"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 10 de março de 2015

TÁ FEIA A COISA!...

SENADORES DISCUTEM CRISE E DEVEM LANÇAR MANIFESTO
A REUNIÃO SERÁ ESTA NOITE, NA CASA DE LUIZ HENRIQUE (PMDB-SC)


O SENADOR LUIZ HENRQUE, DERROTADO POR RENAN NA DISPUTA PELA PRESIDÊNCIA, SERÁ O ANFITRIÃO


Senadores de vários partidos, independentes e críticos do governo, marcaram uma reunião para esta terça-feira (10), às 21h, no apartamento do senador Luiz Henrique (PMDB-SC), longe da fogueira do Senado. A ideia é avaliar a crise política, ética e econômica e seus desdobramentos, que estão assustando todo mundo.

Após a reunião deve ser divulgado um manifesto suprapartidario dirigido aos brasileiros. Nem o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), nem os citados da "lista do Janot", foram convidados. Não se descarta a discussão de formas de agastar Renan Calheiros da presidência do Senado.

Confirmaram presença na reunião os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Cristovam Buarque (PDT-DF), Ana Amélia (PP-RS), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), João Capiberibe (PSB-AP), Cassio Cunha Lima (PB, líder do PSDB), Lasier, Lidice da Mata (PSB-BA), Reguffe (PDT-DF), Ronaldo Caiado (GO, líder do DEM), Romario (PSB-RJ), Tasso Jereissati (PSDB-CE), José Serra (PSDB-SP), Ferraço, Zé Medeiros (PPS-MT), Aloisio Nunes (PSDB-SP), Alvaro Dias (PSDB-PR), entre outros.

10 de março de 2015
in diário do poder

RESUMINDO O DEPOIMENTO DO DELATOR

Delator diz que PT recebeu US$ 200 milhões em propinas da Petrobras



Ex-gerente diz que valor refere-se ao dinheiro arrecadado de 2003 a 2013 das empresas para 90 contratos da estatal
Em depoimento concedido em acordo de delação premiada, Pedro José Barusco Filho, ex-gerente de engenharia da Petrobras, afirmou que o PT recebeu até US$ 200 milhões de propina da Petrobras. O valor teria sido retirado dos 90 maiores contratos da estatal, entre 2003 e 2013. O depoimento foi prestado em 20 de novembro de 2014 e veio à tona somente nesta quinta-feira. As informações são da Folha de S. Paulo.

10 de março de 2015
in graça no país das maravilhas

MIAMI TERÁ PROTESTO A FAVOR DO IMPEACHMENT DE DILMA NO DIA 15


Em junho de 2013, organização reuniu aproximadamente mil pessoas em ato em solidariedade aos protestos no Brasil. Foto: Marisa Arruda Barbosa.

Brasileiros que vivem no sul da Flórida estão organizando um ato em apoio às manifestações que estão programadas para acontecer em todo o Brasil, no domingo, 15 de março. O protesto acontecerá a partir do meio dia, diante do Monumento Torch of Friendship, em frente ao Bayside, em Downtown Miami.

“Você, brasileiro, que mora no exterior, mas não está satisfeito com o governo brasileiro, tem a obrigação de nos acompanhar neste ato de solidariedade aos protestos por todo o Brasil. Venha vestido de verde e amarelo, traga sua bandeira e seu cartaz. Somos um povo unido e vamos derrotar o PT e a corrupção que assola nosso país! Precisamos urgentemente resgatar a soberania nacional e colocar o país novamente nos trilhos da Ordem e Progresso, lema de nossa bandeira”, diz a página do evento criada no Facebook, com o nome “Impeachment da Dilma”.

Em junho de 2013, o grupo organizador também foi responsável por promover uma manifestação, no mesmo local, em solidariedade aos inúmeros protestos que tomaram conta do país. “Em 2013, mais de mil pessoas compareceram ao Bayside em nosso ato de solidariedade aos protestos no Brasil. Vamos repetir a dose”, acredita Bruno Contipelli, um dos organizadores, que vive em Miami desde 1999.

Contipelli destaca que os brasileiros que vivem na Flórida deixaram claro que são contra o governo petista, quando 91% dos eleitores (7.225) votaram no candidato do PSDB, Aécio Neves, contra os 8% (646) que votaram em Dilma Rousseff (PT), na última eleição.


10 de março de 2015

À CPI, DELATOR DIZ QUE CORRUPÇÃO FOI INSTITUCIONALIZADA NO GOVERNO LULA (ALGUÉM DUVIDAVA?)

CPI da Petrobras ouve ex-diretor da estatal Pedro Barusco, no Congresso Nacional, em Brasília
PERGUNTO: RI, DE QUÊ? DE QUEM? DE NÓS?!
O DELATOR FALA – CPI da Petrobras ouve ex-diretor da estatal Pedro Barusco: corrupção foi institucionalizada no governo Lula(Pedro Ladeira/Folhapress)




O delator Pedro Barusco, ex-gerente de Serviços da Petrobras, fala nesta terça-feira à CPI que investiga o esquema de corrupção na estatal. Segundo ele, a corrupção da Petrobras foi "institucionalizada" a partir de 2003 ou 2004, já no governo Lula. Como já havia feito em seu acordo de delação premiada, Barusco reconheceu que recebeu propina em 1997 da holandesa SBM Offshore, mas afirmou que agiu por "iniciativa pessoal" junto com o representante da empresa.


O relator da CPI, o petista Luiz Sérgio (PT-RJ), foi o primeiro a fazer perguntas e quis saber quando o esquema mais amplo de corrupção se instalou: "A forma mais ampla, em contato com outras pessoas da Petrobras, de uma forma mais institucionalizada, foi a partir de 2003, 2004. Não sei precisar exatamente a data, mas foi a partir dali", afirmou o ex-gerente.


Barusco disse aos parlamentares que sua ascensão na Petrobras nunca dependeu de indicações políticas. Ele ingressou na estatal por concurso, em 1979.


Pedro Barusco disse que "praticamente" toda a propina que recebeu foi paga no exterior, em contas na Suíça. Ele afirmou que não tem detalhes de com o dinheiro era repassado a Vaccari. "Eu recebia só para mim e para o Renato Duque". O ex-gerente reafirmou, entretanto, que havia até mesmo uma "prestação de contas" na divisão da propina. Ele contou aos parlamentares que fazia o controle dos pagamentos por meio de planilhas e que, periodicamente, em um período de dois a quatro meses, havia um acerto de contas com os operadores do esquema. "O mecanismo envolvia o representante da empresa, eu , o diretor Duque e João Vaccari. São os protagonistas", resumiu.


O delator deixou claro que a participação de Vaccari não era por conta própria, mas sim em nome do partido. "O rótulo era PT", explicou, acrescentando que o tesoureiro petista também esteve à frente do recebimento de comissões em obras do Gasene, uma rede gasoduto construída entre Rio de Janeiro e Bahia. As obras foram questionadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). "Eu sei que a propina foi destinada a mim, ao Duque e à parte relativa ao PT. A gente sempre combinava esse tipo de assunto com o Vaccari. Ele era o responsável", disse o ex-gerente da Petrobras.


Barusco também disse que o PMDB se beneficiou dos desvios na Diretoria de Abastecimento, sob comando de Paulo Roberto Costa, e que a Diretoria de Serviços era da cota do PT. "A divisão da propina, até onde eu sabia, iria para o PP e, mais recentemente o PMDB no caso do diretor Paulo Roberto Costa. E no caso do diretor Renato Duque atendia ao PT. É isso que eu sabia e que eu vivenciava", afirmou.


Sete Brasil - Quando se aposentou, aos 55 anos de idade, Barusco assumiu o cargo de diretor operacional da Sete Brasil, empresa dedicada ao aluguel de sondas para a exploração do pré-sal e que é fruto de uma sociedade da Petrobras com empresas privadas, como BTG, Santander e Bradesco, e fundos de pensão. Barusco admitiu que a Sete cobrava 1% de propina sobre os contratos, que somam 22 bilhões de reais. O ex-diretor disse que seu cargo era da cota de indicação da Petrobras, sob responsabildade do então presidente José Sérgio Gabrielli. "Quem me indiciou foi a Petrobras. Quem foi a pessoa que defendeu a minha colocação eu acho que foi o Renato Duque e o presidente Gabrielli", afirmou.


"Sobre a divisão [de propina] da Sete, como tinha o Vaccari e outras pessoas envolvidas, houve uma divisão prática: um estaleiro pagava a mim e ao Duque, outro pagava ao Vaccari, e assim seguia, porque senão ficava uma movimentação financeira cruzada muito complexa", explicou.


O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) questionou a forma como a Sete Brasil foi criada. "É carta marcada. O senhor chega lá colocado do nada, a empresa nasce do nada e ela de repente tem 22 bilhões para roubar?", disse.


SBM - Pedro Barusco também confirmou que Renato Duque pediu à holandesa SBM um pagamento de 300 000 dólares para a campanha de Dilma Rousseff à Presidência de 2010. Embora diga não ter tratado diretamente de indicações políticas com os diretores, ele disse ainda que, internamente, "havia rumores de que o PT através do José Dirceu teria indicado Renato Duque e que o PP, através do deputado José Janene, havia indicado o Paulo Roberto".


Leia mais em site de VEJA
10 de março de 2015
Gabriel Castro e Marcela Mattos, de Brasília

REVELAÇÕES SOBRE CUBA POUCO INÉDITAS, MAS SEMPRE ESCLARECEDORAS PARA OS INGÊNUOS




10 DE MARÇO DE 2015

90.129 visualizações

GOVERNO MONITORA REDES SOCIAIS

Diante dos protestos, governo monitora redes sociais. Até Whatsapp está na mira.

monitoramento
A incompetência em cuidar do país é gritante, mas parece que em alguma outra área o governo pretende não dar fiasco: monitoramento das redes sociais. Até o Whatsapp está na mira. Vejam trecho da coluna publicada há pouco por Gerson Camarotti, no G1:
Planalto intensifica monitoramento de redes sociais para dimensionar protestos– Pego de surpresa pelos protestos durante o pronunciamento de Dilma, o Palácio do Planalto intensificou o monitoramento de redes sociais para saber o alcance das próximas manifestações contra o governo e a presidente Dilma. Há reconhecimento interno que o monitoramento feito até então não conseguia detectar mobilizações em redes sociais mais restritas, como o Whatsapp, e teve um efeito inesperado no último domingo com o panelaço e o buzinaço em grandes cidades do país.” (grifos nossos)
Até então não conseguia? Agora consegue? Isso seria o “intensificar” do título? Pois é… Complicado. Dilma Rousseff deveria dedicar-se a cuidar do país, e não do que falamos no Facebook, Twitter ou até Whatsapp. Mas, se estão mesmo acompanhando, então já devem saber que a insatisfação é geral.
Em tempo: confira aqui o MANIFESTO CONJUNTO de MBL, Reaçonaria, Os 20 do Masp, Turma do Chapéu e Implicante. Pedimos à imprensa cobertura limpa, sem a adoção de partes pelo todo ou estigmatização de estereótipos a fim de desmerecer o movimento. Contamos com todos vocês para divulgar esse manifesto!
10 de março de 2015
in implicante

ENTREVISTA COM IVES GANDRA

A ENTREVISTA DEFINITIVA DO JURISTA IVES GRANDRA MARTINS SOBRE FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA E LEGAL DO IMPEACHMENT DA DILMA





Aqui a ótima entrevista do jurista Ives Gandra Martins concedida a Danilo Gentili, no programa The Noite, que foi ao ar nesta segunda-feira dia 9. 
O professor Ives Gandra Martins é considerado um dos maiores juristas do Brasil. Ele explica nesta entrevista de forma didática, verdadeira aula de Direito, as razões de ordem jurídica que fundamentam o impeachment da presidente Dilma Rousseff. 

Vejam este vídeo com atenção. Especialmente os líderes da oposição. E chamo a atenção também para a parte em que à luz do direito Ives Gandra analisa o chamado "bolivarianismo", eufemismo para o comunismo dito do século XXI que está em curso na América Latina de forma coordenada em todo o continente a partir de 1990 quando Lula e Fidel Castro fundaram o Foro de São Paulo, a organização que coordena e fornece as diretrizes para a cubanização da América Latina.


Por tudo isso é imprescindível ver e ouvir com atenção este vídeo. Se alguém ainda estava indeciso sobre participar ou não da grande manifestação Vem Pra Rua neste domingo, 15 de MARÇO, depois de ver este vídeo concluirá que ir pra rua exigir o impeachment de Dilma Rousseff é, antes de tudo, um dever patriótico.


Aproveito a oportunidade para cumprimentar o Danilo Gentili pela forma descontraída e bem humorada, porém objetiva, na condução de seu programa. Isto é um alento nesse deserto de ideias em que se transformou a televisão brasileira.


Descobri o vídeo no blog do sempre excelente Felipe Moura Brasique recomendo a leitura.


10 de março de 2015
in aluizio amorim

DEPOIMENTO-BOMBA DE BARUSCO, NA CPI DA PETROBRAS

BARUSCO, O DELATOR, DIZ QUE ROUBALHEIRA COMEÇOU NO GOVERNO LULA E FINANCIOU CAMPANHA DA DILMA.


Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, depondo na CPI do Petrolão no Congresso. (foto: Veja)
Em depoimento de cinco horas na CPI da Petrobras, o delator Pedro Barusco, ex-gerente de Serviços da estatal, voltou a colocar as contas do PT no centro do escândalo de corrupção: ele afirmou à comissão que foram solicitados 300.000 reais do megaesquema de lavagem de dinheiro para serem injetados na campanha de Dilma Rousseff à Presidência em 2010.
Aos parlamentares, Barusco repetiu o que havia afirmado em delação premiada à Justiça: Renato Duque, que exercia a função de diretor de Serviços da Petrobras, fez o pedido de dinheiro diretamente à empresa holandesa SBM Offshore. "Foi solicitado à SBM um patrocínio de campanha, só que não foi dado por eles diretamente. Eu recebi o dinheiro e repassei num acerto de contas em outro recebimento. Foi para a campanha presidencial 2010 ao PT", afirmou.
Embora tenha afirmado não ter tratado diretamente de indicações políticas com os diretores da Petrobras, o executivo afirmou que, internamente, "havia rumores que o PT, através de José Dirceu, teria indicado Renato Duque, e que o PP, através do deputado José Janene, havia indicado o Paulo Roberto".
O depoimento de Barusco comprova o envolvimento direto do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, no esquema de corrupção da Petrobras. Em acordo de delação premiada, o executivo já havia apresentado uma estimativa de Vaccari ter recebido de 150 milhões de dólares a 200 milhões de dólares em propina entre 2003 e 2013. "Como na divisão da propina cabia ao PT receber o dobro ou um pouco mais, eu estimo que o partido deve ter recebido o dobro do que eu", afirmou. "Eu sei que existia uma reserva de propina para o PT receber", continuou. No acordo de delação premiada, Barusco aceitou devolver à Justiça 97 milhões de dólares de dinheiro ilegal.
Nos corredores da Petrobras, Vaccari era conhecido como um dos operadores da propina, ao lado dos empresários Mário Goes e Shinko Nakandakari. O tesoureiro, conforme detalhou Barusco nesta terça-feira, chegou a se encontrar com os diretores para negociar os pagamentos na própria estatal. "Vemos aí o tesoureiro do PT se reunindo com diretores para colher doações ao partido. É um verdadeiro assalto à Petrobras", afirmou o líder do PPS, Rubens Bueno (PR), durante a sessão.
Vaccari também pegou dinheiro do Gasene, uma rede gasoduto construída entre o Rio de Janeiro e a Bahia. As obras foram questionadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). "Eu sei que a propina foi destinada a mim, ao Duque e à parte relativa ao PT. A gente sempre combinava esse tipo de assunto com o Vaccari. Ele era o responsável", disse o ex-gerente da Petrobras. O delator deixou claro que a participação de Vaccari não era por conta própria, mas sim em nome do partido. "O rótulo era PT", resumiu.

"Eu não sei quem deu procuração para o Vaccari atuar nas empreiteiras, mas o fato é que ele atuava. Os empresários todos o conheciam. Ele tinha interlocução com todos", afirmou Barusco. O executivo também disse que encontrava Vaccari e Duque normalmente nos hoteis Windsor Copacabana e Sofitel Sena Madureira, no Rio de Janeiro, e no Meliá em São Paulo. Barusco detalhou ainda o clima de naturalidade na negociação de pagamento de propina: "Com os empresários, Vaccari e Duque, eram conversas negociais. Não houve extorsão nem constrangimento", afirmou. Do site de Veja
ROUBALHEIRA TEVE INÍCIO
NO GOVERNO LULA, AFIRMA BARUSCO.
O delator Pedro Barusco, ex-gerente de Serviços da Petrobras, fala nesta terça-feira à CPI que investiga o esquema de corrupção na estatal. Segundo ele, a corrupção da Petrobras foi "institucionalizada" a partir de 2003 ou 2004, já no governo Lula. Como já havia feito em seu acordo de delação premiada, Barusco reconheceu que recebeu propina em 1997 da holandesa SBM Offshore, mas afirmou que agiu por "iniciativa pessoal" junto com o representante da empresa.
O relator da CPI, o petista Luiz Sérgio (PT-RJ), foi o primeiro a fazer perguntas e quis saber quando o esquema mais amplo de corrupção se instalou: "A forma mais ampla, em contato com outras pessoas da Petrobras, de uma forma mais institucionalizada, foi a partir de 2003, 2004. Não sei precisar exatamente a data, mas foi a partir dali", afirmou o ex-gerente.
Barusco disse aos parlamentares que sua ascensão na Petrobras nunca dependeu de indicações políticas. 


10 de março de 2015
in aluizio amorim

NO PARAGUAI A GASOLINA DA PETROBRAS É MAIS BARATA...

PETROBRAS VENDE COMBUSTÍVEL MUITO MAIS BARATO NO PARAGUAI E CAUSA REVOLTA ENTRE OS BRASILEIROS NAS REDES SOCIAIS


Facsímile do diário Ultima Hora, de Assunção, Paraguai.

Enquanto a reivindicação de redução dos preços do diesel levou a uma greve de caminhoneiros que parou o Brasil por duas semanas, gerando desabastecimento de diversos produtos, principalmente no sul do País, a Petrobras realizou a nona redução dos preços no vizinho Paraguai em menos de um ano.
De acordo com o jornal paraguaio Ultima Hora, a decisão de reduzir os preços pegou as demais distribuidoras do país de surpresa e levou a Petrobras a vender o combustível mais barato do Paraguai, incluindo os preços praticados pela estatal Petropar. Apesar da imensa desvalorização do guarani (moeda local) em relação ao real, o litro do diesel em Assunção é dez centavos mais barato que em Brasília.
A imagem da matéria no jornal já circula no Facebook, Twitter e WhatsApp, gerando indignação entre os brasileiros que já começaram a fazer comentários no próprio site do periódico paraguaio. Clique AQUI e confira.


10 de março de 2015
in aluizio amorim

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE...

NUNES FERREIRA: "DEIXAR SANGRAR..."

Não briguem com a História.


Estamos assistindo nas redes sociais a uma briga de beleza. No vácuo da falta de liderança políticas nas manifestações de rua do próximo dia 15, dois senadores da Oposição estão protagonizando um espetáculo bobinho, que vai acabar em beijinho,beijinho, pau, pau, hoje à tarde no plenário do Senado. 

Ronaldo Caiado (DEM-GO) aproveitou uma declaração infeliz de Aloysio Nunes (PSDB-SP) para puxar a sardinha para si e capitalizar o sentimento popular. Atacou o colega de Oposição lembrando que, desta vez, não vai estar com o PSDB e deixar a presidente sangrar, referindo-se ao fato de que em 2005 o impeachment de Lula não ocorreu por culpa dos tucanos. 

Não é bem assim. Caiado, que é do DEM, era do PFL naquela época. O PFL, junto com o PSDB, em comum acordo, decidiram deixar Lula sangrar. O "deixar sangrar" é expressão de Jorge Bornhausen, presidente do então PFL. Antônio Carlos Magalhães, outro prócer do PFL, também cunhou outra frase famosa: " eu sempre conspirei bem, mas agora não estou conspirando". 

Até a metade de 2006, o sentimento tanto do PFL de Caiado quando do PSDB de Nunes era "deixar sangrar". A partir do depoimento de Duda Mendonça, na CPI dos Correios, é que os dois partidos mudaram de opinião e passaram a defender abertamente o impeachment. Nomes como César Maia(PFL) e Arthur Virgílio (PSDB) passaram a ter o mesmo discurso. No entanto, o cavalo já havia passado encilhado, por culpa dos dois partidos. Esta é a História. Com H maiúsculo.

10 de março de 2015
in coroneLeaks

A CORRUPÇÃO INSTITUCIONALIZADA PELO PT

Barusco confirma que corrupção na Petrobras foi institucionalizada pelo PT.

O engenheiro Pedro Barusco (foto), ex-gerente de Engenharia da Petrobras, disse que só a partir de 2004 a propina que recebeu de empresas contratadas pela estatal passou a ser “institucionalizada”, ou seja, dividida entre partidos políticos e diretores da empresa. Antes disso, segundo ele, os pagamentos foram feitos em caráter pessoal. "Antes era coisa minha. Depois foi institucionalizada", disse. O PT vinha utilizando a delação de Barusco para tentar ampliar a CPI da Petrobras para as gestões tucanas. Foram desmentidos peremptoriamente. Mais uma derrota do partido da bandidagem. Da petrolagem. Da corrupção.

10 de março de 2015
in coroneLeaks

CLASSE POLÍTICA NÃO ENTENDE A RAIVA QUE ESTÁ NAS RUAS



Nas últimas semanas, as autoridades brasileiras debocharam além dos limites. Cada dia a população tem nova surpresa. O presidente da Câmara oferece aos deputados o direito de custearem viagens de suas esposas com recursos públicos e apresenta o projeto para um novo edifício ao custo de R$ 1 bilhão; um juiz é fotografado dirigindo o carro de luxo de um réu; uma escola de samba ganha o título graças a financiamento de um ditador estrangeiro; a presidente da República coloca a culpa da degradação da Petrobras no antecessor que deixou o governo há 12 anos; outro ex-presidente ameaça colocar um exército na rua; o ministro da Justiça recebe advogados de réus do maior caso de corrupção da história; o ministro da Fazenda adota medidas totalmente opostas às promessas de campanha da candidata; o governo adota o slogan “Pátria educadora” mas corta parte importante do orçamento para a educação; as tarifas de eletricidade reduzidas no período eleitoral são substancialmente elevadas logo depois da eleição, o mesmo acontecendo com os preços dos combustíveis.
Como se esses deboches ativos não bastassem, a classe política se comporta com um generalizado deboche passivo: não reconhece a dimensão da crise, não debate suas causas nem aponta caminhos para reorientar o rumo do Brasil.
POLÍTICA DOENTIA
A sensação é de que a política está doente: não ouve, não vê, nem raciocina. Não ouve as vozes do futuro chamando o Brasil para um tempo radicalmente diferente, em que a economia deverá ser baseada no conhecimento, produzindo bens de alta tecnologia; em que a principal infraestrutura deverá ser educação, ciência e tecnologia.
Não ouve as vozes do exterior que mostram que não há futuro isolado e que precisamos agir para ingressar no mundo da competitividade internacional, na convivência econômica e cultural com o mundo global. E, pior, não ouve o clamor das ruas que indicam a necessidade de romper com os vícios do presente e reorientar o rumo para um futuro com economia dinâmica e integrada, e uma sociedade harmônica e sustentável.
A política tampouco vê as dívidas que os políticos têm com o país: com os pobres sem chance, com as crianças sem futuro e os jovens sem emprego; com a natureza depredada; a dívida decorrente da corrupção generalizada. Ao não reconhecer suas dívidas, a classe política não vê a raiva que está nas ruas.
ESQUIZOFRENIA
Tudo isso leva a um comportamento esquizofrênico, pelo qual, de tanto vender ilusões, o governo e seus partidos passam a acreditar nelas. E os demais políticos se acostumam a elas.
Talvez esta seja a explicação para o deboche: não vemos, não ouvimos, nem pensamos. Até que o fim da paciência do povo nos desperte. Mas o custo poderá ser muito alto para a democracia, para a eficiência econômica, para a harmonia social e a sustentabilidade ecológica. Salvo se o despertar vier antes, com a descoberta de que o deboche é muito perigoso, como percebeu o presidente da Câmara, forçado a voltar atrás em sua decisão inicial.
10 de março de 2015
Cristovam Buarque

DILMA FOI VAIADA POR TRABALHADORES ESTA MANHÃ, EM SÃO PAULO



A presidente Dilma Rousseff (PT) foi recebida com uma maciça vaia de trabalhadores da construção civil, nesta terça-feira de manhã, durante evento do setor na zona norte de São Paulo. Dilma participa da abertura do Salão Internacional da Construção Civil (Feicon), no Cento de Convenções do Anhembi.
Antes mesmo de a petista aparecer diante da área reservada à imprensa, um grupo com cerca de 200 trabalhadores dos estandes iniciou a vaia. Ninguém, entretanto, havia sequer avistado a presidente. Por volta das 11h, quando a comitiva presidencial – na qual estavam os ministros Ricardo Berzoini (Comunicações) e Gilberto Kassab (Cidades) – chegou, as vaias recomeçaram.
Entre os participantes da vaia estavam o marceneiro Paulo Sérgio da Silva, 34 anos, natural da Paraíba e o serralheiro Marcos Sena, 34 anos. “Graças a Deus não votei nela (Dilma) e não recebo Bolsa Família, nem eu nem ninguém da minha família, a gente não é vagabundo. Essa mulher tem que sair”, defendeu Paulo Sérgio.
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NOTA DA REDAÇÃO - A matéria foi enviada pelo comentarista Ricardo Sales, sempre atento e atuante. É muito triste um governante que não pode sair às ruas. A culpa, evidentemente, será atribuída às “elites”. Como se sabe, com o êxito dos sucessivos governos petistas, formou-se uma nova classe média e os trabalhadores da construção civil passaram a fazer parte das “zelites”, como se diz nos dias de hoje. Só pode ser esta a explicação, porque trabalhadores jamais vaiariam presidenta (ou governanta) do Partido dos Trabalhadores. Seria uma incoerência. (C.N.)
10 de março de 2015
Polibio Braga

EX-GERENTE BARUSCO CONFIRMA QUE VACCARI, DO PT, LEVOU R$ 200 MILHÕES



CPI da Petrobras ouve ex-diretor da estatal Pedro Barusco, no Congresso Nacional, em Brasília (DF), nesta terça-feira
Barusco confirma na CPI as acusações ao tesoureiro do PT
O ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, afirmou em depoimento à CPI da Petrobras nesta terça-feira (10) que se reunia com o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, para discutir o repasse ao PT de propinas pagas à estatal, mas se negou a dar detalhes sobre o recebimento de propina durante a gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso alegando estar sob investigação.
Primeiro depoimento da CPI, Barusco frustrou as expectativas do PT de obter detalhes de irregularidades durante a gestão tucana e pouco avançou nas informações já dadas em delação premiada à força-tarefa da Operação Lava Jato, que investiga os desvios na Petrobras.
Ele disse que começou a receber propina de forma “institucionalizada” a partir de 2003 ou 2004, já sob gestão petista, quando assumiu o cargo de gerente executivo de Engenharia. No caso das propinas que começaram a ser pagas a ele entre 1997 e 1998, informou que foi uma “iniciativa pessoal minha”.
De acordo com as investigações da Lava Jato, a propina era paga por um cartel de empreiteiras para garantir a obtenção de contratos com a estatal. Parte ficava com funcionários da Petrobras e parte era repassada a partidos.
INVESTIGAÇÃO
Questionado pelo relator Luiz Sérgio (PT-RJ) se outros também recebiam propina na época da gestão tucana, Barusco evitou responder. “Sobre essa questão, existe uma investigação em curso, eu sou investigado. Essa é uma parte que eu vou me ater ao depoimento [na delação premiada]. Não vou aprofundar, porque está ocorrendo uma investigação”. Ele não explicou quem está fazendo essa investigação.
Em relação aos repasses para o PT, repetiu que o partido recebia um percentual da propina paga por empresas à diretoria de Serviços. Afirmou que não sabia se esses recursos eram dados para políticos, citando apenas o tesoureiro Vaccari. “Eu realmente sentava com ele, discutia, (…) mas eu não me envolvia com essa parte, se o dinheiro era para ele, pro partido. O rótulo era PT.”
Os encontros ocorriam principalmente nos hotéis Meliá, em São Paulo, e Windsor, no Rio – mesmos locais onde o ex-diretor Renato Duque e Vaccari se encontravam, conforme relatado pelos dois à Polícia Federal.
VACCARI, O RESPONSÁVEL
Segundo ele, esse assunto era “sempre combinado” com Vaccari. “Isso cabia ao João Vaccari gerenciar. Ele que era responsável. Não sei como ele recebia, para quem ele distribuía, se era oficial, extra-oficial. Cabia a ele naquele percentual uma parte”.
Barusco também fez questão de fazer um esclarecimento de como fez a estimativa de que o PT recebeu até US$ 200 milhões em propina: era o dobro do que ele próprio havia recebido.
“Como ao PT, na divisão da propina, cabia receber o dobro ou um pouco mais, eu estimava que ele [Vaccari] poderia ter recebido o dobro. Se eu recebi, porque os outros não teriam recebido?”, afirmou, provocando risos aos integrantes da CPI.
E DELÚBIO?
Vaccari assumiu as finanças do PT em 2010. Questionado se teve contato com o antigo tesoureiro Delúbio Soares, que cuidava das finanças do partido na época do mensalão, Barusco respondeu negativamente. Também disse que teve poucos contatos e somente em eventos sociais com o ex-ministro José Dirceu, condenado no mensalão.
Apesar da defesa de Barusco ter pedido que a sessão fosse fechada, houve uma negociação e sua advogada, Beatriz Catta Preta, concordou que fosse aberta, desde que não lhe fizessem perguntas de ordem pessoal.
O tesoureiro do PT João Vaccari Neto nega o recebimento de propinas em contratos da Petrobras.
Sobre a delação premiada de Barusco, o PT já havia afirmado em nota que todas as doações recebidas são legais.
10 de março de 2015
Aguirre Talento, Gabriel Mascarenhas e Márcio Falcão
Folha

JUIZ DO CARRO DE EIKE RESPONDE CRIMINALMENTE POR IRREGULARIDADES




http://www.jornaldebrasilia.com.br/site/imagens/tinynoticias2012/juiz_flavio_roberto__845.jpeg
Juiz pediu licença médica para se afastar do trabalho
Circular nas ruas do Rio de Janeiro com o carro importado do empresário Eike Batista foi só o início da série de polêmicas envolvendo o juiz Flávio Roberto de Souza. Nesta segunda-feira (9/3), o Tribunal Regional de Justiça (TRF) confirmou, por meio de nota, que o juiz responde a um procedimento criminal por irregularidades encontradas em casos conduzidos por ele.
Ainda de acordo com a Justiça Federal, da quantia apreendida com o empresário, ao menos R$ 30 mil desapareceram: R$ 27 mil, além de US$ 443 e de mil euros. Segundo o TRF, “tais valores nunca poderiam ficar nas dependências do Judiciário”.
Como o processo corre em segredo de Justiça, não é possível obter informações sobre o teor da ação. Diante das denúncias, Flávio Roberto foi afastado do cargo na 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
RELEMBRE O CASO
O magistrado teria levado o Porsche e outro veículo apreendido do ex-bilionário para a garagem de casa, no condomínio Parque das Rosas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, sob a justificativa de que não havia vagas disponíveis na garagem do tribunal nem no depósito da Polícia Federal. Ele também teria argumentado que a garagem própria tem sistema de monitoramento em vídeo e é coberta, o que ajudaria a conservar os carros.
O juiz enviou ofício ao Detran do Rio de Janeiro solicitando que a propriedade dos veículos fosse transferida provisoriamente para o tribunal, até a realização de leilão. De acordo com o juiz, não há irregularidade no caso. Ele confirma que estava com o Porsche, mas sustentou que não usava o veículo, apenas o guardava — uma situação normal, para ele.
10 de março de 2015
Mirelle Pinheiro

RAZÕES HÁ PARA O IMPEACHMENT...

HÁ, SIM, RAZÕES PARA SEU IMPEACHMENT, DILMA. AQUI ESTÁ UMA, GRAVE, PERMANENTE E CONCRETA.


Presidente, a Senhora disse ontem “eu acho que há que caracterizar razões para o impechment…”. 
Não é preciso existir “razões”. Basta uma razão, presidente. 

Diz a Constituição Federal que comete crime de responsabilidade o ato do Presidente da República que atente contra o livre exercício do Poder Judiciário e contra a probidade na administração (CF, artigo 85, II e V). 

E presidente da República que comete crime de responsabilidade, o seu afastamento do cargo é a consequência. Isto é, o impeachment (Lei nº 1079/50).

Desde a aposentação do ministro Joaquim Barbosa, perto de 7 meses atrás, a senhora se encontra na prática, permanente e concreta, do crime de responsabilidade de que trata a Constituição Federal que a senhora, por duas vezes, jurou cumprir. 
Isso porque a senhora, deliberadamente, não indica ao Senado Federal o substituto do ministro que deixou a corte. Esta é a razão, concreta e flagrante, para o seu afastamento da presidência.

ATO OMISSIVO

Quando a Constituição Federal fala em “ato”, este substantivo alcança o ato praticado (ato comissivo) e o não praticado (ato omissivo) mas que deveria, obrigatoriamente, ter sido praticado. 
É ação e inação. Adimplência e inadimplência. Dolosa ou culposa. Tanto faz. Logo, eventual justificativa da falta da prática do ato não vinga. Sábado passado (7), José Eduardo Cardoso, seu ministro da Justiça, chamou às pressas os jornalistas para uma entrevista coletiva em São Paulo e que durou cerca de 40 minutos. Seria para comentar a Lista de Janot, divulgada na noite anterior.

Mais de 30 minutos, no entanto – e fugindo por completo das suas atribuições constitucionais (CF, artigo 87) – o ministro Cardoso dedicou a fazer a defesa da presidente Dilma, de quem se tornou advogado naquela entrevista. 
Especificamente quanto a este crime de responsabilidade aqui apontado, Cardoso disse que a demora é porque a presidente está tratando o assunto com muito cuidado e estudando o nome daquele que vai indicar para substituir Barbosa no STF. 
E lá se vão 7 meses, com o STF desfalcado!!!! Cardoso não convenceu. A consciência jurídica nacional, menos ainda.

STF COM 10 MINISTROS, NÃO

Presidente Dilma, o STF somente pode exercer suas atribuições com a formação dos 11 ministros. Com 10, não. Nem o plenário, nem uma de suas duas turmas ( cada uma, regimentalmente, integrada por 5 ministros ), pode se reunir para julgar. Plenário e turmas precisam estar completas. E a demora, longa e injustificada, na indicação do 11º ministro, constitui crime de responsabilidade, por atentar contra o exercício, pleno e livre, do Poder Judiciário, na sua expressão mais alta, que é o Supremo Tribunal Federal. O STF é o mais forte e derradeiro pilar do Poder Judiciário. A menor fissura que o atinja, compromete toda a estrutura da Justiça Brasileira. E, também, pela falta de probidade na administração, que é outro motivo de impeachment. Presidente que demora tanto tempo para cumprir este imperioso e tradicional dever não é presidente probo. É improbo. Deve ser afastado da presidência, na forma da Constituição e da lei.

TRADIÇÃO

Por que eu disse “tradicional dever”? É porque nenhuma lei dispõe que a indicação para ministro do STF seja dever, atribuição e competência do presidente da República. A indicação pelo presidente da República tem sido feita ao longo dos anos e anos em razão do costume, da tradição, que passam a ter peso de lei (Artigo 4º, Lei de Introdução Às Normas do Direito Brasileiro). Segundo a CF, o Senado aprova (“sabatina”) ou não aprova o candidato. Se aprovado, o presidente da República o nomeia. O ato presidencial é o de nomeação e, não, o da indicação. A presidente Dilma pode, até mesmo, abdicar dessa tradição. Aliás, tanta demora já enseja admitir uma abdicação implícita. Porém, seria necessário um ato presidencial declaratório, formal, público e oficial, o que não ocorreu.

DANO IRREPARÁVEL À ORDEM NACIONAL

Presidente Dilma, também sob este ângulo a senhora está causando outro enorme e insuplantável prejuízo institucional à Nação e ao povo brasileiro. 
Da mesma forma que no Tribunal do Juri o Conselho de Sentença é formado sempre e sempre por 7 jurados, para impedir o empate que favoreça o réu no resultado da votação, a composição do STF é também, e necessariamente, formada por 11 ministros (no passado já foi de 15 ministros) para impedir resultado final com votação empatada. 
Para impedir o favorecimento. Seja no Plenário com 10, seja numa das Turmas com apenas 4, as causas cíveis, quando empatadas, ficam à espera da chegada do novo ministro para proferir o voto de desempate. Já nas causas criminais, o empate beneficia o réu, sem a necesssidade do STF ficar a mercê da presidente Dilma na indicação do novo ministro.

RÉUS EM VANTAGEM…

No caso desse escândalo do Petrolão, cuja competência para o julgamento é da 2ª Turma (e para certos investigados, o Plenário) e que tem como um de seus membros e relator o ministro Zavaschi, todos os réus se encontram em situação de prévia e garantida vantagem no resultado final do julgamento, caso sobrevenha empate de 2 a 2 na Turma, ou 5 a 5 no Plenário. Têm os réus-acusados 3 resultados favoráveis na Turma: 4 a 0, 3 a 1 e 2 a 2!!! Ao passo que o Ministério Público Federal, que representa toda a sociedade brasileira, encontra-se em posição inferiorizada, por dispor, de antemão, para a procedência da ação penal e condenação dos réus, de apenas 2 resultados: 4 a 0 e 3 a 1!!!

Isso compromete o equilíbrio na votação. Derruba o princípio da igualdade de tratamento que deve, em todo e qualquer processo na ordem jurídica nacional, ser garantido às partes E tudo por culpa sua, presidente Dilma. Por desídia. Por ato omissivo, por improbidade administrativa, que, se não for intencional, exige a imediata indicação do nome do 11º ministro para ser sabatinado pelo Senado Federal. Ainda hoje. Já. Isto porque a senhora se encontra, desde a aposentadoria do ministro Joaquim Barbosa, e que foi anunciada com antecedência, cometendo crime de responsabilidade, crime permanente e em estado de flagrância. É razão suficiente para caracterizar seu impeachment.

10 de março de 2015
Jorge Béja