"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

O HUMOR DO ALPINO

 

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                                                               15 de janeiro de 2015

CERVERÓ TEM CIDADANIA ESPANHOLA E PODERIA FUGIR DO PAÍS

 


Cerveró foi imediatamente levado para Curitiba

O delegado Igor Romário de Paula afirmou que a princípio a informação da polícia era a de que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró  estava em férias em Londres com a família, mas havia a preocupação de que ele poderia tentar fugir pois tem cidadania espanhola, além da brasileira, e realizou movimentações financeiras suspeitas quando estava no exterior.

Segundo o delegado, as buscas no Rio foram iniciadas a partir das 16h, quando a PF obteve a informação de que Cerveró já estava dentro do avião rumo ao Brasil.
Foram alvo da medida quatro imóveis: dois no bairro de Ipanema e um no bairro de Humaitá, no Rio de Janeiro, e um em Itaipava, na cidade de Petrópolis (RJ).
A PF apreendeu documentos e mídias que agora passarão por análise da força-tarefa do caso.

DINHEIRO VIVO
O delegado Igor Romário de Paula, da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado, afirma que Cerveró fez essas movimentações financeiras para conseguir dinheiro vivo, e que isso poderia indicar duas coisas: ou o ex-diretor planejaria uma fuga, ou tentaria tornar seu patrimônio mais líquido, e dessa forma, o blindaria.

Cerveró chegou a perder R$ 200 mil para conseguir os valores em espécie, diz o delegado.
O Ministério Público Federal, que fez o pedido de prisão preventiva, destacou haver indícios de que “Cerveró continua a praticar crimes, como a ocultação do produto e proveito do crime no exterior, e pela transferência de bens (valores e imóveis) para familiares. Além disso, há evidências de que ele buscará frustrar o cumprimento de penalidades futuras”.

NA HORA DO VOO, AS BUSCAS
A Polícia Federal esperou o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró embarcar no avião em Londres para deflagrar buscas nos imóveis do suspeito no Estado do Rio de Janeiro, na tarde de terça-feira (13).

Ele foi preso nesta quarta (14), ao chegar ao Brasil, por ter feito movimentações financeiras suspeitas após ser denunciado pelo Ministério Público Federal e responder a uma ação penal por corrupção e lavagem de dinheiro.

Normalmente as ações de busca e apreensão da PF são iniciadas às 6h, horário a partir do qual as medidas desse tipo podem começar, segundo a legislação. Porém, no caso de Cerveró a adoção do horário padrão poderia alertar o denunciado sobre as ações da PF.

15 de janeiro de 2015
Flávio Oliveira
Folha

O HUMOR DO DUKE

 

Charge O Tempo 13/01

A ESQUERDA EMBARALHADA NO PROGRESSISMO INTERNACIONAL

   



Tariq Ali, ensaísta paquistanês de larga penetração na chamada nova esquerda, publicou no domingo, na Folha, um artigo exemplar. Nele ficam expostos a rede de contradições e o beco sem saída em que se meteu essa linhagem do progressismo internacional.

O início do texto recorre ao protocolo que já se tornou um clássico da desfaçatez ideológica: escolha palavras ruidosas, como “terrível”, “veemente” e “atrocidade”, para expressar alguma solidariedade e simpatia humanista na direção das vítimas de atentados terroristas, como o que massacrou 17 pessoas em Paris.

A cortina de fumaça mal encobre a verdadeira intenção desse gênero de discurso, que é a de culpar as vítimas, seus governantes, sua cultura e o próprio capitalismo pelos banhos de sangue periódicos perpetrados por fanáticos do islamismo.

O leitor de Tariq Ali talvez fique com pena dos irmãos que fuzilaram uma redação de humoristas indefesos, alguns idosos.

MACONHEIROS CABELUDOS

Ele escreve que os Kouachi eram apenas “maconheiros cabeludos” que foram buscar “conforto na mesquita” depois de assistirem a imagens de torturas de muçulmanos na invasão americana do Iraque.

Os homicidas, na versão de Tariq Ali, sentiam-se perseguidos, e o semanário “Charlie Hebdo” “representava seus perseguidores”. O autor não diz, nem precisa, mas a conclusão é a de que esses desenhistas grisalhos, e a sociedade que permitiu as “blasfêmias ao profeta”, tiveram o que mereceram. Colheram o que plantaram. Que bela salada tem servido a legião de propagandistas ilustrada por Tariq Ali.

O indivíduo responsável por seus atos só existe de um lado da equação, o das vítimas. Os assassinos são autômatos sem vontade própria, zumbis aprisionados num maquinismo cego que é manipulado no final das contas, veja só, pelas forças entrópicas do capitalismo ocidental.
E viva a liberdade de expressão.

15 de janeiro de 2015
Vinicius Mota
Folha

NO FINAL, A CLASSE MÉDIA É QUE ACABA PAGANDO A CONTA




O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, diz que o governo não estuda, no momento, reajustar a tabela do Imposto de Renda. A tabela do Imposto de Renda é constituída de alíquotas que são aplicadas ao contribuinte de acordo com a renda de cada um, durante a apresentação da Declaração de Renda anual. Os contribuintes de menor renda não são alcançados pela tributação.

Estudo do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) indica que a defasagem da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física acumulada desde 1996 chega a 64,28%. Segundo o estudo, em razão dos reajustes salariais, que acompanham a inflação, e também da defasagem da tabela, contribuintes passaram a ser mais tributados pelo fato de terem melhorado seus ganhos nas datas-base.

Levy evitou também dizer se haverá uma nova alíquota do imposto de renda para os contribuintes que ganham mais. “A alíquota máxima a gente não está vendo”, destacou. O ministro ressaltou que, se for para “ficar pensando nessa questão”, seria preciso avaliar, por exemplo, a situação das pessoas que têm renda por meio de pequenas empresas e terminam não pagando impostos ou pagando alíquotas reduzidas.

AJUSTE FISCAL

O novo secretário da Receita, Jorge Rachid, disse que seu papel será o de contribuir com o ajuste fiscal e aumentar a arrecadação. Evitou falar em aumento de impostos. Ele também disse que procurará adotar práticas aduaneiras que permitam destravar o fluxo do comércio exterior.

O Secretário do Tesouro Nacional, Tarcísio Godoy, afirmou que o governo se empenhará em alcançar três metas: equilíbrio fiscal, ampliação da transparência e continuação da administração da dívida com responsabilidade.

(reportagem enviada por Mário Assis)

15 de janeiro de 2015
Deu no Terra Brasil

MINISTRO DA DILMA DEFENDE EMPREITEIRAS CORRUPTAS. É O FUNDO DO POÇO!

(POSSIVELMENTE ANTES DO PRÓXIMO FUNDO...)

 
Renan Calheiros e Eduardo Braga recebem Graça Foster para a CPI Chapa Branca do Senado, em 15 de abril de 2014. Vejam com que alegria eles confraternizam. Parecia que ainda ia dar para transformar tudo em pizza. Braga, agora ministro das Minas e Energia, ainda não desistiu.
 
Eduardo Braga, o candidato a governo do estado do PMDB derrotado no Amazonas, que recebeu como prêmio de consolação nada mais, nada menos do que o ministério das Minas e Energia, onde estava seu correligionário Edison Lobão (PMDB-MA), citado diretamente na Operação Lava Jato, saiu em defesa das empreiteiras corruptas do Petrolão.
Braga refutou queda nos investimentos da estatal neste ano. "Os investimentos deste ano estão em curso. O que tem problema nos investimentos é que as empresas que estavam contratadas estão enroladas na Lava Jato. E isso precisa ter uma saída jurídica. Isso traria um prejuízo para o País incalculável", disse.
O ministro ponderou que a contratação de companhias substitutas depende de licitação e que há outros caminhos, como as prestadoras de serviços envolvidas nos escândalos de corrupção firmarem acordos de leniência ou termos de ajustamento de conduta com o Ministério Público. "Talvez o melhor caminho não seja anular os contratos e trazer empresas estrangeiras. Elas virão por que preço? Como vai ser a licitação? Isso que atrasaria os investimentos. O problema da Petrobras é a captação de recursos para a contratação de futuros investimentos", completou o ministro.  
É uma clara tentativa, como já foi feita pela AGU, CGU e Ministério da Justiça, de interferir nas investigações da Operação Lava Jato. Ao país pouco importa prejuízos momentâneos da Petrobras se este esquema escandaloso que está roubando todos os brasileiros for estancado. Quem deve dar resposta ao país é o ministro das Minas e Energia. Suas perguntas são um atestado de incompetência. Ou muito pior: de cumplicidade partidária com o esquema. 
 
15 de janeiro de 2015
in coroneLeaks

UM CADÁVER NO PODER ( 1 )

           
          Artigos - Movimento Revolucionário        

Por que ainda há quem siga a Teologia da Libertação? Aparentemente nenhuma pessoa razoável deveria fazer isso. Do ponto de vista teológico, a  doutrina que o peruano Gustavo Gutierrez e o brasileiro Leonardo Boff espalharam pelo mundo já foi demolida em 1984 pelo então cardeal Joseph Ratzinger (v.
“Liberation Theology”, 1984, http://www.christendomawake.org/pages/ratzinger/liberationtheol.htm) dois anos depois de condenada pelo Papa João Paulo II (v. Quentin L. Quade, ed.,The Pope and Revolution: John Paul II Confronts Liberation Theology. Washington, D.C., Ethics and Public Policy Center, 1982). Em 1994 o teólogo Edward Lynch afirmava que ela já tinha se reduzido a uma mera curiosidade intelectual (v. “The retreat of Liberation Theology”, The Homiletic & Pastoral Review, 10024, 212-799-2600,https://www.ewtn.com/library/ISSUES/LIBERATE.TXT). Em 1996 o historiador espanhol Ricardo de la Cierva, que ninguém diria mal informado, dava-a por morta e enterrada (v. La Hoz y la Cruz. Auge y Caída del Marxismo y la Teología de la Liberación, Toledo, Fénix, 1996.)
Uma década e meia depois, ela é praticamente doutrina oficial em doze países da América Latina. Que foi que aconteceu? Tal é a pergunta que me faz um grupo de eminentes católicos americanos e que, com certeza, interessa também aos leitores brasileiros.
Para respondê-la é preciso analisar a questão sob três ângulos:
(1) A TL é uma doutrina católica influenciada por idéias marxistas ou é apenas um ardil comunista camuflado em linguagem católica?
(2) Como se articulam entre si a TL enquanto discurso teórico e a TL enquanto organização política militante?
(3) Respondidas essas duas perguntas pode-se então apreender a TL como fenômeno preciso e descrever a especialforma mentis dos seus teóricos por meio da análise estilística dos seus escritos.
À primeira pergunta tanto o prof. Lynch quanto o cardeal Ratzinger, bem como inumeráveis outros autores católicos (por exemplo, Hubert Lepargneur, A Teologia da Libertação. Uma Avaliação, São Paulo, Convívio, 1979, ou Sobral Pinto,Teologia da Libertação. O Materialismo Marxista na Teologia Espiritualista, Rio, Lidador, 1984), dão respostas notavelmente uniformes: partindo do princípio de que a TL se apresenta como doutrina católica, passam a examiná-la sob esse aspecto, louvando suas possíveis intenções justiceiras e humanitárias mas concluindo que, em essência, ela é incompatível com a doutrina tradicional da Igreja, e portanto herética em sentido estrito. Acrescentam a isso a denúncia de algumas contradições internas e a crítica das suas popostas sociais fundadas numa arqui desmoralizada economia marxista.
Daí partem para decretar a sua morte, assegurando, nos termos do prof. Lynch, que
“Embora ainda seja atraente para muitos estudiosos americanos e europeus, ela falhou naquilo que os liberacionistas sempre disseram ser a sua missão principal, a completa renovação do catolicismo latino-americano”.
Todo discurso ideológico revolucionário pode ser compreendido em pelo menos três níveis de significado, que é preciso primeiro distinguir pela análise e depois rearticular hierarquicamente conforme algum desses níveis se revele o mais decisivo na situação política concreta, subordinando os demais.
O primeiro é o nível descritivo, no qual ele apresenta um diagnóstico, descrição ou explicação da realidade ou uma interpretação de alguma doutrina anterior. Neste nível o discurso pode ser julgado pela sua veracidade, adequação ou fidelidade, seja aos fatos, seja ao estado dos conhecimentos disponíveis, seja à doutrina considerada. Quando o discurso traz uma proposta definida de ação, pode ser julgado pela viabilidade ou conveniência dessa ação.
O segundo é o da autodefinição ideológica, em que o teórico ou doutrinador expressa os símbolos nos quais o grupo interessado se reconhece e pelo qual ele distingue os de dentro e os de fora, os amigos e os inimigos. Neste nível ele pode ser julgado pela sua eficácia psicológica ou correspondência com as expectativas e anseios da platéia.
O terceiro é o da desinformação estratégica, que fornece falsas pistas para desorientar o adversário e desviar antecipadamente qualquer tentativa de bloquear a ação proposta ou de neutralizar outros efeitos visados pelo discurso.
No primeiro nível, o discurso dirige-se idealmente ao observador neutro, cuja adesão pretende ganhar pela persuasão. No segundo, ao adepto ou militante atual ou virtual, para reforçar sua adesão ao grupo e obter dele o máximo de colaboração possível. No terceiro, dirige-se ao adversário, ou alvo da operação.
Praticamente todas as críticas de intelectuais católicos à Teologia da Libertação limitaram-se a examiná-la no primeiro nível. Desmoralizaram-na intelectualmente, provaram o seu caráter de heresia e assinalaram nela os velhos vícios que tornam inviável e destrutiva toda proposta de remodelagem socialista da sociedade.
Se os mentores da TL fossem católicos sinceramente empenhados em “renovar o catolicismo latino-americano”, ainda que por meios contaminados de ideologia marxista, isso teria bastado para desativá-la por completo. Uma vez que esse tipo de análise crítica saiu das meras discussões intelectuais para tornar-se palavra oficial da Igreja, com o estudo do Cardeal Ratzinger em 1984, a TL podia considerar-se, sob esse ângulo, extinta e superada.
Leiam agora este depoimento do general Ion Mihai Pacepa, o oficial de mais alta patente da KGB que já desertou para o Ocidente, e começarão a entender por que a desmoralização intelectual e teológica não foi suficiente para dar cabo da TL (v. “Kremlin’s religious Crusade”, em Frontpage Magazine, junho de 2009, http://archive.frontpagemag.com/readArticle.aspx?ARTID=35388.[1] Lima: Centro de Estudios y Publicaciones). Em 1959, como chefe da espionagem romena na Alemanha Ocidental, o general Pacepa ouviu da própria boca de Nikita Kruschev: “Usaremos Cuba como trampolim para lançar uma religião concebida pela KGB na América Latina.”
O depoimento prossegue:
“Khrushchev nomeou ‘Teologia da Libertação’ a nova religião criada pela KGB. A inclinação dela para a ‘libertação’ foi herdada da KGB, que mais tarde criou a Organização para a ‘Libertação’ da Palestina (OLP), o Exército de ‘Libertação’ Nacional da Colômbia (ELN), e o Exército de ‘Libertação’ Nacional da Bolívia. A Romênia era um país latino, e Khrushchev queria nossa “visão latina” sobre sua nova guerra de “libertação” religiosa. Ele também nos queria para enviar alguns padres que eram cooptadores ou agentes disfarçados para a América Latina – queria ver como “nós” poderíamos tornar palatável para aquela parte do mundo a sua nova Teologia da Libertação.
“Naquele momento a KGB estava construindo uma nova organização religiosa internacional em Praga, chamada “Christian Peace Conference” (CPC), cujo objetivo seria espalhar a Teologia da Libertação pela América Latina.
“Em 1968, o CPC – criado pela KGB – foi capaz de dirigir um grupo de bispos esquerdistas sul-americanos na realização de uma Conferência de Bispos Latino-americanos em Medellín, na Colômbia. O propósito oficial da Conferência era superar a pobreza. O objetivo não declarado foi reconhecer um novo movimento religioso, que encorajasse o pobre a se rebelar contra a ‘violência da pobreza institucionalizada’, e recomendá-lo ao Conselho Mundial de Igrejas para aprovação oficial. A Conferência de Medellín fez as duas coisas. Também engoliu o nome de batismo dado pela KGB: ‘Teologia da Libertação.’”

Ou seja, em suas linhas essenciais, a idéia da TL veio pronta de Moscou três anos antes de que o jesuíta peruano Gustavo Gutierrez, com o livro Teología de la Liberación(Lima, Centro de Estudios y Publicaciones, 1971), se apresentasse como seu inventor original, decerto com a aprovação de seus verdadeiros criadores, que não tinham o menor interesse num reconhecimento público de paternidade. O tutor da criança, Leonardo Boff, entraria em cena ainda mais tarde, não antes de 1977. Até hoje as fontes populares, como por exemplo a Wikipedia, repetem como papagaios adestrados que o Pe. Gutierrez foi mesmo o gerador da coisa e o sr. Boff seu segundo pai.
Continuarei esta análise no próximo artigo.

15 de janeiro de 2015
Olavo de Carvalho
Publicado no Diário do Comércio.

EU NÃO SOU CHARLIE!


          Artigos - Cultura 
"Tudo me é permitido", mas nem tudo convém. "Tudo me é permitido", mas eu não deixarei que nada me domine.1 Coríntios 6:12

Quem semeia ventos, colhe tempestades.Ditado popular

Não, eu não sou Charlie Hebdo, nem lamento tanto a morte dos cartunistas quanto a de milhões de outras vítimas do Islã. Lamento menos, bem menos do que a morte de crianças israelenses pelos mísseis lançados diariamente de Gaza, ou por homens-bomba homicidas, dentro de ônibus escolares, discotecas ou salas de aula. Muito menos do que pelas vítimas sequestradas e degoladas pelo Estado Islâmico (ISIS).


Eu me sentiria honrado em dizer “Sou Uderzo&Goscinny”, os geniais criadores de Asterix, Obelix, Panoramix e sua turma. Ou “Sou Quino” criador de uma das personagens mais simpáticas do cartunismo, Mafalda, comparável a Charlie Brown, Snoopy e seus hilariantes amigos. “Sou os geniais cartunistas da Townhall (http://townhall.com/)”. Para ficarmos por aqui “sou Péricles, sou Millôr, sou Ziraldo”. Saindo da área do humor cartunista, “Sou Chico Anísio, Jô Soares, José Vasconcellos”. Sou provavelmente mais algumas centenas ou milhares de cartunistas sérios pelo mundo, mas definitivamente não sou Charlie.

Sou intransigentemente defensor da liberdade de expressão, mas a toda liberdade corresponde uma responsabilidade. Aceito como válida a advertência de São Paulo:a liberdade deve ser irrestrita – “tudo é permitido” -, mas quem a exerce deve saber o quanto dela convém usar e também não deve “se deixar dominar” pela sensação de liberdade total como se não tivesse que prestar contas. Há uma sensação voluptuosa quando estamos livres, como assim definem todos os que conseguem escapar de regimes totalitários. Mas se esta volúpia não for contida corremos o sério risco de perder o real prazer de ser livre que incluiu sentir-se responsável por seus atos.

Parece-me que os cartunistas da Charlie Hebdo, como legítimos herdeiros dos liberticidas de 1789, sentiam-se como modernos Robespierres ou Marats ao empunharem seus lápis e canetas como aqueles faziam com as espadas e lanças, e assim podiam atacar impunemente a tudo e a todos.
Atacaram a todas as religiões ofendendo os fiéis com o uso tosco, chulo e desrespeitoso da parte mais importante da alma do humorismo: a irreverência. Todos os citados acima com os quais me identifico souberam usá-la com maestria. Charlie não, sua irreverência era cheia de ódio. Semearam ventos, colheram tempestades. Tiveram o mesmo fim de seus exemplares antecessores.

Entretanto, eles estavam enganados, como a maioria dos ocidentais, quanto a natureza do Islã. Acharam que atacar Cristo, a Virgem Maria e os profetas judeus era a mesma coisa que atacar Maomé. O Ocidente não tem ideia do que é o Islã, e a mídia é responsável por isto em grande parte, pois faz todos acreditarem que o Islã é uma religião como as outras.
Não é nem mesmo uma religião, segundo acredito depois de muito estudar, mas um sistema totalitário assassino, um modo de vida totalmente controlado e que visa dominar o mundo todo. Os muçulmanos, todos, odeiam os infiéis porque assim lhes foi ensinado e ordenado pelo Corão.

O rancor contra os infiéis é infinito, e nada tem a ver com tolerância ou intolerância. E o maior engano de todos é acreditar que exista um Islã não fundamentalista com o qual é possível dialogar. Falso! Os protestos nas mesquitas e dos scholars muçulmanos não passam de pura desinformação, pois sabem com antecedência quando seus comandados buchas- de-canhão de Allah vão cometer atentados - pois são eles que os ordenam! – e já têm o discurso pronto com antecedência.
Os atentados se sucedem por qualquer coisa ou nenhuma: é parte da campanha de terror contra os dhimmi (ahlal-ḏimmah): os infiéis que pretendem submeter (para melhor entendimento ver

http://www.midiasemmascara.org/artigos/religiao/11197--subsidios-para-entender-o-islam-e-as-bases-de-sua-diplomacia-ii.html).

Sou contra a expansão do Islã, sim, mas, definitivamente, não sou Charlie!

15 de janeiro de 2015
Heitor De Paola

O ECONOMISTA FISCALISTA


          Artigos - Governo do PT        

Li em algum lugar que Joaquim Levy é um economista fiscalista. É certo. Resta saber qual é a singularidade de um economista fiscalista. Isso quero abordar aqui.

Os economistas, junto com os profissionais do Direito, são as mãos e os braços do Estado. Eles que formatam e dão racionalidade geral à administração pública. Normalmente são os seres mais poderosos da estrutura estatal.
O economista – o ministro da Fazenda (ainda que não necessariamente diplomado na matéria) – é o sujeito que administra a lei da escassez. O que vimos no Brasil é que temos dois tipos bem definidos de profissionais da economia: o desenvolvimentista, que ignora as leis econômicas fundamentais e quer driblar a lei da escassez, usando para isso a inflação, e o fiscalista, aquele que impõe a racionalidade já bastante conhecida pela ciência econômica de limitação dos meios.

Essa racionalidade consiste essencialmente na compatibilização da receita e da despesa pública, no controle do endividamento e da emissão de moeda. Basicamente os pilares de qualquer administração estatal responsável em todo o mundo: superávit primário, câmbio flutuante e metas inflacionárias.
Há ainda um terceiro tipo de economista, aquele que está fora do poder e que pode dar receitas em tese, as melhores dos manuais.
Normalmente, antes de chegar ao poder, professa o Estado mínimo, cortes de despesas e redução de impostos e desenha um Estado maravilhoso, perfeitamente desinchado e desconectado da realidade política. Chamado a colaborar com o governo, tornam-se fiscalista na mesma hora. O que é isso?

Estamos aqui diante da velha dualidade postulada por Weber, o dilema do burocrata: o suposto abismo que existe entre a ética da consciência e a ética da responsabilidade. O economista fiscalista, mais das vezes liberal na origem, sabe que o preço de ficar no poder é aceitar os limites do arranjo político, que impede a redução de despesas e, quase sempre, impõe a elevação dos impostos.
Veja-se que até nos EUA podemos ver esse fenômeno com clareza ao longo do último século. Na prática, o economista delega ao governante a responsabilidade moral da escolha. O governante, que porta votos, impõe as decisões maiores, conformando-se o economista em ser mero operador subalterno do sistema, sem emitir juízos de valor.

O fiscalista vende a alma aos políticos, faz o trabalho sujo, compatibiliza a receita com a despesas e fica com fama de malvado. Organizadas as contas, vem o seguinte, frequentemente um desenvolvimentista, que acelera a despesa, sempre pensando nas próximas eleições. O ciclo se repete sempre e secularmente vimos a elevação da carga tributária para os níveis absurdos hoje observados. Joaquim Levy já ensaia elevar impostos. É um fiscalista da gema.

[Elevar preços de setores altamente oligopolizado é uma forma disfarçada de elevar impostos. Vimos agora com o setor elétrico, que praticamente já estrangulou a indústria de alumínio e de outros mercados dependentes de grande quantidade de energia. Vai estrangular agora os demais setores industriais. Fala-se que é preciso elevar os preços por conta da geração a diesel, mesmo quando vemos que o preço do petróleo tenha caído à metade nos últimos meses no mercado internacional.
É o pior tipo de imposto, aquele que é invisível e não entra nas estatísticas, para pagar as negociatas, os sobrepreços, a ineficiência e a falta de atualização tecnológica. E garantir os espúrios “lucros administrados”.]

Joaquim Levy recomeçou o ciclo de ajustes para cima. Até quando será assim? Até quando a vida prática deixar de funcionar porque o governo simplesmente impede que as pessoas possam ter um meio de vida honesto e não intermediado pelo setor público. Não sei qual é o limite. Dizem que na Suécia a carga tributária já supera 50% do PIB. Os prognósticos são sombrios.
Quem viver verá.

15 de janeiro de 2015
Nivaldo Cordeiro

TERRORISMO, IMIGRAÇÃO E SOCIEDADE NA EUROPA

Não basta a França apregoar “liberté, egalité, fraternité e o laïcité”. É necessário desenvolver novas políticas de inclusão social 

O brutal atentado ao semanário francês Charlie Hebdo, na semana passada, em Paris, me trouxe um turbilhão de recordações e vivências. Como em um “filme cabeça” revivi fragmentos de imagens e experiências de minha vida e alguns episódios a que assisti, outros que eu li.

Lembrei-me dos meus tempos de lavador de pratos em um restaurante italiano na Inglaterra. Trabalhava muitas horas fazendo o que os italianos do restaurante não faziam: limpar banheiro, passar esfregão na cozinha e lavar pratos, copos, talheres e panelas.

Não era maltratado, ainda que, algumas vezes, tivesse que ser um pouco selvagem para não ser humilhado. Aliás, o choque da “selvageria” brasileira na Itália é bem contado por Rubem Fonseca em seu excelente romance O selvagem da ópera, sobre Carlos Gomes. Trata-se daquele olhar incômodo que traz certa imprevisibilidade de comportamento.

Adiante fui “cumin”, ajudante de garçom. Livrava a cara melhor do que no emprego anterior, porque enrolava no portunhol e o gerente do Pavillion era espanhol. Em minhas experiências como estudante e trabalhador em restaurantes e bares, senti que não era dali. Era um imigrante. Um estranho ao lado do ninho.

Em outras viagens pelo Velho Mundo, senti como me olhavam de lado nas paradas de bonde e de trem na Alemanha e na Suíça. Ou em alguns bares da Finlândia. Seria eu um turco? Ou um italiano do sul? Um latino-americano? Parecia. Ainda mais com a barba que cultivei por longos e longos anos.

Das experiências iniciais na Europa, me descobri apenas um rapaz latino-americano com pouco dinheiro no bolso, sem parentes importantes e vindo do interior. No caso, o Brasil, que fica em um canto mal-iluminado e periférico do mundo.

Prosseguindo no replay, relembrei uma cena dramática de deportação no Charles De Gaulle. Famílias chorando, urrando quando seus parentes eram devolvidos aos países de origem. Lembrei-me de meu avô paraibano, cujos traços faciais reencontrei nas vielas da Medina de Marrakesh. Talvez ele tivesse sangue berbere, quem sabe?

 
Mais atrás, recordei uma foto preto e branco em velha revista mostrando turcos descendo do avião e sendo recebidos com flores nos anos 50. Vinham para fazer o trabalho duro da reconstrução da Alemanha. Hoje, quando não estão jogando bola pela seleção germânica, são meio escanteados pelos próprios turcos e por alemães. 
 
Em flashes, minha mente voa para a cobertura jornalística das manifestações de 2005 e 2007 na França: imigrantes e filhos de imigrantes de países árabes e africanos entram em conflito com a polícia no banlieu, algo perto de nossas favelas na periferia de Paris. Guetos perigosos, reduto de marginais e radicais políticos e religiosos, com suas próprias regras e leis, fruto do fracasso da integração dos imigrantes na sociedade francesa.

Na minha memória surge Karim Benzema, do Real Madrid, astro francês de origem argelina, que não canta o hino francês quando joga pela seleção francesa, em protesto contra a discriminação e xenofobia da sociedade francesa. Aconteceu no Brasil em 2014 e foi motivo de polêmica. São os ecos do banlieu.

 
Por que falo de tudo isso que veio dos arquivos de minha memória num momento em que o mundo está chocado com o atentado ao Charlie Hebdo? Não existe uma desculpa para o que foi feito. Nem quero pôr a culpa na sociedade europeia e na sua relação com os imigrantes. Mas não tenho dúvida de que um dos componentes mais relevantes de toda a questão está na forma como a Europa lida com seus imigrantes e suas ex-colônias.
 
Em especial, a França, onde a religião muçulmana é a segunda do país, após o cristianismo, e que tem a maior comunidade muçulmana da Europa. São mais de 5 milhões de pessoas, a maioria esmagadora de gente ordeira, trabalhadora e pacífica frente aos pouco mais de mil jovens franceses que estão sendo treinados ou foram treinados por grupos terroristas.

Porém, o fracasso do Ocidente em enfrentar os desafios que vêm dos radicais do Oriente Médio não decorre apenas da incapacidade de vencer nos campos bélico e de inteligência. Está também, repito, na forma como a Europa se relaciona com seus imigrantes, ao lado de uma derrota fragorosa no campo da comunicação e da cultura. Não basta a França, que aqui aponto como exemplo do primeiro mundo ocidental, apregoar “liberté, egalité, fraternité e o laïcité”. É necessário desenvolver novas políticas de inclusão social e uma nova narrativa para suplantar a dialética do terror.


Membros da extrema-direita francesa protestam em Paris contra as políticas de imigração (Foto: Gonzalo Fuentes / Reuters)
Membros da extrema-direita francesa protestam em Paris contra as políticas de imigração (Imagem: Gonzalo Fuentes / Reuters)

15 de janeiro de 2015
in blog do noblat

PMDB SE JULGA PRETERIDO POR DILMA E ARMA TROCO


A coligação partidária é a melhor forma de PMDB e PT descobrirem que coligação partidária não dá certo. Julgando-se maltratado no primeiro mandato, o PMDB renovou a parceria com Dilma Rousseff depois que a presidente assegurou ao seu vice, Michel Temer, que tudo seria diferente no segundo quadriênio. De fato, muita coisa mudou. Na opinião do PMDB, para pior.

Para a caciquia do PMDB, há um excesso de PT ao lado de Dilma. A crítica se refere aos conselheiros que a presidente escolheu para integrar o que o Planalto chama de coordenação de governo. São seis ministros, todos petistas: Aloizio Mercadante (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Comunicações), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) Pepe Vargas (Relações Institucionais), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Jaques Wagner (Defesa).

Avalia-se que a composição do grupo deixou ainda mais explícito o que já estava na cara: Dilma escanteia o PMDB e faz de Temer um vice cada vez mais versa. Alguns dos “excluídos” tramam responder com tocaias no Congresso. Eis o que irá ocorrer, nas palavras de um coronel da infantaria peemedebista: “Se a Dilma faz tanta questão de soltar elefantes na casa de louças, o PMDB vai mostrar que sabe fazer elefantes voarem.”

15 de janeiro de 2015
josias de souza

"A QUESTÃO NÃO É O ISLÃ., É A EUROPA" - DIZ SOCIÓLOGO FRANCÊS

       


A questão urgente, nesses dias críticos em Paris, não é o Islã. Para o sociólogo francês Raphael Liogier, diretor de um observatório de religião e professor de estudos políticos em Aix-en-Provence, o problema é a Europa.

“O desafio real não são os muçulmanos. É o fato de estarmos em uma sociedade em que existe um orgulho narcisista de quem era o centro do mundo e perdeu a influência. Isso levou a debates de identidade na Europa. Essas pessoas se dizem os ‘franceses reais’, os ‘alemães reais’, os ‘italianos reais’ e se sentem ameaçados pelo islã. ‘Multicultural’ virou uma palavra ruim.”

O debate de identidade e a atitude da sociedade, para Liogier, levam ao isolamento de comunidades e à frustração de parte da população. Marginalizados, jovens recorrem ao fanatismo religioso. O fato de isso ser feito em termos islâmicos não significa que haja relação com o Islã.

GUERRA CULTURAL

Há um sentimento de guerra cultural e pessoas como os irmãos Kouachi, diz Liogier, querem vingar-se da sociedade aderindo ao que parece ser o inimigo: o Islã.
“Não adianta eliminar o Islã para combater o extremismo. Esses jovens não vão à mesquita, eles vão até a internet”, afirma o sociólogo.

A liderança religiosa muçulmana condenou em Paris e ao redor do mundo os atentados ao “Charlie Hebdo” e ao mercado judaico e, nos discursos da reza tradicional de sexta-feira, denunciou o extremismo islâmico.

Especialistas apontam que o fato de não se converterem por meio da convivência em mesquitas faz com que radicais não tenham uma formação complexa na religião e, assim, adotem uma visão extrema que não corresponde à maioria dos demais fiéis.
“Os terroristas foram ao islã porque queriam ser jihadistas. Não viraram jihadistas porque eram muçulmanos”, afirma o sociólogo.

QUISERAM SER HERÓIS

A radicalização ocorre, porém, em diferentes partes da sociedade. Também na direita europeia, diz Liogier, citando o terrorista Anders Behring Breivik, que matou 77 pessoas em Oslo, em 2011.
São pessoas, afirma o sociólogo, que creem em uma narrativa de “guerra entre civilizações”. “Os terroristas que atacaram o ‘Charlie Hebdo’ acreditavam que os jornalistas eram os inimigos. Quiseram ser heróis”, diz.

ATENTADO EM PARIS, MANIPULAÇÃO E ISLAMOFOBIA

       


Nada justifica a barbárie cometida em Paris. Nem as charges zombando Maomé publicadas pela revista Charlie Hebdo, nem as missões de ocupação e bombardeio realizadas pela França actualmente contra três países muçulmanos. A morte de civis não tem explicação racional.

Mas a forma como a mídia e os formadores de opinião tratam o assunto, revela o preconceito social e a manipulação de ideias sobre o que é o mundo muçulmano, o terrorismo em todas as suas formas e até o papel do Ocidente no mundo.

Em primeiro lugar, a grande maioria das vítimas do terrorismo islâmico são muçulmanos. Isso geralmente não é publicado ou conhecido pelas pessoas comuns, que submetidas à manipulação de informações acredita que o mundo muçulmano é contra a Europa livre e cristã.

Os muçulmanos do Oriente Médio morrem por causa do extremismo, cuja origem é muito variada. Uma origem clara é a deturpação da religião feita por parte de grupos que buscam dominar as massas, com a ajuda de alguns governos, principalmente as monarquias árabes e seus aliados ocidentais, incluindo a França.

SIMPLIFICAÇÃO
Que aconteçam ataques terroristas não significa que o mundo muçulmano e o Ocidente estão enfrentados. Isso é uma simplificação falsa e etnocêntrica, que coloca a Europa cristã e os Estados Unidos no papel de fiscal e juiz universal.

Por outro lado, coloca os muçulmanos em uma posição de incivilizados como se a maioria apoiasse o que aconteceu ontem, em Paris. Nada está mais longe da realidade, uma vez que todos os dias no Iraque, Líbia, Síria e Iêmen eles mesmos sofrem as conseqüências do fundamentalismo.

Além disso, a opinião pública ocidental ficou chocada com o ataque atroz de ontem, mas é surda ao massacre de muçulmanos no Oriente Médio, muitas vezes perpetrada por grupos armados e treinados pela OTAN.

Ou seja, se o ataque acontece no Iêmen – há poucos dias houve um com 30 mortos -, nada acontece porque “os muçulmanos são bárbaros e gostam de matar uns aos outros”. Mas quando o ataque acontece em Paris, o ódio contra tudo o que seja estrangeiro floresce como na década de 30 nos países do Eixo. Se a isto se acrescenta uma Europa em crise, a combinação é extremamente preocupante.

QUEM SE BENEFICIA?
Para entender o que aconteceu devemos analisar quem ganha com a matança de civis.
A extrema direita leva água ao seu moinho, uma vez que a islamofobia está crescendo na França, Alemanha, Suécia e Grã-Bretanha e os seus princípios se veem reafirmados com os assassinatos.

A Frente Nacional de Le Pen, que ganhou as eleições do ano passado, no Parlamento Europeu, superando o resto dos partidos franceses, é grandemente beneficiada.

A França atua militarmente em três países muçulmanos: Mali, República Centro Africana e o Iraque. Tem mais de três mil soldados nestes três países e luta contra os islamitas. No Iraque, a França luta contra o Estado Islâmico, apoiando o Curdistão iraquiano para que consiga uma maior autonomia em relação a Bagdá e possa ser um fornecedor de gás e petróleo para a Europa, uma alternativa aos produtos russos.

No entanto, o governo francês não luta, mas apoia o Estado islâmico do outro lado da fronteira da Síria, juntamente com a Turquia e Qatar.

DUPLA ESTRATÉGIA
Esta dupla estratégia não é popular entre os cidadãos franceses que percebem que os muçulmanos “invadem” as suas cidades, quando na verdade as mulheres que professam esta fé são atacadas apenas por fazê-lo. Assim, toda a comunidade é estigmatizada.

O ataque em Paris será explorado pelo governo de Hollande, pela Frente Nacional e até mesmo por Nicolas Sarkozy, que em 2011 ajudou a levar ao poder os radicais islâmicos que derrubaram Gaddafi na Líbia. Por conseguinte, em toda a Europa vão crescer o etnocentrismo, a xenofobia e a simplificação.

O terrorismo islâmico é uma realidade, mais cruel no Oriente Médio do que na Europa, mas não é a única forma de terrorismo.
O financiamento de grupos armados, a intervenção direta em países estrangeiros feita pela França, e a pilhagem dos recursos no Iraque e as ex-colônias francesas na África também são terrorismo, que com ataques como o de Paris, parecem cada vez mais justificados pela opinião pública e os grandes meios de manipulação de massa.

(artigo enviado por Sergio Caldieri)

14 de janeiro de 2015
 Maximiliano Sbarbi Osuna

GOVERNO E PETROBRAS ENCENAM UMA TRAGÉDIA DE ERROS

       


Temos algumas opções para avaliar as reações do governo em torno dos escândalos de corrupção na Petrobras. A primeira é a de que o governo tenta empurrar o problema com a barriga, na esperança de que o tema faça parte da paisagem e todos se acostumem.

A segunda hipótese é a de que o governo não sabe o que fazer, por isso teme dar um passo adiante e piorar tudo. Além disso, teme que um simples mexer nas peças do tabuleiro possa desencadear novas investigações. Como se, ao abrirmos o armário, caíssem dezenas de esqueletos.

A terceira hipótese é a de que o governo está dividido sobre o que fazer. Caso se leve ao pé da letra o que a presidente Dilma Rousseff disse em sua posse sobre o combate à corrupção, não ficará pedra sobre pedra, e o PT, entre outros partidos, vai sangrar muito. Haverá também gente muito importante sangrando.

Considerando o governo, sua competência política e sua estratégica e, ainda, a fratura em sua base política, onde se inclui o próprio PT, a hipótese mais provável é uma quarta que junta todas as três anteriores.

Vamos à quarta: o governo espera que o tema deixe as páginas principais dos jornais ou seja relegado a espaços menos nobres. Até lá, confia em conseguir juntar sua base política para impor uma estratégia que reduza os danos causados pelos escândalos. Porém, não sabe como fazer isso e tampouco tem competência para tal.

Além do mais, está dividido sobre o que fazer. Teme que mais ex-diretores da Petrobras resolvam confessar outros crimes; assim como teme os acordos de delação premiada e os acordos de leniência que estão a caminho.

GRAÇA DESMORALIZADA
Dilma insiste em manter como presidente da empresa Graça Foster, que está completamente desmoralizada. Sobretudo após a acusação do Tribunal de Contas da União de que a estatal criou empresas de fachada com laranjas para operar a construção de gasodutos no Nordeste.

Considerando as opções mencionadas, a reação do governo é equivocada. O certo, neste momento, é demitir toda a diretoria, profissionalizar a escolha e empreender uma ampla limpeza na empresa. O governo comete um grave erro, pois demonstra ser conivente com os malfeitos que ocorreram no interior da maior empresa da América Latina. O entorno político do governo se fecha para ver se o tsunami passa. Mas não vai passar.

O potencial destruidor do caso Petrobras é monumental. E não apenas em nível nacional. Internacionalmente, o tema já está fora de controle. Existe quase uma dezena de ações contra a empresa, além das investigações que correm na Securities and Exchange Commission (SEC) e no Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

DILMA SERÁ INVESTIGADA?
Todos os conselheiros da Petrobras, inclusive Dilma Rousseff, podem ser investigados e, eventualmente, punidos criminalmente pelo ocorrido. Tempos atrás, quando ainda era ministra da Casa Civil, Dilma disse, em uma declaração à televisão (que circula na internet), que a empresa seguia padrões SOX de legislação anticorrupção.

Fica patente que ela tinha completa noção das consequências de eventuais malfeitos na empresa. Portanto, salvo a proteção diplomática de ser presidente da República do Brasil, tudo conspira a favor de uma punição exemplar para diretores e conselheiros. Imaginem o vexame para o país.

Sem uma reação digna e corajosa, a tragédia de erros vai continuar e pode levar o governo para um beco sem saída.

(transcrito de O Tempo)

14 de janeiro de 2015
Murillo de Aragão

TERRORISMO TRANSFORMA CONCEITO DE EMERGÊNCIA

A maior tragédia provocada pelo terrorismo contemporâneo é o aviltamento do conceito de emergência. O perigo momentâneo, que exigia cuidados esporádicos, tornou-se permanente. O terror pode explodir em qualquer lugar —numa maratona em Boston ou numa redação de Paris —, a qualquer hora, por qualquer motivo.

A França deu uma resposta grandiosa à penúltima erupção do fenômeno: foram às ruas das principais cidades francesas 3,7 milhões de pessoas. Uma evidência de que há disposição para enfrentar a maluquice fundamentalista. A questão é: como responder à ditadura da imprevisibilidade sem aviltar direitos individuais?

Em 18 de fevereiro, a Casa Branca sediará uma cúpula global de segurança. Vão à mesa planos para combater o “extremismo violento no mundo''. A sensação de vulnerabilidade e a psicose com o que ainda pode acontecer são bons pretextos para responder ao extremismo com mais extremismo.

O terrorista, como se sabe, é um mocinho escalado por seus autocritérios para matar o tumor e se casar com o câncer. A reação a esse tipo de maluco exige um grau inédito de sensatez. De saída, é preciso entender que o radical islâmico não se confunde com o islã. De resto, é preciso olhar ao redor. Hoje, o terrorista tem cidadania americana ou europeia. Segregar é fácil. Difícil mesmo é integrar.

15 de janeiro de 2015
josias de souza

MARTA ESBOÇA O RETRATO DO PT EM DECOMPOSIÇÃO

 


Pegou mal. Não foi ninguém da imprensa golpista nem da oposição retrógrada. Foi Marta Suplicy quem disse cobras e lagartos de Dilma, do governo e do PT. Foi Marta quem, numa entrevista à repórter Eliane Cantanhêde, desancou companheiros como Aloizio ‘Inimigo’ Mercadante e Rui ‘Traidor’ Falcão. Foi Marta quem declarou ter participado de conversas nas quais o próprio Lula, “extremamente incomodado” com Dilma, a “decepava”. Foi Marta quem sentenciou: “Ou o PT muda ou acaba”.

Ninguém deseja fazer intriga, mas Marta chegou ao ponto de elogiar a nova equipe econômica liderada pelo tucano ortodoxo Joaquim Levy: “É experiente, qualificada”. Noutros tempos, o PT chamava pra briga. Sobretudo porque Marta condicionou o sucesso do governo na economia à disposição de Dilma de não confundir Levy com Guido Mantega: “Se não respeitar, vai ser desastroso.”

Pessimista, Marta acha que Dilma não conseguirá enxergar no espelho as culpas da antecessora: “Agora, é preciso ter humildade e a forma de reconhecer os erros a esta altura é deixar a equipe [econômica] trabalhar. Mas ela não reconheceu na campanha, não reconheceu no discurso de posse. Como que ela pode fazer agora?” Mais um pouco e a companheira adere ao coro do “estelionato eleitoral”.

Para o PT, só há dois tipos de seres humanos: o petista e o idiota. Vem daí a convicção do petismo de que todas as críticas ao governo e ao partido são suspeitas. Mesmo as opiniões negativas de aparência mais sensata têm essa falha de origem: são de idiotas. De repente, surge um terceiro tipo de ser humano: Marta Suplicy —uma quase ex-petista transitando da militância dogmática, movida à base de fé e revelações divinas, para a idiotia plena, que convive com a dúvida e a crítica.

Marta já não consegue percorrer o noticiário sem fazer cara de nojo: “Cada vez que abro um jornal, mais fico estarrecida com os desmandos. É esse o partido que ajudei a criar?”. Ela reconhece que, no ano passado, fez muita força para que Lula fosse o candidato do PT à Presidência. Acha que ele chegou a flertar com a ideia. Só não brigou com Dilma, por achar que ambos perderiam com a discórdia.

Perguntou-se a Marta se Lula pode ajudar Dilma caso o governo volte a tropeçar na economia. E ela: “Você não está entendendo. O Lula está fora, está totalmente fora.”

Acrescentou: “O Mercadante é inimigo, o Rui traiu o partido e o projeto do PT, e o partido se acovardou ao recusar um debate sobre quem era melhor para o país, mesmo sabendo das limitações da Dilma. Já no primeiro dia, vimos um ministério cujo critério foi a exclusão de todos que eram próximos do Lula. O Gilberto Carvalho é o mais óbvio.”

E quanto a 2018? “Mercadante mente quando diz que Lula será o candidato. Ele é candidatíssimo e está operando nessa direção desde a campanha, quando houve um complô dele com Rui e João Santana para barrar Lula.”

Quando a situação parecia caminhar para a anormalidade de sempre —o pastor George Hilton cuidando do Esporte; o filho do Jáder na Pesca; o Levy afiando a tesoura; as ações da Petrobras negociadas na bacia das almas; os empreiteiros em cana, o PMDB às turras com o Planalto; o Imperador retirado do esquife na novela das nove…— quando tudo voltava para a anormalidade de praxe, vem a Marta Suplicy torcer o nariz da Dilma e cuspir no prato do PT.

Espantosa fase essa que o PT atravessa. O absurdo adquiriu para o partido uma doce, uma persuasiva natudalidade. Os petistas se espantam cada vez menos. Se o banquete inclui ensopadinho de dinheiro sujo à moda de Valério, nenhum petista fará a concessão de uma surpresa. Adicionaram-se as propinas do petrolão no cardápio? Pois que seja propina, e com abóbora.

Ao desenhar um quadro devastador da legenda, Marta Suplicy apenas reintroduz nos seus hábitos o ponto de exclamação. Faz isso com um atraso hediondo. Marta demorou tanto para acordar que acabou perdendo o essencial. “Ou o PT muda ou acaba”, disse ela. Ora, o PT já acabou faz tempo. Só Marta não notou que isso que está aí na praça é um ex-PT bem mequetrefe.

Aquele partido casto e imaculado da década de 80 morreu. Saiu da vida para cair na esbórnia. A julgar pelo relato de Marta, o cadáver encontra-se em avançado estágio de decomposição. O pior é que a convocação de Joaquim Levy para fazer o inventário mostra que a velha legenda morreu endividada. E não foi para o céu.

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15 de janeiro de 2015
josias de souza

O HUMOR DO NANI

                                    Filme impopular!



15 de janeiro de 2015

E A BANDALHEIRA CONTINUA...

ROUBALHEIRA NA PETROBRAS NÃO FOI ESTANCADA, SEGUNDO AFIRMA O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
 
O Ministério Público Federal sustenta que existem indícios de que o esquema de corrupção na Petrobrás continua funcionando. Ao requerer a prisão preventiva do ex-diretor de Área Internacional, Nestor Cerveró, capturado na madrugada desta quarta feira, 14, no Rio de Janeiro, quando desembarcava de viagem a Londres, os procuradores da República que integram a força tarefa da Operação Lava Jato são taxativos.
“Não há indicativos de que o esquema criminoso foi estancado. Pelo contrário, há notícias de pagamentos de ‘propinas’ efetuados por empresas para diretores da Petrobrás mesmo em 2014.” O MPF não detalha estes pagamentos.
 
Os procuradores afirmam que Nestor Cerveró integra “a mais relevante organização criminosa incrustada no Estado brasileiro que a história já revelou”. Eles destacam que o ex-diretor é beneficiário de “um esquema de corrupção multibilionário na Petrobrás”.
 
A Procuradoria anota que o esquema envolvia a indicação, por partidos políticos, de diretores da estatal, “os quais ficavam responsáveis por desviar dinheiro da estatal em benefício próprio, dos partidos e de agentes políticos”.
 
“Note-se que uma das empresas, a Camargo Correa, havia sido investigada por fatos similares anos antes, na Operação Castelo de Areia, sem que o esquema por isso tenha se encerrado”, informam os procuradores.
“Os agentes envolvidos nessa espécie de crime contam desde já com a impunidade alcançadas em outros casos e, no máximo, postergarão pagamentos, acumulando dívidas e saldos a liquidar com agentes públicos.”
 
No pedido de prisão de Cerveró, o Ministério Público Federal comparou sua situação à de outros personagens emblemáticos dos tribunais brasileiros, entre eles o ex-prefeito Paulo Maluf (1993-1996) e o juiz Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo – ambos acusados de manterem valores desviados do Tesouro em paraísos fiscais. 
 
Os procuradores da República que integram a força tarefa da Operação Lava Jato destacaram a possibilidade de o ex-diretor da estatal ocultar dinheiro ilícito no exterior em nome de offshores, estratégia adotada por Maluf e Nicolau e também por um outro ex-diretor da própria Petrobrás, Paulo Roberto Costa (Diretoria de Abastecimento), segundo acusações formais do Ministério Público.
 
“Nesse esquema, empresas privadas pagavam “propinas” milionárias, para obter benefícios desmedidos, em prejuízo da Petrobrás, em contratos de centenas de milhões ou bilhões de reais.
Veja-se, por exemplo, que no caso denunciado os contratos obtidos pela SANSUNG, mediante o pagamento de propinas de 53 milhões de dólares a Cerveró, Fernando Baiano e Julio Camargo, somam mais de 1 bilhão de dólares.”
 
“O que é certo, de tudo isso, é o enriquecimento espúrio e a falta de conhecimento por parte do Estado de onde estão as dezenas de milhões de reais que (Cerveró) recebeu criminosamente”, assinalam os cinco procuradores que subscrevem o pedido de prisão do ex-diretor da Petrobrás.
Eles fazem referência à propina de US$ 30 milhões que Cerveró teria recebido para aprovar a contratação de sondas de perfuração de águas profundas na África e no Golfo do México, quando ele ocupava a Diretoria de Área Internacional da estatal.
“Sabe-se que o dinheiro não está com Cerveró, porque não está em suas contas no Brasil. Se fosse mantido sob seu nome, no exterior, provavelmente bancos e países já teriam comunicado.
Como no caso de Paulo Roberto Costa, Paulo Maluf, Nicolau dos Santos Neto e tantos outros, o provável é que o dinheiro esteja sob o nome de empresas de fachada – offshores – no exterior, cujos proprietários beneficiários serão ele mesmo e parentes seus.”
 

O BRASIL VENEZUELANDO...

FALTA POUCO PARA FICAR TUDO IGUAL À VENEZUELA: CONGRESSO NACIONAL DO BRASIL JÁ NÃO VOTA MAIS AS CONTAS DO GOVERNO.

Sob a hegemonia do PT de Lula, Dilma e seus sequazes, falta muito pouco para que o Congresso Nacional do Brasil se transforme numa assembléia bolivariana como existe na Venezuela, destinada apenas a homologar os atos do executivo. É o que denominam 'socialismo do século XXI'. 
Em todo o mundo democrático, uma das tarefas primordiais do poder Legislativo é a fiscalização dos gastos do Executivo. No Brasil, a Constituição prevê que cabe ao governo “prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior”.
O texto estabelece que os parlamentares devem julgar se aprovam ou rejeitam a prestação de contas. Para essa tarefa, deputados e senadores deveriam se basear no parecer emitido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), um órgão auxiliar do Legislativo. Mas a última vez em que isso ocorreu foi em 2002, quando o Congresso aprovou as contas do ano anterior.

A exemplo dos vetos presidenciais, que por anos a fio ficaram sem votação no Congresso Nacional, a análise da prestação de contas dos governos federais é um tema pouco afeito ao interesse dos parlamentares.
Desde 2002, último ano do governo Fernando Henrique Cardoso, deputados e senadores não concluem a votação de nenhum relatório sobre críticas do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre deficiências na execução do Orçamento, em demonstrações contábeis e ou inconformidade da receita pública.
Em parte, a análise das contas não ocorre por falta de interesse dos presidentes da Câmara e do Senado de colocarem os temas em efetiva votação; em parte porque os congressistas consideram que a aprovação ou reprovação de contas de um governo que já terminou seria apenas “simbólico” – mesmo que os últimos três presidentes da República tenham sido reeleitos.

Em entrevista a TVEJA, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, criticou a omissão do Congresso e apontou como um dos seus efeitos o fato de que rombos, como os 2,3 trilhões de reais do passivo atuarial, permanecerem ocultos do público.

O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), que assumirá uma vaga no Senado em 1º de fevereiro, diz que o desprezo pelo assunto é mais um sinal de que o Congresso tem perdido sua autonomia nos últimos anos.  “Isso é extremamente importante. Não é simbólico. O Congresso tem transformado em simbólico o que é prerrogativa do Parlamento, como as sabatinas, a apreciação de vetos e as convocações de ministros”, diz o parlamentar.

Apesar de terem entre suas funções a fiscalização do Poder Executivo, o Congresso minimiza a importância de apreciar as contas do governo. E o desprezo persiste ainda que o TCU tenha detectado situações de possível maquiagem de dados, um recurso amplamente utilizado pelo Tesouro Nacional na chamada “contabilidade criativa”.
 

O DISFARCE DE CERVERÓ


 
 
15 de janeiro de 2015
 
 

"POR QUE GRAÇA FOSTER NÃO FOI PRESA?"

PETROLÃO DE VOLTA ÀS MANCHETES: "POR QUE GRAÇA FOSTER NÃO FOI PRESA?", INDAGA O ADVOGADO DE NESTOR CERVERÓ.

Nestor Cerveró na chegada ao Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba (PR). A Polícia Federal informou que o ex-diretor da Petrobras foi preso preventivamente por ter feito movimentações financeiras suspeitas após ser denunciado pelo Ministério Público Federal (Foto: Veja)
Ao criticar nesta quarta-feira a prisão do ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, o advogado Edson Ribeiro afirmou que, se seu cliente foi preso pela transferência de três imóveis a familiares, a presidente da Petrobras, Graça Foster, também deveria ser detida. O defensor classificou como "totalmente arbitrária e ilegal" a decretação de prisão preventiva de Cerveró, detido na madrugada desta quarta-feira ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, na Zona Norte do Rio. 
 
"Se é verdade que houve essas transferências, e não posso afirmar que seja, essas movimentações são totalmente legítimas e legais. Na época em que ele as fez, não havia nenhuma restrição administrativa ou legal. Tanto que ele e a Graça Foster fizeram", disse Edson Ribeiro. "Se é crime para Nestor, é para Graça. Se o Ministério Público Federal pediu prisão para o Nestor por esse fato, deveria pedir para a Graça. Se não o fez, então está prevaricando".
 
Em agosto, o jornal O Globo mostrou que Graça Foster doou parte de seus bens precisamente quando a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, se transformou num problema do Palácio do Planalto e virou pauta de CPI.
 
O advogado disse que deve viajar nesta tarde a Curitiba, para onde o ex-diretor da Petrobras foi levado. No pedido de prisão preventiva, em que alega existirem existem "fortes indícios" de que o ex-diretor continue praticando crimes, o MPF afirma ter identificado transferências de 500.000 reais para a conta de uma filha de Cerveró, além da transferência de três imóveis a familiares "em valores nitidamente subfaturados". A transação caracteriza, no entender da procuradoria, a continuidade da prática de crimes.
 
Ainda de acordo com o defensor de Cerveró, a quantia envolvida na movimentação financeira corresponde a "dinheiro legal, auferido através de salários e declarado ao Imposto de Renda". "Não existe nenhuma ilegalidade", afirmou o advogado, que disse ter conversado com o ex-diretor logo após a prisão. "Ele estava tranquilo, mas indignado com a situação, porque desde o primeiro dia se colocou à disposição de todas as autoridades e até agora ninguém se interessou em ouvi-lo. Ele nunca fugiu de nada".
 
Propina – De acordo com a acusação contra Cerveró, aceita pela Justiça em dezembro, o ex-diretor recebeu 15 milhões de dólares, a partir da mediação do lobista Fernando Baiano, para a consolidação de um contrato com a Samsung. Depois de ter embolsado a propina, Cerveró, na condição de diretor da Área Internacional da Petrobras, recomendou à Diretoria Executiva da estatal a contratação da empresa sul-coreana por 586 milhões de dólares.

 Em uma segunda etapa, por meio de Fernando Baiano, Cerveró teria recebido mais 25 milhões de dólares para que a Samsung conseguisse um contrato para o fornecimento de outro navio sonda para perfuração de águas profundas ao custo de 616 milhões de dólares. O total de 40 milhões de dólares em vantagens indevidas, que o empresário Julio Camargo afirma ter sido destinado a Fernando Baiano, terminou, segundo apuração do Ministério Público, nas mãos de Cerveró.

Pasadena – O ex-diretor também foi um dos principais responsáveis pela desastrosa aquisição da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, um negócio que rendeu prejuízo de 792 milhões de dólares à Petrobras, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU). Na época diretor da Área Internacional da estatal, Cerveró elaborou um parecer favorável ao negócio apresentado ao Conselho de Administração da Petrobras.
 
Do site da revista Veja

CERVERÓ PODE VIRAR O NOVO HOMEM-BOMBA DO PETROLÃO

MEU COMENTÁRIO: Dada à gravidade das denúncias contra Nestor Cerveró, é bem provável que esteja surgindo no horizonte novas delações premiadas.

Este ano de 2015 tem tudo para ficar na história do Brasil! O rolo está apenas começando...