"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

DILMA MANDA ÀS FAVAS TODOS OS ESCRÚPULOS

Dilma: para 'Forbes', o mercado não quer a presidente (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
Dilma: sem cerimônia e sem vergonha (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

                            
Quer saber o que é diálogo no entendimento da presidente Dilma Rousseff?
Em resumo, é o seguinte: eu mando e você obedece. Se obedecer será gratificado. Do contrário, prepare-se para sofrer represália.
Fui claro?

Ninguém foi mais claro do que a própria Dilma.
Na semana passada, os partidos aliados do governo fizeram corpo mole e faltou quórum para que o Congresso votasse o decreto assinado por Dilma que muda a meta fiscal de 2014.
Com esse objetivo, está marcada para esta noite uma nova sessão do Congresso.

O que fez Dilma para “convencer” senadores e deputados a aprovarem o decreto?
Editou outro decreto que condiciona uma nova liberação de R$ 444,7 milhões para pagamento das emendas individuas dos parlamentares ao Orçamento da União à aprovação do decreto que muda a meta fiscal deste ano.

É dando que se recebe, segundo São Francisco de Assis.
Os R$ 444,7 milhões garantem uma fatia de R$ 748 mil para cada um dos 513 deputados e 81 senadores – dinheiro a ser empregado em obras nos redutos eleitorais deles.
Se a meta fiscal não for mudada, adeus o dinheiro das emendas. É o que está dito no novo decreto assinado por Dilma.

Para que os parlamentares não sejam amanhã acusados de trocar o voto por dinheiro, Dilma se reuniu ontem à noite com 23 líderes de partidos (isso mesmo, 23 líderes de partidos) e pediu o empenho deles pela aprovação da nova meta fiscal.

Era a desculpa que queriam os líderes para justificar o voto dos seus liderados. Como recusar um pedido da presidente? E logo agora quando a caneta dela está cheia de tinta para assinar promoções e distribuir cargos?

Verdadeiramente espantosa a sem cerimônia com que Dilma 2, a pragmática, está se impondo à Dilma 1 - a ex-faxineira ética.
Sem cerimônia e sem vergonha.

Dilma Rousseff (Foto: Divulgação)
Dilma Rousseff (Imagem: Divulgação)

04 de dezembro de 2014
Ricardo Noblat

PAÍS RICO É PAÍS SEM POBREZA?

País rico é país sem pobreza?
Nos últimos quatro anos, os brasileiros tiveram que conviver com a frase “país rico é país sem pobreza”. Ela esteve em toda logomarca, em toda propaganda do governo federal. Por isso é o caso de perguntar: é válida a afirmação do slogan de Dilma?

A princípio, é difícil não concordar com a frase. Mesmo se parte da população tiver picanha na mesa e iPhone no bolso, ainda estaremos mal se a outra parte seguir faminta. Em 2011, quando o governo lançou o slogan, houve quem reclamasse da obviedade da afirmação – é claro que país rico é país sem pobreza, disseram.

Mas a frase não é óbvia. Na verdade, ela esconde um problema fundamental: é muito difícil não haver pobres num país rico. Essa condição não é estável, pois países ricos atraem pobres. Um país rico e sem pobreza até é possível, mas somente se o mundo todo enriquecer ao mesmo tempo ou se impedirmos migrações erguendo muros e cercas nas fronteiras.

O problema fica claro se o leitor imaginar exatamente o que o slogan propõe, um país rico e sem pobreza. Digamos que, ao acordar amanhã de manhã, você percebe que tudo deu certo no Brasil.
O menor salário pago no mercado chega a 3 000 reais. Mesmo a turma do último tijolo da pirâmide social vive com alguma dignidade.
Não há favelas ou indigentes; não sobrou sequer um único sujeito que reutilize o copo de requeijão ou seque roupa atrás da geladeira. Incrível.

A alta de salários causa mudanças no estilo de vida dos brasileiros. Vagas em trabalhos menos produtivos que 3 000 reais por mês se extinguem. Uma família de classe média, que dispõe de apenas 900 reais para pagar alguém que limpe a casa, passe a roupa e passeie com o cachorro, terá de se virar com o serviço doméstico.

Mas 900 reais por mês é luxo em alguns países latino-americanos. Haitianos logo perceberão a demanda não atendida por empregos domésticos no Brasil e virão contentes trabalhar aqui.
Como demonstram os haitianos que já se mudaram ao Brasil, 900 reais para eles significa um ganho e tanto. Podem economizar todo mês o equivalente ao salário integral que ganhariam no Haiti – onde o salário mínimo, para quem não está entre os 40% de desempregados, é de 13 reais por dia.

Acontece assim o jogo preferido dos economistas: o jogo de soma diferente de zero. No futebol ou no pôquer, a soma dos resultados é nula.
Um time precisa perder para o outro ganhar. Quem tem duas damas no pôquer perde as fichas para o sortudo que tirou uma trinca de setes. Não é assim nos acordos voluntários da economia.
As fichas se multiplicam; todos voltam para casa com um pote maior. Você e o haitiano jogam. E os dois ganham.

A chegada em massa de haitianos, ainda maior que a atual, faria bem a eles e às famílias brasileiras que os contratariam, mas há uma consequência. Eles trariam pobreza para dentro das linhas imaginárias brasileiras.

Alguns dos recém-chegados morariam em cortiços com cinco pessoas no mesmo quarto. Outros, para economizar no transporte, montariam casebres em terrenos próximos à casa de brasileiros enriquecidos, criando cenas tocantes de contraste.
Em pouco tempo, não seríamos mais um país rico e sem pobreza.

paraisomorumbi
Sim, há uma boa notícia na famosa foto da desigualdade social

Os jornais mostrariam fotos de gente pobre no Brasil, e essas imagens circulariam pelo mundo. Os políticos da oposição alardeariam dados sobre a péssima qualidade de vida dos novos moradores que, segundo eles, seriam explorados pelas famílias de classe média. Ainda que todos os pobres envolvidos na história tivessem melhorado de situação.

Quanto esse exercício de imaginação explica a realidade brasileira? Um bocado. Muita gente entristece diante da desigualdade sem notar que aquelas pessoas estão numa situação melhor que no passado. É o caso da famosa foto acima, da favela de Paraisópolis ao lado de apartamentos de luxo do Morumbi.

Quando livros didáticos ou provas de vestibular escolhem essa imagem para retratar a desigualdade social – e fazem isso com frequência –, comparam a riqueza dos apartamentos com a miséria da favela.

Mas a comparação mais adequada é dos moradores da favela hoje e no passado, antes de mudarem para a metrópole.

“A pobreza urbana não deveria ser comparada à riqueza urbana”, diz o economista Edward Glaeser, professor de Harvard e o mais celebrado especialista em economia urbana dos Estados Unidos.

“As favelas do Rio de Janeiro parecem terríveis se comparadas a bairros prósperos de Chicago, mas os índices de pobreza no Rio são bem menores que no interior do Nordeste brasileiro.”

Por essa nova comparação, a famosa foto da desigualdade social mostra uma excelente notícia. Quem mora em Paraisópolis vive muito melhor do que se tivesse permanecido no sertão nordestino, nas lavouras de boias-frias do Paraná ou entre os escombros de Porto Príncipe.

Não importa se a miséria está mais aparente ou mais próxima; o principal é que para os miseráveis ela tenha diminuído. Glaeser arremata:

A pobreza urbana não deveria envergonhar as cidades. As cidades não criam pobres. Elas atraem pobres. Elas atraem pobres justamente porque fornecem o que eles mais precisam – oportunidade econômica.
 
Esse raciocínio vale não só para cidades, mas para países. Mesmo se enriquecer, o Brasil jamais será um país sem pobreza. E é bom para os pobres que seja assim.

04 de dezembro de 2014
 Leandro Narloch

MINHA PROMESSA: ELEGÂNCIA.


Caro leitor, começo esta coluna com entusiasmo e dois objetivos.
O primeiro é perseguir equívocos. Meu alvo é a “linguagem Lego”, o costume de pensar “encaixando frases pré-fabricadas de plástico oco”, como descreve o historiador Timothy Garton Ash.
Há clichês politicamente corretos e sem consistência posando por aí como edifícios de concreto; minha missão será analisá-los e desmontá-los.
 
O segundo objetivo é ser elegante.
A internet está cheia demais de opiniões barulhentas, rótulos e argumentos contra a pessoa. Um proselitismo raivoso vem sabotando até mesmo quem tem ótimas ideias. A estridência ganha cliques, curtidas e seguidores, mas é um espantalho para os leitores que não morrem de amor por ideologias ou partidos. Nesse caso, ela não só espanta, também imuniza os leitores contra a mensagem.
 
Por isso quero discutir ideias, e não pessoas. Vou defender minha posição com equilíbrio, sem gritos de guerra. Vou ser moderado quando possível; se tiver que defender uma posição radical, farei isso sem histeria. E prometo me esforçar para ter a generosidade intelectual de quem mostra os pontos fracos da própria argumentação.
 
Estarei por aqui todas as terças, quando devo falar sobre um grande debate, uma questão que inquieta cientistas e pensadores; e às quintas, dia de derrubar mitos e equívocos do bom-mocismo.
Tomara que você goste.
 
04 de dezembro de 2014
Leandro Narloch

"NÃO QUEREMOS NENHUMA DITADURA. PRECISAMOS DE MAIS DEMOCRACIA".

 

A melhor maneira de interromper uma dor derivada de uma metástase ainda é simplesmente morrer. Um dos maiores pecados – e erros – dos grupos armados que foi tentar substituir uma ditadura por outra.

Alguém pode até ter dificuldades para definir o que seja ditadura. Quem viveu uma delas não precisa. Sabe na pele o que é.

Quem defende o retorno às trevas ou é um dos que ajudaram a mergulhar o país no horror ou é um desavisado que quer dar razões aos lulopetistas para continuarem a defender a anarcoditadura bolivariana.

O COMERCIANTE ANTIPETISTA ACABOU LUCRANDO COM A PICHAÇÃO NA LANCHONETE MOTORIZADA

 

Kombi pixada
A “Kombi-Reaça” de Idacildo, pichada por petistas em N

Dezessete dias depois da eleição presidencial mais acirrada da história do Brasil, o comerciante potiguar Idacildo Cortez, 53 anos, teve a sensação de que, em Natal, estava em curso o terceiro turno da disputa. Ao sair para o trabalho, ele topou com duas frases pichadas na sua Kombi–Lanche estacionada a 200 metros da sua casa, em frente à Universidade FACEX. “Não compre aqui ele é anti-PT e fala mal de petista”, recomendava a primeira. “Peça a Aécio que ele apaga”, aconselhava a segunda.
 
A reação inicial misturou medo e surpresa. Idacildo critica frequentemente o governo Dilma Rousseff nas redes sociais, mas nunca imaginou que pudesse sofrer uma retaliação do gênero. “Eu apenas tento mostrar notícias que provam que esse governo está acabando com o Brasil, mas eles parecem não querer enxergar”, disse ao site de VEJA, nesta quinta-feira, a vítima do ataque clandestino. ”É que nem corno apaixonado”, compara. “A gente esfrega na cara, mostra foto da mulher traindo, mas não adianta”.
 
Ele confirma que, depois de ter votado em Marina Silva no primeiro turno, optou pelo  candidato tucano na etapa decisiva. Mas não precisou da ajuda de Aécio Neves para remover uma das frases: bastou-lhe a aplicação de um solvente. A fórmula não funcionou no lado da Kombi que ficou exposto ao sol depois da pichação. Como a tinta secou, a limpeza ficou bem mais complicada.
 
O abatimento inicial foi neutralizado em poucos dias por efeitos contrários aos desejados pelos vândalos. A história se espalhou e os fregueses traduziram seu apoio a Idacildo com manifestações de bom humor. O veículo ganhou o apelido de “Kombi-Reaça”. O produto mais consumido pela clientela foi rebatizado de “Coxinha Opressora”.
 
“O pessoal gosta de chamar quem é contra o PT de ‘Coxinha e Reacionário’”, explica o comerciante. “Levei na esportiva e aceitei a sugestão, que está fazendo o maior sucesso. Até turistas de Curitiba, São Paulo e outras cidades já vieram me cumprimentar”. Idacildo não detalha os números, mas confirma que o faturamento cresceu.

coxinha opressoravale
A “Coxinha Opressora”, lanche preferido entre os clientes

No Rio Grande do Norte, onde o lulopetismo é hegemônico, Dilma Rousseff obteve 69,96% dos votos no segundo turno.

No Nordeste, segundo Idacildo, é muito difícil assumir de peito aberto uma postura oposicionista. ”Nordestino que não vota no PT sofre preconceito, sim”, garante o alvo da investida anônima, que sobe o tom de voz ao mencionar um caso exemplar:

“Já tentei várias vezes um financiamento com o BNDES e nunca consegui. Um amigo petista que tem uma empresa parecida com a minha conseguiu. Parece perseguição”.

04 de dezembro de 2014
PEDRO COSTAOMER

O VALOR DE MENGER



“O valor que os bens possuem para cada indivíduo constitui a base mais importante para a determinação do preço.” (Carl Menger)
 
Considerado o fundador da Escola Austríaca de economia, Carl Menger ficou famoso por sua contribuição ao desenvolvimento da teoria da utilidade marginal, tendo refutado a teoria clássica de valor do trabalho.
Seu livro Princípios de Economia Política deveria ser lido inclusive por leigos em economia, pela objetividade com a qual o autor expõe suas idéias. Essas idéias, posteriormente mais elaboradas por Mises e Hayek, foram revolucionárias num mundo influenciado pela teoria marxista de valor. Façamos, pois, uma síntese dessas idéias.
 
Aquilo que tem nexo causal com a satisfação de nossas necessidades humanas pode ser denominado utilidade, podendo ser definido como bem na medida em que reconhecemos esse nexo causal e temos a possibilidade e capacidade de utilizar tal coisa para efetivamente satisfazer tais finalidades. Menger faz então uma distinção entre bens reais e imaginários, sendo a qualidade destes últimos derivada de propriedades imaginárias.
“Quanto mais elevada for a cultura de um povo”, explica Menger, “e quanto mais profundamente os homens investigarem a sua própria natureza, tanto menor será o número de bens imaginários”. A condição para a coisa ser um bem é haver nexo causal entre a coisa e o atendimento da necessidade humana, podendo ser um nexo direto ou indireto, imediato ou futuro.
 
O fato de o nexo causal não ter que ser imediato é relevante. Se, por conta de uma mudança no gosto das pessoas, a demanda por fumo desaparecesse, não apenas os estoques de fumo perderiam sua qualidade de bem, como também todos os demais ingredientes e máquinas utilizadas somente para este fim.
Isso ocorre porque todos esses bens derivam sua qualidade de bem de seu nexo causal com o atendimento da necessidade humana concreta de consumir fumo, no caso. É o conhecimento progressivo do nexo causal das coisas com o bem-estar humano que leva a humanidade do estágio primitivo e de miséria extrema para o estágio de desenvolvimento e riqueza.
 
Esses bens reais demandados não existem em quantidade infinita na natureza. No caso em que a quantidade disponível de um bem não é suficiente para todos, cada indivíduo tentará atender sua própria necessidade. Eis o motivo, segundo Menger, da necessidade de proteção legal aos indivíduos que conseguirem apossar-se legitimamente da referida parcela de bens, contra os ataques dos demais indivíduos.
A propriedade seria “a única solução prática possível que a própria natureza (isto é, a defasagem entre a demanda e a oferta de bens) nos impõe, no caso de todos os bens denominados econômicos”. Um bem econômico seria justamente aquele onde a demanda excede a oferta. Quando a oferta do bem é ilimitada ou quase isso, este bem não é denominado econômico, por não ter valor econômico. É o caso do ar que respiramos.
 
Avançando então nos princípios levantados por Menger, chegamos a sua definição de valor, que é “a importância que determinados bens concretos – ou quantidades concretas de bens – adquirem para nós, pelo fato de estarmos conscientes de que só poderemos atender às nossas necessidades na medida em que dispusermos deles”.
Um bem não econômico pode ser útil, mas ele não terá valor para nós. A confusão entre utilidade e valor tem gerado problemas nas teorias econômicas. O ar que respiramos, como citado acima, tem utilidade para todos, mas nem por isso os indivíduos atribuem um valor econômico para ele.
 
O valor dos bens depende de nossas necessidades, não sendo intrínseco a eles. Como exemplifica Menger, “para os habitantes de um oásis, que dispõem de uma fonte que atende plenamente às suas necessidades de água, não terá valor algum determinada quantidade dessa água”.
Já num deserto ou mesmo supondo uma catástrofe que reduzisse essa água a ponto de os habitantes não disporem mais do suficiente para o atendimento pleno de suas necessidades, essa quantidade de água passaria imediatamente a ter valor.
 
O valor não é algo inerente aos próprios bens, mas “um juízo que as pessoas envolvidas em atividades econômicas fazem sobre a importância dos bens de que dispõem para a conservação de sua vida e de seu bem-estar”.
Portanto, só existe na consciência das pessoas em questão. Os bens têm valor, de acordo com o julgamento dos homens. “O valor é por sua própria natureza algo totalmente subjetivo”, conclui Menger.
 
Um exemplo clássico para reforçar esse ponto é comparar a água com o diamante. Um pouco de água, via de regra, não tem valor algum para os homens, enquanto uma pedrinha de diamante costuma ter valor elevado.
Em uma situação anormal, entretanto, onde a água não está em abundância, como no deserto, qualquer porção de água passa a ter muito valor para o indivíduo em questão. Com quase certeza ele não trocaria esse pouco de água nem mesmo por meio quilo de ouro ou diamante.
 
Além de o valor ser subjetivo, a medida para se determinar o valor também é de natureza totalmente subjetiva também. A quantidade de trabalho ou de outros bens secundários necessários para se produzir o bem não possuem nexo causal necessário e direto com a medida de valor do bem. Menger escreve:
“O valor de um diamante independe totalmente de ter sido ele encontrado por acaso ou ser o resultado de mil dias de trabalho em um garimpo”. E continua: “Com efeito, quando alguém faz a avaliação de um bem, não investiga a história da origem do mesmo, mas se preocupa exclusivamente em saber que serventia tem para ele, e de que vantagens se privaria, não dispondo dele”.
 
Deste princípio econômico podemos extrair importantes conclusões. Uma das mais relevantes é o axioma de que, havendo consciência por parte dos indivíduos em questão, qualquer troca voluntária, ou seja, sem coerção ou ameaça de violência, é mutuamente benéfica.
Isso decorre do fato de que cada indivíduo irá participar de uma permuta de bens somente quando julgar que o valor daquilo que recebe supera o valor do que dá em troca. Não sendo obrigado por ninguém a trocar, o indivíduo, quando realiza uma troca, está sempre julgando vantajosa esta troca, do ponto de vista de seus valores pessoais.
As conseqüências políticas do reconhecimento disso são extraordinárias. Eis um dos grandes legados da teoria do valor subjetivo. Eis um dos motivos de reconhecimento do grande valor de Menger.
 
Texto presente em “Uma luz na escuridão”, minha coletânea de resenhas de 2008.
 
04 de dezembro de 2014
Rodrigo Constantino

CAROS LEITORES

 

Os leitores de VEJA têm o direito de perguntar a si mesmos o que, afinal de contas, estão fazendo de tão errado assim. Ouvem dizer o tempo todo, do governo e do seu sistema de suporte, as coisas mais horríveis a respeito da revista que gostam de ler ─ tanto gostam que continuam a lê-la, semana após semana, sem a menor obrigação de fazer isso.
Haveria aí alguma tara secreta, ou outro tipo qualquer de desvio de conduta? A pregação espalhada diariamente pelos mecanismos de propaganda a serviço do governo parece sugerir que existe, sim, uma doença muito séria com esses cidadãos: como poderiam, caso fossem pessoas sadias, buscar informação e outros itens de interesse num veículo que faz parte das leituras proibidas pelo Santo Ofício do PT?

Ainda na véspera da última eleição, a presidente da República, em pessoa, prometeu que iria processar a revista “na Justiça”, aparentemente com uma ação penal, por crimes não especificados e, segundo ela, gravíssimos. Até agora não entrou com ação nenhuma, é verdade, mas e daí?
O que importa é afirmar que o leitor está sendo cúmplice de uma publicação “criminosa” ─ e como tal, segundo a filosofia do ex-presidente Lula, torna-se nazista, inimigo do Menino Jesus e participante de um golpe de Estado para derrubar Dilma Rousseff e o governo popular do PT.

Uma página de revista, como pode atestar alguém que já passou um certo tempo nesta vida, não é mais que isso ─ uma página de revista, apenas, obra que reflete os limites de quem a escreve e que não está programada para funcionar como uma distribuidora automática de verdades.
Mas, no caso, esta coluna pode garantir, com margem de erro de 0%, que não existe rigorosamente nada de errado com os leitores, nem com sua decisão de escolher a leitura que bem entendem.
O erro está do lado de quem os acusa, pelo mero fato de lerem VEJA, de serem nazistas, fascistas, caluniadores, mentirosos, golpistas, homófobos, racistas, antinordestinos, defensores do trabalho escravo, inimigos dos pobres e autores de sabe-se lá quantos crimes ainda.
Cada uma dessas acusações, obviamente, é demência pura ─ mas, se VEJA é tudo isso aí acima, como o governo e sua tropa não param de dizer, seus leitores também o seriam, não é mesmo? Como todos eles sabem perfeitamente bem que não o são, o melhor que têm a fazer é ignorar a gritaria e tocar a vida para a frente. Para que se estressar com pecados que não cometemos?

Na verdade, os leitores têm um excelente motivo para se sentir satisfeitos: são eles, e ninguém mais, que mantêm viva esta revista. Eis aí a chave de tudo. Enquanto acharem que VEJA tem méritos suficientes para continuar a ser lida, os leitores formam uma linha de defesa que governo nenhum consegue derrubar – e estarão ganhando o confronto com as forças que querem decidir o que eles podem e o que não podem ler.
Ao contrário do que gostaria a máquina de propaganda oficial, diretamente ou por meio da vasta e caríssima rede de auxiliares que montou na internet para agredir a imprensa livre, VEJA e os jornalistas que aqui trabalham não precisam do governo, seus 39 ministérios, suas verbas de publicidade, seus empregos, seus contratos de “prestação de serviços” e por aí afora. 
Precisam, isso sim, do público ─ e aí as coisas se complicam para quem está mandando no Brasil, pois simplesmente não há discurso de autoridade, ameaça de processo, “rede social” nem nenhuma outra invenção capaz de fazer com que os leitores da revista sumam no espaço.
É a grande frustração do mundo petista.
O que não se perdoa a VEJA, mais que qualquer coisa, é o sucesso ─ pela última medição dos auditores do IVC, em julho de 2014, sua tiragem semanal está em 1 100 000 exemplares. Há doze anos o governo e seus estrategistas de “mídia” tentam resolver esse problema. Continuam no mesmo lugar.

Os governos do PT conseguiram, com muitos milhões, montar durante esse tempo uma vasta rede de “imprensa a favor”. Mas é justamente aí que mora o problema: imprensa a favor não vale nada. Quem a respeita?
Balzac dizia que era mais fácil escrever um romance do que arrumar o dinheiro para pagar o papel e a impressão.
No caso, poderia dizer que é mais fácil escrever publicações inteiras de louvação ao governo do que encontrar leitores que as levem a sério.
O que interessa para quem manda, na verdade, não é publicar aquilo que quer; é impedir que seja publicado aquilo que não quer. Isso não se resolve fazendo insultos a VEJA em notas oficiais, blogs ou comícios. Só se resolve com o silêncio do “controle social”.

04 de dezembro de 2014
J.R. GUZZO

"VOSSA EXCELÊNCIA É A VERGONHA DO CONGRESSO".

De Mendonça Filho, líder do DEM na Câmara dos Deputados, para Renan Calheiros, presidente do Senado: ‘Vossa Excelência é a vergonha do Congresso’

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=m9wZfP5M0Ts

Na sessão conjunta desta quarta-feira, o deputado federal Mendonça Filho e o senador Renan Calheiros fizeram bonito no torneio de bate-bocas inspirados nas mudanças propostas pelo governo que desfiguram a Lei de Diretrizes Orçamentárias e revogam parcialmente a Lei de Responsabilidade Fiscal. Entre tantos duelos verbais, poucos desceram ao nível alcançado pelos representantes de Alagoas e Pernambuco.

A performance do presidente do Senado (e supercartola do PMDB) atesta que o especialista em safadezas regimentais continua em boa forma. Poucos pais-da-pátria conseguem fingir que não estão ouvindo o que ouvem com a pose de presidente do Lions exibida por Renan. E o desempenho do líder da bancada do DEM na Câmara confirma que a oposição acordou do sono que durou 12 anos.

O ânimo beligerante de Mendonça Filho deixou claro que, no segundo mandato de Dilma Rousseff, não será fácil a vida dos integrantes do PT e da base alugada. Quando Renan desligou o microfone da tribuna, por exemplo, Mendonça Filho marchou sobre o centro da Mesa e dividiu com o oponente o serviço de som privativo da presidência. Estimulado pelo berreiro solidário de parceiros oposicionistas, prosseguiu o combate a centímetros dos ouvidos de Renan.

Não perca o mais inflamado confronto do dia Nem deixe de conferir a aflição da jovem no canto do vídeo que tenta traduzir com o gestual de Libras a troca de expressões abaixo da linha da cintura. É uma chance rara de aprender como se diz, sem usar a voz, que Renan Calheiros é “a vergonha do Congresso”. Mas não a única, poderia ter ressalvado Mendonça Filho em homenagem à verdade. É só a maior.

04 de dezembro de 2014
Augusto Nunes
Veja

CARO GOLPISTA

 

Você que foi à manifestação da Avenida Paulista e pediu intervenção militar, vamos lá, raciocinemos juntos. Intervenção militar precisa de militar, certo? Veja o que disseram os comandantes militares à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.

O comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto:
“Os militares estão totalmente inseridos na democracia e não vão voltar. Isso eu garanto”.
O comandante da Aeronáutica, Juniti Saito:
“São coisas de extremistas. (…) não há a menor chance de essas ideias evoluírem”.
O comandante do Exército, Enzo Peri:
“Nós vivemos há muitos anos em um ambiente de absoluta normalidade”.

O.k., mas imaginemos que em algum momento esses comandantes mudem de ideia, ou que outros venham a sobrepujá-los e aceitem aderir à sua proposta. Um golpe precisa de uma justificativa, não é verdade?
O que temos à frente do país é um governo legitimamente reeleito, ainda que por pequena margem. Sim, é um governo incompetente, que levou a economia ao fundo do poço, teve medíocre desempenho na educação e na saúde, só fez trapalhadas na infraestrutura e, para culminar, se vê enredado num escândalo de corrupção gigante.
Mas as instituições funcionam, em primeiro lugar as encarregadas de apurar as roubalheiras, e não há sinal de motins dentro das Forças Armadas, como em 1964.
O.k., se você insiste, continuemos – mesmo assim o golpe é desfechado e instala-se a ditadura.

O quê? Será que ouvi bem? Você diz que a intervenção é ”só” para afastar o atual governo, não para implantar a ditadura?
Em 1964 havia também esse argumento. Mas vamos lá: depois de afastar o governo, o que se faz? Ahn? Ah, entendi: convocam-se novas eleições, você diz.

Nesse caso, abrem-se duas alternativas: ou se restauram completamente as liberdades democráticas, e nesse caso o partido deposto pode participar da nova eleição, ou se restauram pela metade, e ele é proibido de participar.

Se lhe é permitido participar, é grande a chance de ganhar, e desta vez ganhar com ampla vantagem, fortalecido pela aura de vítima. Lembre-se do que ocorreu na Venezuela, com o ridículo golpe desfechado contra Chávez em 2002.
Foi a partir daí que ele cresceu, ganhou crescente confiança, arrebatou multidões e acabou por projetar sua sombra por cima das instituições do país.

Pela segunda alternativa, propõe-se uma eleição viciada. É imperativo que as forças democráticas, inclusive da oposição, se recusem a participar de tal farsa. Inviabiliza-se a saída eleitoral.
Os militares anunciam que governarão eles mesmos. Fecham o Congresso, censuram a imprensa, prendem opositores. No dia seguinte…

Não, nem será preciso esperar o dia seguinte. No mesmo momento, pela internet e pela televisão, a imagem de um general de óculos escuros sintetiza os acontecimentos no Brasil. Uma risada universal explode em resposta. Você se lembra do Bananas, de Woody Allen? Mas isso não é o pior. Seguem-se os pedidos de boicote ao Brasil pela quebra da ordem democrática.

O governo dos Estados Unidos anuncia a reavaliação das relações. Países europeus chamam seus embaixadores para consultas. Dezenas de países decidem não participar da Olimpíada do Rio de Janeiro. O movimento cresce, e os Jogos são cancelados. Cineastas recusam-se a ceder seus filmes para a mostra de São Paulo e escritores recusam-se a vir para a Flip.

Enquanto isso ocorre no plano externo, no interno os novos donos do poder enfrentam dificuldades. Por mais que prendam, torturem e silenciem, não conseguem conter os desafios. Goste-se dele ou não, o partido alijado do poder tem raízes profundas na sociedade.
Sucedem-se as greves, que, quanto mais reprimidas, mais se multiplicam. Manifestações de rua afrontam as proibições e são engrossadas mesmo pelas forças democráticas que se opunham ao governo deposto.
Mais grave é o que acontece no campo. Movimentos sociais se transmudam em forças de guerrilha. Quem temia o fantasma da Venezuela tem agora pela frente o fantasma da Colômbia.
A situação se agrava, e a unidade militar, que nunca fora tão unida assim, se rompe. Nesse ponto ou eclode uma guerra civil, o país se incendeia e as ruas se juncam de cadáveres…

…ou o amigo golpista acorda, recolhe sua faixa e toma juízo. Deixe de ser besta, cara. Se você quer fazer oposição ao governo, está marcando gol contra.

04 de dezembro de 2014
Roberto Pompeu de Toledo, Veja

http://lorotaspoliticaseverdades.blogspot.com/2014/12/caro-golpista.html
 

ONDE ESTÁ AÉCIO NEVES PERGUNTAM MUITOS...

O vídeo responde: no lugar certo, falando em nome dos milhões de indignados com o governo cada vez mais parecido com um imenso clube dos cafajestes

https://www.youtube.com/watch?v=370f2HspCmc&feature=player_embedded

A entrevista em que Aécio Neves escancarou a alma delinquente do PT e o discurso desta quarta-feira se conjugaram para revogar a cobrança embutida na pergunta repetida por muitos leitores nos últimos dias: onde está o senador mineiro contemplado há pouco mais de um mês com 51 milhões de votos? Está cumprindo a missão confiada a um líder do Brasil que presta, sabe-se agora.

Em pronunciamentos na tribuna do Parlamento, entrevistas divulgadas pela TV e artigos em jornais, o  presidente do PSDB tem vocalizado com clareza e veemência o que pensa a imensidão de indignados com um governo para o qual os fins ─ entre os quais figura a eternização no poder ─ justificam os meios. Qualquer meio. Até roubo. Até assassinato. Até o furto da pensão da avó.

Na conversa com  o jornalista Roberto D’Ávila, Aécio olhou nos olhos um PT que vai ficando com cara de PCC. “Eu não perdi a eleição para um partido político”, constatou. “Eu perdi a eleição para uma organização criminosa que se instalou no seio de algumas empresas brasileiras, patrocinadas por este grupo político que aí está”. Trapalhões sem remédio, sacerdotes da seita lulopetista enfiaram prontamente a carapuça.

Rui Falcão, presidente do PT e puxador de salvas de palmas para candidatos à Papuda, prometeu “interpelar e processar” o responsável por tamanha infâmia. Os senadores Lindberg Farias e Humberto Costa, ainda grogues com o nocaute sofrido nas urnas do Rio e de Pernambuco, exigiram o respeito que jamais merecerão dois beneficiários da farra bilionária do Petrolão.

Com altivez, Aécio não só ratificou o que dissera como intensificou a ofensiva verbal. ” A eleição é o momento da verdade”, lembrou nesta quarta-feira. “Infelizmente, não foi a verdade que prevaleceu”. Em seguida, enfileirou meia dúzia de medidas recentes da presidente Dilma que implodiram promessas recitadas de meia em meia hora pela candidata Dilma.

“Ouçam o que ela disse em 6 de agosto: ‘ Acredito que  teremos condições de cumprir o superávit primário previsto no início do ano’”, exemplificou. “Ela mentiu ou desconhecia a realidade do país?” Depois de lembrar que o Congresso “está ferindo de morte um dos pilares da Lei de Responsabilidade Fiscal” identificou o objetivo obsceno da manobra em curso: ”Busca-se dar à presidente da República anistia pelo crime de responsabilidade por ela já cometido”.

No fecho, o orador lancetou sem clemência o tumor medonho: ”Hoje, a presidente da República coloca de cócoras o Congresso ao estabelecer que cada parlamentar aqui tem um preço. Os senhores que votarem a favor desta mudança valem 748 mil reais”. Sabia-se que foi sempre de bom tamanho o estoque de parlamentares à venda no feirão do Legislativo. O que se ignorava era o valor dos produtos.
Depois do discurso de Aécio, todos exibem na testa a etiqueta que especifica o preço de cada um.

04 de dezembro de 2014
augusto nunes, Veja

SEU "PRALAMENTAR" ESTÁ AQUI, COONESTANDO O GOLPE FISCAL? SE ESTIVER, MEUS PARABÉNS PELA SUA CONTRIBUIÇÁO AO PAÍS. LAMENTÁVEL...

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Votação PLN 36 de 2014
Page 1
54a. LEGISLATURA
QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
SESSÃO CONJUNTA Nº 031 - 03/12/2014
Abertura da sessão: 03/12/2014 10:53
Encerramento da sessão: 04/12/2014 05:00
Proposição: PLN Nº 36/2014 - SUBSTITUTIVO DA COMISSÃO MISTA DE ORÇAMENTO -
Nominal Eletrônica
Início da votação: 04/12/2014 03:24
Encerramento da votação: 04/12/2014 03:36
Presidiram a Votação:
Renan Calheiros
Resultado da votação
Sim: 240
Não: 60
Total da Votação: 300
Total Quorum: 300
Obstrução: 9
Presidente da Casa: Renan Calheiros - PMDB /AL
Presidiram a Sessão:
Renan Calheiros - 10:53
Romero Jucá - 16:25
Renan Calheiros - 18:15
Orientação
PT: Sim
PMDB: Sim
PpPros: Sim
PSD: Sim
PSDB: Obstrução
PrPtdobPrp: Sim
DEM: Obstrução
PSB: Obstrução
Solidaried: Obstrução
PDT: Sim
PTB: Sim
PCdoB: Sim
PSC: Liberado

 
PRB: Sim
PV: Sim
PPS: Obstrução
PSOL: Sim
Minoria: Não
GOV.: Sim
Parlamentar
UF
Voto
DEM
Abelardo Lupion
PR Obstrução
Alexandre Leite
SP Não
Efraim Filho
PB Não
Felipe Maia
RN Não
Lira Maia
PA Não
Mandetta
MS Não
Mendonça Filho
PE Não
Mendonça Prado
SE Sim
Onyx Lorenzoni
RS Não
Rodrigo Maia
RJ Não
Ronaldo Caiado
GO Não
Total DEM: 11
PCdoB
Alice Portugal
BA Sim
Assis Melo
RS Sim
Chico Lopes
CE Sim
Daniel Almeida
BA Sim
Evandro Milhomen
AP Sim
Gustavo Petta
SP Sim
Jandira Feghali
RJ Sim
Jô Moraes
MG Sim
João Ananias
CE Sim
Luciana Santos
PE Sim
Manuela D`Ávila
RS Sim
Osmar Júnior
PI Sim
Perpétua Almeida
AC Sim
Total PCdoB: 13
PDT
André Figueiredo
CE Sim

Damião Feliciano
PB Sim
Félix Mendonça Júnior
BA Sim
Flávia Morais
GO Sim
Giovani Cherini
RS Sim
Giovanni Queiroz
PA Sim
Marcelo Matos
RJ Sim
Marcos Rogério
RO Sim
Oziel Oliveira
BA Sim
Paulo Rubem Santiago
PE Sim
Reguffe
DF Não
Subtenente Gonzaga
MG Sim
Sueli Vidigal
ES Sim
Weverton Rocha
MA Sim
Wolney Queiroz
PE Sim
Total PDT: 15
PMDB
Akira Otsubo
MS Sim
Alberto Filho
MA Sim
Alceu Moreira
RS Não
Alexandre Santos
RJ Sim
André Zacharow
PR Sim
Camilo Cola
ES Sim
Carlos Bezerra
MT Sim
Celso Maldaner
SC Sim
Edinho Araújo
SP Sim
Edinho Bez
SC Não
Edio Lopes
RR Sim
Eduardo Cunha
RJ Sim
Fabio Reis
SE Sim
Fábio Trad
MS Não
Flaviano Melo
AC Sim
Geraldo Resende
MS Sim
Henrique Eduardo Alves
RN Sim
Hermes Parcianello
PR Sim
Hugo Motta
PB Sim
João Magalhães
MG Sim
José Priante
PA Sim
Júnior Coimbra
TO Sim
Leandro Vilela
GO Sim

Leonardo Picciani
RJ Sim
Leonardo Quintão
MG Sim
Manoel Junior
PB Sim
Marçal Filho
MS Não
Marcelo Castro
PI Sim
Marinha Raupp
RO Sim
Mário Feitoza
CE Sim
Osmar Serraglio
PR Sim
Pedro Chaves
GO Sim
Pedro Paulo
RJ Sim
Professor Setimo
MA Sim
Renan Filho
AL Sim
Rogério Peninha Mendonça
SC Sim
Ronaldo Benedet
SC Sim
Rose de Freitas
ES Sim
Saraiva Felipe
MG Sim
Washington Reis
RJ Sim
Total PMDB: 40
PP
Afonso Hamm
RS Não
Aguinaldo Ribeiro
PB Sim
Aline Corrêa
SP Sim
Arthur Lira
AL Sim
Betinho Rosado
RN Sim
Carlos Magno
RO Sim
Dilceu Sperafico
PR Não
Eduardo da Fonte
PE Sim
Guilherme Mussi
SP Não
Iracema Portella
PI Sim
Jair Bolsonaro
RJ Não
Jerônimo Goergen
RS Obstrução
João Leão
BA Sim
Julio Lopes
RJ Não
Lázaro Botelho
TO Sim
Luis Carlos Heinze
RS Obstrução
Luiz Fernando Faria
MG Sim
Nelson Meurer
PR Sim
Renato Molling
RS Não
Roberto Balestra
GO Não

Roberto Britto
BA Sim
Sandes Júnior
GO Sim
Simão Sessim
RJ Sim
Vilalba
PE Sim
Vilson Covatti
RS Sim
Waldir Maranhão
MA Sim
Total PP: 26
PPS
Arnaldo Jardim
SP Não
Total PPS: 1
PR
Aelton Freitas
MG Sim
Anderson Ferreira
PE Sim
Bernardo Santana de Vasconcellos
MG Sim
Davi Alves Silva Júnior
MA Sim
Dr. Adilson Soares
RJ Sim
Francisco Floriano
RJ Sim
João Carlos Bacelar
BA Sim
João Maia
RN Sim
Jorginho Mello
SC Sim
José Rocha
BA Sim
Luciano Castro
RR Sim
Lúcio Vale
PA Sim
Manuel Rosa Neca
RJ Sim
Maurício Quintella Lessa
AL Sim
Milton Monti
SP Sim
Paulo Feijó
RJ Sim
Paulo Freire
SP Sim
Tiririca
SP Não
Vinicius Gurgel
AP Sim
Wellington Fagundes
MT Sim
Wellington Roberto
PB Sim
Zoinho
RJ Sim
Total PR: 22
PRB
Antonio Bulhões
SP Sim
César Halum
TO Sim
Cleber Verde
MA Sim
George Hilton
MG Sim

Jhonatan de Jesus
RR Sim
Márcio Marinho
BA Sim
Otoniel Lima
SP Sim
Vitor Paulo
RJ Sim
Total PRB: 8
PROS
Antonio Balhmann
CE Sim
Ariosto Holanda
CE Sim
Domingos Neto
CE Sim
Dr. Jorge Silva
ES Sim
Dudimar Paxiuba
PA Sim
Givaldo Carimbão
AL Sim
Hugo Leal
RJ Sim
José Augusto Maia
PE Sim
Miro Teixeira
RJ Não
Ronaldo Fonseca
DF Sim
Valtenir Pereira
MT Sim
Vicente Arruda
CE Sim
Total PROS: 12
PRP
Chico das Verduras
RR Sim
Jânio Natal
BA Sim
Total PRP: 2
PSB
Abelardo Camarinha
SP Não
Alexandre Toledo
AL Não
Dr. Ubiali
SP Não
Glauber Braga
RJ Sim
Júlio Delgado
MG Não
Total PSB: 5
PSC
Andre Moura
SE Sim
Antônia Lúcia
AC Sim
Pastor Marco Feliciano
SP Não
Silvio Costa
PE Sim
Takayama
PR Não
Total PSC: 5
PSD
André de Paula
PE Não

Átila Lins
AM Sim
Diego Andrade
MG Sim
Edson Pimenta
BA Sim
Eduardo Sciarra
PR Sim
Eleuses Paiva
SP Não
Eliene Lima
MT Sim
Fábio Faria
RN Sim
Felipe Bornier
RJ Sim
Guilherme Campos
SP Sim
Hugo Napoleão
PI Sim
Jefferson Campos
SP Sim
José Carlos Araújo
BA Sim
José Nunes
BA Sim
Júlio Cesar
PI Sim
Manoel Salviano
CE Sim
Marcos Montes
MG Não
Moreira Mendes
RO Sim
Onofre Santo Agostini
SC Sim
Paulo Magalhães
BA Sim
Ricardo Izar
SP Não
Roberto Dorner
MT Sim
Roberto Santiago
SP Sim
Sérgio Brito
BA Sim
Silas Câmara
AM Sim
Thiago Peixoto
GO Não
Vilmar Rocha
GO Não
Total PSD: 27
PSDB
Antonio Carlos Mendes Thame
SP Obstrução
Antonio Imbassahy
BA Não
Bruno Araújo
PE Não
Domingos Sávio
MG Não
Duarte Nogueira
SP Não
Emanuel Fernandes
SP Não
Izalci
DF Não
Jutahy Junior
BA Não
Luiz Carlos
AP Obstrução
Luiz Carlos Hauly
PR Não
Luiz Pitiman
DF Obstrução

Nilson Leitão
MT Não
Paulo Abi-Ackel
MG Não
Raimundo Gomes de Matos
CE Não
Ricardo Tripoli
SP Obstrução
Ruy Carneiro
PB Não
Vaz de Lima
SP Não
Wandenkolk Gonçalves
PA Não
William Dib
SP Não
Total PSDB: 19
PSOL
Chico Alencar
RJ Sim
Ivan Valente
SP Sim
Total PSOL: 2
PT
Afonso Florence
BA Sim
Alessandro Molon
RJ Sim
Amauri Teixeira
BA Sim
Anselmo de Jesus
RO Sim
Assis Carvalho
PI Sim
Assis do Couto
PR Sim
Beto Faro
PA Sim
Biffi
MS Sim
Bohn Gass
RS Sim
Dalva Figueiredo
AP Sim
Décio Lima
SC Sim
Devanir Ribeiro
SP Sim
Dr. Rosinha
PR Sim
Edson Santos
RJ Sim
Erika Kokay
DF Sim
Eudes Xavier
CE Sim
Fátima Bezerra
RN Sim
Fernando Ferro
PE Sim
Francisco Chagas
SP Sim
Francisco de Assis
SC Sim
Francisco Praciano
AM Sim
Gabriel Guimarães
MG Sim
Helcio Silva
SP Sim
Henrique Fontana
RS Sim
Iara Bernardi
SP Sim

Iriny Lopes
ES Sim
Janete Rocha Pietá
SP Sim
Jesus Rodrigues
PI Sim
João Paulo Lima
PE Sim
Jorge Bittar
RJ Sim
José Airton
CE Sim
José Guimarães
CE Sim
José Mentor
SP Sim
Leonardo Monteiro
MG Sim
Luci Choinacki
SC Sim
Luiz Alberto
BA Sim
Luiz Couto
PB Sim
Luiz Sérgio
RJ Sim
Magela
DF Sim
Márcio Macêdo
SE Sim
Marcon
RS Sim
Margarida Salomão
MG Sim
Maria do Rosário
RS Sim
Miriquinho Batista
PA Sim
Newton Lima
SP Sim
Nilmário Miranda
MG Sim
Odair Cunha
MG Sim
Padre João
MG Sim
Padre Ton
RO Sim
Paulão
AL Sim
Paulo Pimenta
RS Sim
Paulo Teixeira
SP Sim
Pedro Eugênio
PE Sim
Pepe Vargas
RS Sim
Policarpo
DF Sim
Reginaldo Lopes
MG Sim
Renato Simões
SP Sim
Rogério Carvalho
SE Sim
Ronaldo Zulke
RS Sim
Ságuas Moraes
MT Sim
Sibá Machado
AC Sim
Taumaturgo Lima
AC Sim
Valmir Assunção
BA Sim
Vander Loubet
MS Sim

Vanderlei Siraque
SP Sim
Vicente Candido
SP Sim
Vicentinho
SP Sim
Waldenor Pereira
BA Sim
Weliton Prado
MG Sim
Zé Geraldo
PA Sim
Zeca Dirceu
PR Sim
Total PT: 71
PTB
Alex Canziani
PR Sim
Antonio Brito
BA Sim
Arnaldo Faria de Sá
SP Não
Arnon Bezerra
CE Sim
Eros Biondini
MG Não
Jorge Côrte Real
PE Sim
José Chaves
PE Sim
Jovair Arantes
GO Sim
Luiz Carlos Busato
RS Sim
Nelson Marquezelli
SP Sim
Nilton Capixaba
RO Sim
Paes Landim
PI Sim
Sabino Castelo Branco
AM Sim
Walney Rocha
RJ Sim
Wilson Filho
PB Sim
Total PTB: 15
PTdoB
Lourival Mendes
MA Sim
Luis Tibé
MG Não
Total PTdoB: 2
PV
Fábio Ramalho
MG Sim
Henrique Afonso
AC Não
Paulo Wagner
RN Sim
Roberto de Lucena
SP Não
Total PV: 4
Solidaried
Augusto Coutinho
PE Não
Aureo
RJ Não
Benjamin Maranhão
PB Sim

Berinho Bantim
RR Sim
Carlos Manato
ES Obstrução
Dr. Grilo
MG Obstrução
Laercio Oliveira
SE Não
Wladimir Costa
PA Sim
Zé Silva
MG Não
Total Solidaried: 9
CENIN - Coordenação do Sistema Eletrônico de Votação