"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 10 de março de 2015

NUNES FERREIRA: "DEIXAR SANGRAR..."

Não briguem com a História.


Estamos assistindo nas redes sociais a uma briga de beleza. No vácuo da falta de liderança políticas nas manifestações de rua do próximo dia 15, dois senadores da Oposição estão protagonizando um espetáculo bobinho, que vai acabar em beijinho,beijinho, pau, pau, hoje à tarde no plenário do Senado. 

Ronaldo Caiado (DEM-GO) aproveitou uma declaração infeliz de Aloysio Nunes (PSDB-SP) para puxar a sardinha para si e capitalizar o sentimento popular. Atacou o colega de Oposição lembrando que, desta vez, não vai estar com o PSDB e deixar a presidente sangrar, referindo-se ao fato de que em 2005 o impeachment de Lula não ocorreu por culpa dos tucanos. 

Não é bem assim. Caiado, que é do DEM, era do PFL naquela época. O PFL, junto com o PSDB, em comum acordo, decidiram deixar Lula sangrar. O "deixar sangrar" é expressão de Jorge Bornhausen, presidente do então PFL. Antônio Carlos Magalhães, outro prócer do PFL, também cunhou outra frase famosa: " eu sempre conspirei bem, mas agora não estou conspirando". 

Até a metade de 2006, o sentimento tanto do PFL de Caiado quando do PSDB de Nunes era "deixar sangrar". A partir do depoimento de Duda Mendonça, na CPI dos Correios, é que os dois partidos mudaram de opinião e passaram a defender abertamente o impeachment. Nomes como César Maia(PFL) e Arthur Virgílio (PSDB) passaram a ter o mesmo discurso. No entanto, o cavalo já havia passado encilhado, por culpa dos dois partidos. Esta é a História. Com H maiúsculo.

10 de março de 2015
in coroneLeaks

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