"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

UMA FÁBULA ALCOÓLICA


Era uma vez, um país que disse ter conquistado a independência energética com o uso do álcool feito a partir da cana de açúcar.

Seu presidente falou ao mundo todo sobre a sua conquista e foi muito aplaudido por todos. Na época, este país lendário começou a exportar álcool até para outros países mais desenvolvidos.

Alguns anos se passaram e este mesmo país assombrou novamente o  mundo quando anunciou que tinha tanto petróleo que seria um dos maiores produtores do mundo e seu futuro como exportador estava garantido.

A cada discurso de seu presidente, os aplausos eram tantos que confundiram a capacidade de pensar de seu povo. O tempo foi passando e o mundo colocou algumas barreiras para evitar que o grande produtor invadisse seu mercado. Ao mesmo tempo adotaram uma política de  comprar as usinas do lendário país, para serem os donos do negócio.

Em 2011, o fabuloso país grande produtor de combustíveis, apesar dos alardes publicitários e dos discursos inflamados de seus governantes, começou a importar álcool e gasolina.

Primeiro começou com o álcool, e já importou mais de 400 milhões de litros e deve trazer de fora neste ano um recorde de 1,5 bilhão de litros, segundo o presidente de sua maior empresa do setor, chamada Petrobras Biocombustíveis.
Como o álcool do exterior é inferior, um órgão chamado ANP (Agência Nacional do Petróleo) mudou a especificação do álcool, aumentando de 0,4% para 1,0% a quantidade da água, para permitir a importação. Ao mesmo tempo, este país exporta o álcool de boa qualidade a um preço mais baixo, para honrar contratos firmados.

Como o álcool começou a ser matéria rara, foi mudada a quantidade de álcool adicionada à gasolina, de 25% para 20%, o que fez com que a grande empresa produtora de gasolina deste país precisasse importar gasolina, para não faltar no mercado interno. Da mesma forma, ela exporta gasolina mais barata e compra mais cara, por força de contratos.

A fábula conta ainda que grandes empresas estrangeiras, como a BP (British Petroleum), compraram no último ano várias grandes usinas produtoras de álcool neste país imaginário, como a Companhia Nacional de Álcool e Açúcar, e já são donas de 25% do setor.

A verdade é que hoje este país exótico exporta o álcool e a gasolina a preços baixos, importa a preços altos um produto inferior, e seu povo paga por estes produtos um dos m
ais altos preços do mundo.


Infelizmente esta fábula é real e o país onde estas coisas irreais acontecem chama-se 
BRASIL.

03 de fevereiro de 2016
CÉLIO PEZZA é escritor

TRIPLEX, FASCÍNIO QUE LEVA O PODER A MUDAR O ESPELHO DA VIDA


Lula agora nega que o triplex era dele…
O episódio do tríplex do Guarujá, pelo capítulo atual, deixou o ex-presidente Lula em situação muito difícil diante da opinião pública, já que sua versão derradeira colide fortemente com aquela que a antecedeu de poucos dias. Basta ler a reportagem de O Globo e a de O Estado de São Paulo, ambas publicadas nas edições de segunda-feira, 01, para que se destaque uma e outra. A reportagem de O Estado de São Paulo é de Letícia Soro e Eduardo Kattah. A de O Globo não foi assinada. Não tem importância.
A primeira versão, a veiculada pelo advogado do ex-presidente é ridícula. Pois como o comprador opcional de um apartamento tríplex resolve resgatar a quota de 47 mil reais que lhe cabia no empreendimento para resgatar tal valor e desistir da transação? Não vale a pena sequer opinar sobre as sombras que tornam nada nítido o desencontro de vontades. O advogado, certamente, deverá se demitir da função que aceitou ou então dela ser demitido.
As datas, inclusive, são discrepantes. Pela nova explicação de Lula, veiculada pelo Instituto que leva seu nome, portanto de fonte insuspeita para o antecessor de Dilma Rousseff, está menos distante da verdade: a desistência foi firmada em novembro de 2015, há pouco mais de dois meses. Nela, a explicação, Luis Inácio da Silva confirma a informação do zelador do prédio, que visitou a obra em companhia da Sra. Marisa Letícia, e do empresário Léo Pinheiro, então presidente da OAS. A OAS encontra-se envolvida no assalto aos contratos da Petrobrás. E Léo Pinheiro, condenado por corrupção, está preso no Paraná.
LACERDA E JUSCELINO
A embriaguez do sucesso é um dos maiores perigos que ameaçam os que ocupam o poder e podem acionar a caneta mágica que os fascina, tanto quanto os empresários que deles conseguem se aproximar, lançando na mesa os dados da sorte e dos prazeres aparentes e tocáveis da realidade. Os empresários sabem como agradar, aproximarem-se e até se tornarem íntimos. Executivos preparados e especialistas em em tais tarefas, que são múltiplas, não faltam. E são bem remunerados de acordo com os reflexos que são capazes de produzir.
Mas falei no fascínio, pode-se dizer hipnótico dos tríplex. O que seria destinado a Lula, ao qual a repercussão pública o levou a recuar, não foi o único da história. Não foi o primeiro e, ao que os sintomas indicam, tampouco será o último. Carlos Lacerda, quando governador da antiga Guanabara, de 60 a 65, morava na Praia do Flamengo quase esquina com Conde Baependi. Tinha um duplex. Resolveu ingressar no clube dos que possuíam um tríplex. Executou uma obra para concretizar seu objetivo. O arquiteto chamava-se Alberto Pucheu, pai de um amigo de quase 60 anos.
O presidente Juscelino Kubitschek, que governou o país de 56 a janeiro de 61, no final de seu mandato foi morar num tríplex na Avenida Vieira Souto, quase ao lado da Casa de Cultura Laura Alvim. O clube seleto deve ter maior número de integrantes, mas há uma diferença em relação a Lula. Não foram construídos por empresas envolvidas em escândalos, tampouco os empresários estavam na cadeia. Conheci o de JK, ao entrevista-lo para o Correio da Manhã, em 63. Ele falou sobre o projeto de vencer as eleições de 65. Infelizmente ele não voltou. Começava a ditadura militar.

03 de fevereiro de 2016
Pedro do Coutto

QUANDO OS IDEALISTAS SE PERDEM



O jovem Dirceu, na Rua Maria Antônia
Olho para a foto de José Dirceu, na capa desta Folha no sábado, 30, cercado de policiais, ralos cabelos brancos, um esgar no rosto que parece um sorriso, ao ser conduzido para prestar depoimento ao juiz Sergio Moro. É réu. Volto quase meio século no tempo e vejo, num canto da memória, José Dirceu trepado a um poste da rua Maria Antônia, arengando à multidão de estudantes que protestava contra a ditadura. Era um subversivo idealista.
Olho para a foto do sítio de Atibaia, reformado por empreiteira para o conforto de Luiz Inácio Lula da Silva, frequentador confesso, talvez proprietário oculto. Um luxo só.
Volto outro tanto no tempo e a memória fotografa o estadinho da Vila Euclides, em São Bernardo do Campo, em que um Lula desalinhado e rude arengava à massa de operários em greve, um tanto por melhores salários, outro tanto contra a ditadura. Era um herói popular.
Fico pensando, no meu canto, em que momento o subversivo idealista se tornou um “profiteur” das amizades com poderosos e ricos a ponto de se tornar réu.
Fico tentando descobrir igualmente em que momento o herói popular dedicou-se a enriquecer a ponto de ter de prestar sucessivos depoimentos sobre imóveis em que empreiteiras puseram mais que um dedo para deixá-los ao gosto do novo rico. Um amigo jornalista me conta que frequentou o antigo sítio de Lula, Los Fubangos, às margens da Billings: “Era fuleiro, pior que o meu”.
Sei que os hidrófobos do antipetismo e do antilulismo dirão que não houve um momento de transformação. Eles sempre teriam sido assim, interessados apenas em arrumar-se na vida.
Não concordo. Se fossem desde sempre “profiteurs”, não teriam arriscado a vida, um no combate à ditadura, outro na luta sindical, sempre áspera e mais ainda em épocas autoritárias.

O jovem Lula, no estadinho da Vila Euclides
MORANDO DE GRAÇA…
É verdade que Lula, mesmo antes de ser presidente, acomodou-se ao bem-bom ao aceitar morar de graça em casa de seu amigo, o advogado Roberto Teixeira.
Aí, sim, com alguma condescendência, poder-se-ia admitir que se tratava de um mimo de amigo que, talvez, não embutia a necessidade de retribuição futura.
Agora, não. Todo o mundo — e não só no Brasil – está cansado de saber que os negócios das empreiteiras com o poder público são turvos, para dizer o mínimo. Quase 100% dos escândalos que envolvem políticos mundo afora envolvem também empreiteiras de obras públicas.
No caso específico de Dirceu, tornar-se consultor de Carlos Slim, o bilionário mexicano, é desprezar o fato de que fazer fortuna no México (como em quase toda a América Latina) não é um esporte isento de irregularidades, para dizer o menos.
Não há, até agora, provas conclusivas contra Lula (ao contrário do caso de Dirceu, já condenado no mensalão e, agora, preso pelo petrolão). Mas essa é uma ressalva de caráter puramente jurídico.
Do ponto de vista do comportamento republicano, a promiscuidade comprovada com empreiteiras é um crime que ninguém deveria cometer, menos ainda um antigo herói popular.
(artigo enviado pelo comentarista Mário Assis Causanilhas)
03 de fevereiro de 2016
Clóvis Rossi

Folha

NÃO HAVIA TRIPLEX NO SOLARIS, FOI FEITO ESPECIALMENTE PARA LULA



Contrato de d. Marisa diz que não havia triplex
Quando uma situação não é explicada logo que se apresenta, quanto mais o tempo passa, a coisa piora, porque a tendência é o caso ir se complicando, como está ocorrendo com o escândalo do triplex de Lula e dona Marisa Leticia. Quando a notícia surgiu, em 2014, foi logo em formato de escândalo, porque nem Lula nem a mulher eram bancários e associados ao respectivo Sindicato, condição exigida para a compra dos imóveis da cooperativa Bancop. O assunto é tenebroso e contraditório, porque até agora o Instituto Lula já deu três informações diferentes sobre a aquisição do imóvel:
VERSÃO 1– Respondendo a um questionamento do jornal O Globo, em dezembro de 2014 o Instituto Lula confirmou que Lula era proprietário do apartamento triplex no Condomínio Solaris, na Praia das Astúrias, no Guarujá, e que ele havia pago o imóvel em prestações ao longo dos anos.
VERSÃO 2 – Uma semana depois, ainda em dezembro de 2014, o Instituto Lula mudou a versão, passando a alegar que dona Marisa Letícia Lula da Silva é que seria proprietária de uma cota de participação da Bancoop, cooperativa responsável pelo início das obras, depois assumidas pela empreiteira OAS.
VERSÃO 3 – Agora, vem o mesmo Instituto e diz que o imóvel de Lula/Marisa não era o triplex 164A, mas o modesto apartamento 141, de apenas 82,5 m², no Edifício Navia, que depois passou a se chamar Solaris. E dele dona Marisa Leticia teria desistido em 2009 (no documento respectivo não há data na assinatura, assim como não foi preenchido o RG da Identidade).
GENTILEZA DE VACCARI
Embora apenas associados do Sindicato pudessem entrar na cooperativa Bancoop, o presidente João Vaccari Neto fez questão de abrir exceções, são somente para atender ao casal Lula da Silva, mas também a própria família Vaccari, além do atual presidente da CUT, Vagner Freitas, de um assessor de Lula, Freud Godoy, e de outros companheiros do PT & Cia.
Neste final de semana, depois do escândalo ter se avolumado espantosamente, o Instituto Lula surgiu com a mais recente versão, com uma série de documentos visando a provar que Lula possuía apenas um modesto apartamento de 82,5 m², mas dele se desfizera e somente uma vez foi com dona Marisa ao Edifício Solares, acompanhado do presidente da OAS, Léo Pinheiro, para conhecer o triplex 164A – “uma unidade disponível para venda no condomínio”, segundo a nota do Instituto Lula, que acrescentou: “Lula e Marisa avaliaram que o imóvel não se adequava às necessidades e características da família, nas condições em que se encontrava”.
Essas novas informações do Instituto Lula entram em choque com as anteriores. A primeira dizia que Lula era dono do triplex. A segunda desmentia a primeira, ao alegar que era dona Marisa a dona da cota do cooperativa, à qual estaria vinculado o triplex. E agora, a mais nova versão revela que a mulher de Lula não era dona do triplex, mas do modesto apartamento 141, o que significa que a tal cota não existiria. E não existia mesmo, porque no contrato assinado por dona Marisa a Cláusula 9ª determina explicitamente: “A escolha da unidade habitacional se deu por livre manifestação e opção do ASSOCIADO” (assim mesmo, em letras maiúsculas, para frisar que estranhos ao Sindicato não podiam adquirir imóveis da cooperativa Bancoop…).
NÚMEROS CONFLITANTES
O fato é que as informações e os números apresentados pelos advogados de Lula são conflitantes. Pelo documento de desistência que agora dona Marisa diz haver assinado em 2009, ela passaria a receber R$ 5.227,69 mensais, em 36 parcelas iguais, sem correção monetária e juros, a partir de 27 de outubro de 2010 e até 27 de outubro de 2013 – portanto, num total de R$ 188.196,84.
Seis anos depois, “a devolução do dinheiro aplicado ainda não começou a ser feita”, diz a nota do instituto Lula, revelando que até hoje a Bancoop não teria pago um centavo a dona Marisa, embora os outros compradores que desistiram tenham sido reembolsados, conforme as entrevistas com alguns deles, publicadas pela mídia nos últimos dias.
Espantosamente (ou coincidentemente, a cooperativa teria escolhido justamente a mulher do ex-presidente da República para dar o calote nela, que não reclamou nem entrou na Justiça, como fizeram centenas de associados que sofreram prejuízos causados pela Bancoop.
DECLARAÇÃO DE BENS
Pelo contrato e documentos exibidos na espalhafatosa nota oficial do Instituto Lula, dona Marisa teria dado R$ 20 mil de entrada e pagava prestações de R$ 2 mil, até 15 de setembro de 2009, perfazendo, R$ 179.650,80, já corrigidos monetariamente. Devolveu o apartamento em 2009 e teria R$ 188.196,84 a receber, ninguém sabe como chegaram a este total.
Acontece que, depois que surgiu o escândalo do triplex, Lula, na sua declaração de bens de 2014, registrou que o apartamento no Solaris ainda era dele e havia pago R$ 179.298,96 e não os R$ 179.650,80 que constam no documento exibido pelo Instituto Lula. A diferença é mínima, mas vale muito, nesta armação que denota uma “conta de chegar”, como se dizia antigamente.
O mais grave é que, se dona Marisa havia devolvido o apartamento em 2009, quando teria parado de pagar, como o imóvel poderia continuar a pertencer a seu marido, cinco anos após ter sido devolvido?
ADVOGADO DE LULA CONFIRMA
No meio do tiroteio, aparece o novo advogado de Lula, Nilo Batista, para aumentar a confusão. Ao dar entrevista à Folha em defesa de seu cliente, para o qual estaria trabalhando de graça, por terem a mesma ideologia política, Batista cometeu um ato falho e confirmou que o triplex “estava reservado para Lula”.
Ao dar essa declaração, o advogado mostrou desconhecer que não havia imóveis “reservados” no Edifício Solaris – todos foram vendidos pela Bancoop. Se Lula tinha comprado o modesto apartamento 141, por que o luxuoso triplex 164A ficou “reservado” para ele? Na verdade, nem havia triplex no Edifício Navia, que depois virou Solaris. No contrato assinado por dona Marisa (Cláusula 2ª) está registrado que existiam apenas dois tipos de apartamentos – o simples, com 82,5 m2s, e o duplex, com126,35 m². O triplex de 215 m² simplesmente não existia. Foi criado exclusivamente pela OAS para alojar a família Lula da Silva. E para não dar na vista, a construtora transformou em triplex um outro apartamento ao lado.
Essas novas informações, os documentos exibidos este fim de semana pela IstoÉ e os depoimentos das testemunhas já ouvidas pelo Ministério Público e pela imprensa, tudo isso comprova que o apartamento dos Lula da Silva era o 164A do Edifício Solares, que realmente estava reservado para ele, como pagamento pelas facilidades que a empreiteira OAS teve nos dois primeiros governos do PT.
Tudo o que está escrito aqui é rigorosamente verdadeiro, facilmente comprovável, enquanto a nova versão dos advogados de Lula não passa de uma mera “invencionice”, como eles mesmos gostam de dizer.

03 de fevereiro de 2016
Carlos Newton

JORNAL NACIONAL DESTRUIU AS INVENCIONICES ALEGADAS POR LULA




Globo resolveu fazer jornalismo, ao invés de showbusiness

















Nesta segunda-feira, o Jornal Nacional exibiu reportagem demonstrando que Lula foi 111 vezes ao sítio ao longo de quatro anos. Em média, uma visita a cada duas semanas. Ora, ora… só isso já deixa claro que o sítio de Atibaia pertence mesmo ao Lula. Mas, por motivos escusos, não está em seu nome. Afinal, quem viajaria tanto a um sítio de veraneio que não lhe pertence? Alguém com bom senso e educação se hospedaria tanto numa propriedade de terceiros? Ninguém faz isso com tão absurda frequência, mesmo que se utilize de um imóvel de lazer de parentes próximos!
É óbvio que esse cinematográfico sítio de Atibaia representa generoso presente de empreiteira(s) ao Lula. Moeda de troca por serviços prestados numa sofisticada cadeia de tráfico de influências. Ou seja, o imóvel é símbolo real de corrupção bilionária!
Está em nome de “laranjas”??? Não importa! Investigações sofisticadas e sérias, usando de meios legais, poderão desfazer toda a farsa!
###
AS PERGUNTAS SEM RESPOSTA DO JN
Moacir Pimentel
– Por que Lula sustentou por tanto tempo possuir apenas uma cota no edifício, sem nunca mencionar um número de apartamento, como fez agora?
– Por que demorou seis anos para decidir se ficaria com o imóvel, se os demais mutuários tiveram apenas um mês para fazer essa opção, em 2009, de acordo com decisão da assembleia de cooperados da Bancoop?
– Por que a OAS fez uma reforma de R$ 770 mil apenas no tríplex 164-A, se a unidade ainda não tinha um destinatário definido?
– Por que o então presidente da OAS, Léo Pinheiro, acompanhou pessoalmente o casal em visita ao apartamento?
– Por que a mulher de Lula, Marisa Letícia, acompanhou a reforma do apartamento, se ainda não havia decidido comprá-lo?
– Por que Lula não contestou O GLOBO quando, em 2010, o jornal informou que o então presidente esperava pela conclusão de um tríplex no Guarujá e não um apartamento simples, de 82,5 metros quadrados?
– Por que funcionários do condomínio eram orientados a evitar citar o nome de Lula ao serem perguntados sobre o apartamento?

03 de fevereiro de 2016
Angela Maria

CACHAÇA NÃO É ÁGUA, NÃO


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFObrxo62RPwFa-sKaSWvSI9FkDgYtcsWUmMqUEjLsgIGZsvcC9nKWkz24VAdT7rSSBD0ZsOvBXBrdcHKXFw2JEAjpi3JtRuZrPPZMKo0r1bCyIT2Z9z5OAjEFIhBLvdM7hB4NPSVzgRE/s1600/cachaceiro.jpg
Lula está mais devagar e só bebe socialmente…
O PT não nasceu em São Bernardo, São Paulo. Nasceu em Criciúma, Santa Catarina. Eu vi. Em 1978, o prefeito Walmor de Luca, líder estudantil, deputado federal de 1974 no levante eleitoral do MDB, realizou um seminário trabalhista nacional com os políticos que se reorganizavam lutando pela anistia e destacadas lideranças sindicais.
Lula estava lá. E também Olívio Dutra, o bigodudo gaúcho, bancário do Rio Grande do Sul, depois prefeito de Porto Alegre e governador gaúcho, Jacó Bittar, petroleiro de São Paulo e outros dirigentes sindicais do ABC paulista, Rio, Paraná, Santa Catarina, Minas, Bahia, Pernambuco.
Desde a primeira assembleia um assunto centralizou os debates: o movimento sindical devia ter partido político? As lideranças sindicais deviam entrar para partidos políticos já funcionando ou outros a nascerem?
Lula era totalmente contra. O argumento dele era que os sindicatos eram mais fortes do que os partidos políticos e a política descaracterizava o movimento sindical e desmobilizava os trabalhadores.
Discutimos dois dias. Estávamos lá um grupo de socialistas e trabalhistas (José Talarico, a brilhante advogada Rosa Cardoso, o exemplar João Vicente Goulart, eu, outros). Defendíamos a reorganização dos trabalhistas e socialistas em um só partido liderado pelo incansável Brizola, que saíra do exílio no Uruguai e articulava sua volta em Portugal.
Lula não queria partido nenhum. Mas houve tal pressão de líderes sindicais de outros Estados e Lula balançou. O argumento dele era que os sindicatos poderosos, como os de São Paulo, não precisavam de partidos. Mas, e os mais fracos, que eram mais de 90% no país? No último dia vimos Lula já quase mudando de posição. Afinal, em 10 de fevereiro de 1980, nascia o PT, marco da historia política brasileira. Walmor de Luca devia ter ganho carteirinha de padrinho.
Lembro-me bem de que lá em Criciúma já rouco de falar Lula pediu:
– Me dá minha água.
Veio uma garrafinha de água bem branquinha. Aquela “minha água” me chamou a atenção. Joguei um gole no meu copo. Era cachaça e da boa.
Lula continua o mesmo. Sempre misturando cachaça com água.
MARCHINHA DO LULA
Em tempos de Carnaval, a marchinha é inesquecível:
– “Você pensa que cachaça é água/ Cachaça não é água não./ Cachaça vem do alambique/ E água vem do ribeirão”.
Lula é um passarinho do céu, como aqueles da Bíblia, que não fiam nem tecem. A casa de São Bernardo não é dele mas é nela que ele mora. O sitio de Atibaia não é dele mas é nele que ele passa os fins de semana e pesca. O triplex de Guarujá não é de ninguém mas quem pôs o elevador lá foi ele, quem fez a churrasqueira lá foi ele, quem construiu as suítes lá foi ele, quem toma os porres lá é ele, quem paga… quem paga tudo… ah, quem paga tudo é a Madrinha Odebrecht, a Titia OAS, o Vovô Teixeira.
ADVOGADOS FATUREIROS
Mais uma voz honrada da advocacia brasileira se levanta para protestar contra o esdrúxulo manifesto dos leguleios que, incapazes de defenderem seus clientes presos nos escândalos do Mensalão e Lava Jato, agridem o bravo juiz Sergio Moro, que vale mais do que todos eles juntos.
Em Curitiba, o mestre, advogado e escritor Antonio Carlos Ferreira publicou na “Gazeta do Povo” uma resposta acachapante aos fatureiros:
1- “A argumentação claudicante do manifesto contra a Lava Jato divulgado dias atrás não tenta atingir somente a honra do magistrado Sérgio Moro, como também a dos tribunais que referendam e referendaram continuamente suas decisões fundamentais. Se algo houvesse de errado, certamente estas seriam reformadas. Os habeas corpus têm sido julgados no Supremo Tribunal e indeferidos.Não existe a mínima condição de se imputar atos inconstitucionais ao magistrado, que respeita a lei, a ordem e os direitos individuais de quem está preso ou em prisão domiciliar”.
2 – “O manifesto ensejará um desastre à classe dos advogados perante a população farta de tanta corrupção, e o tiro sairá pela culatra. Os acusados são meros traidores da pátria, pois se locupletam com dinheiro público e não podem ficar impunes. Aqui não é o advogado que fala, mas o brasileiro farto de tantas mediocridades. Eles não representam a classe dos advogados, que são milhares a lutar pelo seu dia a dia e não são filiados a partidos políticos, ao contrário de muitos que firmaram o manifesto, isso quando não partilham de ideologias estranhas, ou então estão a justificar a condenação de seus clientes, pois muitos fazem parte da defesa de construtoras e construtores que se locupletaram”.
3 – “A argumentação do manifesto é falha, pois falta com a verdade. E, se todo juiz ou causídico é exegeta à força, como diz Carlos Maximiliano, o saber argumentar é que lhe dá expressão ao raciocínio”.

03 de fevereiro de 2016
Sebastião Nery

O NOVO PARAÍSO FISCAL FAVORITO DOS CORRUPTOS DO MUNDO É...

“Alguns o estão chamando de nova Suíça”


Comentário de Julio Severo: O governo dos EUA passou tantos anos lutando contra os paraísos fiscais que os países que abrigavam as fortunas dos ditadores mundiais estão perdendo seus paraísos. Mas enquanto o governo dos EUA fechava tais portas de corrupção, outra porta se abriu… O que dá para chamar isso? Eliminação de concorrência?


(BLOOMBERG) – Em setembro passado, num escritório de advocacia que dá para a Baía de San Francisco, Andrew Penney, diretor-executivo de Rothschild & Co., deu uma palestra sobre como a elite rica do mundo pode evitar pagar impostos.

Sua mensagem era clara: Você pode ajudar seus clientes a transferir suas fortunas para os Estados Unidos, livres de impostos e escondidas de seus governos.
Alguns estão chamando isso de nova Suíça.

Depois de passar anos criticando e repreendendo outros países por ajudarem americanos ricos a esconderem seu dinheiro no estrangeiro, os EUA estão se tornando importantes como um paraíso fiscal secreto para estrangeiros ricos. Ao fazerem resistência às novas normas mundiais sobre transparência, os EUA estão criando um novo mercado quente, se tornando o lugar para estocar riquezas estrangeiras. 

Todos desde advogados de Londres até companhias fiduciárias estão tendo parte nisso, ajudando os ricos do mundo a mudarem suas contas de paraísos fiscais como as Bahamas e Ilhas Virgens Britânicas para paraísos fiscais em Nevada, Wyoming e South Dakota, nos EUA.


03 de fevereiro de 2016
Traduzido por Julio Severo do original em inglês do WND (WorldNetDaily): World’s favorite new tax haven is…

EUA E RÚSSIA REALIMENTAM A VELHA E ETERNA GUERRA FRIA



(reprodução da internet, sem assinatura)



















Enquanto os americanos instalam o escudo de mísseis antimíssil na Europa e na Ásia, os russos estão tentando dar a volta na cerca, mudando o seu arsenal para o extremo norte, o que significa que a velha Guerra Fria não morreu nem morrerá tão cedo. Confirma esta notícia da agência russa Sputnik:
RÚSSIA INSTALA MISSÉIS NO ÁRTICO
O ministro da Defesa russo Sergei Shoigu revelou à Sputnik que a Rússia está concluindo a construção de conjuntos habitacionais e administrativos para militares nas ilhas árticas de Kotelny e Terra de Alexandra.
Ele destacou que, além dos conjuntos habitacionais e administrativos, a Rússia está construindo instalações militares nos arquipélagos de Terra de Francisco José, Nova Zembla e Ilhas da Nova Sibéria. Esses projetos, segundo o ministro, constituem a primeira etapa do desenvolvimento região, que deverá ser concluída ainda este ano. A segunda etapa prevê a construção de bases militares russas no Ártico.
Em meados de 2015, Shoigu declarou que a criação de infraestruturas militares do Ártico representa uma das grandes prioridades do desenvolvimento das Forças Armadas da Rússia.
DISPUTA PELA  HEGEMONIA MUNDIAL
No caso de uma guerra nuclear, os mísseis passarão por cima do Ártico e do Canadá. Ao contrário do que muitos pregam, a Guerra Fria nunca acabou e ambos os países estão gastando bilhões de dólares em desenvolver novas aeronaves, novos mísseis intercontinentais e novas bombas nucleares. Os Estados Unidos estão protegidos (de mísseis e de refugiados) a oeste pelo Oceano Pacífico, e a leste pelo Oceano Atlântico, todos com frotas navais com mísseis antimíssil, e usam a Europa como escudo humano (uma espécie de “boi de piranha”) – e ainda assim se dizem preocupados com a ecologia, com o planeta, com o aquecimento global, com a emissão de gases do efeito estufa… essas coisa.
A Rússia é uma ameaça à hegemonia americana no mundo, assim como a China. E o pior é que, quando a Europa boicotou a Rússia, a mando dos americanos, obrigou Moscou a fazer laços econômicos (e, consequentemente, militares) com a China, fortalecendo os dois países a médio prazo, e até mesmo possibilitando a realização de negócios nas moedas locais. Um tem energia, mas não tem dinheiro, o outro tem dinheiro, mas não tem energia. Um casamento perfeito.
Então, quanto mais o tempo passar, mais fortes a China e a Rússia ficarão. O investimento da Rússia em armamentos deu-se por conta de uma relativa recuperação financeira – agora abalada pela queda do preço do petróleo, feita sob encomenda para prejudicar os inimigos dos Estados Unidos e da Arábia Saudita: Rússia, Irã e Venezuela.
Os americanos se acostumaram a decidir sempre sozinhos o destino do mundo e das nações. E não querem dividir esse poder com ninguém! Será que destruiriam o planeta só para manter essa hegemonia?
GUERRA CONTRA O ESTADO ISLÂMICO?
Quanto à guerra contra o Estado Islâmico, é ingênuo pensar que os americanos queiram acabar destruí-lo, neste momento. Eles querem que o Estado Islâmico acabe com presidente sírio Assad. Deixem eles se matarem! Depois os americanos viriam, posando de mocinhos, e destruiriam o que sobrou do Estado Islâmico e das forças da Síria.
A intervenção da Rússia foi o que estragou todo o planejado! Vejam que os americanos já estão pensando em atacar com tropas na Líbia e no Iraque e destruir os antigos “aliados”!
Quanto ao risco de atentando terrorista, se o Estado Islâmico explodir um bomba em Nova Iorque, para o governo americano será uma maravilha, pois terão “motivos” de sobra (e o apoio da população) para atacar o “inimigo” em qualquer país do planeta – desde que esse inimigo não tenha arma nuclear, claro! – e aumentar os gastos com armamentos. Afinal, toda guerra tem efeitos colaterais e mortes de inocentes mesmo…
03 de fevereiro de 2016
Francisco Vieira