"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

LUTADOR DE MUAY THAI REAGE A ASSALTO E MATA BANDIDO COM UM GOLPE EM SP. ESSE É O MUNDO CÃO!

NOTA AO PÉ DO VÍDEO

As imagens apresentadas contam apenas uma história: arma na mão do cidadão é legitima
defesa. Na mão de vagabundos e para a prática de crimes.
Enquanto o cidadão é desarmado por força de Lei, criminosos que não se sujeitam a ela, andam fortemente armados.
Algumas declarações de menores criminosos 'apreendidos', mostram claramente que o problema é muito mais sério, e que o 'politicamente correto' dos "direitos dos manos" não se
aplica a uma situação de calamidade que tomou conta do país. Enquanto isso os projetos sobre a maioridade penal, permanecem engavetados, servindo aos interesses de plantar o caos na sociedade.
Jair Bolsonaro representa a opinião pública. Qualquer pesquisa que se faça, apontará isso.
A sociedade está exaurida pela violência em todos os sentidos: politicamente, criminalmente, destituída da sua cidadania pela corrupção, sem esperança de futuro, roubada por um Congresso desacreditado, incompetente, eticamente quebrado.
A capa da revista VEJA é muito sugestiva da violência que tomou conta das principais metrópoles brasileiras: 1 morte a cada 2 horas no Rio de Janeiro, 27 assassinatos, 19 tiroteios,
7 arrastões. Eis aí o retrato do cotidiano de uma cidade... Em apenas 48 horas!
Assistam ao vídeo! Vivemos o mundo cão, sem lei nem rei...

m.americo

SE FICAR O BANDIDO MATA, SE REAGIR A JUSTIÇA PRENDE

SE FICAR O BANDIDO MATA SE REAGIR A JUSTIÇA PRENDE


11 de julho de 2016
postado por m.americo

FORMAÇÃO DO ESTADO ISLÂMICO FOI A CONSEQUÊNCIA DA DERRUBADA DE SADDAM



Estado Islâmico declarou califado no Iraque e Síria em junho de 2014 (Foto: Reuters)
Estado Islâmico declarou seu califado no Iraque e Síria em 2014
















O Estado Islâmico surgiu depois da invasão dos Estados Unidos e seus aliados ao Iraque, criado pelos sobreviventes da Al Qaeda no país, então liderada por Abu Musab al Zarqawi. Depois da morte de Al Zarqawi, em um ataque dos Estados Unidos em 2006, membros da Al Qaeda fundaram o Estado Islâmico do Iraque (ISI).
A Al Qaeda era aliada americana durante a invasão russa do Afeganistão. No começo, o grupo era frágil. Mas entre 2011 e 2013, quando começou a rebelião na Síria para derrubar o presidente Bassar al-Assad, o ISI – então dirigido por Abu Bakr al Baghdadi – começou a ganhar força – e armas – e tomou várias cidades no norte do Iraque. Acredita-se que quando a cidade de Mosul foi tomada, o grupo possuía apenas 800 combatentes.
O grupo sunita surgiu a partir da união de diversas organizações extremistas, leais ao antigo regime, que lutavam contra a ocupação americana e contra a ascensão dos xiitas ao governo iraquiano. Com táticas brutais, o grupo cresceu e passou a se chamar ISIS (Estado Islâmico do Iraque e Levante) e depois simplesmente Estado Islâmico. O seu crescimento surpreendeu muitos no Ocidente.
Agora, armado com arsenal americano, obtido após vitórias sobre o exército iraquiano, o Estado Islâmico estaria com mais de 30 mil combatentes e acesso a recursos de US$ 2 bilhões – oriundos de fontes diversas, entre as quais doações privadas, sequestros e roubos.
BRAÇO DA AL QAEDA – No início, a insurreição se tornou cada vez mais radical, à medida que fundamentalistas islâmicos liderados pelo jordaniano Abu Musab al Zarqawi, fundador da Al Qaeda no Iraque (AQI), infiltraram suas alas. Os militantes liderados por Zarqawi eram tão cruéis que tribos sunitas no Iraque ocidental se voltaram contra eles e se aliaram às forças americanas, no que ficou conhecido como “Despertar Sunita”.
Em junho de 2006, as Forças Armadas dos EUA mataram Zarqawi numa ofensiva aérea e ele foi sucedido por Abu Ayyub al-Masri e Abu Omar al-Bagdadi. A AQI mudou de nome para Estado Islâmico do Iraque (EII). No ano seguinte, Washington intensificou sua presença militar no país. Masri e Bagdadi foram mortos em 2010.
VOLTA DOS JIHADISTAS – Após a retirada das tropas dos EUA do Iraque, efetuada entre junho de 2009 e dezembro de 2011, os jihadistas começaram a se reagrupar, tendo como novo líder Abu Bakr al-Bagdadi, que teria convivido e atuado com Zarqawi no Afeganistão. Ele rebatizou o grupo militante sunita como Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).
Em 2011, quando a Síria mergulhou na guerra civil, o EIIL atravessou a fronteira para participar da luta contra o presidente Bashar al-Assad com ajuda acidental. Os jihadistas tentaram se fundir com a Frente Al Nusrah, outro grupo da Síria associado à Al Qaeda. Isso provocou uma ruptura entre o EIIL e a central da Al Qaeda no Paquistão, pois o líder desta, Ayman al-Zawahiri, rejeitou a manobra.
ASCENSÃO DO “ESTADO ISLÂMICO” – Apesar do racha com a Al Qaeda, o EI fez conquistas significativas na Síria, combatendo tanto as forças de Assad, quanto rebeldes moderados. Após estabelecer uma base militar no nordeste do país, lançou uma ofensiva contra o Iraque, tomando sua segunda maior cidade, Mossul, em 10 de junho de 2014. Naquele momento o grupo já havia sido novamente rebatizado, desta vez como “Estado Islâmico”.
A tomada da metrópole iraquiana Mossul foi significativa, tanto do ponto de vista econômico quanto estratégico, porque é uma importante rota de exportação de petróleo e ponto de convergência dos caminhos para a Síria. Mas a conquista da cidade foi vista como apenas uma etapa para os extremistas, que pretendiam avançar a partir dela.
ATUAL ABRANGÊNCIA DO EI – Além das áreas atingidas pela guerra civil na Síria, o EI avançou continuamente pelo norte e oeste iraquianos, enquanto as forças federais de segurança entravam em colapso. No fim de junho de 12014, a organização declarou um “Estado Islâmico” que atravessava a fronteira sírio-iraquiana e tinha Abu Bakr al-Bagdadi como “califa”.
Abu Bakr al-Bagdadi impôs uma forma implacável da sharia, a lei tradicional islâmica, com penas que incluem mutilações e execuções públicas. Membros de minorias religiosas, como cristãos e yazidis, deixaram a região do “califado” após serem colocados diante da opção: converter-se ao islã sunita, pagar um imposto ou serem executados. Os xiitas também têm sido alvo de perseguição.
AMEAÇA TERRORISTA – O Estado Islâmico perdeu 12% de seu território na Síria e no Iraque em 2016. Em 2015, o califado do EI já havia perdido 14% em controle da área antes ocupada. Na Síria, onde o EI enfrenta ao mesmo tempo o exército do regime, apoiado pela Rússia, a aliança árabe-curda apoiada pelos Estados Unidos e os rebeldes, os extremistas perderam a cidade de Palmira em 27 de março.
Os analistas advertem que, à medida que o califado do EI se reduz, aumenta a ameaça de terrorismo. Espera-se um aumento do número de ataques no Iraque, Síria e também na Europa, como já está até acontecendo.

11 de julho de 2016
Tribuna Imprensa

GOVERNO TEMER CONTRA O NARCOTRÁFICO

O PT nunca deu importância para a segurança pública porque nunca acreditou no assunto: prender não resolve, cometer crimes é falta de oportunidade, o consumo de drogas deve ser descriminalizado e legalizado e a construção de escolas compensa a construção de presídios. Essas são algumas das ideias simples e erradas que os petistas acreditam.

Dois exemplos práticos do descaso do PT com a segurança dos brasileiros são o bloqueio dos recursos do FUNPEN (Fundo Penitenciário Nacional), que impede os estados de modernizar e ampliar as vagas em presídios, e do FUNAD (Fundo Nacional Antidrogas). Em 2015, o FUNPEN contava com R$ 2,4 BILHÕES acumulados, já o FUNAD segue abandonado.

Os ministros José Serra e Alexandre Moraes mostraram disposição de enfrentar o narcotráfico e tratar a segurança pública como um problema nacional, como foi noticiado pela coluna Radar, de Veja:

“Diferente de José Eduardo Cardozo, que sempre fez cara de paisagem quando se discutia o elevado número de assassinatos no país, Alexandre de Moraes fez questão de chamar para si a responsabilidade na primeira reunião ministerial.

Ele disse aos colegas de Esplanada que quer criar um plano para combater este tipo de crime e fará parceria com secretários estaduais e, até mesmo com o Itamaraty de José Serra para enfrentar o tráfico internacional de armas e drogas.”

Felizmente a vontade não ficou no discurso, e o chanceler José Serra criou uma área dentro do Itamaraty para cuidar das fronteiras, como informa O Globo:

“José Serra resolveu criar no Itamaraty um novo departamento — o de Assuntos de Defesa e Segurança, que ficará sob a responsabilidade do embaixador Nelson Antônio Tabajara.

Será focado na segurança em áreas de fronteira ou, mais precisamente, no combate aos ilícitos transnacionais, à corrupção, ao tráfico de armas e drogas, ao terrorismo e ao crime organizado.”

Agora, em evento do LIDE noticiado pela revista IstoÉ, o ministro da Justiça declarou que já tem pronta uma Medida Provisória para aumentar a Força Nacional e focar nas fronteiras. A existência da Força Nacional é polêmica, mas ela deixar de ser guarda bolivariana do Planalto para atuar contra o crime organizado é um avanço:

“O ministro afirmou também que a segurança pública é um “problema de todos”, e não apenas dos Estados. Ele afirmou ainda o País está “cansado de diagnósticos” quanto ao problema de segurança e da pouca ação efetiva na área.

Moraes destacou que o Brasil é o segundo maior consumidor de cocaína do mundo e o maior consumidor de maconha. Lembrou ainda que o Brasil não fabrica armamento pesado, mas que estes equipamentos são encontrados no Rio de Janeiro e, nos últimos anos, também em São Paulo.

Para solucionar o problema, o ministro afirmou que o governo trabalha na formação de grupos especiais de combate ao tráfico, planejamento de operações e troca de informações de inteligência. “Temos a ideia de fronteiras mais seguras, com um aumento do policiamento ostensivo nas fronteiras. Hoje, temos pouquíssimo policiamento nas fronteiras”, avaliou. (…)

A Força Nacional vai ser utilizada para policiamento ostensivo e preventivo. Mas vamos tentar não desfalcar os estados, que hoje cede um número de policiais para a Força Nacional. Eu redigi e o presidente Temer concordou. O presidente vai editar uma Medida Provisória permitindo que nós chamemos para a Força Nacional policiais com até cinco anos de inatividade, que acabaram de sair. O policial que tem uma aposentadoria especial. Com isso, a gente consegue ampliar o efetivo da Força Nacional, que tem até 1,5 mil policiais. A intenção é que esse efetivo chegue a 15 mil homens e possa focar na segurança das fronteiras. Nada impede que a Força Nacional possa ser usada em emergências”.


11 de julho de 2016
Reaça Blog

AS INACREDITÁVEIS PREOCUPAÇÕES ÉTICAS DO PT

(Foto: Nadia Raupp Meucci)

Contando não se acredita. O Partido dos Trabalhadores, esse mesmo cujo governo proporcionou os maiores escândalos da vida republicana, com dois tesoureiros presos e algumas de suas maiores lideranças encarceradas ou sob investigação, está muito impressionado com os desvios éticos do governo Temer. A angústia petista em preservar o bom nome das instituições brasileiras levou o partido a formalizar uma série de denúncias à Comissão de Ética da Presidência.

Assim, por exemplo, o ex-ministro José Eduardo Cardozo denunciou o atual Advogado -Geral da União, Medina Osório, por haver aberto uma sindicância contra ele, Cardozo, devido à sua atuação nitidamente partidária e de legalidade duvidosa na defesa da presidente Dilma Rousseff durante os atos iniciais de seu impeachment. O deputado petista Afonso Florence denunciou como antiético o fato de deputados e senadores que votaram a favor da tramitação do processo contra a presidente Dilma haverem assumido ministérios do governo imediatamente após seu afastamento. Essa lista envolve uma dúzia de ministros cuja conduta, ao assumirem posições no governo, feriu a sensibilidade moral do seu acusador.

A bancada petista, por sua vez, questiona a Comissão de Ética da Presidência a respeito do ministro José Serra. O PT considera reprovável o fato de o novo ministro haver instruído as representações do Brasil no exterior a tratarem do tema impeachment com base em crime de responsabilidade, sem falarem em “golpe”… Para a “ética” petista, o fato de sua presidente haver trombeteado ao mundo que estava sendo vítima de um golpe, atingindo, com isso, o Tribunal de Contas da União, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, não envolve deslize ético. Tampouco vê o PT crime de traição no fato de Dilma haver solicitado a organismos internacionais sanções contra o Brasil e, por decorrência, contra o povo brasileiro. Ao mesmo tempo, os rufiões do Tesouro Nacional, das estatais e dos fundos de pensão, consideram gravíssimo afirmar que sua “presidenta” foi afastada por crime de responsabilidade, em conformidade com a Constituição.
11 de julho de 2016
Percival Puggina é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de “Crônicas contra o totalitarismo”; “Cuba, a Tragédia da Utopia”, “Pombas e Gaviões” e “A Tomada do Brasil – Pelos maus brasileiro”. Integrante do grupo Pensar+ e membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

O DEBATE MAIS IMBECIL DA ATUALIDADE É O DA "REFORMA POLÍTICA".

Todos a defendem, todo mundo a quer, mas ninguém sabe dizer objetivamente o que seria reformado. Há muito grito e pouco foco, retrato de nosso debate político atual.


Todo mundo é a favor da “Reforma Política”. Todos a apontam como grande solução para os problemas estruturais do país e acreditam que sua implantação deveria ser urgente.

Ok, ok. Mas qual reforma? Pois é.

Assim como quando se fala em reformar uma casa, a expressão permite todo tipo de mudança. Desde algumas irrisórias, relativas à pintura, até a demolição de quartos, construção de andares e assim por diante. Dizer-se a favor da “Reforma Política”, sem especificar o que seria reformado, é algo um tanto bocó.

Sim, a expressão tem um efeito sonoro interessante, e o verbo “reformar” possui valor semântico de mudança que cai como luva nos anseios atuais. Mas, a rigor, não significa nada. Pode ser qualquer coisa e ao mesmo tempo coisa nenhuma.

Alguns pontos da “Reforma Política”, aliás, são opostos entre si. Parte da esquerda, por exemplo, defende a adoção de “lista fechada” (vota-se no partido e ele escolhe quem ocupa o parlamento). Mas muitos outros pleiteiam o voto distrital (cada distrito/região teria um candidato à Câmara). Como reformaríamos, nesse caso? E assim vão quase todos os tópicos.

No auge da crise, um “gif” fez sucesso nas redes: Lula, Dilma, Aécio, Marina, Cunha, Renan com as legendas “nem ele, nem ela, nem ele, nem ela” etc. Por fim, as frases de efeito: “FORA TODOS! QUEREMOS A REFORMA POLÍTICA!”. Era impressionante (de forma lamentavelmente negativa) o pessoal divulgando isso a sério, sem ser de forma sarcástica.

Em 2013, quando as “jornadas de junho” explodiram, e o governo e seus militantes ainda achavam possível capitalizar com a revolta (arrogantes que eram e são, jamais suporiam – e até hoje não aceitam – que a GRANDE MAIORIA era/é contra as pautas esquerdistas). Mas o que fez Dilma naquele momento? Depois de longos dias acuada, propôs medidas estapafúrdias, com especial destaque àquela voltada ao que seria sua “Reforma Política”.

Sem medo do ridículo, defendeu a convocação de plebiscito para uma “constituinte exclusiva” a deliberar sobre o que seria reformado. Os petistas, com sua empáfia ignorante, supunham eleger maioria favorável na tal assembleia e, com isso, mudar tudo de acordo com seus interesses.

Desnecessário dizer que, após algumas pesquisas, o próprio governo enterrou essa ideia de jerico. Motivo: tomariam uma surra nas urnas e a tal constituinte seria muito mais “reacionária” do que imaginavam. Tentaram usar as manifestações para emplacar suas pautas, mas perceberam que já tinham perdido apoio ideológico especialmente entre os jovens.

O resto é história: vaias na Copa, panelaços, manifestações com milhões de pessoas e enfim o impeachment. Essa ladeira, hoje praticamente no fim, começou a ser descida naquele momento de 2013.

Não existe uma única “Reforma Política”; cada partido defende a sua e cada militante a empurra para seu lado. Dizer simplesmente “PRECISAMOS FAZER A REFORMA POLÍTICA!”, sejamos francos, é ridículo já no nível em que fica difícil manter o respeito intelectual pela pessoa.

A revolta é compreensível, mas não dá para usar uma frase de efeito como solução de problema objetivo e específico (assim como gritar “TEM QUE ACABAR COM TUDO ISSO QUE ESTÁ AÍ” não costuma dar certo para acabar com nada que está aí). E é patético que o debate pare justamente nesse ponto. Pedem a “reforma” e fim de papo, sem nem dizer o que pretendem reformar – ou então até dizem, mas recuam quando percebem que os eleitores não estão propriamente favoráveis a tal causa.

E não adianta levantar falsas esperanças: simplesmente NUNCA haverá qualquer “Reforma Política” da forma como é proposta. Podem mudar alguma coisa aqui e ali, mas só a perfumaria. O motivo é simples: são os próprios políticos, já eleitos, não tem interesse em modificar as regras de um sistema que os mantem no poder.

Mudanças desse tipo acontecem de forma gradual, com etapas longas, pequenos passos, alguns recuos e muitas dificuldades. Há que se ter foco e estratégia. Mas não é isso que fazem. Vendem uma ideia genérica, com expressão que parece resolver todos os problemas, e no fim, por óbvio, não acontece nada. Sobra discurso e faltam ações.

Mais do mesmo. O de sempre.

Desse modo, meu humilde conselho é: parem de falar da “Reforma Política” sem especificar as mudanças pretendidas, como se expressão, por si, encerrasse algum significado objetivo. Isso já seria um bom primeiro passo.


11 de julho de 2016
implicante

A LENTIDÃO DO STF: LEVOU 12 ANOS PARA QUEBRAR O SIGILO BANCÁRIO DO SENADOR ROMERO JUCÁ

Mas esse está longe de ser o único caso.

Por que 10 em 10 políticos do Brasil preferem que seus problemas com a Justiça sejam primeiro recebidos pelo STF? Uma matéria do Globo ajuda a esclarecer. 

No caso mais absurdo, o Supremo levou 12 anos apenas para quebrar os sigilos bancário e fiscal do senador Romero Jucá. O inquérito investiga o desvio de recursos que deveriam ter ido para uma prefeitura em Roraima.

Mas está longe de ser esse o único caso. 
Maurício Quintella, ministro dos Transportes, desde 2009 é suspeito de superfaturamento e desvios em Alagoas. Renan Calheiros, presidente do Senado, ainda não virou réu em inquérito aberto há 9 anos. Entre 1998 e 2002, Ivo Cassol fraudou licitações em Rondônia, mas a ação penal só foi aberta em 2011. Condenado em 2013, o senador continua solto porque o STF simplesmente não executa a pena de quatro anos, oito meses e 26 dias em regime semiaberto.

Enquanto isso, Sérgio Moro consegue condenar e executar as penas da Lava Jato em questão de meses.

Será que o trabalho caminharia mais rápido se o STF deixasse de investigar bonecos infláveis que ironizam membros daquela corte?


11 de julho de 2016
implicante

QUE RAIOS DEJORNALISMO É ESSE?

                         MEDIA WATCH - OUTROS

 
Afastar dois delegados da Lava Jato, no atual ambiente do país, já ensejaria incômodas conjeturas. Não dar explicações, torna tudo muito mais assustador e repulsivo.

Uma pequena matéria no portal G1 e uma breve repercussão da matéria em O Antagonista foi o máximo que pude ler, até agora, sobre o esquartejamento promovido pela Polícia Federal no setor da Lava Jato que trata das denúncias envolvendo os donativos em bens e dinheiro recebidos pelo Instituto Lula e pelo ex-presidente. Os delegados Eduardo Mauat e Luciano Flores foram designados para outras tarefas. Um no Rio de Janeiro e outro no Rio Grande do Sul. Parte pior da informação: "A Polícia Federal, não quis se manifestar sobre o assunto".

Silêncio na Polícia Federal e silêncio na matéria. Inaceitável! Como cidadão, como leitor, como contribuinte me recuso a aceitar que a Polícia Federal adote uma providência que naturalmente se faz cercar das piores suspeitas e se sinta desobrigada de esclarecer a opinião pública sobre o que fez. Não se trata, neste caso, de mero ato administrativo, de simples remanejamento nos quadros de pessoal. É um ato com graves repercussões políticas! Afastar dois delegados da Lava Jato, no atual ambiente do país, já ensejaria incômodas conjeturas. Não dar explicações, torna tudo muito mais assustador e repulsivo.

Soma-se a isso, até o momento em que escrevo estas linhas, a falta de reação do jornalismo nacional, que parece incapaz de compreender a gravidade da situação e corresponder ao anseio de todos aqueles que se preocupam com o bem do Brasil, com o combate à corrupção e com a eficiência da força-tarefa da operação Lava Jato.

A estas alturas, batalhões de repórteres deveriam diante do prédio do Ministério da Justiça, da casa do ministro, do comando da PF em Brasília e em Curitiba, disparando telefonemas e transformando em informação a própria falta de informação.

Última trincheira da cidadania ou da impunidade?

Foi o ministro Marco Aurélio Mello quem conferiu ao Supremo o atributo de última trincheira da cidadania. Ora, cidadania é a condição do cidadão que desfruta do direito de participar da vida política nacional. Ao ouvir o ministro, vislumbrei, então, esse cidadão ao qual ele se referia. No fragor da batalha contra a corrupção, sujo de terra e fuligem, levava ele à mão um farrapo verde e amarelo. Vi-o arrastando-se pelo chão, noite adentro, até resvalar para o interior da trincheira onde onze homens e suas sentenças o acolheriam no abraço cálido da Justiça. Foi o que a imaginação me proporcionou, mas nem eu acreditei em tal delírio.

Bem ao contrário, o que a realidade mais tem trazido ao conhecimento dos cidadãos brasileiros é um STF convertido em centro das expectativas dos mais destacados membros na hierarquia da corrupção. É lá e em nenhum outro lugar que todos os investigados desejam estacionar seus processos. É ali que os poderosos suplicam. Foi ali que Paulo Bernardo retomou a liberdade. Ali sumiu do mundo dos fatos o crime de obstrução da justiça tentado por Dilma e revelado naquela infame conversa telefônica com Lula. Oito minutos de gravação, disponibilizados no YouTube e já ouvidos por algo como três milhões de cidadãos, simplesmente deixaram de existir. Ali, segundo o site stf.jusbrasil.com.br, trafegam 275 inquéritos e 102 ações penais contra autoridades. É bem provável que muitos desses processos tenham nascido nas investigações e delações ocorridas no âmbito da Lava Jato, onde cerca de 70 "plebeus" já foram condenados. Quantas outras investigações dessa mesma operação, porém, bateram na trave do foro especial por prerrogativa de função e foram desviadas para as espaçosas gavetas do STF, onde o prazo médio de aceitação de uma denúncia é de 617 dias? Por enquanto, o placar mostra 70 x 0. E não é o zero, mas são os 70 que traziam desconforto ao ministro Marco Aurélio quando falou em "justiça de cambulhada".

Centenas de parlamentares e autoridades encrencados no STF contam com as regalias do sigilo, com a prolongada ocultação de seus crimes, com o faustoso usufruto dos bens mal havidos e com a sonhada regalia da prescrição. O ministro Roberto Barroso afirmou, há poucos dias, que foro privilegiado é uma herança aristocrática. E tem razão. Privilégios da nobreza acompanham o direito vigente no Brasil pelo menos desde as Ordenações Manuelinas (1521). Aqui, o cidadão comum sempre soube o seu lugar e sempre reconheceu a existência de uma cidadania superior à sua, chapa branca, de cujas regalias ele, cidadão comum, é detentor do direito de pagar a conta.

É tão benevolente o foro especial por prerrogativa de função, que ganhou, na linguagem plebeia, o nome daquilo que de fato é: foro privilegiado. Talvez o leitor esteja ponderando, coberto de razão, que a extinção dessa iniquidade seja uma prerrogativa do Congresso Nacional, que jamais o eliminará ou moderará, por motivos óbvios. Mas não é bem assim. O STF já tem legislado tanto contra o próprio texto constitucional! Basta-lhe, para isso, apontar inércia do parlamento ou contradições entre o texto da Carta de 1988 e determinado princípio constitucional. Nada o impede, então, de acabar com o foro privilegiado pelo mesmo caminho, invocando, por exemplo, o princípio constitucional da Igualdade. De que vale o Art. 5º proclamar que todos são iguais perante a lei se a uns é reservado o direito de ter seus crimes encobertos por delongas e pelo véu do sigilo, além da possibilidade de receber o impagável benefício da prescrição? A nada serve o Supremo tecer críticas ao foro privilegiado e permanecer servindo à impunidade tanto quanto o Congresso Nacional.

Imagem comentada: A "filha dileta da Igreja" rejeita a mãe



A França atravessou os séculos ostentando a dignidade dessa expressão. No entanto, a partir do século XVII, o país começou a renegar a mãe e hoje sofre as consequências da debilidade da fé e a penetração do mesmo Islã que, no século VIII, teve seu avanço no oeste europeu travado pelos franceses na batalha de Poitiers.

Renovo a memória desses fatos após ler um texto publicado há dois anos no site fidespress.com. Ele relata a situação vivida por igrejas e catedrais católicas que, tendo passado em 1905 ao patrimônio do Estado francês, ficaram sem conservação. Diz a matéria, lá pelas tantas:

O governo da França, que por sinal é socialista, iniciou uma campanha - velada – de sabotagem aos templos católicos. Edifícios históricos de igrejas que não estão restauradas são alugadas para empresas ou até para seitas. Depois de um tempo, são dadas à demolição.

A lista de igrejas demolidas continua a crescer. Ao mesmo tempo, muitos setores creem que é inútil cobrar posicionamento dos membros do clero francês que se tornaram impotentes diante da situação, pois a legislação atual não está do seu lado.

Procurei no Google e, depois, em imagens, por igrejas francesas demolidas, e encontrei bastante informação a respeito. São fatos que entram em contradição com o que princípio da preservação do patrimônio cultural e evidencia o avanço do laicismo na pátria de St. Remy.


11 de julho de 2016
PERCIVAL PUGGINA

DISSIDENTES DO ISLÃ, OS MELHORES ALIADOS DO OCIDENTE

ARTIGOS - GLOBALISMO

Ayaan Hirsi Ali, autora que teve de fugir da Holanda para os EUA.

O Islã, alerta o autor de best-sellers argelino Boualem Sansal, irá dividir a sociedade européia. Em umaentrevista concedida à mídia alemã, esse corajoso escritor árabe pintou um quadro da Europa subjugada pelo Islã radical. 
De acordo com Sansal, os ataques terroristas em Paris e Bruxelas estão direcionados ao modo de viver ocidental: "vocês não conseguem nem derrotar os fracos estados árabes, então eles trouxeram os quintas colunas para que o Ocidente se autodestrua. Se tiverem sucesso a sociedade cairá".

O Sr. Sansal, que vem sendo ameaçado de morte, pertence a um crescente contingente de dissidentes muçulmanos. Eles compõem o melhor movimento de libertação para milhões de muçulmanos que aspiram praticar sua fé pacificamente, sem terem que se submeter aos ditames de fundamentalistas e fanáticos. 
Esses muçulmanos dissidentes aspiram alcançar a liberdade de consciência, coexistência entre religiões, pluralismo na esfera política, direito de criticar o Islã e respeito à vigência do estado de direito. Para o mundo islâmico a mensagem dos muçulmanos dissidentes pode ser devastadora. É por isso que os islamistas estão à caça deles.

São sempre indivíduos que fazem a diferença, como por exemplo: Lech Walesa, que fez toda a diferença. A União Soviética foi derrotada por três pessoas apenas: Ronald Reagan, o Papa João Paulo II -- e os dissidentes. Quando o professor Robert Havemann faleceu na Alemanha Oriental, poucos ficaram sabendo. Este corajoso crítico do regime estava confinado em prisão domiciliar em Grünheide, sob os cuidados da Stasi. Mas o velho professor jamais se deixou intimidar. Ele continuou lutando pelos seus ideais.

O herói do anticomunismo tchecoslovaco, Jan Patočka, morreu sob pesado interrogatório policial. Patočka pagou com a vida o preço do silenciamento. Suas palestras brilhantes foram reduzidas a um seminário clandestino. A despeito de ser impedido de publicar, ele continuou trabalhando clandestinamente em um minúsculo apartamento.

Caçado pela KGB, Alexander Solzhenitsyn escreveu os capítulos do Arquipélago de Gulag entregando-os a amigos de confiança, de modo que nenhum deles tinha posse do manuscrito completo. Em 1973 havia apenas três cópias da obra. Quando a polícia política soviética extorquiu a datilógrafa Elizaveta Voronyanskya, para que ela delatasse um dos esconderijos, acreditando que a obra-prima estava perdida para sempre, ela se enforcou.

Hoje uma nova Cortina de Ferro está sendo construída pelo Islã contra o resto do mundo e os novos heróis são os dissidentes, os apóstatas, os heréticos, os rebeldes e os descrentes. Não é mera coincidência que a primeira vítima de uma fatwa tenha sido o escritor indiano/britânico Salman Rushdie, de família muçulmana.

Pascal Bruckner chamou-os de "os livres pensadores do mundo muçulmano". Nós devemos apoiá-los -- a todos os dissidentes. Porque se de um lado os inimigos da liberdade vêm de sociedades livres, aqueles que se ajoelham diante dos agentes de Alá, por outro alguns dos mais corajosos defensores da liberdade vêm dos regimes islâmicos. A Europa deveria dar apoio financeiro, moral e político a esses amigos da civilização ocidental, enquanto a nossa desonrosa elite, educada e intelectual, está ocupada difamando-os.

Por exemplo, o autor argelino Kamel Daoud, que chamou a Arábia Saudita de "ISIS que deu certo", recentemente causou uma confusão, sendo acusado de "islamofobia", por ter dirigido sua fúria contra um povo ingênuo, que ele diz ignora o abismo que separa o mundo muçulmano da Europa.

Outro exemplo, o jurista Afshin Ellian. exilado iraniano, atualmente na Holanda, trabalha na Universidade de Utrecht, e depois do assassinato de Theo Van Gogh, é protegido por guarda-costas. Após o massacre de Charlie Hebdo, enquanto a mídia europeia se empenhava em culpar os cartunistas "idiotas", Ellian promovia um apelo: "não deixem que os terroristas determinem os limites da liberdade de expressão".

Outra dissidente e autora corajosa, Ayaan Hirsi Ali teve que fugir da Holanda para os EUA, onde ela rapidamente se tornou uma das intelectuais mais proeminentes.

O prefeito marroquino de Roterdã Ahmed Aboutaleb, também vive sob proteção da polícia. Recentemente ele sugeriu aos seus 'companheiros' muçulmanos que protestavam contra as liberdades que encontraram no Ocidente que "fizessem as malas e se f...". Um cristão, heroico defensor dessas liberdades na Holanda, Geert Wilders, está sendo julgado sob a acusação de "discriminação". "Estou na prisão", disse ele, referindo-se aos locais seguros que ele tem que se esconder, "e eles passeiam por aí livremente".

Muitos desses dissidentes são mulheres. Shukria Barakzai, política e jornalista afegã, declarou guerra aos fundamentalistas islâmicos depois que polícia religiosa do Talibã a espancou por ela ter ousado sair sozinha sem uma escolta masculina. Um homem bomba detonou os explosivos amarrados ao seu corpo perto do carro dela, matando três pessoas. Kadra Yusuf, uma jornalista somali, se infiltrou em mesquitas de Oslo para criticar energicamente os imãs, principalmente no tocante à mutilação genital feminina, que sequer é exigida no Alcorão ou nos hádices (relatos sobre a vida de Maomé). No Paquistão, Sherry Rehman pediu "uma reforma nas leis paquistanesas que tratam da blasfêmia". Ela arrisca sua própria vida todos os dias. Ela é considerada pelos islamistas "adequada para ser morta" por ser mulher, muçulmana e ativista secular. A autora e psiquiatra síria/americana, Wafa Sultan, também foi considerada "descrente" merecendo morrer.

Recentemente o jornal Le Figaro publicou uma longa lista de personalidades muçulmano/francesas ameaçadas de "execução". "Colocadas sob permanente proteção policial, consideradas traidoras por fundamentalistas muçulmanos, vivem um inferno. Aos olhos dos islamistas, a liberdade dessas pessoas é um ato de traição à ummah (comunidade)". Elas são escritoras e jornalistas da cultura árabe/muçulmana que criticam a ameaça islamista e a violência inerente do Alcorão. Elas estão sozinhas contra o islamismo que usa o terrorismo concreto das Kalashnikovs e também contra o terrorismo intelectual que as submete à intimidação da mídia. Vistas como "traidoras" em suas comunidade, elas são acusadas pelas elites do Ocidente de "estigmatização".

A jornalista francesa Zineb El Rhazoui tem mais guarda-costas do que muitos ministros do governo de Manuel Valls e, por medida de segurança, vem mudando de casa com frequência nos últimos meses em Paris. Para esta jovem estudiosa, natural de Casablanca, que trabalha na revista semanal francesa Charlie Hebdo,caminhar pelas ruas de Paris se tornou algo inimaginável. Em 7 de janeiro de 2015 uma fatwa foi emitida que diz: "matem Zineb El Rhazoui para vingar o profeta".

Ameaças contra outra dissidente Nadia Remadna, não vêm de Raqqa na Síria, mas de sua própria cidade: Sevran, em Seine-Saint-Denis. Elas refletem a crescente influência dos islamistas nos territórios perdidos da República Francesa. Por qual "crime" ela foi considerada culpada? Ela criou a "Brigada da Mães" para combater a influência islamista sobre jovens muçulmanos.

O professor de filosofia, Sofiane Zitouni, teve que pedir demissão do emprego em uma escola muçulmana/francesa por conta do "islamismo insidioso".

O jornalista e ensaísta francês/argelino Mohamed Sifaoui, autor de diversas investigações sobre círculos islamistas, é vítima de dupla ameaça. Ele é alvo primordial tanto de fundamentalistas quanto dos "tolerantes" grandes inquisidores. Sentenciado a dois anos de prisão pelo regime argelino por ofensas à imprensa", depois assediado por islamistas, Sifaoui pediu asilo político na França em 1999, jamais voltando a por os pés na Argélia. Desde então Sifaoui tem visto sua foto e nome juntamente com as palavras "le mourtad", o apóstata em websites islamistas, o que quer dizer que ele está marcado para morrer. A proteção policial francesa em torno dele tem sido total desde 2006, quando ele defendeu a liberdade de expressão da revista satírica francesa Charlie Hebdo.

Cerca de quinze testemunhas prestaram depoimento a favor da revista Charlie Hebdo. Entre elas se encontrava o falecido ensaísta muçulmano/tunisiano Abdelwahab Meddeb, que teve a coragem de desafiar todo o establishment muçulmano/francês que tentou calar a revista Charlie Hebdo. Meddeb queria mostrar que "não se tratava de ninguém contra o Islã e sim o Islã evoluído contra o Islã atrasado."

Também na França, Hassen Chalghoumi, o corajoso imã de Drancy, prega usando um colete a prova de bala. Quando ele sai na rua cinco policiais o acompanham armados com armas semiautomáticas. Isso não está situado fora da Linha Verde de Bagdá, está sim no centro de Paris. Chalghoumi apoiou a proibição do uso das burcas; fez uma visita sem precedentes ao memorial do Holocausto em Jerusalém; prestou homenagem às vítimas da redação da revista Charlie Hebdo se posicionou a favor de um diálogo com os judeus franceses.

Naser Khader, muçulmano liberal com cidadania dinamarquesa, que defendeu "uma reforma muçulmana", autor do livro "Honra e Vergonha", está sendo ameaçado de morte por grupos islâmicos.

Na Itália, o escritor Magdi Cristiano Allam, natural do Egito, vive sob proteção de guarda-costas por ter criticado o Islã político. O editor adjunto do principal jornal da Itália, Corriere della Sera, Sr. Allam, publicou um livro cujo título apenas já seria o suficiente para por sua vida em perigo: "Viva Israele."

Ibn Warraq vive atrás de um pseudônimo desde que escreveu o influente livro "Porque Eu Não Sou Muçulmano".

O blogueiro palestino Walid Husayin também é uma raridade. Na prisão por ter "satirizado o Alcorão, ele publicou recentemente um livro na França sobre sua experiência nos territórios palestinos, onde seu "ateísmo" quase lhe custou a vida.

Na Tunísia há um punhado de produtores de cinema e intelectuais que lutam pela liberdade de expressão, especialmente depois que o líder secular da oposição Chokri Belaid, foi assassinado. Também Nadia El Fani, diretora de "Ni Allah ni maître" ("Nem Alá Nem Mestre"), e Nabil Karoui, diretor da TV Nessma, estão ameaçados de morte e sendo processados, acusados de "blasfêmia". A "Primavera Árabe" na Tunísia não se transformou em um inverno islamista, como em outros lugares, isso graças principalmente a esses dissidentes.

Esses heróis sabem o que aconteceu com seus antecessores em "a guerra contra os intelectuais árabes". Escritores como Tahar Djaout foram mortos em 1993 pelos islamistas na Argélia, bem como o jornalista Farag Foda, famoso pelas fortes sátiras sobre o fundamentalismo islâmico. Antes de seu assassinato, Foda foi acusado de "blasfêmia" pela grande mesquita de al-Azhar. Uma dozena de blogueiros bengaleses também foram assassinados a sangue frio pelos islamistas pelo "crime" de "secularismo".

No ano passado o Presidente do Egito Abdel Fattah al- Sisi defendeu a reforma do Islã e a maneira como é ensinado, o clérigo do Islã sunita Sheikh Ahmed al Tayeb, chefe da Universidade al-Azhar do Cairo, centro do Islã sunita, se pronunciou da mesma maneira. E ele disse isso nada menos do que em Meca. Os conservadores do Egito fizeram de tudo para abafar o caso – pelo menos por enquanto.

Há contudo cada vez mais dissidentes se manifestando com sucesso, liderando com coragem e visão de futuro. Nos EUA M. Zuhdi Jasser, autor de "A Battle for the Soul of Islam" (Uma Batalha Pela Alma do Islã) e médico, criou o American Islamic Forum for Democracy. No ano passado mais de duas dezenas de personalidades muçulmanas promoveram um apelo "para abraçar uma interpretação pluralista do Islã, rejeitar todas as formas de opressão e abusos cometidos em nome da religião".

No Canadá Raheel e Sohail Raza fundaram "Muslims Facing Tomorrow", onde se encontra o Professor Adjunto de Ciência Política da Universidade de Western Ontario, Salim Mansur que diz o que pensa.

No Reino Unido Maajid Nawaz dirige a influente Quilliam Foundation e Shiraz Maher, que deixou a organização islamista, Hizb-ut-Tahrir, agora trabalha como Senior Fellow no International Center for the Study of Radicalization no King's College em Londres.

Estes são apenas alguns dos poucos heróis de hoje. Outros tiveram que ser deixados de fora; há muitos nomes para serem incluídos.

A orgulhosa e dolorosa resistência desses "rebeldes de Alá" é um dos mais belos testamentos dos nossos tempos. Esses "rebeldes de Alá" também são a única e real esperança de reforma para o mundo islâmico -- e de preservar a liberdade para todos nós.



Publicado no site do The Gatestone Institute.

11 de julho de 2016
Giulio Meotti, editor cultural do diário Il Foglio, é jornalista e escritor italiano.

Tradução: Joseph Skilnik

JUIZ MORO SOMENTE SE TORNOU ÍDOLO PORQUE NO BRASIL A JUSTIÇA NÃO FUNCIONA



Charge do Alpino, reprodução do Yahoo



















A Justiça protege os poderosos, como afirmou Francisco Bendl em artigo neste domingo. E quando temos um magistrado isento, imparcial, competente, destemido e de grande cultura, como Sérgio Moro, a exceção é de tal ordem e grandeza que ele passa a ser vulto nacional. 
O que deveria ser a regra, o comezinho, o trivial e o normal, passa a ser a excepcionalidade, tanta é a carência e pobreza de honorabilidade. Mas não tem jeito.
Nosso país é do tamanho de um continente. A formação cultural do povo brasileiro não foi e continua não sendo das melhores. Somos um país novo e de governantes egoístas. 
As leis penais brasileiras são frouxas. A execução das penas, mais frouxa ainda. Se a determinado crime a lei fixa pena de 12 a 20 anos de reclusão, esta é a pena a ser cumprida por inteiro. Esta e qualquer outra.
Benefícios de redução de um terço, dois terços, um sexto, dois sexto, bem como saídas de Natal, por bom comportamento, dia das mães, dos pais, visitas íntimas, são favores a quem não fez por merecer.
60 MIL ASSASSINATOS – Mostra a estatística que no Brasil 60 mil pessoas morrem assassinadas por ano. E isso sem contar as mortes por acidentes, pela falta ou mau atendimento hospitalar e outras razões mais… 
Pois bem, 60 mil assassinatos por ano, 5 mil por mês, 166/167 por dia! Este é o retrato do nosso país.
Quando isso vai mudar? Nunca. Só vai piorar. 
Cultura, decência, pudor, vida reta, família, ordem e segurança públicas, vergonha… quando deixam de existir, nunca mais voltam. Estudar e ser culto pra quê? Ser decente, ter pudor, vida reta, ter sentimentos… passam a ser até alvo de ridicularização.
E desse ambiente, que faz tempo que já reina em nosso país, o que esperar? Um médico, um advogado, um político, um presidente da República, um magistrado de notável saber, ilibada conduta, despojado de vaidade, do interesse próprio e com dedicação ao próximo?
Não existe a menor esperança de que uma pessoa assim venha surgir no meio social. Simplesmente, porque ela não existe mais. A desgraça é completa. Aquele lema da Bandeira Nacional é o maior contraste com a realidade brasileira.
A FORÇA DO JUDICIÁRIO – Não sei se o Carlos de Secondat anteviu que dos três poderes, o Judiciário é o mais forte. Ao menos nas democracias. Porque é ele o poder que examina e julga os atos dos dois outros poderes. E dá a palavra final. É um poder desarmado. Sua arma deveria ser a sabedoria, a isenção, a pureza, a imparcialidade. Deveria, mas se constata, ao menos aqui no nosso Brasil, que não é.
Basta um fato, que nosso editor Carlos Newton não perde a oportunidade de trazê-lo à reflexão dos nossos leitores. 
O Excelentíssimo Senhor Ministro Decano da Suprema Corte de Justiça do país demora mais de 600 dias para mandar publicar os acórdão que relata.
ENCONTREM SOLUÇÕES – Sim, eu sei que são apenas 11 ministros que recebem 100 mil processos por ano, enquanto que nos Estados Unidos da América do Norte a Suprema Corte recebe por ano mil vezes menos processos para julgar: cem processos, apenas.
Então que sejam criados mais dois ou três outros STFs. Mas creio que nem isso ajudará a melhorar a situação. 
Mais tribunais, mais ministros, mais gastança. E altíssima.

11 de julho de 2016
Jorge Béja


DENÚNCIA DO ABUSO DE AUTORIDADE NÃO SERÁ INICIATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO


Renan Calheiros inventou um projeto em causa própria




Integrantes das equipes de investigação da Lava-Jato em Brasília identificam um problema central no projeto de lei sobre abuso de autoridade proposto pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL): a possibilidade de ações privadas subsidiárias num prazo de 15 dias, ou seja, a permissão para que ações sejam apresentadas por pessoas que alegarem ser vítimas de abuso de autoridade. Propor este tipo de ação, hoje, é uma competência do Ministério Público. O projeto de Renan permite as ações privadas caso o MP nada faça em 15 dias.
Renan é investigado em oito inquéritos da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou a pedir a prisão preventiva do presidente do Senado, por entender que ele atrapalhava as investigações no exercício do cargo. O ministro Teori Zavascki negou o pedido.
Desde então, o senador vem dando sinais de confrontação com Janot. Primeiro, ameaçou aceitar um pedido de impeachment do procurador-geral. Depois, protocolou o projeto que trata de abuso de autoridade.
AÇÕES PRIVADAS – A especificação sobre ações privadas está nos parágrafos quinto e sexto do artigo 3º. “Será admitida ação privada subsidiária, a ser exercida se a ação pública não for intentada pelo Ministério Público no prazo de 15 dias”, diz o texto. “A ação privada subsidiária será exercida no prazo de seis meses.”
A proposta terá tramitação terminativa na Comissão de Consolidação da Legislação Federal e Regulamentação da Constituição. O colegiado foi criado por Renan e é presidido pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), também investigado na Lava-Jato. Jucá foi demitido do cargo de ministro do Planejamento do governo interino de Michel Temer por supostamente tentar atrapalhar a operação.
JUSTIFICATIVA – “A ação penal nos casos dos crimes ora tipificados é pública condicionada à representação do ofendido, sendo que, em caso do não ajuizamento da ação no prazo devido pela autoridade competente, conceder-se-á prazo para que o ofendido possa ajuizar a ação penal privada”, justificou Renan no projeto. O presidente do Senado lembrou ainda “a possibilidade de o ofendido buscar as devidas reparações também nas esferas cível e administrativa”.
Para um investigador da Lava-Jato que atua nos inquéritos no STF, os políticos querem, com o projeto, fazer “bullying judicial”: — Esta situação é muito parecida com o que fizeram na Itália (na Operação Mãos Limpas), em que se tentou criminalizar os investigadores.
INTIMIDAÇÃO – A Associação dos Juízes Federais (Ajufe) sustentou em nota que o projeto de Renan “parece uma tentativa de intimidação de juízes, desembargadores e ministros do Judiciário na aplicação da lei penal em processos envolvendo criminosos poderosos”.
O projeto, que tramitou na Câmara até 2009, prevê punição para servidores da administração pública e integrantes dos Poderes Legislativo, Judiciário e do MP. O texto proíbe “o uso de algemas ou de outro objeto que tolha a locomoção” quando não houver “resistência à prisão”. O projeto também se propõe a evitar grampos sem autorização judicial.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O pior abuso de autoridade é cometido por juiz que demora anos para dar sentença ou para publicá-la. Mas políticos como Renan Calheiros não têm o menor interesse em que a Justiça funcione a contento. Esta é a realidade brasileira. (C.N.)

11 de julho de 2016
Vinicius SassineO Globo