"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

DEFESA DA LIBERDADE E DA DEMOCRACIA, O PAPEL FUNDAMENTAL DOS CLUBES MILITARES


 

O PT, quando na oposição, sempre se apresentou como o paladino de todas as virtudes e jactou-se de ser o árbitro dos bons costumes, o defensor da ética e da moral na política e na administração da coisa pública, aparecendo como o censor implacável de tudo e de todos.

Uma vez no governo, mostrou sem peias sua verdadeira face: no longuíssimo e tão sofrido período de doze anos em que é poder sobre nós, foi o mestre da mentira, do engano e do engodo, o manipulador de dados falsos para esconder a verdade e erigir outra, virtual, em seu lugar, em favor de seus sempre sombrios desígnios; incentivou, tolerou, participou de o mais aterrador e generalizado processo de corrupção jamais visto nestas plagas, havendo elevado a níveis industriais os desvios e malfeitos com os dinheiros públicos, e fazendo parecer toda a atávica corrupção que antes assolara nossa história como mera atividade artesanal, uma coisa de amadores.

Além disso, defendeu com unhas e dentes, procurando blindá-los de todos os modos, para livrá-los das penas da lei, todos aqueles dos seus tantíssimos filhos diletos e figuras conspícuas do seu aparato partidário apanhados na prática de crimes contra o Erário, os recursos comuns dos brasileiros. Escândalos e mais escândalos, revelados diuturnamente, têm sido a tônica maldita destes tempos de opróbrio e vergonha nacionais!

Mas..., existe realidade pior e ameaça maior ao Brasil soberano e senhor dos seus destinos: toda a gigantesca e programada campanha de destruição de valores, de atentados contra o patrimônio físico tão arduamente construído pelos brasileiros, de relativização da ética e da moral,  a banalização, enfim, da corrupção física, moral e espiritual, são meros instrumentos, meios para atingir um fim ainda mais trágico e cruel: a dominação da Terra de Santa Cruz pelos ditames da mais diabólica e sanguinária forma de ditadura imaginada pelos homens, o nefasto e ultrapassado e desacreditado comunismo, que tantos sofrimentos, mortes aos milhões, dores e sacrifícios causou nas terras infelizes em que se implantou!  

Lula da Silva e o PT foram engendrados pelo pretenso  “bruxo” Golbery do Couto e Silva, que os inventou e lhes deu vida e ressonância, como forma por ele idealizada de enfrentar e controlar/dominar a influência dos comunistas no movimento sindical brasileiro.

Lamentável e arrogante tiro no próprio pé, pois LULA E SEUS SEGUIDORES LOGO, LOGO SE APAIXONARAM E DEIXARAM CONDUZIR E COMANDAR PELOS “HERMANOS “CASTRO, objetos de sua reverente adoração e cuja ideologia malsã adotaram, passando a trabalhar ativa e incansavelmente pela criação da União das Repúblicas Socialistas da América Latina, que viesse a substituir a decrépita e extinta URSS como farol e guia dos fanáticos seguidores do credo vermelho.
Assim, através do Foro de São Paulo, por eles criado, e com a adesão cúmplice dos Kirschner na Argentina, Chaves e herdeiros na Venezuela, Ortega na Nicarágua, Morales na Bolívia, Correa no Equador, etc, vêm logrando amplo sucesso no afã de tentar escravizar os povos desta parte do mundo.

Sob o domínio do PT, o Brasil vinha paulatina e crescentemente dando a guinada radical à esquerda, praticamente sem reação até o memorável junho de 2013. O aparelhamento do Executivo, das empresas públicas e de economia mista, das agências reguladoras e dos fundos de pensão por dezenas de milhares de correligionários, sem outros títulos e competências que não o de alinhamento ideológico, e o emprego dos seus gigantescos recursos para comprar consciências pouco firmes e adesões; a desmoralização do legislativo, transformado em apêndice do executivo e balcão de negócios escusos via práticas torpes como do “mensaläo”; o preenchimento progressivo e crescente da mais alta corte de justiça com correligionários e simpatizantes, visando à criação de formidável respaldo jurídico para as ações do partido; o cala-a- boca de jornais, televisões, rádios, mídia em geral pelas vultosas verbas de propaganda oficial e as repetidas ameaças de calar/censurar os que não se deixam comprar; a exploração e a compra de votos dos mais desfavorecidos pelas bolsas de tudo, que não os ajudam a subir de nível de capacidade para autoprover a subsistência, mas os mantêm aferrados à miséria, à esmola e à ignorância, para mais facilmente serem manipulados; o esmagamento da classe média, via impostos escorchantes, e sua transformação em vilã aos olhos do povão, como as detestadas  “Zelites”; o incentivo à luta de classes em todas as manifestações, por cor da pele, orientações política, religiosa, sexual, nível de cultura e educação, regiões do país, etc; a destruição dos sistemas de saúde, saneamento, educação, segurança, da infraestrutura de transportes e de energia, etc, de tudo o que de bom logramos construir ao longo do tempo... Tudo isso, que se passa e vem passando diante dos nossos olhos contristados e impotentes, são etapas no cumprimento de programação diabólica de dominação seguida pelos agentes do mal.

Nossas cidades, principalmente as maiores, são verdadeiros lixões: inseguras, sujas, mal cuidadas, o equipamento urbano em frangalhos, favelas por toda a parte... A desculpa para tudo é que não há dinheiro, mas e se não fosse a corrupção, o maior e tão ilegítimo e ilegal imposto pago pelos brasileiros, como visto no atual e doloroso caso do “Petrolão”? No campo, a ameaça permanente dos MST e quejandos, as absurdas e oficialmente apoiadas reivindicações de lesa-Pátria “indígenas” e “quilombolas”, gerando violência, conflitos e inseguranças física e jurídica para quem trabalha a terra e produz...

Durante toda a nossa história republicana anterior a 1990, as Forças Armadas foram o poder moderador, privilégio do monarca no Império. Eram as grandes conselheiras dos Presidentes. Ouvidas, acatadas, respeitadas, sua palavra era sempre levada em devida conta nas grandes questões nacionais, mercê da desambição, do patriotismo, do elevado estofo moral que sempre demonstraram. Eram também temidas pelos pilantras de todos os matizes...
A partir da Constituição de 1988 e do fatídico ano  de 1990, quando os governos da República começaram  a trair sua destinação e os compatriotas, para cada vez mais subordinar-se a pressões e influências externas, alheias ao verdadeiro interesse nacional, passaram elas progressivamente a ter diminuída sua atuação: de protagonistas, para coadjuvantes e, depois, espectadoras da cena brasileira.
Foram reduzidas ao silêncio obsequioso, pela interpretação “politicamente correta” (cada vez mais difundida e aceita, e figadalmente influenciada pelo pensamento de Gramsci) do que sejam hierarquia e disciplina. Foram, assim, neutralizadas e sujeitas a toda a sorte de calúnias, agressões e revanchismos.

Com toda a tranquilidade, foram impostos pelos sucessivos governos, tolerados e aceitos, a gendarmerização das Forças Armadas ou seu emprego como polícia contra o crime comum, com todas as possibilidades decorrentes de indesejável contaminação; A PERSEGUIÇÃO AOS AGENTES DA LEI E DA ORDEM QUE ENFRENTARAM A AMEAÇA GUERRILHEIRO-TERRORISTA NAS DÉCADAS DE 1960-1970, DEIXADOS À PRÓPRIA SORTE PELAS INSTITUIÇÕES SOB CUJAS ORDENS ATUARAM, tudo amplificado nas permanentes investidas revanchistas da comissão da (in)verdade e constantes e repetidas ações visando a alterar unilateralmente a legislação da anistia, para apenas beneficiar os guerrilheiros, terroristas, ladrões e assassinos que agiram em benefício do projeto vermelho de poder; os escrachos  repetidos, Brasil afora, contra encanecidos Oficiais militares; a sistemática campanha revanchista mentirosa contra os militares pelos meios de comunicação social e das cátedras das escolas de todos os níveis e em publicações de livre curso; as ameaças aos sócios do Clube Militar, por ocasião de legítima comemoração alusiva ao 31 de março, sitiados e agredidos na Casa da República, e dependendo de pequeno contingente da Polícia Militar(!) para garantia da sua integridade física, por malta de enfurecidos arruaceiros, ensandecidos de ideologia vermelha; o apagamento das efemérides de 27 de novembro e de 31 de março do calendário militar oficial; as condecorações e homenagens militares a tantos e tantos indivíduos indignos dessas honrarias ou declaradamente inimigos das Forças Armadas, pelas quais só manifestam publicamente ódio, nojo ou desprezo; o aviltamento salarial consentido das legiões, que piora rotineiramente o nível do recrutamento para as fileiras e provoca a saída prematuro de talentos tão necessários aos esforços de aprestamento, modernização, tecnificação e operacionalidade dos meios de que o Brasil precisa para sua defesa, num mundo marcado de conflitos e num contexto de  muito graves, sérias ameaças internas, de iminente concretização...

Avulta assim, e cada vez mais, o papel reservado aos Clubes Militares, na manutenção e na difusão dos mais legítimos e elevados espírito, herança, valores, tradições, costumes e usos que sempre foram apanágio das Forças Armadas do Brasil soberano e senhor dos seus destinos; como bastiões, trincheiras destemidas do valor, da garra e da gana nacionais contra a corrupção e a subversão da ordem vigente, e como abrigo seguro para os patriotas de todas as atividades e origens que queiram cerrar fileiras em defesa do Brasil, da liberdade e da democracia entre nós. Por isso, tenho insistido tanto com seus Presidentes, meus amigos e irmãos-de-armas, para que liderem a reação, cada vez mais necessária e urgente, dos patriotas das Forças Armadas contra a destruição em marcha da Pátria, em união com todos os brasileiros de bem, que não se podem, nem devem dispersar.

Somos uma enorme multidão, mais de cinquenta milhões declaradamente, mais os cerca de quarenta milhões que se abstiveram de votar ou votaram branco e nulo, os brasileiros justificadamente insatisfeitos com os rumos impostos ao País dos nossos amores, e temos de estar preparados, unidos, atentos, para denunciar os erros e antepor-nos às suas malévolas consequências, antes que se revelem sem retorno.

Temos de elevar um forte grito, que encontre eco em todas as latitudes e longitudes do Gigante que precisa estar bem despertado: não aceitamos a corrupção total como fato corriqueiro e comum, nem a escravização  da terra de Caxias e Osório, Tamandaré e Barroso (heróico luso-brasileiro), Santos Dumont e Eduardo Gomes, Rio Branco e Joaquim Nabuco, Castro Alves e Machado de Assis, Carlos Gomes e Villa Lobos, Carlos Chagas e Cesar Lattes, André Vidal de Negreiros, Henrique Dias e Felipe Camarão, José Bonifácio e Tiradentes. Nossas cores são o verde-amarelo-azul-e branco da esperança, e não o vermelho da desgraça e do desespero!

Para que não se diga que, comodamente, quero transferir e impor a outros a responsabilidade pelas tarefas que julgo urgentes e adequadas, apresento-me para cumprir o papel de catalisador da inserção ativa dos Clubes Militares na Resistência Democrática. Com todo o apreço e estima pelos atuais Presidentes dos Clubes Miltares, em especial para com o Alte. Dobbin, que foi meu Aspirante na Escola Naval e pelo qual nutro profunda e leal amizade e que sempre me correspondeu com toda a lhaneza e cortesia, mas atendendo a novo chamado com elevado espírito de Missão, estou disposto a candidatar-me, pois, à Presidência do Clube Naval.

Faço-o SABENDO DAS DIFICULDADES QUE TEREI DE ENFRENTAR, sem conhecer totalmente os apoios que terei e a despeito de todas as perseguições, injustiças e limitações que me foram impostas da última vez em que concorri, no primeiro governo Lula, o qual me dispunha  a enfrentar em defesa da Dignidade Marinheira.
Meu propósito é o de, cumprindo meu dever de cristão, brasileiro e militar, tentar aglutinar os Oficiais dispostos a dar um NÃO! à cubanização do Brasil e  a todo o retrocesso moral, espiritual e físico que o PT tem provocado na Nação nestes últimos doze anos, com possibilidade de radicais aceleração e agravamento nos próximos quatro, se os patriotas não se mobilizarem para reagir com firmeza.

Faço, aqui e agora, o convite a todos os Oficiais, de todas as gerações, que me queiram apoiar na tarefa tão dura e desafiadora a que me proponho, que se apresentem à liça. Que se me aproximem, façam conhecer e deem seus nomes e nos venham ajudar, para, com correção, eficácia e eficiência, bem podermos administrar o portentoso patrimônio físico e as múltiplas atividades do Clube Naval.
Necessitamos de muitos e bons nomes para compor Diretoria, Conselhos e ajudar em tudo o mais que se faça necessário, pois a Missão não de um só, mas de todos os que amam o Brasil e continuam fiéis ao solene juramento feito perante a Bandeira. Quanto a mim, terei assim a necessária tranquilidade para cumprir meu dever de defender nossa gente e nossa terra e elevar o valioso e inigualável patrimônio histórico, moral e anímico do Clube, em benefício do  nosso pessoal, da Marinha, das Forças Armadas e do Brasil. Precisaremos de e queremos com empenho a resposta positiva e entusiasmada do maior número possível de voluntários virtuosos!

Se, uma vez mais, porém, não encontrar o apoio requerido entre os Oficiais de Marinha, sócios do Clube Naval, continuarei em minha luta solitária, antiga de quase 25 anos, pois que se iniciou em 1990, quando ainda estava na ativa e me custou a quarta estrela, em defesa do Brasil, da sua independência e da sua soberania, do patrimônio e da integração nacionais, da paz, do direito, da justiça, da virtude e do Bem entre nós, desde então ameaçados. E continuarei insistindo com os Presidentes dos Clubes, e auxiliando-os, como voluntário de primeira hora, pela batalha que temos de travar, para sobreviver como Nação honrada e feliz.

Devemos lutar, para afirmar o destino justo dos homens e das mulheres dentro dos postulados da democracia. Mas, PARA A DEMOCRACIA SOBREVIVER, DEVEMOS DEFENDÊ-LA E BRIGAR POR SEUS VALORES E CRENÇAS MAIS PROFUNDOS, porque o inimigo é implacável, astucioso e ativo.
O preço da liberdade é a eterna vigilância! Para ter sucesso na solução dos graves problemas correntes, nós, os patriotas democráticos, temos de dar-nos as mãos. JUNTEMOS NOSSOS ESFORÇOS NUMA AÇÃO INTEGRADA E EM COMUM, QUE ASSEGURE AO NOSSO POVO UM MELHOR PADRÃO DE VIDA E DE FORMAÇÃO E DE PREPARO, e, ao mesmo tempo, ENFRENTEMOS NOSSOS INIMIGOS COM FÉ, CRENÇA INABALÁVEL EM NOSSOS VALORES E OBSTINAÇÃO SUPERIOR À SUA. Afinal, a verdade está do nosso lado! Precisamos, portanto  combater com galhardia o bom combate, PORQUE NOSSA SERÁ A COROA DA VITÓRIA!

DEUS NOS ILUMINE E GUARDE E PROTEJA O BRASIL!

07 de novembro de 2014
Sergio Tasso Vásquez de Aquino, Vice Almirante na reserva, é membro da Academia Brasileira de Defesa e do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Dilma só nomeia ministro da Fazenda perto do G-20, e indústria cobra dela uma agenda até 2018

Em mais uma prova de que Presidente da República no Brasil é um marionete  comandado de fora para dentro, Dilma Rousseff advertiu ontem que o nome do novo ministro da Fazenda (para substituir o Guido Mantega que ela demitiu tecnicamente durante a campanha) só vai sair no momento da reunião de cúpula do G-20, nos dias 15 e 16 de novembro, na Austrália. Pior do que postergar a indicação provável de Nelson Barbosa (já referendado pelo Presidentro Lula), é a instabilidade que Dilma e sua incapacidade gerencial vêm gerando no cada vez mais tenso mercado.

A incompetência de Dilma foi confrontada ontem pela "Carta da Indústria de 2014". O documento foi veiculado no primeiro dia do Encontro Nacional da Indústria. O diretor de Políticas e Estratégias da Confederação Nacional da Indústria, José Augusto Fernandes, foi direto no recado para Dilma. " É importante que governo deixe claro no início de 2015 o que ele vai alcançar até 2018. O que queremos é que o governo apresente qual é sua agenda". O problema é que, pelo jeito que a economia vai, nem Dilma sabe direito qual a agenda dela...

José Augusto Fernandes retratou o drama urgente e imediato do empresário brasileiro: "A primeira mensagem é que a indústria tem pressa para atuar sobre problemas de competitividade, que vêm se agravando. A indústria vem perdendo participação no PIB de forma sistemática. O desenvolvimento econômico e social conecta-se com o desenvolvimento político. Esse é um tema em que a indústria, como parte da sociedade, tem expectativas. O sistema político precisa enfrentar os desafios que estão postos".

A CNI apontou problemas prioritários que precisam ser resolvidos até 2018: liberar o sistema tributário das ineficiências que o caracterizam hoje devido à sua complexidade; melhorar relações de trabalho, com legislação moderna; aumentar os investimentos em infraestrutura em relação ao PIB; trabalhar a política fiscal de forma a permitir o crescimento da taxa de investimento; tornar a política comercial ativa, desburocratizada e com foco em mercado estratégicos que permitam maior inserção internacional de empresas de todos os portes e setores; avançar na qualidade da educação no País.

Como não existem indicadores seguros de que o governo petista venha a adotar tais soluções, a perspectiva para o Brasil, diante do mundo competitivo, se torna cada vez mais sombria. O Brasil Capimunista, corrupto, ineficiente e gastador, caminha para continuar sendo o que sempre foi: uma rica colônia de exploração mantida artificialmente na miséria por falta de um projeto de nação viável. Dilma deveria saber que abacaxi não funciona bem como supositório... No entanto, prefere só ficar no discurso vazio e não resolve nada na prática...
E a miséria política?


Dilma aproveitou a entrevista dada aos jornais amigos para fazer uma promessa que só a Velhinha de Taubaté acredita:

"Vamos fazer o dever de casa, apertar o controle da inflação e teremos limites fiscais. Vamos reduzir os gastos. Vamos olhar todas as contas com lupa e ver o que pode ser reduzido e o que pode ser cortado. Temos que fazer um ajuste em várias coisas, várias contas podem ser reduzidas. Minha visão de corte de gastos não é similar àquela maluca de choque de gestão".

Barroso contra o vazamento

O ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, só aguarda um parecer do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, para decidir se libera ou não para a CPMI da Petrobras as informações das delações premiadas dos processos da Lava Jato.

Barroso só ressalvou ontem que só é possível romper o sigilo da delação premiada após o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público:

"Uma questão que me preocupa, não em relação ao Congresso, mas a esse tema em geral, que é a questão dos vazamentos seletivos. Precisamos viver um processo de amadurecimento institucional, que significa respeitar as regras. O que é sigiloso deve permanecer sigiloso pelo tempo que deve permanecer sigiloso. O vazamento do que é sigiloso é um evidente descumprimento da lei
".


Indícios de fraude eleitoral


O leitor Francisco Pompeu chama atenção para uma informação pública para qual o eleitorado e os partidos de oposição não deram a menor bola em nossa recente eleição presidencial:

"A fase mais sensível da apuração eletrônica é a transmissão dos dados entre as seções eleitorais e o tribunal, quando é possível a alteração do conteúdo transmitido, desde que se tenha a chave criptográfica usada. Mesmo sem a chave, dentro do próprio tribunal depois dos dados reconvertidos, a alteração seria possível. Sabe-se que a grande votação de Dilma se verificou em regiões atrasadas, sem infraestrutura adequada para transmissão da dados, exatamente as regiões para onde foi contratada a operação da SmartMatic pelo TSE. Lá quem operou a transmissão de dados no dia crucial da eleição foi a empresa SmartMatic"

O atento Francisco Pompeu lembra que a SmartMatic tem fama internacional de ser uma empresa ligada aos governos chavista e cubano, sediada nos EUA, com subsidiária no Brasil:

"A SmartMatic basicamente é contratada para promover eleições em governos controlados por bolivarianos. Nenhuma democracia consolidada usa sistema puramente eletrônico como no Brasil, muito menos operado pela SmartMatic".

Suspeita venezuelana

O leitor recomenda uma leitura atenta do depoimento do General Peñaloza sobre a apuração dos votos na última eleição de Nicolas Maduro, na Venezuela, onde a transmissão também estava a cargo da SmartMatic: 
"O CNE diz que as máquinas só enviam os dados ao centro de totalização em teleport depois do fechamento das mesas. Essa é a informação que eles têm, porém, como no caso do marido cornudo, são os últimos a saber.
Esta transmissão se faz efetivamente no final da eleição, mas o segredo da fraude radica na existência de redes secretas entre as máquinas de SMARTMATIC e um controle central clandestino em Cuba, cuja existência os reitores do CNE desconhecem. No dia das eleições esse sistema transmite secretamente, em tempo real, através de duas redes dentro de uma intranet secreta que tem um limitado e secreto número de usuários.
A intranet é uma espécie de Internet privada que os governos e grandes empresas têm. Uma dessas redes é quem transmite os pacotes de dados com informação do voto em tempo real. Durante o dia esses dados não vão para o CNE senão provavelmente para Cuba. Em uma rede ultra-secreta um grupo de usuários privilegiados, que não inclui os reitores do CNE nem seus gerentes, se comunicam privadamente. Essa rede top secret é a rede cubana. Nela só há um ou dois venezuelanos com capacidade de acesso".
Ou seja: na Venezuela, onde também se usou o sistema eletrônico de votação com resultado inquestionável também houve fortes suspeitas de fraude eleitoral...

Rede Cubana?

Os venezuelanos suspeitam que, através da "rede cubana" se transmitem a cada hora atualizações dos totais da marcha da eleição.

Um dos usuários é alguém no comando de campanha bolivariana, implicando supor que esse comando sabe quantos votaram, como vai a eleição e quantos votos leva cada candidato.

Com esta valiosa informação secreta e ilegal, esse comando pode tomar decisões para se assegurar do triunfo no final do dia da apuração.

Impossibilidade de auditar por aqui

Do professor Walter Del Picchia, professor titular aposentado da Escola Politécnica da USP, e um dos militantes do voto seguro no Brasil, bem antes de alguns tucanos saírem do ninho pedindo auditoria do resultado eleitoral:

"Seria cômico se não fosse trágico. Faz 18 anos que o Fórum do voto-eletrônico, entidade não partidária (www.votoseguro.org), vem advertindo que nossas urnas são sujeitas a falhas e/ou fraudes e o eleitor não tem como saber se seu voto foi corretamente computado; que elas são as mais atrasadas do mundo, pois seus resultados não podem ser auditados (nos dez países onde se realizam eleições eletrônicas, há impressão paralela do voto, para conferência estatística).
Há anos, preveni inúmeros deputados e até um secretário tucano. Em Brasília, nas ‘cerimônias eleitorais’, só o PDT compareceu este ano. Ou os partidos sabem que nossa urna não oferece segurança, e neste caso são coniventes, ou não sabem, e são incompetentes, por acreditarem na propaganda do TSE. Que bom que o PSDB acordou! Agora é tempo de colaborar no aperfeiçoamento de nossas urnas, para tornarmos os resultados confiáveis. A Democracia agradece".

Walter Del Picchia tem inteira razão: É importante e fundamental insistir na tese de que o processo de votação eletrônica no Brasil, que tem grandes méritos, precisa ser aprimorado para garantir sua total lisura, com a possibilidade de recontagem impressa dos votos - que os dogmáticos deuses do TSE e do STF teriam inventado ser inconstitucional, certamente confundindo urna eletrônica com urna mortuária da democracia...

Regulando mal...


Que a força esteja com você...

A Disney confirmou ontem que o Episódio VII de Star Wars terá o título de "The Force Awakens" (A Força desperta).

O diretor JJ Abrams demorou seis meses nas gravações que terminaram esta semana.

O filmaço estreia dia 18 de dezembro de 2015.

Aliás, Dilma deveria tomar cuidado porque a Disney ameaça cobrar direitos autorais do governo, por causa de tantos "patetas" no governo...

Ele tem a força...

Enquanto isso, lá na tenebrosa sede do Império, na fantasiosa ilha da fantasia cercada de políticos de Brasília, a cúpula conspira, enquanto nos copula...

O maçom inglês Michel Temer só faltou implorar a Eduardo Cunha para que não faça oposição à rainha Dilma - que um finge que adora e o outro odeia explicitamente...

É como pedir ao Dart Vader para virar um sujeito do Bem, abandonando o lado negro da força, de uma hora para outra...

A ameaça Fantasma

Para quem pensa que esse é o título de um dos episódios da velha "Guerra nas Estrelas", uma informação nada cinematográfica:

Moradores da cidade de Passatempo, no Campo das Vertentes, garantiram ao jornal mineiro Hoje em Dia que Igor Rousseff - irmão de nossa Presidenta reeleita - mora regularmente há pelo menos 18 anos no município, localizado a quase 150 quilômetros da capital.

Assim, o único irmão vivo da candidata do PT teria sido mesmo um funcionário fantasma que foi nomeado assessor especial do então prefeito petista (e agora governador eleito de MG) Fernando Pimentel em 2003, ficando no cargo até a posse de Marcio Lacerda, em 2009.

O cadastro funcional do advogado Igor Rousseff junto à Prefeitura de Belo Horizonte traz a informação falsa que o endereço de residência dele na Capital seria uma casa localizada na região da Pampulha.

Frase do fim do mundo


Não sei quem disse, porém concordo em gênero, número e grau:

"Sabem por que a miséria cresceu? Porque o modelo petista morreu! O segundo mandato de Dilma é só um cadáver adiado que procria".

Melhores companhias


Abacaxi com cachaça
 
Abacaxi não é supositório, Dilma...

07 de novembro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

NOVOS 'BOCÕES' ATRÁS DA DELAÇÃO PREMIADA

MAIS UM DELATOR BOCA GRANDE PROMETE DESEMBUCHAR E REVELAR NOVOS MAMADORES DAS PROPINAS DO PETROLÃO DA DILMA E DO LULA
 
 
 
 
Os depoimentos explosivos do empresário Julio Camargo, e ainda não tornados públicos, podem desencadear enxurrada de novas propostas de delação premiada à Justiça Federal.
Camargo é considerado pelos investigadores o “coração” do Petrolão. Entre as delações mais aguardadas está a de Fernando Soares, o Fernando Baiano, que teria operado o esquema para o PMDB na Petrobras, e ameaça abrir o bico.
 
Segundo fontes ligadas ao processo, Fernando Baiano se movimenta para negociar delação premiada em troca de redução de pena.
Baiano está na mira da PF desde que foi citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o megadoleiro Alberto Youssef.

O lobista Fernando Baiano, que atuava em nome do PMDB, pode incriminar senadores e deputados, além de empreiteiras. Diário do Poder/Coluna Cláudio Humberto

MEU COMENTÁRIO: Aprendi desde criança que quem rouba é ladrão. Mas vejo que a partir dos governos petistas, os ladravazes são denominados "doleiro" e "lobista". Já roubo é qualificado de "mal feito" ou "desvio". Essa petralhada é criativa...

Está passando da hora de alguém tomar uma providência, digamos assim, definitiva, sem qualquer tipo de complacência, detonando para sempre esses vagabundos, ladrões, picaretas, mamadores do erário, mentirosos.

E a Dilma convoca os jornalistas para avisar que vai "controlar a mídia". E eles ficam todos contentes com a "presidenta revolucionária", "disquerda", "progressista".

O Brasil é o único país do mundo em que jornalistas apóiam a censura à imprensa. É um troço inacreditável, mas é verdade. Sou jornalista há mais de 40 anos e conheço bem essa gente, esse bando de depravados, maconheiros, vadios, picaretas e mentirosos. Há as exceções, e elas confirmam a regra.
FOLHA, ESTADÃO, O GLOBO E VALOR FORAM LAMBER OS PÉS DA DILMA E A GOVERNANTA AVISOU QUE VAI AMORDAÇAR A IMPRENSA. E ELES ADORARAM!


Para provar que não estava brincando, Dilma fantasiou-se de Nicolás Maduro, o tiranete bolivariano da Venezuela. Os sabujos da grande mídia nacional acharam muito original a fantasia da Dilma, uma criação do marqueteiro João Santana. 
Na semana em que a Executiva do PT publicou resolução em que faz diversos ataques à oposição e prega a regulação dos meios de comunicação em prol da hegemonia do partido, a presidente Dilma Rousseff admitiu que pretende abrir um "processo de discussão" sobre a regulação econômica da imprensa.

Disse que não sabe ainda como será esse processo, mas afirmou que "isso jamais poderá ser feito sem consultar a sociedade". Sobre a resolução do partido, a presidente afirmou: "Eu não represento o PT, represento a Presidência da República", informa a versão on-line do jornal O Globo.
"A opinião do PT é a opinião do partido, não me influencia. Não sou presidente do PT, sou presidente dos brasileiros", disse Dilma, segundo o jornal Folha de S. Paulo.
 
"Liberdade de imprensa é uma pedra fundadora da democracia. E a liberdade de expressão talvez seja a maior coisa que emergiu da democracia", disse.

"Democracia é o direito de todo mundo ter uma opinião mesmo que não concorde com ela", prosseguiu.
Na sequência, Dilma afirmou que "outra coisa é confundir isso com a regulação econômica do setor". "Essa é uma outra discussão. Diz respeito a monopólios. Em qualquer setor econômico, seja energia, petróleo, tem regulações e a mídia não pode ter?", questionou.
 
Assim como o controle de conteúdo, o fim do que o PT classifica como "monopólio dos meios de comunicação" sempre foi bandeira defendida nos projetos do partido para regulação da imprensa.
Ou seja, além de voltar sua artilharia contra os grandes grupos de comunicação, sempre alvo dos irados discursos petistas contra a imprensa, o partido busca golpear a receita publicitária dos veículos de informação - o que poderia redundar, no futuro, no controle indireto do conteúdo pelo governo. 

Desde que assumiu o Planalto, a presidente vinha mantendo distância do projeto petista de controle da imprensa: sepultou, inclusive, o projeto de lei para "regulação das comunicações" elaborado pela legenda durante o governo Lula, e que trazia na raiz o embrião autoritário da censura. 
 
Economia - A presidente afirmou na tarde desta quinta que vai fazer o "dever de casa" e apertar o controle da inflação e que também fará um reajuste em todas as contas do governo.
O posicionamento de Dilma, que vem dando sinais para acalmar a desconfiança do mercado, ocorreu durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. Ela sinalizou ainda que não mexerá nem no centro nem no intervalo da meta de inflação, cujo teto definido pelo Banco Central é de 6,5%.
 
Dilma afirmou ainda que não está fazendo o "arrocho" que acusou a oposição de defender. Durante a campanha eleitoral, o PT buscou associar seu opositor, Aécio Neves (PSDB), às políticas econômicas impopulares que levariam, por exemplo, ao aumento do desemprego.

Nesta quinta, contudo, ela disse que não está fazendo "estelionato eleitoral" ao adotar medidas econômicas como o aumento da taxa de juros, logo após ser eleita, para acalmar o mercado.
A presidente também voltou a comentar a nomeação de seu futuro ministro da Fazenda, que substituirá Guido Mantega, e indicou que ele só será definido semanas após o G20, encontro com as vinte maiores economias do mundo que será realizado nos dias 15 e 16 deste mês.
Ela, contudo, deixou claro que ainda não fez convite nenhum. Do site da revista Veja
 
07 de novembro de 2014
in aluizio amorim

A DILMA TAMBÉM "NÃO SE REPRESENTA"

 

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Ouvir o que diz dona Dilma re-presidenta é uma perda de tempo tão grande quanto ouvir o que dizia dona Dilma candidata à reeleição. Nos dois casos não ha nenhuma relação entre as palavras e a realidade ou compromisso de que daqui a meia hora ela não vá fazer o contrário do que disse e dizer o contrário do que fez.
 
Entretanto sempre se aprende alguma coisa quando se analisa o discurso petista como fenômeno fechado em si mesmo e não como algo que tenha relação com a realidade.
O Brasil já conhece o método petista de mentir sobre o passado. O partido se apropria à vontade dos fatos e das políticas que o tempo venha a consagrar como posistivas e atribui a terceiros as que venham a ter a trajetória contrária de forma soberanamente independente ao registro histórico dos fatos.
 
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A entrevista coletiva dada aos quatro maiores jornais do país ontem sugere que agora o método passa a estender-se também para o presente e para o futuro. Pois dona Dilma anuncia a quem interessar possa, por exemplo, que ela “não representa o PT” e nem tem nada a ver com “as opiniões” que ele emite.
Essa deliciosa afirmação veio em resposta às perguntas que lhe foram dirigidas com respeito ao roteiro do que o partido pretende fazer daqui por diante – e com o recurso a quais métodos – divulgado na “Resolução Política” de 3 de novembro último da sua Comissão Executiva Nacional ().
 
Nela o partido reitera a promessa de impor pela via do plebiscito uma “hegemonia popular democrática”, o controle da mídia, a entrega de parte das atribuições legislativas exclusivas do Congresso Nacional eleito por todos nós aos “movimentos sociais” eleitos pela Secretaria Geral da Presidência da Republica e o mais que a gente sabe.
 
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Como toda essa sinceridade “pegou mal” e vem ajudando a consolidar a união das oposições democráticas num Congresso Nacional em que o PT perdeu substância, a presidenta houve por bem dizer que não tem nada a ver com essas “opiniões do PT” e até que, radicalmente democrática como é, acha que “mesmo a opinião de quem defende o golpe deve ser respeitada".
 
Não ficou claro, a essa altura da entrevista, quem é que a presidenta acha que defende o golpe, se é quem tem essa “opinião” dentro do PT ou não. Em caso positivo, o fato dela própria ter assinado um decreto que impunha tudo isso ao país sem pedir a opinião de ninguém enquanto presidenta antes da reeleição teria sido, também, uma tentativa de golpe?
E agora, depois de abertas as urnas, teria ela deixado subitamente de ter a "opinião" coincidente que tinha antes com esta do PT de que, presidenta de novo, ela passou a discordar?
 
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O esclarecimento dessas emocionantes questões foi coisa com que preferiram não perder tempo nenhum dos muitos jornalistas presentes...
 
A decorrência, entretanto, é clara: fica de qualquer maneira estabelecida a dualidade que já valia para o passado também para o presente e eventualmente para o futuro. Ha um PT que trabalha para acabar com a democracia brasileira mas a presidenta dos petistas não tem nada a ver com isso.
 
Para o momento ela está a favor da democracia contra a qual "opina" e promete agir o seu partido. Se eventualmente o PT com que a presidenta “não tem nada a ver” vier a prevalecer e a implantar o que o decreto dela já tinha tentado implantar, ainda que, a julgar pelo que ela afirma agora, à sua revelia, então valerá a norma do passado e a presidenta se apropriará, no futuro, da tese que se mostrar vencedora.
Deu pra entender? Não é fácil mesmo...
 
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Com relação à Venezuela dá-se a mesma coisa. Não importa que a ditadura bolivariana estabelecida na Venezuela tenha dado o golpe via plebiscito e armado os seus “movimentos sociais participativos" com fuzis para garantir a “hegemonia” que pedem os opinantes da Executiva Nacional do PT.
Não importa que tudo isso tenha seguido estritamente a cartilha escrita e recomendada por Lula a todos os partidos políticos e movimentos guerrilheiros da América do Sul e do Caribe reunidos no Foro de São Paulo, aquela instituição criada e dirigida por ele, o decreto e o plebiscito da Dilma (infere-se posto que os jornalistas de novo não perderam tempo em esclarecer essa questão de somenos) nada têm a ver com os seus exatos similares dos demais sócios do Foro e nem visam os mesmos fins.
 
Assim também o fato do Ministro do Poder Popular, das Comunas e do Desenvolvimento Social da Venezuela, Elias Jaua, justamente o homem que comanda as tais milícias armadas que nos ultimos meses prenderam e mantêm presos pelo menos 13 mil manifestantes contra o regime que foram submetidos a estupros e outras formas de tortura denunciadas ontem pela ONU; o fato de justamente esse homem ter estado no Brasil enquanto transcorriam as nossas eleições assinando acordos de treinamento de possíveis futuros milicianos do MST, um dos “movimentos sociais” mais umbilicalmente ligados ao PT, candidato a escrever nossas leis e garantir a hegemonia do "poder popular" descrito como o objetivo a ser conquistado pelo decreto assinado pela presidenta em pessoa, tudo isso não passa de outra mera concidência que nada tem a ver com suas preferências pessoais e nem sequer com as dos eventuais defensores de golpes de dentro do PT e com expectativa que eles alimentavam de ganhar a eleição "de lavada".
 
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Não, nada estava sendo tramado nem tampouco preparado. Foi tudo coincidência. Para comprová-lo dona Dilma mandou que o seu ministro de Relações Exteriores interpelasse oficialmente o encarregado de negócios da Venezuela no Brasil (releve-se o desnível de patentes) para que explique essa “ingerência nos assuntos brasileiros”.
 
Dona Dilma jurou de pés juntos que nem sabia da presença de um ministro de Estado da Venezueal no Brasil nem, muito menos, que fosse de dar aulas de revolução ao MST que ele estava tratando. Ocorre que enquanto ele ministrava seus ensinamentos em Guararema, foi presa no aeroporto de Guarulhos com um 38 carregado dentro da bolsa uma assessora dele  que declarou à Polícia Federal pertencer a arma ao ministro que lhe tinha ordenado que a trouxesse para ele junto “material escolar” para os alunos do MST.
 
O jornal O Estado de São Paulo fez uma detalhada matéria a respeito desse incidente que, porém, sua direção de redação houve por bem não publicar antes da eleição, sabe-se la em função de qual critério jornalístico.
Continua sem publicá-la até hoje, aliás, pelas mesmas misteriosas razões. Mas se o resto do Brasil não sabe dona Dilma, e mais especialmente o seu ministro de Relações Exteriores que certamente foi chamado a dirimir esse “incidente diplomático”, posto que a meliante armada acabou sendo solta com intervenção do Itamaraty, certamente sabiam.
 
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Para todos os efeitos, assim mesmo, fica dona Dilma, para o momento, posicionada “contra golpes bolivarianos”, apesar do decreto que ela assinou embaixo e do plebiscito no qual continua insistindo coincidirem exatamente com aqueles que, na Executiva Nacional do PT, declaram-se a favor dele, enquanto o ministro venezuelano retorna soberanamente ao lar para seguir estuprando e torturando soberanamente os seus prisioneiros.
 
Esclarecidas as coisas com este grau de clareza, ergue-se em riste o dedo da presidenta para cobrir de opróbrio e "vergonha" quem quer que tenha tido a má fé de apontar as exatas semelhanças entre o decreto que ela assinou embaixo e as resoluções políticas oficiais do seu partido e os expedientes que deram a Elias Jaua as condições de dispor hoje de uma milícia armada para garantir a "hegemonia" de quem lhe garante esse emprego.
 
O resto das contradições da entrevista foram menos divertidas embora as tenha havido para todos os gostos.
 
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Por exemplo; dona Dilma continua no “doa a quem doer” a respeito da roubalheira na Petrobras mas os ministros do STF nomeados pelo PT reconfirmaram ontem que tudo que consta das delações premiadas do doleiro Youssef e do diretor da Petrobras de Dilma presidente do Conselho, Paulo Roberto Costa, “é sigiloso” e nem o Congresso Nacional que nos representa a todos terá acesso a eles. Se, portanto, os “vazamentos seletivos” até agora havidos (expressão que se tornou obrigatória em todas as menções ao caso, seja do PT que representa, seja do PT que não representa as opiniões da presidenta) levarem à anulação de todas as provas reunidas por eles de modo que tudo acabe não doendo a ninguém a culpa não é de dona Dilma, que discordará dessa "opinião".
 
Aumentos de tarifas no dia seguinte da eleição? Não, “não é estelionato”. É só mais uma coincidência. “Estelionato mesmo seria um choque de gestão”, essa violência de condicionar o salário do servidor público à prestação de serviço público.
 
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Pode-se, eventualmente, ainda, especular sobre que nome dar ao prejuízo de US$ 60 bilhões que a Petrobras teve enquanto o preço da gasolina permaneceu congelado -- releve-se como troco o esmagamento e a desnacionalização do setor canavieiro que isso custou -- já que o aumento no dia seguinte da eleição é outra mera coincidência.
Um desavisado como eu – ou estarei na categoria dos golpistas? – pode, por fim, considerar que a politica oficial do PT contra o automóvel no âmbito dos seus governos municipais como o de São Paulo mostra o que o partido pensa da questão pelo ângulo do interesse público, enquanto a política de subsidiar a venda de automóveis e a gasolina exatamente até o dia do fechamento das urnas reflete o que o partido e a presidenta pensam da questão pelo ângulo do interesse eleitoreiro.
 
Mas eu sou apenas um cara lógico que avalia os fatos políticos pelo ângulo do interesse público, que humildemente reconhece que há muito mais coisas entre os atos e as políticas do PT e a lógica do interesse público do que sonha a minha vã filosofia.
 
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07 de novembro de 2014
vespeiro