"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

SUSPENSE NO PLANALTO: FUNARO VAI REVELAR A PARTICIPAÇÃO DE TEMER NO ESQUEMA


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Charge do Duke (dukechargista.com.br)
O corretor Lucio Bolonha Funaro deixou o complexo penitenciário da Papuda e voltou para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A transferência foi solicitada pelo Ministério Público Federal na última quinta-feira (17), e autorizada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, para o período que vai de hoje até a sexta-feira, 25.
Em negociação do seu acordo de colaboração premiada, Funaro deve permanecer na PF para facilitar a logística dos possíveis depoimentos que irá prestar no âmbito de seu acordo.
DENÚNCIAS PESADAS – Parceiro do ex-deputado Eduardo Cunha, Funaro já vem prestando depoimento no âmbito das operações Sépsis, na qual o corretor foi preso em 1º de julho de 2016, e na Cui Bono?. Um dos depoimentos foi utilizado na denúncia oferecida pelos procuradores Anselmo Cordeiro Lopes e Sara Moreira contra o ex-ministro Geddel Vieira Lima por obstrução de Justiça.
Só do Grupo J&F, segundo planilha entregue por Joesley Batista em sua delação, Funaro recebeu cerca de R$ 170 milhões nos últimos 12 anos. À Lava Jato, o corretor promete explicar quais políticos participaram dos esquemas que resultaram nesses pagamentos e qual seria a participação do presidente Michel Temer nessas negociatas.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Embora tenha escapado do afastamento por 180 dias e do processo criminal no Supremo por corrupção passiva, a situação do presidente Temer está cada vez mais complicada. O doleiro Lúcio Funaro e o ex-deputado Eduardo Cunha tentaram amaciar as revelações sobre Temer e outros caciques do PMDB, mas a força-tarefa não engoliu. Esta semana, Funaro está fazendo segunda época na Superintendência da Polícia Federal, enquanto Cunha aguarda na fila, sob risco de não ter sua delação homologada. No Planalto, Temer, Padilha e Moreira continuam vivendo momentos de alta tensão, não há Lexotan que os faça dormir. Desorientado, nesta segunda-feira Temer disse que o presidente paraguaio governava “Portugal”. Mais um pouco e estará misturando chiclete com banana, tipo Dilma Rousseff. (C.N.)


22 de agosto de 2017
Deu em O Tempo
(Agência Estado)

A NOVA TOMADA DE TRÊS PINOS PARA GARANTIR O FORO PRIVILEGIADO


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Charge do Sinovaldo (Jornal VS)
   
Os feirantes da reforma política querem vender uma nova jabuticaba. Para driblar as críticas ao distritão, um sistema eleitoral adotado em apenas quatro países, decidiram apostar num modelo que não existe em país nenhum. A gambiarra está sendo chamada de semidistritão, ou distritão misto. Foi inventada há poucos dias e pode ser aprovada nesta terça-feira.
A ideia ganhou força na Câmara, embora poucos deputados sejam capazes de explicar do que se trata.
SOLUÇÃO TUPINIQUIM – O semidistritão seria uma espécie de tomada de três pinos eleitoral. Uma solução tupiniquim, de autoria desconhecida, que ajudará seus poucos criadores a se dar bem às custas da maioria. Nos dois casos, ninguém se lembrou de consultar os usuários.
A proposta é combinar dois sistemas antagônicos: o distritão, que ignora os partidos, e o voto em lista, que desconsidera o perfil de cada candidato. O voto na legenda ajudaria a turbinar o desempenho individual de cada político.
A fórmula é exótica, mas ajudou a atrair partidos que resistiam a abandonar o sistema proporcional. Com a adesão de novas siglas, como o PDT, é possível que o novo modelo seja aprovado pelo plenário nesta terça.
EFEITOS COLATERAIS – O semidistritão contraria um dos principais argumentos usados por quem deseja mudar as regras do jogo: o de que nem todos os candidatos mais votados garantem uma cadeira na Câmara. Essa distorção continuaria a existir, já que os partidos com mais votos de legenda teriam direito a uma bancada maior.
A jabuticaba ainda produziria outros efeitos colaterais, como o fim da fidelidade partidária. Se o candidato for o único dono da cadeira que ocupa, não fará mais sentido proibir o troca-troca de legenda.
Por outro lado, o semidistritão cumpriria o principal objetivo dos inventores do distritão de raiz. Desde o início, o que eles querem é ajudar os atuais deputados a se reeleger, garantindo mais quatro anos de foro privilegiado.

22 de agosto de 2017
Bernardo Mello Franco
Folha    

QUEBRA PAU NO STF GILMAR MENDES E LUIS BARROSO PROTAGONIZAM VERDADEIRO BARRACO EM PLENÁRIO

O PRÓXIMO ATAQUE CONTRA A LAVA JATO VAI SAIR DE DENTRO DO STF

CIRCO! GILMAR MENDES DEBOCHA DE RELATOR EM PLENÁRIO E LEVA ESPORRO

JANAINA PASCHOAL REBATE E ARREBENTA GILMAR MENDES: 'ORA, POR QUE NÃO PODE? SÃO DEUSES?

A VERDADE É NOSSA ALIADA. LIBERTEMO-NOS.

A HISTÓRIA NÃO CONTADA DE DILMA ROUSSEFF - DOCUMENTÁRIO EXCELENTE

FORÇA DO HÁBITO... PETISTA.

LULA É CITADO E INTIMADO OFICIALMENTE POR SÍTIO EM ATI BAIA

FUNDO ELEITORAL DE R$ 3.6 BILHÕES REPRESENTA GRAVÍSSIMA OFENSA AOS CONTRIBUINTES


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Charge do Nani (nanihumor.com)
Com o país enfrentando a maior crise econômica de sua História, a dívida pública chegando a 81% do PIB, segundo o Fundo Monetário Internacional, que é fonte mais segura do que o atual governo brasileiro, a criação do Fundo Eleitoral significa um desrespeito aos cidadãos, uma verdadeira ofensa aos contribuintes, especialmente aos milhões de brasileiros desempregados, com suas famílias passando necessidades. Sob codinome de Fundo Especial de Financiamento da Democracia (FFD), essa monstruosidade já foi aprovada na Comissão da Reforma Política, na Câmara dos Deputados, e será votada agora em plenário.
E ainda aparece o ministro Gilmar Mendes para “esclarecer” que o total de R$ 3,6 bilhões seria insuficiente para o custeio de campanhas de deputados federais em 2018, se o sistema eleitoral não for modificado, sem falar nas campanhas para Senado, Presidência e Assembleias Legislativas, que exigirão muitos outros bilhões de reais, que terão de ser encontrados no bolso de alguém.
NADA MUDOU – No meio da confusão, aumenta cada vez mais a pressão para legalizar novamente o patrocínio eleitoral de pessoas jurídicas. Isso significa que já querem voltar a pedir dinheiro das empreiteiras e das JBSs da vida, vejam a que ponto chegou a esculhambação institucional brasileira.
Como se sabe, o Congresso está discutindo a palpitante questão e a conclusão todos já conhecem – terá de aparecer o dinheiro para bancar as campanhas eleitorais. Porém, falta encontrar a origem desse suposto Fundo Especial de Financiamento da Democracia, pois a legislação em vigor obriga que toda lei destinada a autorizar despesas tem de indicar qual será a fonte dos recursos. É aí que a porca torce o rabo, como se dizia antigamente, porque o Orçamento federal está exaurido, respirando por aparelhos, não há fonte disponível. Mas o Congresso, com generoso apoio do Executivo e do Judiciário, logo irá encontrar uma solução, podem ter certeza.
SIMPLICIDADE – Já comentamos aqui na “Tribuna da Internet” que um dos maiores problemas do Brasil é que suas elites perderam a simplicidade. Hoje em dia, os governantes, parlamentares, magistrados e servidores públicos, todos querem ter vida de rico, viajar pelo mundo, morar em mansões, usar carros blindados etc. e tal, sem se submeterem ao menor risco.
Não mais se contentam com a antiga vida de classe média, passaram a viver uma realidade ilusória. E assim surgiram os penduricalhos salariais, as benesses e as mordomias que o corporativismo assegurou a esses cidadãos/servidores de primeira classe, sob os auspícios do Supremo.
Na vida real, para enriquecer como empresário ou profissional liberal, é preciso trabalhar muito e correr os riscos que caracterizam essas atividades independentes. Qualquer bobeada, surge o título protestado, depois a ação executiva, na sequencia o pedido de falência. Na iniciativa privada, vencer na vida é muito difícil e arriscado.
E A DEMOCRACIA? – Há perguntas que não querem calar. Por que os políticos não aproveitaram a oportunidade para simplificar as campanhas eleitorais? Por que não respeitar a democracia e dar oportunidades iguais aos candidatos, com campanhas baratas? Por que é obrigatório fazer caríssimos programas de TV, cheios de efeitos especiais? Por que cada candidato não pode simplesmente aparecer em público e relatar suas intenções, seus projetos? Não é isso que a democracia almeja?
E aí a gente lembra do genial teólogo, filósofo e astrônomo italiano Giordano Bruno (1548-1600), que dizia: “É ingenuidade pedir que as regras do poder sejam mudadas por quem está no poder”. Cerca de 450 anos depois, a conclusão de Giordano Bruno tem impressionante atualidade. Nada mudou. A democracia ainda é como o comunismo, apenas uma utopia. E tudo isso nos faz lembrar outro pensador genial, o britânico Kenneth Clark (1903-1983), que dizia: “Civilização? Nunca encontrei nenhuma. Mas tenho certeza de que, se algum dia encontrar, saberei reconhecê-la”.

22 de agosto de 2017
Carlos Newton

TEMER PRIVATIZARÁ A ELETROBRAS. POR QUE NÃO A RAS, O BB E A CAIXA ECONÔMICA, O BNDES?




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Charge do Zope (Arquivo Google)
O Ministério de Minas e Energia informou nesta segunda (dia 21) que vai propor ao Programa de Parcerias e Investimentos a venda de ações da União na Eletrobras, “a exemplo com o que já foi feito com Embraer e Vale”. O governo não informou quantas ações pretende vender, limitando-se a falar em “democratização” da empresa na Bolsa. Pessoas com conhecimento do assunto, no entanto, disseram que o objetivo é se desfazer de todos os papéis por meio de uma oferta pública, mantendo apenas uma “golden share” (ação que garante poder de veto em decisões estratégicas).
A União detém diretamente 40,99% das ações da empresa. O BNDES, 18,72%, e fundos federais, outros 3,42%.
CONTER O DÉFICIT – A expectativa é arrecadar entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões, que ajudarão a conter o deficit nas contas públicas em 2018. Hoje, o valor de mercado é de R$ 20 bilhões.
A avaliação é que as ações podem se valorizar com a perspectiva de privatização e com a mudança no sistema de cotas de venda de energia a preços baixos, instituído em 2013, e eliminada pelo novo marco do setor elétrico que será levado ao Congresso.
Após o anúncio da proposta pelo MME, o valor das ações da empresa negociadas em Nova York subiu 21% no “after market” (negociações após o fechamento do pregão).
COMPETITIVIDADE? – O MME argumentou que a venda da fatia da União “trará maior competitividade e agilidade à empresa para gerir suas operações, sem as amarras impostas à estatal”.
A decisão, afirmou o ministério, foi adotada após “profundo diagnóstico sobre o processo em curso de recuperação da empresa”. A Eletrobras vem implementando um plano de corte de custos para reduzir o endividamento, que era de R$ 23,4 bilhões no segundo trimestre. “Não há espaço para elevação de tarifas. Não é mais possível transferir os problemas para a população. A saída está em buscar recursos no mercado de capitais atraindo novos investidores e novos sócios”, defendeu o MME.
Também em nota, a Eletrobras anuncia a seus investidores que o governo proporá a “desestatização” da empresa, mas esclarece que a operação depende de autorizações governamentais, avaliação de autorizações legais e regulatórias e do modelo.
A EMPRESA – Por meio de seis subsidiárias, a Eletrobras tem um parque gerador de 46,9 mil MW, o equivalente a 32% da capacidade de geração de energia do Brasil, e 70 mil quilômetros de linhas de transmissão (47% da malha nacional).
Participa ainda da usina binacional de Itaipu e de 178 projetos de geração e transmissão em parceria com outras empresas.
O presidente da Associação dos Empregados da Eletrobras, Emanuel Mendes Torres, disse ser contra à venda das ações da União. “Vamos iniciar amanhã [hoje] um processo de convencimento do Congresso e da sociedade de que isso é ruim para o país.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Exatamente como aconteceu com o trêfego FHC, o governo de Michel Temer, que admite nada saber de economia (“Falem com o Meirelles…”), resolveu leiloar mais uma joia da Coroa, a Eletrobras. Então, por que não privatizar também a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o BNDES? Ora, se a solução é esta, vamos vender logo este país todo. E não esqueçam de vender a Amazônia. E, quem sabe, também o Pantanal. Se houve leilão, os chineses comunistas vão comprar tudo. Eles são comunistas em casa e imperialistas na casa dos outros. Pensem nisso. (C.N.)


22 de agosto de 2017
Nicola Pamplona e Julio Wiziack
Folha