"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 23 de agosto de 2014

ZÉ MARIA NA TELINHA

Na democracia sem adjetivos, partidos são entes privados; na nossa pobre democracia varguista, são entes estatais.

Ele tinha 41 em 1998; fará 57, alguns dias antes do primeiro turno. Na telinha, de eleição em eleição, a quarta numa sequência só interrompida em 2006, nós o vemos envelhecer contando a mesma piada. Zé Maria não tem um programa de governo: ele nos propõe a revolução proletária. Seu PSTU distingue-se de incontáveis outros partidos, sopas de letrinhas da maravilhosa abóboda política brasileira, pois rejeita o escambo do tempo de tevê por cargos comissionados em algum escalão da administração pública. Por outro lado, como seus congêneres, o PSTU vive da extração compulsória de dinheiro dos cidadãos que o ignoram. Só no ano passado, o Fundo Partidário repassou-lhe R$ 772.404,41. Desconfio que Zé Maria será um ardoroso revolucionário até o fim de seus dias.

Não há nada de especialmente errado com o PEN, o PTN, o PROS, o SD, o PSDC, o PTC, o PHS et caterva. Seus dirigentes não fingem pretender seduzir-nos com a utopia de um mundo livre de todo o mal. Eles descobriram que nosso sistema partidário propicia um negócio lucrativo --e, de modo mais ou menos explícito, exibem-se como hábeis negociantes. O PSTU, não: em nome da História (assim com maiúscula), Zé Maria convida-nos a uma luta épica: o assalto ao Céu. A sua revolução será a da maioria, quando finalmente entendermos que ele marcha na companhia da Razão (maiúscula obrigatória). O problema é que, de fato, graças ao Fundo Partidário, ele não precisa que alguém concorde com ele. No Brasil, a Revolução (maiúscula!) tornou-se um bom negócio.

Zé Maria tem o direito de retrucar que faz o que todos fazem, sofisma celebrizado pelo PT desde o "mensalão". Preferirá, porém, se separar dos demais, alegando que explora as "contradições da democracia burguesa" para instalar a "democracia proletária". A racionalização do interesse próprio não muda a substância do problema: o uso do Fundo Partidário isenta o PSTU do imperativo político de persuadir as pessoas de que tem alguma razão (no caso, com minúsculas). Zé Maria não precisa de militantes, apoiadores ou simpatizantes: ele já tem o meu dinheiro e o seu. No Brasil, a Revolução converteu-se em álibi e pretexto.

Prevejo uma nota ensandecida do PSTU apontando-me como agente da CIA, da Santa Sé, do Mossad e da Mídia Burguesa. Como não os convencerei a desistir da ideia argumentando com a deselegância de maldizer um contribuinte financeiro, tento algo melhor: o problema não está neles, mas na nossa "democracia burguesa". Ainda que nos poupem das intragáveis letras maiúsculas, os grandes partidos também financiam suas (mais modestas) utopias pelo assalto legalizado ao bolso do público. Por que singularizar no sempiterno Zé Maria uma acusação que se aplica, com igual justiça, a Dilma, Aécio e Marina?

Na democracia sem adjetivos, partidos são entes privados; na nossa pobre democracia varguista, partidos são entes estatais. Por aqui, o meu dinheiro (e o seu) sustenta candidaturas que personificam o oposto do que quero. O PT ameaça, pelo financiamento público de campanha, ampliar ainda mais a transferência compulsória de recursos dos cidadãos para a elite política organizada em partidos. Imagine, pelo contrário, a célere transformação da paisagem partidária que decorreria da desestatização dos partidos, compelidos por esse ato a buscar dinheiro exclusivamente entre os indivíduos (isto é, as pessoas físicas) que os apoiam. Infelizmente, contudo, mesmo na oposição, ninguém --nem a Marina sonhática da "nova política"!-- sugere tal iniciativa. No Brasil, o Partido dos Políticos estende-se de Zé Maria até o Pastor Everaldo.

O Zé Maria que envelhece na telinha, sempre igual a si mesmo, não é indício das "contradições da democracia burguesa", mas o certificado da perversa coerência de um sistema que corrompe a política. Não se amofine, Zé, o problema está em nós.
 
23 de agosto de 2014
Demétrio Magnoli

O BC NO JOGO DO CONSUMO

Com mais uma rodada de estímulo ao consumo, o governo tentará garantir um pouco mais de atividade neste semestre e atenuar o desastre econômico do ano. O primeiro semestre foi perdido, a produção industrial continua em marcha lenta e a confiança do empresário do setor permanece muito baixa, segundo informou nesta semana a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Se o novo lance der muito certo, ainda poderá produzir algum efeito benéfico no começo de 2015, nos primeiros meses do governo recém-eleito. Nesse caso, os dirigentes do setor automobilístico, o mais beneficiado pelas novas medidas, terão um bom réveillon e um bom ano-novo e o governo terá, mais uma vez, demonstrado um carinho especial pela indústria de veículos.

A nova tentativa coube ao Banco Central (BC). Não se mexe nos juros básicos da economia, mantidos em 11%, e com isso a autoridade monetária continua fazendo cara feia para a inflação. Mas o crédito será relaxado por outro meio. Os bancos poderão diminuir o recolhimento compulsório sobre os depósitos a prazo e dispor de mais R$ 10 bilhões para empréstimos. Em julho o BC já havia facilitado a liberação de R$ 30 bilhões, ao iniciar o afrouxamento dos compulsórios sobre contas à vista e a prazo.

A mudança no recolhimento anunciada na quarta-feira beneficia especialmente os negócios do setor automobilístico e da indústria de motocicletas, além de favorecer os empréstimos consignados. Para aproveitar plenamente as novas facilidades, os bancos terão de aumentar em 20% o saldo das operações com veículos, acentuou em entrevista o chefe do Departamento de Operações Bancárias do BC, Daso Coimbra. Dificilmente se poderia pensar em um benefício financeiro carimbado com maior clareza.

No mesmo dia o BC anunciou uma redução de R$ 15 bilhões do capital mínimo exigido para certas operações bancárias. Esse novo corte é somado ao de R$ 10 bilhões concedido em julho. Os bancos poderão adicionar aos empréstimos cerca de R$ 225 bilhões, nove vezes o valor subtraído do capital mínimo exigido pelas normas de segurança financeira.

Com essas medidas, a autoridade monetária avança no desmonte da política prudencial adotada em 2010. Naquele ano a economia cresceu 7,5% e a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 5,91%.

Nos anos seguintes o quadro só mudou em parte. Em 2011 o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou só 2,7%. A expansão ficou em 1% em 2012 e em 2,5% em 2o13. Neste ano, a atividade econômica foi muito fraca no primeiro semestre - os números gerais devem ser divulgados no fim do mês - e os sinais de estagnação da indústria persistem. A economia se enfraqueceu, mas a inflação continuou elevada. Bateu em 6,5% em 2011, recuou ligeiramente, para 5,84%, em 2012, e alcançou novamente 5,91% em 2013. Neste ano, o acumulado em 12 meses continua muito perto de 6,5%, limite da margem de tolerância, apesar do recuo das taxas mensais na passagem do primeiro para o segundo semestre. Mas economistas do setor privado continuam prevendo um repique e uma taxa acumulada, em dezembro, ainda na vizinhança de 6%.

O governo continua gastando muito, os aumentos salariais permanecem acima dos ganhos de produtividade e ainda será preciso ajustar, neste ano ou no próximo, preços contidos de forma voluntarista pelo governo. Ao ampliar o crédito aos consumidores, o BC assume, portanto, o risco de jogar mais combustível na inflação. Dirigentes da instituição têm negado esse perigo, como se a manutenção dos juros em 11% bastasse para frear a alta de preços e levar a inflação a 4,5%, a meta, nos próximos anos. Mas por que os preços seriam imunes a um novo estímulo ao consumo?

Além do mais, incentivos ao consumo vigoram há anos e a economia permanece emperrada. Aos empresários falta confiança para investir e elevar a produtividade das empresas. Ao governo falta competência para realizar seus projetos e programas. Crédito mais fácil em véspera de eleição nunca resolveu problemas como esses.

 
23 de agosto de 2014
Editorial O Estadão

CÍRCULO VICIOSO DO TERROR


A escalada da violência no Oriente Médio há muito deixou de ser fenômeno regional. É ingenuidade imaginar que a motivação que rouba vidas na Palestina, na Síria, no Paquistão, na Líbia ou em Israel tem nacionalidade conhecida e certidão de nascimento registrada em cartório. Não tem. A decapitação do jornalista James Foley transmitida mundo afora pela internet serve de assustador exemplo.

Não se deve ao acaso a escolha do carrasco encapuzado que matou o repórter americano. Especialistas em fonética identificaram que o algoz não só falava um inglês perfeito mas denunciava sotaque multicultural londrino. Trata-se de um entre tantos jovens dos cinco continentes que engrossam as fileiras jihadistas internacionais atraídos por apelos de ódio que se espalha como rastilho de pólvora. 

Além de britânicos, australianos, chineses e indonésios aparecem nas peças do terror divulgadas pelo grupo Estado Islâmico (EI). Formado por extremistas sunitas apeados do poder com a queda de Saddam Hussein, o EI espalha pânico no Iraque e no norte da Síria. Persegue minorias com crueldade que desconhece a compaixão. Dezenas de milhares de curdos se refugiaram em cavernas de montanhas e se tornaram reféns dos radicais, que os sitiaram e os impediram de sair. Na prática, condenaram-nos à morte - por falta de água, alimentos e remédios. 

Os Estados Unidos - principais responsáveis pela tragédia que se abateu sobre a antiga Mesopotâmia - mandaram ajuda humanitária aos refugiados e bombardearam os jihadistas para evitar o massacre de xiitas, curdos e cristãos. A resposta veio com a decapitação de James Foley e o recado de que, se os ataques continuarem, outro refém será sacrificado. Trata-se do jornalista Steven Sottof, ex-colaborador do Time, Foreign Policy e Christian Science Monitor.

A escalada do terror preocupa o mundo. O envolvimento de jovens de diferentes nacionalidades no Estado Islâmico permite imaginar que dificilmente a violência se restringirá ao Oriente Médio. É questão de tempo. Nada impede que a demonstração de força e poder chegue aos demais continentes. A reação será violenta e espalhará mais ódio que levará a mais violência.

Impõe-se cortar o círculo vicioso. Sem atacar a causa - o desamparo, a pobreza, a discriminação - abater os sintomas é secar gelo. Como as cabeças da hidra, novos grupos surgirão. A Al-Qaeda - que se notabilizou por espalhar o pânico com homens-bomba -, além de se multiplicar em células espalhadas mundo afora, convive agora com o Estado Islâmico, que, em vez de explodir as vítimas, corta-lhes a cabeça. É mais uma cabeça da hidra.
24 de agosto de 2014
Editorial Correio Braziliense
   

POLÍTICA DO COTIDIANO, DO JORNALISTA CLAUDIO HUMBERTO

TRAGÉDIA: NÃO SE SABE QUEM PAGARÁ INDENIZAÇÕES

Ainda não se sabe ao certo quem era dono do jato Cessna, prefixo PR-AFA, cuja queda tirou a vida de Eduardo Campos e mais seis pessoas. Muito menos quem pagará indenizações milionárias, inclusive a quem teve imóveis destruídos ou danificados. Oficialmente, o jato é da empresa AF Andrade, de José Carlos Andrade, que, sob recuperação judicial, o teria vendido “informalmente” a um usineiro de Alagoas.

JOGO DE EMPURRA

Um regulador de seguros avalia o acidente, porque a lei pode livrar a seguradora das indenizações, em caso de falha técnica ou humana.

SEM DINHEIRO

O Cessna estava à venda até o dia 9, quatro dias antes da tragédia. O dono oficial do jatinho, “quebrado”, não teria como pagar indenizações.

PROCESSO CLARO

Se não tiver cumprido exigências legais para alugar ou obter o jato, o PSB é passível de ação judicial. Mas o partido não quis se pronunciar.

RESPONSABILIDADE

Pelo Código Brasileiro de Aeronáutica, indenizações de acidente aéreo fatal são dever do dono, do transportador ou do explorador do avião.

TORTURA EXIGE PEDIDO DE DESCULPAS DE MILITARES

Estarrecido com o depoimento da jornalista Miriam Leitão ao repórter Luiz Cláudio Cunha, publicado no portal Diário do Poder, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) escreveu bilhete, de punho, ao ministro Celso Amorim (Defesa), afirmando que o relato das torturas “exige um reconhecimento e pedido de desculpas por parte das Forças Armadas”. Amorim ligou para o senador, dizendo-se “impactado”, mas nada fez.

MINIMINISTRO

A Cristovam, Celso Amorim diz que telefonou para Miriam, mas nada pode fazer porque tem “limitações”. Medo dos militares, certamente.

COVARDIA E CRUELDADE

Miriam Leitão conta detalhes da tortura sofrida por três meses, aos 19 anos e grávida, num quartel do Exército em Vila Velha (ES), em 1973.

CUMPLICIDADE

No bilhete ao ministro Celso Amorim, o senador Cristovam Buarque disse que manter silêncio sobre o caso é “conivência e cumplicidade”.

TRÊS VAGAS NO STJ

Quem vencer as eleições presidenciais vai começar o governo, em 2015, escolhendo três ministros para o Superior Tribunal de Justiça, o “tribunal da cidadania”. As vagas serão abertas com as aposentadorias dos ministros Sidnei Beneti, Gilson Dipp e Ari Pargendler.

BRIGA PELO PODER

“Marineiros”, que tutelam Marina Silva, forçaram a saída de Carlos Siqueira da campanha. Secretário-geral do PSB, ele era homem de confiança e coordenador-geral do comitê de Eduardo Campos.

BRAÇO DIREITO

Coordenador-geral é a função mais ambicionada nas campanhas. É uma espécie de Chefe da Casa Civil, que inclusive arrecada dinheiro e, em nome do candidato, assume “compromissos” com os doadores.

‘FELICIANOBOOK’

O deputado Marco Feliciano (PSC-SP), candidato à reeleição, tem mais “curtidas” no Facebook que qualquer candidato a presidente: 1,34 milhão. Dilma (PT) tem 943 mil, Aécio (PSDB) 1,17 milhão e Marina (PSB) 1,28 milhão. Pastor Everaldo (PSC) tem só 298 mil.

ORDEM E IMPOSTOS

Apenas dez dias depois de o Impostômetro chegar a R$ 1 trilhão, mais R$ 41 bilhões foram adicionados à conta do contribuinte. Isso significa que cada brasileiro já pagou R$ 5,3 mil em impostos este ano.

BOLSÃO FAMÍLIA

Há 46 dias da eleição, o Portal da Transparência ainda não atualizou os dados relativos ao repasse de verbas ao Bolsa Família. Até junho deste ano haviam sido injetados R$ 10,5 bilhões no bolso do eleitor. A média em 2014 de repasses do governo é de quase R$ 2 bilhões por mês.

COMPRA DE VOTOS

Os valores espetaculares de recursos públicos fazem do Bolsa Família, conforme o definiu o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), “o maior programa de compra de votos do mundo”.

MODA QUE PEGA

O Exército dos EUA proibiu acesso em todas as bases militares ao site Intercept, conhecido por divulgar documentos “vazados” por hackers. Aqui, o Banco do Brasil e a Petrobras censuram até enciclopédia livre.

PENSANDO BEM...

...ao prender um postulante a deputado pelo PSOL fumando maconha enquanto dirigia seu carro, a polícia de Brasília mostrou que barato de candidato pode sair caro.

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PODER SEM PUDOR

EX-MULHER É PARA SEMPRE

Maria Christina Mendes Caldeira, que foi casada com o mensaleiro e presidiário Valdemar Costa Neto (PR-SP), mostrou na prática que ex-mulher é mesmo para sempre. Certa vez, ao ser abordada na entrada do Senado por uma vendedora de velas ornamentais, ela não deixou por menos, referindo-se àquele que renunciara para não ser cassado:

- Venda para o meu ex-marido, que é dono do mensalão...

 
23 de agosto de 2014

PÁREO DURO

A primeira pesquisa do instituto Datafolha com a inclusão do nome de Marina Silva em substituição ao de Eduardo Campos como titular da chapa presidencial do PSB não surpreendeu.

Ao contrário: correspondeu perfeitamente à expectativa de que a ex-senadora alcançasse o candidato do PSDB, Aécio Neves, em termos de intenções de votos. A leitura fria dos números não autoriza dizer que o resultado seja reflexo da comoção nacional decorrente da morte trágica do ex-governador de Pernambuco.

Quando perdeu a condição legal de se candidatar porque não conseguiu registrar seu partido no prazo permitido por lei, Marina aparecia com 27% nas pesquisas de opinião. Como vice não havia ainda conseguido transferir esse capital para seu companheiro de chapa, cujo índice estava no patamar de 8%.

Demonstração clara de que é no mínimo questionável a influência do vice na incorporação de votos. Na realidade, ninguém vota em vice. No momento em que a ex-senadora passa à condição de herdeira da candidatura, nada mais natural que recupere boa parte de seu patrimônio pessoal.

Está escrito na pesquisa: nem a presidente Dilma nem o senador Aécio perdem um ponto porcentual sequer. Ela fica com os 36% anteriores e ele com os 20% registrados na penúltima consulta. Marina pontua 21%. De onde saem esses votos? Os números indicam que das categorias "outros", "brancos/nulos" e "não sabe".

Na consulta de quinze dias atrás, esse conjunto somava 35% dos pesquisados. Na pesquisa atual o índice cai para 13%. Diferença: 22%. Um ponto porcentual a menos que o índice de intenção de votos registrado para Marina Silva. Matematicamente ao menos parece que temos uma evidência.

Os eleitores de Dilma e Aécio ficam onde estavam. Os de Marina despertam. Criam um novo interesse pela eleição, o que é ótimo para o processo como um todo, tende a aumentar a quantidade de votos válidos e, com isso, a participação do eleitorado.

Mas, esse é o primeiro momento e há muitas variáveis daqui em diante a serem consideradas antes de se estabelecer um cenário de resultado confiável. A mais importante delas: como vai se comportar o eleitorado diante de uma candidatura de Marina Silva não mais como uma "outsider", mas como uma possibilidade concreta de presidente?

Outra: qual a posição da candidata será de franca oposição ao governo? E os adversários, PT e PSDB, partirão para o ataque? Menos ou mais agressivo? Qual a calibragem de maneira a mostrá-la menos preparada para governar, mas sem transformá-la em vítima das grandes e tradicionais forças políticas?

São questões a serem resolvidas nos próximos dias, aí sim, considerado o fator comoção. O ambiente tende a se normalizar e, nele, há dificuldades para Marina.

A relação tensa com o PSB no tocante às alianças regionais cujo fiador era Eduardo Campos, o financiamento de campanha e até um dado importante - surpreendente - da pesquisa; a melhora em seis pontos porcentuais na avaliação positiva do governo da presidente Dilma.

Em suma, a eleição que antes era difícil para dois candidatos, agora é difícil para três.

'Medômetro'. No ranking informal - troca de impressões, ainda sob o impacto da morte de Eduardo Campos - de executivos de grandes bancos o tucano Aécio Neves segue em primeiro lugar nas preferências. Marina Silva fica na segunda posição e o receio maior continua sendo em relação à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Como esperado, a resistência à candidatura do PSB aumenta no setor de agronegócio, onde é difícil a quebra do gelo entre outros fatores por ausência de disposição de parte a parte. O papel de mediador era feito por Campos, que conseguiu algum avanço na sabatina da Confederação Nacional da Agricultura, há duas semanas.

Na ocasião, porém, a plateia recebeu com frieza explícita a então candidata a vice.


23 de agosto de 2014
Dora Kramer, O Estadão

ESCLARECENDO OS FATOS E PONDO OS PONTOS NOS "IS"

É IMPRESSIONANTE! MAS É COISA NOSSA...

71 mil novos funcionários públicos só em Brasília em 2013 - É com nosso dinheiro que o governo cria empregos
FP admitidos em 2013
O Distrito Federal foi a unidade federativa do Brasil que mais engordou o corpo de funcionários públicos em 2013. Nada menos que 71 mil novos servidores desembarcaram por lá no ano passado, uma alta de 16,73%, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho. É um ritmo bem superior ao crescimento em todo o País, de 4,5%. No ano passado, a criação de vagas com carteira assinada foi ajudada pelo setor público.

Com isso, hoje há quase 500 mil pessoas trabalhando na administração pública no DF. Como abriga Brasília, a capital brasileira, sede do governo e de boa parte dos órgãos federais, é natural que exista uma concentração do emprego público no DF. Para quem está tentando uma vaga em concursos públicos, é bom ter em mente que isso significa, em muitos casos, mudar para a capital brasileira.

Em termos absolutos, 5,3% de todos os servidores brasileiros estão localizados no DF, o quinto maior porcentual. Mas, em comparação com a população, não é exagero chamar o Distrito Federal de terra do emprego público. Lá, praticamente uma em cada cinco pessoas trabalha na administração federal. Isso numa análise bruta, sem analisar em relação à população economicamente ativa (PEA), que desconsidera aqueles que não estão dentro do mercado de trabalho ou já saíram, como idosos e crianças.

FP por Habitante
Renda. Tal concentração ainda explica como a renda média do Distrito Federal é praticamente o dobro da brasileira – R$ 4.217,61 contra R$ 2.199,07. Costumeiramente, os funcionários públicos recebem uma remuneração superior à do setor privado. Além disso, a população do Distrito Federal é menor que a maioria das demais unidades federativas, o que puxa a média para cima.

O Pará também apresentou crescimento expressivo no número de servidores em 2013. Quase 41 mil novos servidores foram incluídos na folha de pagamento público, uma alta de 12,32%. Isoladamente, contudo, o Estado de São Paulo continua a abrigar o maior número de servidores – o contingente passou de 1,67 milhão para 1,69 milhão entre 2012 e 2013, um aumento de 1,39%.

Ano eleitoral. Em 2014, o Ministério do Planejamento já autorizou, até julho, o provimento (contratação) de 14.262 funcionários nos órgãos subordinados à administração federal – isto é, sem considerar os Estados e municípios.

Na mesma análise, 11.303 vagas em novos concursos federais foram liberadas pelo Planejamento. A lei não proíbe a realização de concursos, mas impede a nomeação de aprovados para os concursos que não forem homologados até 5 de julho. Para estes, os atos de nomeação só poderão ocorrer após a posse dos eleitos. (Estadão)
 
23 de agosto de 2014

VOCÊS SABIAM QUE ÁGUA MINERAL NÃO CONTÉM GLÚTEN?


Só mesmo um governo de merda como esse seria capaz de homologar uma lei que obrigue constar em rótulos de águas minerais que elas não contêm glúten. Aliás , toda lei que essa corja aprova deveria constar "homologada por deficientes mentais".
23 de agosto de 2014

QUEM É ÁLVARO LINS, QUE FAZ QUESTÃO DA VOLTA DE GAROTINHO?

Álvaro Lins começou sua carreira na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro e, no governo de Marcello Alencar, quando ainda major, esteve envolvido em denúncias de ligação com o jogo do bicho, durante a chamada “Operação Mãos Limpas Tupiniquim”, promovida pelo Ministério Público estadual, em 1994. Mais tarde, fez concurso para a polícia civil. Foi aprovado com uma boa colocação nas provas intelectuais, mas foi reprovado na fase de investigação social, realizada na Academia de Polícia em 1996, por não ter sido considerado com uma boa vida pregressa, justamente porque tramitava ainda o processo contra ele. Recorrendo ao Poder Judiciário, obteve medida liminar que determinou a sua nomeação para o cargo inicial da carreira de delegado de polícia.

Não havia perfil mais perfeito e nem currículo mais completo que o de Álvaro na seleção de nomes indicados para a chefia da polícia civil em 1999 - claro que estou me referindo aos parâmetros de um governo de Garotinho -, e assim ele foi feito chefe até 2006, quando terminou o governo de Rosinha, mulher de Garotinho, e foi candidato a deputado estadual em 2006, sendo eleito com cerca de 108.000 votos, mesmo após denúncias de compra de votos.

Em 2008 foi preso em flagrante pela polícia federal, acusado de crime continuado pois, segundo esta, teria recebido suborno do crime organizado e, com este dinheiro, comprou um apartamento onde vivia. Um dia depois, a ALERJ, após consulta a seus membros, revogou a sua prisão - como se fosse um caso de política e não de polícia -, em uma afronta ao Judiciário.

Ainda em 2008, a mesma ALERJ, decidiu, em votação secreta do plenário, pelo seu afastamento definitivo da Casa Legislativa, por quebra do decoro parlamentar.

Ainda pendem contra o ex-deputado processos criminais. Um processo administrativo disciplinar na Comissão de Inquérito Administrativo da Polícia Civil, resultou na sua demissão “a bem do serviço público” do cargo de Delegado de Polícia, em 11 de março de 2009. Ficou recolhido ao presídio de segurança máxima Bangu 8, em RDD - Regime Disciplinar Diferenciado, aguardando a decisão nos processos criminais a que responde.7 Em 27 de maio 2009 conseguiu liberdade provisória, passando a responder em liberdade. Ou seja, um condenado a 28 anos de prisão por ter chefiado uma quadrilha enquanto esteve à frente da Polícia Civil, passou dois meses na cadeia e só!

Não satisfeito apenas com a liberdade, o bandido agora resolveu soltar o verbo em defesa da candidatura de Garotinho à sucessão estadual. Numa gravação divulgada a centenas de policiais civis da ativa por meio do aplicativo de mensagens por celular WhatsApp, Lins conclama a categoria a pedir votos para garantir a vitória do ex-governador no primeiro turno e, por consequência, a reintegração de seu grupo aos quadros da corporação.

O áudio foi divulgado pelo ex-inspetor Fábio Leão, o Fabinho, também ligado à quadrilha e expulso da Polícia Civil após ter sido condenado a 18 anos de prisão. Integrante do “grupo dos inhos” - como eram conhecidos os aliados do então chefe da Polícia Civil devido aos apelidos no diminutivo -, Fabinho postou a gravação no último dia 15, logo após a divulgação de uma pesquisa de intenção de votos. Escutem:
video

Pois é, é claro que, se eleito, Garotinho ainda em liberdade, apesar de também estar condenado a mais de dois anos de cana, vai arrumar a vida de Álvaro, quem sabe até nomeando-o de novo para a chefia da polícia? E que se danem condenações e escrúpulos! Até porque há uma certa ligação afetuosa entre Álvaro e membros da família Garotinho que não ficou bem explicada anos atrás. Tudo boa gente...
 
23 de agosto de 2014

VAMOS ORGANIZAR UM PERDÃO COLETIVO DOS EX-COMUNAS QUE ACORDARAM A TEMPO, MAS SE ESQUECERAM DO MEA-CULPA

Logo depois que eu postei que Jabor deve um pedido de desculpas por apoiar o PT, Rodrigo Constantino também cobrou em post as desculpas de Miriam Leitão por motivos semelhantes. Só não sei que mea-culpa foi esse do Jabor que Rodrigo cita.

Miriam Leitão fala da tortura que sofreu na ditadura e quer pedido de desculpas. Legítimo, mas e o seu pedido de desculpas?

A jornalista Miriam Leitão decidiu revelar as supostas (aprendi com os jornalistas a usar o termo quando não há provas) torturas que teria sofrido durante o regime militar, incluindo ficar numa cela escura com uma jiboia e quase ser estuprada por vários soldados. São relatos chocantes, e não tenho motivos para duvidar de sua veracidade. Diz ela:

Minha vingança foi sobreviver e vencer. Por meus filhos e netos, ainda aguardo um pedido de desculpas das Forças Armadas. Não cultivo nenhum ódio. Não sinto nada disso. Mas, esse gesto me daria segurança no futuro democrático do país.

Uma postura decente. Miriam tem direito a um pedido de desculpas formal, e não resta a menor dúvida de que houve vários abusos e torturas por parte dos militares, o que é inadmissível. Segundo ela, seu único crime era integrar o PCdoB e fazer proselitismo entre os estudantes, além de ser namorada de outro militante, de quem estava grávida de um mês quando foi presa. Sendo verdade, isso não configura crime algum.

Infelizmente, o debate sobre nosso passado está tomado por emoções fortes e muitos interesses, tudo isso turvando a razão. A postura maniqueísta precisa ser abandonada. Compreender o contexto daquela época de Guerra Fria e ameaça comunista não é o mesmo que transformar os militares em santos, tampouco poupar aqueles que realmente praticaram tortura. Estes deveriam ter sido punidos pelos próprios militares decentes – grupo em maioria.

Por outro lado, a vitimização dos antigos comunistas, que tentam se pintar como legítimos democratas que do nada foram atacados por militares autoritários, não se sustenta por um segundo. Aquela turma jovem sonhava com o modelo cubano ou soviético, nada parecido com uma democracia. Alguns, como Fernando Gabeira, Arnaldo Jabor e Ferreira Gullar, fizeram uma dolorosa mea culpa de suas lutas juvenis equivocadas. Outros não. Querem pedidos de desculpas, mas não querem pedir desculpas.

Miriam Leitão, que gosta de um discurso de vítima em outras áreas (cartada sexual, racial, indígena etc), aproximou-se dos tucanos e passou a defender uma social-democracia nos moldes europeus, afastando-se assim do velho comunismo do passado. Com isso, passou a ser “acusada”, junto com os próprios tucanos, de “neoliberal” pela antiga esquerda mais radical. Não se conforma com isso.

Tanto é verdade que faz de tudo para ser “perdoada” pelos antigos companheiros. Mesmo quando precisa bater nos mais caricatos, nos “petralhas”, acaba atacando os conservadores e liberais também, como Reinaldo Azevedo e eu mesmo, para ficar bem na foto, posar de “neutra”. É um problema geral do tucanato: a lógica e a experiência os levaram mais para a direita, mas seus corações permanecem na esquerda. São prisioneiros emocionais do passado.

Acho, como já disse, que Miriam tem todo direito ao seu pedido de desculpas. Se sofreu o que diz mesmo, nada justifica isso. É uma postura covarde daqueles militares envolvidos. Mas ela não era uma heroína. Não era uma jovem democrata que defendia a liberdade. Era uma comunista, do PCdoB, entoando hinos marxistas e usando como símbolo a foice e o martelo.

Se essa turma tivesse logrado sucesso naquela época, o Brasil hoje seria uma imensa Cuba, algo que ainda não nos livramos justamente porque os comunistas ainda existem, sob o manto de bolivarianismo ou socialismo do século 21. Portanto, cabe perguntar: e o seu pedido de desculpas, Miriam, não teremos?
 
23 de agosto de 2014

LÁ DAS BANDAS DO SANTÓRIO...

ERUNDINA COM MARINA Pois é, então a Luiza Erundina vai ser a coordenadora-geral da campanha de Marina Morena Verde da Silva. É isso aí, sempre dá errado tudo aquilo que não tem nada para dar certo. E ficamos combinados que política é ficção; partido é facção.

MEU CENTENÁRIO


Hoje acordei com vontade de cometer uma inconfidência. Então, vamos lá... Este é o ano do meu centenário. Vou fazer 100 anos.


Desses anos todos, 75 são meus; os outros 25 são de Thiago, o neto com que Luciana e Marcelo fizeram o desaforo de me brindar naquele dia 4 de novembro de 1989 para o saldo positivo da minha existência.

De lá para cá, parei de fazer aniversário. Os anos são todos sempre dele.

Celebro ano a ano, desde aquele dia no Laranjal, aqueles mesmos 50 anos de um churrasco interrompido pela notícia de que Thiago estava fazendo o seu primeiro xixi no mundo.

Comemoro, pois, neste 1914, o meu centenário, mas continuo em bodas de ouro com a vida, malgrado tenha nascido em 1939, quando explodiu a 2ª Guerra Mundial... Não, eu não tive culpa nenhuma; eu nem conhecia o Hitler.


DEPOIS DA POSTURA,
A PRÓXIMA ATRAÇÃO

Está nas manchetes de hoje: Dilma defende postura de Graça em relação à doação de imóveis. 

A president@ disse que Graça já deu as explicações necessárias sobre as doações de bens após revelação do caso Pasadena. 

E foi mais adiante: defendeu a atuação de Luís Inácio Adams em favor da chef@ da turma da Petrobraba.

Primeira coisinha: postura é de quem põe ovo; postura é de galinha. Segunda coisinha: qual é a notícia? Dilma defender a postura de Graça Foster é apenas um pouco mais do mesmo. 

Ela defendeu a postura de Erenice Guerra, de Pedro Novais, de Palocci, de Alfredo Nascimento, de Wagner Rossi, Orlando Silva, Carlos Lupi, Fernando Pimentel, quase defendeu Lula no caso Rose e até a si mesma no cambalacho da refinaria de Pasadena. Então tá, qual é a próxima atração?!?
Cristovam Buarque, o senador de uma nota só, vai apresentar projeto que obriga a identificação nos programas de TV e rádio dos candidatos ficha-suja.

A imagem na tela deverá ser acompanhada da devida, necessária e útil informação.

Uma coisa tipo assim embalagem de remédio de venda permitida somente com prescrição médica. Adivinhe se o projeto vai para a gaveta... Cristovam que espere sentado.


A DUPLA
Continua o reboliço nas hostes do PSB agora de Marina Morena Verde da Silva. Dela, pero no mucho. Quem vai pegar a coordenação da campanha é, ninguém mais nem menos do que... Luiza Erundina. Essa é a dupla. Agora vai.


GOVERNO-CAMPANHA

O governo Dilma não é bem um governo; é mais uma campanha eleitoral permanente. Uma das suas melhores bancas de voto é o Bolsa-Família.
Apresente uma carteira dessas para um eleitor tamanho Bolsa-Família...

O governo-campanha de Dilma vem injetando este ano mais de R$ 2 bilhões por mês nessa legião de ociosidade, eis que só desempregado tem direito a esse óbulo perdulário e esperto do governo. É o maior banco de votos da história do Brasil.
Com quase 14 milhões de beneficiários, o Bolsa Família reúne, com o grupo de afinidade - cônjuges, filhos maiores, irmãos e afins - um bolsão que beira os 50 milhões de eleitores de cabresto.

Quer dizer, um em cada quatro brasileiros recebe auxílio do Bolsa-Família.

Tradução: numa mesa de bar com quatro tomadores de chope, pelo menos um deles está desempregado. Nada no mundo é igual a isso.

Ainda que mal pergunte: que pleno emprego é esse que o Lula e a Dilma vêm falando no horário político da TV?!?

REVOLUÇÃO NA CAMPANHA DO PT

Na terça-feira, o jornal Estado de S.Paulo deve promover uma revolução na campanha do PT. Ou não. É que ele encomendou uma pesquisa eleitoral para o Ibope neste fim de semana.
Se Dilma se der mal na parada, ela vai ser acometida pelo mal súbito de desânimo e desencanto pelo poder. Aí, cai fora e entra Lula da Silva, o salvador da pátria. Simples assim. Só que não.

O efeito tragédia já deu a Marina Morena Verde da Silva o que tinha que dar. Daqui pra frente ela só vai patinar. Aécio Neto das Neves continua o mesmo bananão, só falta ser atirado dentro de campo na cabeça do Daniel Alves.

Assim é que, para gáudio de quem olha a política com bons olhos, terça-feira que vem ainda não será a vez de Lula da Silva, o autodenominado Metamorfose Ambulante, dono de todas as verdades petistas.

POBRE BRASIL

Pobre país aquele em que propaganda enganosa na TV e pesquisa eleitoral sob encomenda decide uma eleição para presidente da República.

É chegada a hora do voto distrital e facultativo.

Assim como está, o voto é arma do povo contra o povo. Isso não é eleição é uma espécie de ritual fanático que, sem disparar um tiro, usa o voto como instrumento de ataque para ferir o próprio povo.
Pois, então agora eu também vou misturar alhos com bugalhos. Também sou filho de Deus, ora bolas, carambolas.

Está acontecendo com o país político o mesmo fenômeno de submissão à mediocridade que o futebol pentacampeão do mundo atravessa.

O futebol caiu nas mãos de uma pandilha de treinadores tidos como "professores" e havidos como um zero à esquerda em matéria de modernidade tática e estratégia de jogo.

A política e, fundamentalmente, as eleições caíram nas mãos de uma pandilha de marqueteiros donos da verdade que já começaram a dar com os burros n'água. Já tem gente trocando o reino por um cavalo.

Grande parte da população já não se deixa levar pelo Brasil plastificado que eles mostram na TV, sem medo de ser feliz à base da propaganda enganosa.

Programa político na TV é chato como filme dublado: a voz da Mulher Maravilha é a mesma da filha do Marlon Brando, na trilha do Poderoso Chefão; a fala do Capitão América é igual à do Batman que é igual à fala do He-Man, igualzinha à do Indiana Jones.
No horário político de rádio ou televisão, a voz, o jeito de falar, a entonação, o som irreal das falas de todos os candidatos é sempre igual. Aécio diz a mesma coisa que a Dilma que, por sua vez, diz o que diz; e Marina diz que diz o que Lula diz que diz mas não diz.

Isso está dando zebra. Os programas eleitorais têm sido um fiasco em termos de audiência.

O infalível Ibope atestou ontem, por exemplo, na Grande São Paulo, que na segunda-feira os canais fechados de TV pularam de 8,2 pontos para 16,4 - simplesmente dobraram de audiência. A Globo desabou na mesmo horário para 17,3 pontos, coisa que não acontecia há muito tempo.

Quer dizer, no horário nobre, de maior concentração de audiência, os eleitores que têm TV a cabo fugiram da patacoada eleitoreira.

É mais ou menos o que acontece quando o medíocre futebol do Brasileirão invade a sala das nossas casas. O telespectador sai à cata dos velhos e manjados filmes da HBO, Cine SKY e outros bichos. Até o Manhattan Conection da semana passada tem mais audiência. Ver Lula falando na TV é como assistir às coletivas do Felipão. As caretas são as mesmas. E os resultados são iguais.

CADÊ O LEGADO?
O Brasil inteiro tem baderna. Em São Paulo, arrastões, sequestros, assaltos; no Rio, permanente confronto entre moradores dos morros e a Polícia de Pacificação; em Minas, greves e tiroteios;  no Rio Grande do Sul, na Bahia, no Maranhão, no Rio Grande do Norte, bala com bala pra tudo que é lado. Cadê a segurança padrão Fifa? Cadê o legado da Copa?!?

JÁ PASSOU
Tá o avião caiu. Mas agora caiu a ficha: Marina Silva é candidata à Presidência da República.

SELFIELITE
Dilma Vana, amando tirar selfies: "Não sou marciana, sou humana". Ah bom. Isso sim é que é notícia.

SABEM DE NADA, INOCENTES...

Agora, os investigadores - alguns deles, não todos - acham que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, Beto para os mais íntimos, pode levar pelas costas uma pena até maior que Marcos Valério, o laranjão do Mensalão. Valério pegou mais de 40 anos de cadeia.
A velha Turma da Petrobraba

O que Valério operou em grana mensaleira não chega nem aos pés do esquema fraudulento de mais de R$ 10 bilhões que o doleiro Alberto Youssef, Beto também para os íntimos, mandava e desmandava nesse Brasil da Silva.

Do jeito que o governo está fazendo a Justiça tratar do assunto, até parece que Paulo Roberto Costa era e continua sendo o  único vigarista dentro da Petrobrás.

A president@ da casa não sabia de nada, inocente... Os conselheiros administrativos não sabiam de nada, inocentes... A president@ do Conselho de Administração não sabia de nada, inocente... O então presidente da República, não sabia de nada, inocente...

O QUE BONNER PENSA DA VIDA

O que é que William Bonner está pensando da vida? Que jeito é aquele de entrevistar a Dilma? Pô, ele fez com ela, a mesma coisa que já tinha feito com o Aécio Neves e com o saudoso Eduardo Campos. Pro Eduardo então ele perguntou até pela mãe do cara. Bonner que se cuide, qualquer noite dessas o Eduardo ainda vem puxar os pezinhos dele.

Mas, o que é que esse cara tá pensando da vida? Cara, a mulher é president@ da República. Como é que ele se mete a espremer uma laranja dessas como se fosse fazer um suco, como fez com Aécio e Campos? Que maus modos desse inquisidor. É por essas e outras que o Lula usa o Franklin Martins pra regular a internet.

E então, a gente pergunta uma vez mais: O que é mesmo que o William Bonner está pensando da vida? Desse jeito, se perder o emprego na Globo, vai acabar trabalhando no SBT, no lugar de Gugu Liberato que até hoje não tem substituto na TV do Homem do Baú.

O QUE FAZIA NO PARAGUAI
Pergunta que não quer calar nos corredores do Complexo Penitenciário do Tremembé: - Se esse Abdel fazia tudo que fazia às pressas nas pacientes que botava pra dormir no seu consultório, o que será que não fazia com a mulher em casa, com tempo de sobra para relaxar e gozar no Paraguai?

O MÉDICO DAS ESTRELAS

Está lá no site R7 Notícias para quem quiser ler e saber: Roger Abdelmassih, o Médico das Estrelas, tratou um número sem conta de gente famosa.

No seu fichário está, entre muitas superstars, a atriz Luiza Tomé; no meio dos astros, o Rei Roberto Carlos, Tom Cavalcante.

Dentre as mais pacientes famosas, até as mulheres de Pelé e de Fernando Collor de Mello.
É, só tem uma coisinha, o Pelé não afrouxou a marcação. Foi junto. Quem foi Rei, nunca perde a majestade.

Consta também o nome de Gugu Liberato. Tá, mas pelo que eu sei foi só isso, pô.

Há quem diga até que, naquele dia, Gugu chegou meio tontinho em casa.

Uma coisinha boba, tipo assim happy hour. Bolas, Gugu e Roger sempre foram apenas bons amigos.
 
23 de agosto de 2014
sanatório da notícia

MARINA SILVA AJUSTA PERCURSO PARA CAMPANHA

Não demorou para a acomodação de terreno no PSB, com a troca forçada de Eduardo Campos por Marina Silva, causar os primeiros abalos — até previsíveis.

Logo após a confirmação da candidatura de Marina à Presidência, dois integrantes da Executiva do partido deixaram a campanha, Carlos Siqueira e Milton Coelho. Saíram atirando, principalmente Siqueira, primeiro-secretário do partido. Mudança tão repentina em meio a uma tragédia haveria de causar atritos.

Se há dificuldades de setores da legenda em aceitar alguém de passagem, cujo destino é um partido em formação, a Rede, também não se discute que inexiste alternativa ao PSB, inclusive diante do cacife eleitoral de Marina Silva. Mas também cabe à candidata fazer ajustes de rota: uma coisa é ser vice no partido “alheio”; outra, cabeça de chapa.
Marina Silva precisa obedecer às cartas de navegação da política brasileira e dar uma guinada ao centro. A que Lula executou em 2002, ao lançar a Carta ao Povo Brasileiro. E FH, ao se aliar ao PFL.

A manobra, na realidade, já começou, na aceitação de Beto Albuquerque, do PSB gaúcho, como vice. Deputado federal, Beto trabalhou, no governo Lula, para a liberação das sementes transgênicas, contra a então ministra do Meio Ambiente Marina Silva.

Leia a integra em Marina Silva ajusta percurso para campanha

A candidata do PSB Marina Silva - Foto: Fernando Donasci / Agência O Globo

23 de agosto de 2014
Editorial O Globo

DECÁLOGO DO ESTADISTA E MANDAMENTOS DE MARINA

A impaciência é uma das faces da estupidez. Paciência é a competência para fazer a hora, não se precipitar... A santa paciência de escutar! A misericordiosa paciência de ouvir os redescobridores da roda, os inventores da quadratura do círculo, os chatos que “não o deixam ficar só e não lhe fazem companhia”, como lamentava o filósofo Benedetto Croce.
(Ulysses Guimarães, sobre a Paciência, IV Mandamento do seu Decálogo do Estadista. Morto (e desaparecido no fundo do mar ) quando o helicóptero em que viajava caiu na costa do Rio de Janeiro).
 
Dias de fogo, turbulências, triunfos, cascas de bananas e algumas armadilhas mais perigosas e traiçoeiras para Marina Silva, agora oficializada candidata do PSB à presidência da República nas eleições deste ano. De fato, direito e merecimento, a ex-senadora ambientalista do Acre é – a olhos e números vistos - substituta a altura e justa do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos na corrida eleitoral.
 
O moderno e testado líder político regional, socialista e promissor administrador público “cujos sonhos e projetos para o País explodiram no ar”. A definição é da premiada dramaturga baiana Aninha Franco, visitada em sua biblioteca, no Pelourinho, por Eduardo dias antes do pavoroso e ainda não de todo esclarecido desastre aéreo da quarta-feira, 13 de agosto, em Santos.

Leia a integra em Decálogo do estadista e mandamentos de Marina

Ulisses Guimarães

23 de agosto de 2014
Vitor Hugo Soares
 

COMERCIAIS DE CAMPANHA DA DILMA

COMERCIAIS DE CAMPANHA DA DILMA

A QUEDA DE AÉCIO

O tucano Aécio Neves foi atingido em cheio pela entrada de Marina Silva (PSB) na eleição presidencial. Ela tirou a liderança de Aécio em Minas e assumiu a dianteira em São Paulo. Esses colégios eleitorais são vitais na estratégia de crescimento tucana.

Agora, Marina também lidera no Rio, tendo atraído para si o elevado número de indecisos. A presidente Dilma também perde, porém menos.

Pesquisas telefônicas feitas por várias campanhas registram essa reviravolta nos estados. Entre os tucanos paulistas, o abatimento é geral. Por lá, há quem diga que o quadro está consolidado e citam os 27% (Datafolha) que Marina tinha no primeiro semestre.

Mas em institutos de pesquisa ainda se crê que Aécio pode se recuperar. “A Marina ainda é uma idealização. Não é candidata de carne e osso”, resume um cientista político.
Este, citando pesquisas de consistência, diz que o índice de Marina é de apenas 50%, contra 70% de Aécio e Dilma. E lembra a excitação, em 1989, com a entrada em cena de Silvio Santos, que aspirou.

23 de agosto de 2014
Ilimar Franco, O Globo

AVIÃO DE CAMPOS E MARINA ERA CAIXA DOIS


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Podem fantasiar como quiserem. Se não fosse caixa dois, os documentos já teriam sido apresentados na mesma hora e as contas teriam sido prestadas ao Tribunal Superior Eleitoral. O avião que matou Campos e que servia Santa Marina do Mogno Furado era doação irregular, envolvendo factorings e empresas laranja. E doação irregular é caixa dois! Leia abaixo matéria da Revista Época.

Documentos obtidos com exclusividade por ÉPOCA revelam que o jatinho usado na campanha por Eduardo Campos e Marina Silva pertencia oficialmente ao grupo paulista AF Andrade. No papel, a AF Andrade, de usinas de açúcar, era dona do Cessna Citation, prefixo PR-AFA, quando o jato caiu em Santos, na semana passada – embora tenha dito que o vendeu a um usineiro pernambucano. 

Comparando-se o que diz a papelada e o que dizem os envolvidos, chega-se à conclusão de que Eduardo e Marina faziam campanha num avião fantasma. Ninguém admite ser dono do Cessna, ninguém admite ter bancado as despesas com o jatinho – e ninguém declarou qualquer informação sobre o uso do avião à Justiça Eleitoral. Para a PF, que investiga o caso, esse conjunto de evidências aponta, até agora, para fraude à Justiça Eleitoral e crimes financeiros e tributários na operação de aluguel – ou venda – do avião.

Os papéis estão com a PF e a Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac. Os dois órgãos investigam quem são os responsáveis pelo desastre – a Aeronáutica investiga as causas dele. A identificação dos donos do avião é imprescindível para que as famílias das vítimas possam entrar com pedidos de indenização na Justiça. Os responsáveis responderão também a processos movidos pelo Ministério Público. 

O comitê presidencial do PSB também pode ser acionado. No limite, a candidatura de Marina poderia ser impugnada por fraude eleitoral. Esse enorme passivo jurídico está por trás, ao menos em parte, da resistência dos envolvidos  em fornecer informações à imprensa e aos investigadores.

O principal documento do conjunto é uma carta da Cessna Finance Export Corporation (leia abaixo), encaminhada no dia 19 de agosto (terça-feira) à Anac. Assinado por um vice-presidente da empresa, Robert Hotaling Jr, e endereçado ao superintendente de aeronavegabilidade da Anac, Dino Ishikuro, o documento diz que a aeronave prefixo PR-AFA é de propriedade da Cessna, mas era operada desde o dia 1º de dezembro de 2010 pela AF Andrade. Por fim, a Cessna informa que não autorizou qualquer transferência do leasing – expediente financeiro por meio do qual a AF Andrade diz que pretendia quitar a compra do avião, avaliado em quase R$ 20 milhões.
 
Carta a Cessna Finance Export Corporation (Foto: reprodução)
 
Outro documento que compromete a versão do grupo AF Andrade é o extrato do seguro do avião. Ele foi firmado entre a AF Andrade e a Bradesco Seguros no dia 06 de agosto, uma semana antes do desastre aéreo. O contrato, de acordo com o extrato, tinha validade até o dia 06 de agosto de 2015. A apólice tinha R$ 979 mil como valor máximo. No caso de morte de passageiros e tripulantes, a indenização individual é fixada em R$ 55,9 mil. Para ressarcir despesas com pessoas e bens no solo, o limite estipulado foi de R$ 221 mil. Uma das parcelas do seguro, no valor de R$ 2.287,65, vencia justamente no dia 13 de agosto. Estava em nome da AF Andrade.
 
Bradesco - Certificado de Seguro Responsabilidade do Explorador ou Transportador Aéreo (RETA) (Foto: reprodução)
 
Na segunda-feira, dia 18, o advogado da AF Andrade, Ricardo Tepedino, encaminhou uma carta à Anac. Nela, ele afirma que, no dia 15 maio de 2014, o empresário João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho apresentou uma proposta à AF Andrade para que uma empresa – que seria indicada posteriormente – assumisse o leasing com a Cessna. Lyra Filho é um usineiro pernambucano. Era amigo de Eduardo Campos. Lyra Filho assumiria a “custódia” e se responsabilizaria pelas despesas do avião até o dia 16 de junho. Tepedino informa também que, após o dia 15 de maio, os “interessados” forneceram à AF Andrade os recursos necessários ao pagamento de parcelas do leasing devidas à Cessna. Ele não diz quanto foi pago – nem quem pagou. Procurado por ÉPOCA, Tepedino disse não saber quem pagou seu cliente.

No ofício, Tepedino afirma que Lyra Filho apresentou como “arredentárias” as empresas pernambucanas BR Par Participações S.A e Bandeirantes Pneus, “controladas pelo Sr. Apolo Santana Vieira”. Tepedino diz que, após o dia 16 de junho, a transferência do leasing da Cessna para as empresas pernambucanas ainda não se consumara. Apesar disso, afirmou, a aeronave continuou sob o domínio das empresas pernambucanas, mesmo sem qualquer cobertura contratual. “Circunstância que, como se vê, estendeu o termo final da proposta até o momento da queda da aeronave”, diz. 

ÉPOCA pediu a Tepedino uma cópia da carta assinada por Lyra Filho em maio, assim como comprovantes da transferência de dinheiro necessário para a AF Andrade quitar parcelas do leasing. “Desculpe, mas os documentos ainda não foram entregues às autoridades e, antes disso, não os exibiremos à imprensa”, disse ele. “O avião não chegou a ser transferido do nome da AF, pois sofreu o acidente antes que a Cessna aceitasse ou rejeitasse as empresas pernambucanas.” Por lei, a operação deveria ter sido comunicada à Anac. Não foi.

O empresário Lyra Filho é herdeiro de usina de álcool em Pernambuco, enteado do ex-deputado federal Luiz Piauhylino  e proprietário de quatro empresas. Uma delas, a JCL, é uma factoring que já foi multada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf. Apolo Vieira aparece como sócio em empresas do ramo de pneus, hotelaria e comércio. Vieira é réu, desde 2009, num processo sobre a importação ilegal de pneus. De acordo com o Ministério Público Federal, o esquema em que Vieira está envolvido causou prejuízos de quase R$ 100 milhões à Receita Federal.

ÉPOCA procurou a campanha do PSB à presidência da República com perguntas sobre o uso da aeronave PR- AFA. Entre outros questionamentos, perguntou se a chapa fizera pagamentos para usar a aeronave, se arcara com as despesas de manutenção e se declarara tais despesas na prestação de contas eleitoral. Na prestação parcial, referente ao mês de julho, não há citação às empresas BR Par e Bandeirantes. ÉPOCA perguntou, ainda, quantas vezes a candidata Marina Silva voou no avião e se ela tinha conhecimento sobre quem arrendara a aeronave. 

Até o fechamento desta reportagem, o PSB não respondera aos questionamentos. De acordo com a legislação eleitoral, uma empresa não pode fazer doações de bens ou serviços sem relação com sua atividade fim. Por isso, uma empresa do ramo sucroalcooleiro, como da AF Andrade, não poderia emprestar um avião. Se o alugasse, teria de comunicar a Anac. “A Anac não foi informada sobre nenhuma cessão onerosa da aeronave”, informou em nota.

Para o especialista em direito eleitoral Bruno Martins, se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chegar à conclusão de que houve omissão nas informações prestadas pela chapa, pode haver uma desaprovação das contas. “Em último estágio, pode haver até mesmo a impugnação da candidatura”, afirma. O advogado que representa o PSB, Ricardo Penteado, afirma que o prazo para a prestação de contas de Eduardo Campos é de 30 dias contados da eleição – e a campanha cumprirá esse calendário.  ÉPOCA tenta falar com Lyra Filho desde segunda-feira, sem sucesso. Apolo Vieira não foi localizado.

CINISMO E DESFAÇATEZ!

Depois de 12 anos de PT no poder, Dilma Rousseff reconhece os "graves problemas" na Saúde. E quer mais 4 anos!

 
Em evento que reuniu apenas 20% dos prefeitos gaúchos, demonstrando a falta de apoio que tem naquele estado, Dilma Rousseff fez a confissão mais relevante da sua incompetência e da falta de preparo do PT para gerir o Brasil. Reconheceu que continua morrendo gente nas filas por falta de atendimento, nos postos de saúde por falta de exames médicos, nos hospitais por falta de leitos e de especialistas.

Em discurso no encontro com prefeitos, vice-prefeitos e vereadores do Rio Grande do Sul, na manhã deste sábado, Dilma Rousseff admitiu, mais uma vez o que já tinha declarado ao país em pleno Jornal Nacional:  a existência de um "problema grave" na saúde pública brasileira e falou a respeito da relação do governo federal com as prefeituras. –  Temos que dar muitos passos na questão da saúde para criar um sistema de saúde de qualidade – reconheceu a presidente no centro de eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre.

A presidente de referiu principalmente às dificuldades de acesso ao atendimento prestado por especialistas em áreas como cardiologia e endocrinologia: – Temos de resolver um problema grave quando as pessoas precisam ter acesso a isso (especialistas) e a exames laboratoriais. 

Lembrou, é claro, do programa marqueteiro do Mais Médicos, onde os cubanos são treinados a ijmpedir que os pacientes procurem atendimento especializado, enrolando-os com atenção básica. Deu o problema da falta de médicos como resolvido, quando este continua sendo o mais desesperador pela falta de uma carreira de Estado que Aécio Neves já se comprometeu a criar. – Temos de resolver o restantes dos problemas – reiterou Dilma que citou ainda como desafios a construção, gestão e o atendimento relacionados a hospitais.