"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 19 de maio de 2018

MARCO AURELIO SOLTA CRIMINOSOS CONDENANDO À MAIS DE 1300 ANOS DE PRISÃO



Marco Aurélio solta criminosos condenado à mais de 1300 anos de prisão
19 de maio de 2018

EX-ADVOGADO DE CUNHA SE TORNOU "EMINÊNCIA PARDA" NO GOVERNO DE TEMER

Gustavo do Vale Rocha, atual ministro dos Direitos Humanos e chefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
Rocha se tornou ministro, mas continua no Planalto
A influência cada vez maior de Gustavo do Vale Rocha no governo Michel Temer tem causado desconforto nos demais auxiliares do presidente. Nos bastidores, o advogado já é conhecido como “eminência parda”, em uma referência ao poder que acumulou nos últimos dois anos. Ex-advogado do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ), Gustavo do Vale é o atual ministro dos Direitos Humanos e acumula a função de subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil.
Um dos principais auxiliares de Eliseu Padilha (ministro da Casa Civil), o advogado também ocupa uma vaga no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), indicado por Temer.
INFLUÊNCIA – Nos bastidores, Gustavo Rocha hoje é apontado pelos colegas como alguém com influência em praticamente todos os ministérios. Segundo relatos, ele tem pessoas de confiança em cargos jurídicos de várias pastas estratégicas.
No Palácio do Planalto, ele tem sido visto com frequência, cada vez maior, no gabinete do próprio presidente Michel Temer. “O perfil jurídico e a disposição para auxiliar em qualquer momento colocaram Rocha em posição de destaque”, avalia um ministro.
Rocha entrou no núcleo duro do MDB pelas mãos de Eduardo Cunha, que se encantou com a disposição do jovem advogado para atuar em favor dos seus interesses.
CARREIRISTA – Antes de virar ministro dos Direitos Humanos, no lugar de Luislinda Valois, Rocha iniciou uma articulação para assumir o Ministério da Justiça ou a Advocacia Geral da União (AGU).
No início de 2017, quando o então ministro da Justiça Alexandre de Moraes foi indicado para a vaga no Supremo Tribunal Federal, Gustavo Rocha tentou mobilizar a bancada do MDB para assumir a pasta.
Na ocasião, o próprio Temer descartou Rocha, pois ele “apanharia muito” pelo fato de ter prestado serviço como advogado para oEduardo Cunha. Na ocasião, a avaliação de Temer é que seria ruim tanto para Rocha quanto para o governo.
INDULTO DE NATAL – Mas desde então, muita coisa mudou. E o espaço de Rocha só cresceu. Ele foi um dos articuladores do polêmico indulto de Natal assinado por Temer em dezembro.
No início do ano, Gustavo Rocha foi pivô de outra polêmica. Atou no que seria atribuição da Advocacia-Geral da União, quando defendeu que o governo entrasse com recurso no STJ para tentar garantir a posse da deputada Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho.
O movimento de Rocha foi visto como uma tentativa de desestabilizar a ministra da AGU, Grace Mendonça, o que foi mal recebido entre ministros do Supremo Tribunal Federal.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Excelente matéria do Camarotti, que nos foi enviada por Guilherme Almeida. Mostra que Rocha não sossegou enquanto não foi nomeado ministro. Ele foi advogado do PMDB e se tornou homem de confiança dos caciques do partido, quer dizer, da quadrilha do hoje MDB. Daí vem sua enorme influência. Virou ministro, mas não saiu do Planalto. (C.N.)  


19 de maio de 2018
Gerson Camarotti
G1 Brasília

JUIZA MANDA PRENDER JOSÉ DIRCEU DE NOVO E ELE DIZ APENAS QUE "A LUTA CONTINUA"

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Dirceu deve se apresentar até as 17 horas desta sexta
O ex-ministro José Dirceu já pode ser preso. Às 18h12 desta quinta-feira, dia 17, o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) publicou o extrato de ata do julgamento que negou recurso decisivo do ex-ministro, em embargos dos embargos, no processo em que ele foi condenado a 30 anos, 9 meses e 10 dias de prisão na Operação Lava Jato.
“A Seção, por unanimidade, decidiu negar provimento aos embargos declaratórios e determinar a imediata comunicação ao juízo de origem, a fim de que se dê o início da execução provisória das penas”, informa o documento, que seguiu para a 13.ª Vara Federal, de Curitiba. Este documento autorizava a expedição do mandado de prisão do ex-ministro.
MANDADO DE PRISÃO – A juíza Gabriela Hardt, substituta do juiz federal Sérgio Moro, na 13.ª Vara Federal de Curitiba, expediu imediatamente, nesta quinta-feira, dia 17, o mandado de prisão para José Dirceu começar a cumprir a pena de 30 anos, nove meses e dez dias de prisão na Operação Lava Jato. Mais cedo, o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) negou um recurso decisivo do petista e abriu caminho para Dirceu ser preso.
O mandado foi expedido pela magistrada, porque Sérgio Moro está fora do País. A magistrada mandou Dirceu ‘apresentar-se à carceragem da Polícia Federal em Brasília no dia 18 de maio de 2018, até às 17 horas, ocasião na qual a autoridade policial deverá cumprir o mandado’.
Dirceu foi preso em agosto de 2015, em regime preventivo, por ordem do juiz Sérgio Moro. Em maio do ano passado, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) o colocou em liberdade.
MENSAGEM DE DIRCEU – Agora, Dirceu vai começar a cumprir a pena imposta a ele pelo Tribunal da Lava Jato. Ao receber a notícia, o ex-ministro da Casa Civil gravou uma mensagem aos amigos e amigas do grupo de WhatsApp Prerrogativas, para agradecer a “gratidão e solidariedade de sempre”.
“Vamos continuar nossa luta. Eu só vou mudar de trincheira. Juntos vamos vencer, vamos derrotar o arbítrio, retomar o governo do País e restaurar a democracia”, disse.
O advogado Roberto Podval, que defende José Dirceu, disse apenas o seguinte: “Essa é só mais uma etapa, o processo não acabou.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É uma prisão anunciada. Os recursos não tinham mais a menor condição de reverter a condenação de Dirceu. Formado em Direito, Dirceu sabia que não tinha salvação. Era só uma questão de tempo.(C.N.)

19 de maio de 2018
Naira Trindade
Estadão

É PRECISO MILITARIZAR OS PRESÍDIOS, PARA CONSEGUIR SUFOCAR AS FACÇÕES CRIMINOSAS


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Em prisões geridas pelos militares, não haveria rebeliões
Conforme relatamos no artigo de quinta-feira, o problema central da criminalidade é o domínio do sistema carcerário pelas facções, através da cooptação dos agentes penitenciários e dos funcionários dos presídios. No Japão, para dominar a Yakuza, que era a mais bem organizada máfia do mundo, o governo teve de militarizar o sistema, com regras draconianas. Quando isso ocorrer no Brasil, logo se perceberá que é possível evitar a existência de celulares na prisão, de onde muitos chefões comandam o crime organizado.
No Brasil, essa solução só pode ser aplicada se o controle dos presídios for entregue aos militares, que promoveriam a substituição de todos os funcionários e agentes, com os novos servidores passando a trabalhar incógnitos, com os rostos encobertos por máscaras de cirurgia. E os presos seriam proibidos de levantar a cabeça para tentar reconhecê-los, exatamente como acontece no Japão.
PRISÃO ESPECIAL – A primeira prisão a funcionar nestes termos seria federal e destinada a abrigar os líderes de facções criminosas, que teriam penas severas e tratamento draconiano, com horários e normas rígidas, passando a maior parte do dia na cela, sem direito a prolongados banhos de sol ou a terem contato social com outros presos.    
Este presídio destinado aos chefões seria o único do país em que os presos não trabalhariam. Em todos as outras penitenciários os detentos prestariam serviços, para receberem salários. Haveria colônias agrícolas e prisões industriais ou prestadoras de serviços, como mecânica e lanternagem de veículos públicos, fabricação e reparos de móveis e de outros itens. Além disso,  os detentos de menor periculosidade seriam encarregados de trabalhar em obras urbanas e rurais, sob comando dos engenheiros militares.
Ao mesmo tempo, as leis contra o crime precisam ser mais rígidas, sem benesses, nem indultos de Natal e saídas para Dias das Mães. Somente presos de menor periculosidade poderiam usufruir desses benefícios. Seriam leis temporárias, já existentes desde o Direito Romano, para fases emergenciais, com agora se verifica. 
MILITARES NO COMANDO – Todos os presídios seriam administrados por militares. As normas seriam rigorosas, os presos fariam exercícios físicos e ordem unida. Assim como no Japão, a alimentação seria de boa qualidade, para garantir a saúde dos detentos, mas sem excessos. E não existiram cantinas nos presídios, nem trafico de bebidas alcoólicas e drogas.
A meu ver, somente os militares podem aprimorar o sistema carcerário. Em pouco tempo se veriam os resultados, pois as facções criminosas, sem o uso de celulares nos presídios, ficariam desorganizadas, sem receber ordens dos chefões que estão cumprindo penas. A confusão seria tamanha que se destruiriam entre si, em chacinas que seriam verdadeiras faxinas.  
Depois da aperfeiçoado o sistema carcerário, os militares então passariam a apoiar as forças de segurança na repressão ao crime organizado. Como não estamos em guerra, seria um serviço inestimável que os militares prestariam ao país. Mas quem se interessa?
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P.S. – Por piedade, não acusem o editor de ser militarista. Na verdade, sou comunista, mas respeito as outras ideologias e não consigo ser idiota, nem mesmo quando estou distraído. (C.N.) 

19 de maio de 2018
Carlos Newton

JOSÉ DIRCEU É BARRADO DE CELA ESPECIAL

José Dirceu é Barrado de Cela Especial - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=AwhvYcMgD4A
47 min atrás - Vídeo enviado por Universo
José Dirceu , PT , é barrado de cela especial. Juíza negou pedido da defesa pois sua carteira da OAB já ...

19 de maio de 2018
m.americo

MILITARES IAM MESMO INTERVIR, MAS O SUPREMO SOUBE CAPTAR A MENSAGEM DELES


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Charge do Duke (dukechargista.com.br)
Recebi este texto por intermédio de um grupo formado por oficiais da reserva da FAB e ex-cadetes da antiga Escola de Aeronáutica, no Campo dos Afonsos. Não há a identificação do autor. Devido à importância das informações, acredito que mereça ser divulgada esta análise da situação política e da possibilidade de intervenção dos militares.
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ENTENDA A ESTRATÉGIA POLÍTICA DOS MILITARES
Temos dois grupos bem definidos no Alto Comando Militar: os moderados (liderados pelo general Villas-Boas) e os “linha dura” (liderados pelo general Mourão), os moderados acreditando que o ponto de ruptura ainda não havia chegado e, portanto não seria adequada uma intervenção, enquanto os linha dura já vislumbrava um claro movimento do Executivo em tentar frear a Lava Jato e ao mesmo tempo do STF em salvar a principal liderança petista e única com chance de se eleger presidente e “estancar a sangria” produzida pela Lava Jato.
Meses atrás, pela lista de pontuação do Exército, Mourão seria o nome natural para substituir Villas Boas, que, sabendo do posicionamento divergente de Mourão em relação aos moderados, lutou para permanecer no cargo mesmo com uma doença neurodegenerativa.
MILITARES NA POLÍTICA – A estratégia de Mourão agora ficou muito clara: ao expor o posicionamento da ala “linha dura” (majoritária no Exército inclusive entre as patentes mais baixas na caserna) no famoso discurso feito em uma loja maçônica, ele na verdade forçou a sua ida para a reserva (sabendo que Villas Boas se manteria no cargo) exatamente para dar início a um novo movimento dos militares: viabilizar candidaturas de militares da reserva para as eleições de 2018, em especial para o Congresso Nacional.
 Mas a idéia foi ainda mais genial pois Mourão não apenas conseguiu “ler” claramente o anseio da maioria do Exército como também das ruas e juntamente com isso entrar em um “denominador comum” com a ala mais moderada liderada por Villas Boas.
SOLTURA DE LULA – E qual foi esse denominador comum? Ambas as alas concordaram que a soltura (habeas corpus) de Lula e sua viabilização como candidato (sendo um ficha suja) seria uma clara quebra da Constituição e do ordenamento jurídico, algo que não poderia ser permitido e que ao mesmo tempo criaria espaço para que as forças vermelhas pudessem voltar ao poder, em virtude da fragilidade das urnas (inauditáveis).
Sendo assim ficou estabelecido que apenas em três hipóteses haveria uma intervenção militar antes de 2019: Lula solto por HC, Lula candidato as eleições e qualquer nome contrário a Bolsonaro eleito por urnas inauditáveis.
Fora desse cenário extremo as duas alas adotaram uma nova estrategia em conjunto: buscar utilizar o sistema eleitoral para eleger nomes ligados ao Exército (reserva) e criar um “plano B” para o caso de Bolsonaro ser cassado pelo STF: a candidatura, na verdade pré candidatura presidencial do general Mourão pelo PRTB, confirmada pelo jornalista Leudo Costa do site Cristalvox e que deixa toda a estratégia descrita até aqui como cristalina.
MUDANÇA NO STF – Nas últimas semanas o STF “surpreendentemente” tomou decisões inesperadas: primeiramente na votação para manter a condenação em segunda instância e rejeitar o HC de Lula, votação que foi precedida por intensa manifestação popular e por duras mensagens dos comandantes do Exército, inclusive Villas Boas.
A mensagem dele foi a “senha” para os ministros: a ala moderada (de Villas Boas) estava agora “fechada” com os linha dura e a maioria da caserna, o Exército pronto e com a estratégia definida para entrar em ação. A confirmação veio logo em seguida, quando Tóffoli tentou tirar de Moro as investigações ja avançadas sobre o caso do triplex de Lula e sua ligação com a Petrobrás: diante da recusa de Moro (que claramente se recusou a cumprir a ordem de Tóffoli), o magistrado do STF teve que vir a público desdizer o que havia dito, que não era bem assim, que o processo continuava com Moro (a quem ele iria recorrer de uma negativa de Moro? Ao Exército? é claro que não).
SEGUNDA TURMA – Por fim a Segunda Turma iniciou no dia 04 o julgamento virtual de um novo pedido de HC para Lula: tais julgamentos virtuais ocorrem normalmente em sentenças já assentadas pelo pleno do STF e funcionam como uma espécie de recurso desesperado da defesa, já que normalmente a turma não desfaz uma decisão já tomada pelo pleno, exatamente o que Toffoli fez ao seguir Fachin e negar o HC para Lula (Celso de Mello fechou a votação, que se encerrou dia 10). Ou seja, os ministros do STF já entenderam qual a linha que não podem passar e por isso Lula ficará preso e inelegível, a não ser que eles queiram uma intervenção antes das eleições.
Para piorar um pouco o lado dos corruptos e melhorar o lado da Lava Jato, a operação “Cambio Desligo” que prendeu dezenas de doleiros e tem material para investigar mais de 3 mil offshores (empresas de fachada no exterior para lavar dinheiro ilícito) vai frear bastante a entrada de dinheiro ilícito nas campanhas, além de trazer provas contra políticos (sobretudo do pt e pmdb) e empresários ligados ao esquema, sepultando de vez muitos corruptos que ainda sonhavam conseguir um eleição
APOIO A BOLSONARO – Mourão nos últimos dias já reiterou apoio total a Bolsonaro, assim como Bolsonaro ja afirmou que ele será seu ministro da Defesa. Mourão se quiser se elege fácil como deputado federal ou até mesmo governador do RJ, ele já é nome garantido do próximo governo e será candidato a presidente em caso da cassação de Bolsonaro, o que estará esclarecido até meados de agosto. Como a opção de Mourão é ainda mais dura do que a eleição de Bolsonaro acredito que o STF vai enterrar a ação contra Bolsonaro
Lula continuará preso em regime fechado e nada impedirá a ascensão dos militares ao poder máximo do Executivo, seja pela via democrática, seja pela intervenção.
VOTO DISTRITAL – O processo de limpeza da Lava Jato com essa nova fase dos doleiros e a própria expansão do fim do foro privilegiado que acontecerá na próxima legislatura permitirão toda a limpeza necessária dentro da política e as medidas necessárias, como a aprovação do voto distrital misto para que em 2022 um Congresso realmente eleito pelo voto do povo (sem os puxadores de voto do atual sistema proporcional) seja eleito e possa realizar a necessária Constituinte, uma nova Constituição mais dura ao combate a corrupção e que definitivamente proíba o marxismo em solo brasileiro, derrubando as últimas barreiras ideológicas em escolas e universidades.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– A análise é interessante e verdadeira, porque a democracia no Brasil dependia de ser mantida a condenação de Lula. Na hora H, porém, os ministros do Supremo captaram a mensagem e desistiram do complô para soltar o candidato do PT, e os militares se acalmaram. Mas o encerramento do texto é absolutamente patético, com esta proposta de a Constituição “proibir o marxismo”. Os dois parágrafos finais devem ser um “adendo” feito por algum idiota completo, que sonha em voltar à Idade Média e estabelecer barreiras ideológicas em escolas e universidades. De resto, vamos em frente. (C.N.)


19 de maio de 2018
Mário Assis Causanilhas

A QUARTA PRISÃO DE JOSÉ DIRCEU, O EX-MINISTRO QUE ENRIQUECEU RAPIDAMENTE


José Dirceu
José Dirceu tem de apresentar à PF até as 17 horas
José Dirceu vai voltar para a cadeia. Aos 72 anos, o ex-ministro iniciará a quarta temporada no xadrez. Ele começará a cumprir a pena quase cinco décadas depois de ser preso pela primeira vez, no Congresso de Ibiúna.
Em 1968, Dirceu era um dos líderes do movimento estudantil. Capturado, ficou numa cela até o ano seguinte, quando entrou no grupo de 15 presos políticos trocados pelo embaixador americano. Embarcou para o exílio com aura de herói da luta contra a ditadura.
NO MENSALÃO – As outras prisões ocorreram na democracia, e estão ligadas a escândalos de corrupção. O petista foi condenado no julgamento do mensalão, acusado de organizar a compra de apoio ao governo Lula. Agora volta à cadeia no petrolão, por ter recebido dinheiro do esquema que saqueou a Petrobras.
O lobista Milton Pascowitch contou à Lava-Jato que pagou um “mensalinho” de R$ 80 mil a R$ 90 mil a Dirceu. Ele também bancou outras despesas do ex-ministro, como as reformas de uma casa de campo (R$ 1,3 milhão) e de um apartamento em São Paulo (R$ 1 milhão).
AUTOINDULGÊNCIA – Dirceu descreve essas transações como “erros”, e afirma que manteve uma “relação indevida” com quem não devia. É uma forma autoindulgente de contar a história. Para a Justiça, ele cometeu crimes como corrupção e lavagem de dinheiro, e deve pagar por seus atos de acordo com a lei.
O ex-ministro estava em liberdade havia pouco mais de um ano, graças a um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal. Agora deve encarar um longo tempo preso, após ter a condenação confirmada (e aumentada) em segunda instância.
ENRIQUECIMENTO – Fora do governo, o petista se tornou um homem rico. Ele faturou cerca de R$ 40 milhões vendendo influência em governos aqui e no exterior. Mesmo assim, pediu ajuda para pagar a multa imposta no julgamento do mensalão. Muitos petistas contribuíram com a vaquinha, acreditando que ele passava por dificuldades reais.
Agora é improvável que o ex-ministro desperte a mesma solidariedade. Na melhor hipótese, deve ganhar algum reconhecimento por não delatar os companheiros, como fez o também ex-ministro Antonio Palocci. É o que lhe sobra.

19 de maio de 2018
Bernardo Mello Franco
O Globo

POLÍCIA FEDERAL TEM EVIDÊNCIAS DE PROPINA A GLEISI HOFFMANN, PRESIDENTE DO PT


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Gleisi está envolvida, junto com o marido
Uma investigação da Polícia Federal encontrou evidências de que a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do PT, recebeu R$ 1 milhão em propina de um esquema que envolvia o Ministério do Planejamento e a empresa Consist. As informações são do “Jornal Nacional”, da TV Globo. De acordo com o relatório final do inquérito, que investigava um esquema de fraude em empréstimos consignados para servidores públicos federais, existem “indicativos” de que Gleisi “de alguma forma colaborou para ocultar ou disimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores oriundos do esquema criminoso Consist”.
O documento da PF diz ainda que “foram identificados diversos registros de pagamentos feitos em benefício da senadora Gleisi Hoffmann ou de pessoas relacionadas a ela e/ou ao marido, Paulo Bernardo (ex-ministro do Planejamento” entre 2010 e 2015.
R$ 100 MILHÕES – O relatório foi enviado em março ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. Ao todo, a Consist, empresa que administrava o software usado nos empréstimos, é suspeita de ter repassado R$ 100 milhões ao PT e a políticos. Os pagamentos a Gleisi seriam feitos por intermédio do escritório do advogado Guilherme Gonçalves, que firmava contratos falsos de prestação de serviços com a firma.
A PF identificou ainda um pagamento de R$ 390 mil de Gleisi e Paulo Bernardo para o advogado. Segundo a investigação, a verba seria oriunda da Consist, e a transação seria uma maneira de ocultar a origem do dinheiro.
No relatório, a Polícia Federal também aponta o possível pagamento de caixa dois pela companhia aérea TAM, hoje Latam, na campanha de Gleisi ao Senado em 2010.
SIMULAÇÃO – A investigação identificou o pagamento de R$ 300 mil pela companhia aérea em 30 de agosto de 2010 ao escritório de Guilherme Gonçalves, que afirma não ter prestado serviço à Latam. Para a Polícia Federal, o contrato foi simulado, e a conduta pode configurar crime de falsidade ideológica eleitoral.
“Existem indicativos de que Gleisi Hoffmann, com a participação de Marco Antonio Bologna (ex-presidente da TAM), Luiz Claudio Mattos de Aguiar (ex-diretor jurÍdico da TAM) e Guilherme Gonçalves (advogado da área eleitoral), ao menos omitiu, em documento público ou particular a declaração de que recebeu, em 30/08/2010, R$ 300 mil da empresa TAM para fins eleitorais por intermédio de um contrato de consultoria jurídica simulado entre o escritório de Guilherme Gonçalves e a empresa TAM sem a correspondente prestação do serviço, mas com registro de uso como honorário eleitoral.”
Gleisi disse que é vítima de calúnia e difamação e que nunca recebeu dinheiro ilegal para ela ou campanhas. Paulo Bernardo afirmou que não é investigado no inquérito. A TAM e a Consist afirmaram que estão colaborando com as investigações.

19 de maio de 2018
Deu em O Globo

MANTEGA PEDE AO STF QUE NÃO ENVIE AO JUIZ MORO AS DELAÇÕES DO GRUPO J&F

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Guido Mantega prefere ser processado em Brasília
A defesa do ex-ministro Guido Mantega pediu nesta quinta-feira (17) ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que não envie ao juiz federal Sérgio Moro os trechos das delações do grupo J&F referentes ao ex-ministro da Fazenda. Os advogados de Mantega questionaram na Corte o pedido da Procuradoria Geral da República para que trechos das delações sejam remetidos ao juiz de primeira instância.
Nesta quarta (16), a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou pedido semelhante.
ARGUMENTOS – Assim com a defesa de Lula, os advogados de Mantega questionaram o pedido da PGR, apresentado na semana passada. No documento, a procuradora-geral Raquel Dodge pediu que 80 trechos das delações sejam enviados para várias instâncias judiciais pelo país.
Em relação a Mantega, as delações envolvem suspeitas em fundos de pensão e na remessa de dinheiro para o exterior. Dodge pediu que cópias dos depoimentos sejam enviados à Justiça Federal em Brasília e para Justiça Federal no Paraná.
SEM LIGAÇÃO? – Os advogados sustentam que, após a delação da J&F, Edson Fachin enviou trechos tanto para Brasília quanto para Curitiba, mas, diante de recurso da defesa de Lula, a Segunda Turma reformou a decisão e entendeu que não havia ligação com os fatos apurados no Paraná.
“Não há razão para que aquele douto Juízo seja destinatário de relatos complementares a fatos que, por determinação desse e. STF, não estão sendo lá apurados, mas sim na Seção Judiciária do Distrito Federal”, afirmou o advogado Fábio Tofic.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Mantega tenta escapar da jurisdição do juiz Moro, que já mandou prendê-lo uma vez, mas Mantega escapou, alegando que a mulher estava sendo operada de câncer. O juiz agiu de forma humanitária e relaxou a prisão. Mas a operação não existiu, a mulher dele esta fazenda apenas um exame de gastrite. Agora, o cerco a Mantega apertou mesmo(C.N.)

19 de maio de 2018
Mariana Oliveira
TV Globo, Brasília