data certa para chegar a um fim.
Atualmente, segundo pesquisas reservadas de opinião, Barbosa seria o único nome capaz de golpear, mortalmente, a reeleição praticamente assegurada de Dilma Rousseff. A petralhada morre de medo de “o negão” (como é popularmente reconhecido) entrar na disputa. Barbosa seria a representação síntese da bronca contra o PT e seus esquemas de corrupção que ficam impunes. Os petistas preferem disputar a eleição com Aécio Neves e Eduardo Campos, que farão a mesma pretensa oposição de sempre, sem muita empolgação, o que antecipa a derrota.
O boato de ontem sobre a renúncia de Barbosa só fica comprometido por dois fatores. Barbosa só faltou jurar, publicamente, que não tem o menor interesse na vida como político. Além disso, só um partido nanico, sem chances de eleger uma base parlamentar forte (como PT, PMDB & Cia), lhe concederia uma vaga para a aventura da disputa presidencial. Isto se a petralhada não usar seu poder para fechar as portas dos partidos para a suposta aventura dele.
Eventualmente eleito, tal como Marina Silva, Barbosa ficaria sem governabilidade. Teria de negociar com o Congresso, de forma não muito diferente do que fez o PT com Lula-Dilma, para “presidir” – o que em nada altera o desastroso quadro institucional brasileiro. Na visão da maioria dos caciques políticos, se eleito, Barbosa, por seu estilo duro, com pouco jogo de cintura e sem paciência para politicagem, seria a reedição de um Fernando Collor. Estilo meio autoritário de governar, gerando alto desgaste com senadores e deputados, o que faz um governo desabar rápida e inevitavelmente.
Enquanto o boato sobre Barbosa não se concretiza, o STF caminha para o desgaste e desmoralização perante a opinião pública. A decisão final sobre a aceitação dos embargos infringentes ficou adiada para quarta-feira da semana que vem. Até lá, todas as atenções (e pressões internas) se voltam para o ministro Celso de Mello. O decano do STF terá a espinhosa missão de desempatar o placar de 5 a 5. Como ele já foi favorável, no passado, ao uso de recursos infringentes para mudar condenações, tudo indica que o 6 a 5 beneficiará os mensaleiros.
Pela conversa do ministro, ontem, após o término da sessão empatada do STF, não resta muitas dúvidas sobre o voto dele: “Eu não posso antecipar voto algum. Este não é o momento. Mas eu estou em condições (de votar). Já preparei meu voto. Ouvi todos os lados. Li os memoriais redigidos pelos advogados, que, como sempre, desenvolveram um excelente trabalho profissional. Li o memorial da senhora procuradora-geral da República e todos os votos bem fundamentos que foram pronunciados já na sessão anterior e na sessão de hoje. Atento a isso, e ao que escrevi em 2 de agosto, estou considerando todos esses aspectos. Na verdade, já formei minha convicção. Tenho a convicção formada e vou expô-la de modo muito claro, muito aberto na quarta-feira”.
Toda a imprensa lembrou que, em agosto do ano passado, Celso de Mello já tinha reafirmado que aceita os embargos infringentes como recurso válido: “O STF, em normas que não foram derrogadas e que ainda vigem, reconhece a possibilidade de impugnação de decisões de mandados do plenário dessa Corte em sede penal, não apenas os embargos de declaração, como aqui se falou, mas também os embargos infringentes do julgado, que se qualificam como recurso ordinário dentro do STF, na medida que permitem a rediscussão de matéria de fato e a reavaliação da própria prova penal”.
O Alerta Total insiste na tese até cansar: No estágio atual da perigosa bagunça institucional tupiniquim, o Supremo Tribunal Federal comete um desatino político ao proclamar que seu regimento interno (artigo 33) vale mais que uma lei (8038, de 1990), para aceitar os embargos infringentes que podem salvar muitos ilustres condenados no Mensalão, revendo as penas dadas inicialmente. Como o desfecho do Mensalão envolve interesses muito acima dos nacionais, qualquer decisão do Supremo pode gerar um tsunami institucional.
O golpe está em marcha. E tal conjuntura de pré-condição golpista é perfeita para a consolidação do Capimunismo (sistema que mistura o capitalismo selvagem com o autoritarismo e dirigismo estatal do comunismo), do jeitinho que a Oligarquia Financeira Transnacional deseja para o Brasil e a petralhada e seus parceiros no Governo do Crime Organizado vem promovendo, direitinho (ou esquerdinho, se preferirem).
Agora, uma coisa é preciso lembrar, com tristeza. Alguém pode mesmo ficar surpreso com um STF que agora alivia a barra dos mensaleiros, fazendo seus crimes compensar, mas que já deu um outro golpe contra a soberania nacional do Brasil e contra nossa constituição, ao referendar as criminosas “Nações indígenas”, com a homologação da Reserva Raposa do Sol?
Só para refrescar um pouquinho mais a memória fraca tupiniquim... Até o Super Barbosa votou a favor da maracutaia indígena que interessa unicamente à Oligarquia Financeira Transnacional... Um hediondo crime de lesa-pátria do qual poucos se lembram...
Sexta, 13...
Enfim, nada como celebrar tanta escatologia numa azarenta sexta-feira 13...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
13 de setembro de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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