"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

AGRESSÃO FASCISTA. ENTRE OS TRUCULENTOS, ASSESSORES DE WYLLYS E DE JANDIRA, MACONHEIROS E TIAZINHA ESPETADEIRA DO PSOL


Acreditem, senhoras e senhores: na tropa de choque fascista, que cercou o MBL, havia assessores dos deputados Jean Wyllys (PSOL-RJ), cada vez mais um mero empregadinho do PT, e Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Não só: vejam este vídeo.

Observem aí uma tiazinha que faz cara de sonsa. Ela estava com um instrumento pontiagudo na mão ferindo os manifestantes do Brasil Livre. Foi identificada pela Polícia Legislativa como servidora e militante do PSOL — o principal esbirro com o qual PT conta hoje em dia. Renan Santos, como se vê, foi ferido nas costas, embora protegido por uma camisa e uma camiseta.


Aliás, a trajetória desse partido é curiosa. Quando rompeu com o petismo, havia poucas denúncias de roubalheira contra os companheiros. As divergências eram basicamente ideológicas. Hoje que o PT está mergulhado na lama, os psolentos se apresentam como linha auxiliar.
Wyllys não me surpreende. Eu já tinha apurado ontem, junto a fontes na Polícia Legislativa, que ele estava estimulando os índios a ir disputar espaço com o MBL. Parece que os silvícolas de calção Adidas não caíram na conversa.


Willys tem um ódio patológico do MBL. Tanto que confessou ter apresentado um requerimento para ouvir um representante do grupo na CPI dos Crimes Cibernéticos com o objetivo de “enquadrá-los”. Certamente a coisa ficou pior depois que ele resolveu provocar Kim Kataguiri, e o rapaz o chamou para um debate público. Ele saiu correndo. Seu negócio é fazer fofoca em redes sociais e engravidar jornalistas amigas — pelo ouvido…
Kataguiri foi considerado pela Time um dos 30 jovens mais influentes do mundo. Wyllys é apenas o deputado do PSOL mais influente no PT.
E Jandira? Ainda me lembro desta senhora, há coisa de dois meses, a gritar que havia sido agredida pelo deputado Roberto Freire (PPS-SP). É claro que não aconteceu. 


Nesta quarta, lá estava a sua turma, em meio aos tontons-macoutes, que distribuíam porradas também em mulheres. Sabem como é…
Jandira deve achar que mulher só é mulher quando de esquerda. Se for uma liberal, pode tomar porrada de macho covarde.
Não custa lembrar que, na noite de terça, representantes da União da Juventude Socialista, do PCdoB, já haviam tentado puxar brigam com os acampados.


Maconha
Sim, caros! Os agressores também chegaram ali para fumar a erva maldita — em meio, como eu já disse, às crianças. Depois de distribuir seus tabefes, alguns deles resolveram fazer seu cigarro e dar uma relaxada.
O regime ideal dessa gente, pelo visto, é o fascismo maconheiro, integrado por maconheiros fascistas.



30 de outubro de 2015
in blog do mario fortes

OBAMA, O ESQUERDOPATA NORTE-AMERICANO E O ESTADO ISLÂMICO



Para posar de pacifista Barack Hussein Obama II, como todo esquerdoso Democrata, retirou as tropas americanas do Iraque acabando com todo o plano estratégico criado pelos Republicanos na era Bush. Resultado: ascensão do maior e mais cruel grupo terrorista que o mundo já viu, o Estado Islâmico.

30 de outubro de 2015
a direita brasileira em ação

O RELATÓRIO DA CIA: COMO SERÁ O MUNDO EM 2020 (FINAL)



Implicações Políticas


Como foi possível observar nesta série de quatro artigos sobre o tema Como será o Mundo em 2020, até lá a Ordem Internacional passará por grandes modificações. As maiores desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Percebe-se que as perspectivas para a prosperidade global e a tendência limitada de um conflito entre as grandes potências propiciam um ambiente favorável para enfrentar os futuros desafios.

Conforme os diversos cenários ilustraram, parece não ter sido difícil perceber diversas maneiras através das quais as grandes mudanças globais poderão começar a tomar forma, impulsionadas pelas forças de mudança nos próximos anos. De certa forma, os cenários apresentam diferentes lentes para a observação dos desenvolvimentos futuros, enfatizando a grande gama de fatores, dificuldades e incertezas que formarão a nova ordem global. Uma dessas lentes é a economia globalizada, outra é o papel na segurança mundial exercido pelos EUA, uma terceira é o papel da identidade social e religiosa, e uma quarta lente é a falência da ordem mundial em função da falta de segurança. Todas essas questões enfatizam vários pontos de mutação que podem influenciar o futuro.

Os pontos mais importantes são: o impacto do robusto crescimento econômico e da disseminação de tecnologias; a natureza e o alcance do terrorismo; o crime organizado; a fraqueza política de determinados países, particularmente os do Oriente Médio, Ásia Central e África; e o potencial risco de conflitos, inclusive entre nações.

Um crescimento econômico robusto provavelmente ajudaria a superar divisões e incluiria mais regiões e países na nova ordem mundial. Entretanto, as rápidas mudanças também podem produzir desordens, uma vez que uma das lições aprendidas no documento Como será o Mundo em 2020 é que a globalização deve ser administrada de modo a não sair dos trilhos.

A estrutura política internacional desenvolvida em todos os cenários sugere que outros atores que não sejam países continuarão a assumir um papel mais proeminente, apesar do fato de que eles não ocuparão o lugar das nações. 
Esses atores vão de terroristas, os quais continuarão a ser uma ameaça à segurança internacional, a Ongs e empresas multinacionais, exemplos de forças positivas a promover a disseminação da tecnologia, o progresso social e econômico e a assistência humanitária.

Os EUA e outros países continuarão a ser vulneráveis ao terrorismo internacional. As campanhas terroristas assumirão proporções nunca antes vistas, particularmente se envolverem o uso de armas de destruição em massa, uma das poucas tendências que poderiam ameaçar a globalização.

O esforço do contraterrorismo nos próximos anos – contra grupos terroristas os mais diversos, ligados mais por ideologia e tecnologia do que pela geografia – será um desafio maior do que o combate a uma organização centralizada, como a Al-Qaeda ou o Estado Islâmico. Quanto menos estreitas forem as relações entre os terroristas e suas células, mais difícil se tornará rastreá-los e combatê-los.

O sucesso da campanha global contra o terrorismo dependerá da capacidade dos países o combaterem em seu próprio território. Os esforços dos EUA no sentido de aumentar as forças de segurança de outras nações e de trabalhar com elas em suas prioridades – como combater o crime organizado – devem aumentar a cooperação.

Segundo ficou claro, a defesa interna dos EUA começará no exterior. Como já está se tornando mais difícil os terroristas entrarem em território norte-americano, eles poderão tentar atacar o país a partir de nações vizinhas.

Uma estratégia de contraterrorismo que aborde o problema em várias frentes oferece uma chance maior de conter, e até reduzir, a ameaça terrorista. O desenvolvimento de sistemas políticos mais abertos, maiores oportunidades econômicas e aumento da influência dos reformadores muçulmanos, seriam vistos de forma positiva pelas comunidades islâmicas que não apóiam os objetivos radicais dos extremistas muçulmanos.

O Oriente Médio não deverá ser o único campo de batalha onde será travada a luta entre extremistas e reformadores. Os muçulmanos europeus e de outras nacionalidades, sem ser do Oriente Médio, têm exercido um papel importante nos conflitos ideológicos internos. E o grau de integração nas sociedades européias percebido pelas minorias muçulmanas tende a influenciar sua decisão sobre o choque de civilizações ser ou não inevitável. Da mesma forma, cada vez mais o Sudeste Asiático será palco de operações terroristas.

Os problemas da proliferação de armas de destruição em massa e da conseqüente motivação por parte de alguns países em adquirir armas nucleares também estão relacionados à ameaça terrorista. Os esforços globais para criar barreiras que contenham a disseminação de armas de destruição em massa e para dissuadir outros países a desistirem da tentativa de obter essas armas e armas nucleares, continuarão a ser um desafio. A revolução nas comunicações permite a proliferação de certas vantagens para a realização de negócios ilícitos e para despistar as autoridades. Além disso, a ‘assistência’que os proliferadores fornecem diminuiria em muitos anos o tempo que alguns países levariam para desenvolver artefatos nucleares.

Do ponto de vista positivo, uma das características dos próximos anos é a maior disponibilidade de alta tecnologia, não apenas para os que a desenvolvem, mas também para os que a consomem. Os líderes tecnológicos não serão os únicos que poderão esperar benefícios. As sociedades que integrarem e aplicarem as novas tecnologias também colherão dividendos. As empresas globais terão um papel fundamental na promoção da prosperidade e na disseminação das inovações tecnológicas.

A paisagem geopolítica – dramaticamente alterada – também apresenta um grande desafio para o sistema internacional e para os EUA, tidos como os mantenedores da ordem mundial depois da Segunda Guerra. As feições que serão assumidas em 2020 – incluindo as conseqüências causadas pelas potências emergentes da Ásia, pelo entrincheiramento da Eurásia, pelas perturbações no Oriente Médio e pelas rupturas de parcerias transatlânticas – são ainda incertas e variáveis.

Com o relaxamento dos laços construídos durante a Guerra Fria, tende-se a estabelecer alianças não-tradicionais. O internacionalismo compartilhado no multilateralismo como pedra fundamental das relações internacionais é, por exemplo, encarado por alguns estudiosos como a base de um estreito relacionamento entre a Europa e a China.

As parcerias transatlânticas seriam um fator-chave para que Washington se mantenha no centro da política internacional, pois a capacidade de a Europa assumir mais responsabilidades econômicas não está clara e depende da capacidade da região em superar seus próprios problemas econômicos e demográficos, bem como de criar uma visão estratégica para seu papel no mundo.

Lidar com uma Ásia emergente poderá ser o maior desafio dos EUA entre todas as suas relações regionais. A Ásia é particularmente importante como impulsionadora das mudanças que ocorrerão nos próximos anos. Uma incerteza básica é se a emersão da China e da Índia ocorrerá tranqüilamente. Se elas se tornarão sócias ou rivais.

Apesar do aumento da interdependência, os crescentes investimentos asiáticos em pesquisas de alta tecnologia, aliados ao rápido crescimento dos mercados da região, aumentarão a competitividade da Ásia em diversas áreas dos campos técnico e econômico. A dependência dos EUA de petróleo estrangeiro e conforme aumenta a concorrência entre os consumidores e crescem os riscos de interrupção do abastecimento, deixará o país mais vulnerável.

No Oriente Médio, as reformas de mercado, o estabelecimento da democracia e os avanços no sentido de assegurar a paz entre os árabes e os israelenses, promoveriam uma maior harmonia nas relações internacionais. Alguns cenários enfatizam a possibilidade de o Oriente Médio continuar no centro do arco da instabilidade que se estende da África à Ásia Central e ao Sudeste Asiático, e é um campo fértil para atividades terroristas e proliferação de armas de destruição em massa. Nesse sentido, a concretização de um cenário semelhante ao Novo Califado seria o maior de todos os desafios. Ele não teria de ser completamente bem-sucedido para apresentar um sério desafio à ordem internacional, mas o debate ideológico transcultural se intensificaria com o crescimento das identidades religiosas. Também a revolução da tecnologia da informação deve aumentar o conflito entre os mundos ocidental e islâmico.

O apelo ao Califado seria diferente de uma região para outra, o que implicaria em abordagens diferenciadas pelos países ocidentais para se opor a ele. Os muçulmanos das regiões beneficiadas pela globalização, como algumas partes da Ásia e da Europa, certamente ficarão divididos entre a idéia de um Califado espiritual e as vantagens materiais de um mundo globalizado. Por outro lado, a proclamação de um Califado não diminuiria a possibilidade do terrorismo e, ao fomentar ainda mais conflitos, poderia criar uma nova geração de terroristas dispostos a atacar aqueles que se opuserem ao Califado, sejam eles muçulmanos ou não.

A Eurásia, especialmente a Ásia Central e o Cáucaso, provavelmente será uma área de crescentes preocupações por conta do grande número de países potencialmente falidos, pelo radicalismo expresso pelo islamismo radical e por sua importância estratégica como região por onde passam oleodutos e gasodutos para abastecer de energia tanto o Ocidente como o Oriente. As trajetórias desses países serão influenciadas por potências como a Rússia, Europa, China, Índia e EUA, que poderão atuar como agentes estabilizadores. A Rússia tende a ser particularmente ativa, buscando evitar que os problemas dos países eurasianos migrem para o seu território, mesmo apesar dos enormes problemas internos enfrentados pelos russos. Na parte ocidental da região, nações relativamente novas, como Ucrânia, Bielo-Rússia e Moldava tenderão a estabelecer um relacionamento mais estreito com a Europa a fim de diminuirem suas vulnerabilidades.

As nações da América Latina tenderão a se tornar mais diversificadas, dividindo-se entre as que puderam explorar as oportunidades advindas da globalização e prosperaram, e as que não tiveram, por um ou outro motivo, a mesma possibilidade e ficaram para trás. A governabilidade e a liderança distinguirão as sociedades que prosperarão das que não têm condições de se adaptar ao futuro. Finalmente, o número de conflitos internos e entre países têm diminuído, mas não se deve desprezar o seu potencial letal.

Em 2020, apesar de nenhum país ter condições de rivalizar sozinho o poderio militar norte-americano, cada vez mais nações estarão em posição de contrariar os EUA em suas regiões. A posse de armas químicas, biológicas e/ou nucleares por um número cada vez maior de países aumentará a dificuldade de qualquer ação militar empreendida pelos EUA e seus aliados. Alguns adversários dos EUA, sejam eles países ou outros atores, buscarão minimizar a força norte-americana e tentar explorar suas fraquezas usando estratégias assimétricas, como o terrorismo e a aquisição ilegal de armas de destruição em massa.

Adaptar a ordem mundial poderá ser muito difícil por conta do crescente número de temas éticos que têm o potencial de dividir a opinião pública internacional. Tais temas incluem: mudança ambiental e climática; clonagem e pesquisas com células-tronco; ameaças à privacidade por conta de recursos biotecnológicos e de tecnologia da informação; direitos humanos; leis internacionais sobre conflitos; e o papel das instituições multilaterais. Diversos desses temas têm potencial para dividir alianças tradicionais estabelecidas por motivos de segurança. Esses interesses divergentes aumentam a dificuldade de a comunidade internacional, inclusive os EUA, lidarem com coalizões múltiplas e competitivas para alcançar soluções para alguns problemas.

Embora alguns aspectos do antiamericanismo (1) expressos pela opinião pública mundial tendam a diminuir na medida em que a globalização for assumindo uma feição menos ocidental, a nova geração de líderes – diferentemente do período pós-Segunda Guerra Mundial – não encara os EUA como seu ‘libertador’ e tende, portanto, a divergir mais que seus predecessores em relação à visão de Washington sobre uma série de temas.

O texto acima é um resumo das páginas 214 a 229 do livro O Relatório da CIA – Como será o Mundo em 2020, editora Ediouro, 2006


(1) A pesquisa de opinião da Pew Research realizada em todo o mundo revelou um forte aumento do antiamericanismo, especialmente no mundo muçulmano, mas também mostrou que os cidadãos dos países muçulmanos valorizam valores democráticos como liberdade de expressão, liberdade de imprensa, sistemas políticos múltiplos e tratamento igual a todos perante a lei. A grande maioria dos países muçulmanos é a favor de sistemas econômicos de livre mercado e crêem que a democracia ocidental pode funcionar para eles.



30 de outubro de 2015
Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

O RELATÓRIO DA CIA: COMO SERÁ O MUNDO EM 2020 ( IV )




Instituições Internacionais em Crise


O relatório do Conselho Nacional de Inteligência dos EUA– Como será o Mundo em 2020 – no tema Instituições Internacionais em Crise, indica que as maiores pressões sobre as instituições internacionais tornarão muitas delas incapacitadas, a não ser que possam ser radicalmente adaptadas para acomodar novos atores e novas prioridades. Instituições regionais terão de enfrentar o desafio de responder às ameaças transnacionais trazidas pelos distúrbios econômicos, terrorismo, crime organizado e proliferação de armas de destruição em massa.

As instituições surgidas da Segunda Guerra Mundial, como a Organização das Nações Unidas, bem como as instituições financeiras internacionais correm o risco de se tornarem obsoletas, a não ser que levem em consideração o crescente poder das potências emergentes.

Tanto os que apóiam o multilateralismo quanto os que a ele se opõem concordam que Ruanda, Bósnia e Somália demonstraram ineficiência, falta de preparo e fraqueza por parte de suas instituições globais e regionais para lidar com aquilo que tende a ser o tipo mais comum de conflito.

O problema da ineficiência do Estado – que é uma fonte ou incubador de várias ameaças transnacionais – requer uma melhor coordenação entre as instituições, inclusive as de financiamento internacional e de órgãos regionais de segurança.

Construir um consenso global sobre como e onde intervir será o maior desafio à eficiência. Um desafio essencial aos olhos de muitos especialistas, caso as instituições multilaterais realmente desejem realizar seu potencial. Muitos países, especialmente os emergentes, continuam a se preocupar com a questão de estabelecer precedentes que provoquem uma intervenção externa contra eles. Contudo, muitos problemas podem ser resolvidos eficientemente apenas por meio do seu reconhecimento imediato e de medidas preventivas.

Outros temas que deverão aparecer na agenda internacional aumentarão ainda mais a pressão sobre a ordem internacional coletiva, bem como sobre os países. Esses ‘novos’ temas poderão se tornar parte importante da diplomacia internacional, da mesma forma que a questão dos direitos humanos foi julgada importante nas décadas de 1970 e 1980. Assuntos éticos ligados às descobertas biotecnológicas, como a clonagem, os organismos geneticamente modificados e o acesso à Biomedicina poderão se tornar fonte de calorosos debates entre países e regiões. Conforme a tecnologia aumenta a capacidade dos países de rastrear terroristas, preocupações como privacidade e extraterritorialidade aumentarão. De maneira semelhante, os debates sobre temas ambientais ligados à mudança climática poderão causar confusão na ordem internacional, jogando os EUA contra seus aliados europeus, bem como países em desenvolvimento contra países desenvolvidos, a não ser que haja mais cooperação em âmbito global. As potências emergentes poderão entender os debates éticos e ambientais como uma tentativa por parte dos países ricos de desacelerar seu progresso ao impor padrões ou valores ‘ocidentais’. A reforma institucional também poderá se tornar um tema de debate. Muitas pessoas nos países em desenvolvimento acreditam que o poder dos órgãos internacionais reflete mais um retrato do mundo pós-Segunda Guerra Mundial que o atual.

Com a maioria dos conflitos armados assumindo formas não-convencionais ou irregulares – como intervenções humanitárias e operações destinadas a eliminar bases terroristas - em vez da guerra convencional entre países, os princípios relacionados aos recursos e ao uso da força militar serão questionados cada vez mais. A lei internacional, que assegura a soberania territorial, e a Convenção de Genebra, que estabelece condutas de guerra, foram desenvolvidas antes que as ameaças à segurança transnacional, características do Século XXI, fossem um fato.

No final da década de 1990, as denúncias do tratamento dado pelo ex-presidente sérvio Milosevic aos kosovares estimularam a aceitação do princípio das intervenções internacionais humanitárias, apoiando a tese dos analistas pertencentes à tradição ‘apenas guerra’, os quais argumentaram, desde a fundação da ONU, que a comunidade internacional tem a ‘obrigação de interferir’ a fim de evitar atrocidades. Esse princípio, porém, continua a ser vigorosamente contestado pelos países preocupados com o fato de ele abalar o princípio da soberania nacional.

O status e o direito legal dos prisioneiros feitos durante operações militares e suspeitos de envolvimento com o terrorismo serão tema de controvérsia, como aconteceu com muitos dos prisioneiros capturados durante a operação Liberdade Duradoura, no Afeganistão. Um debate sobre até onde os líderes religiosos e outros que estimulam a violência devem ser considerados terroristas internacionais também deverá ser travado.

A guerra do Iraque, por sua vez, levantou questões sobre que tipo de status ao grande número de terceiros – empresas militares privadas – usados pelos militares norte-americanos para fornecer segurança, vigiar centros de detenção de prisioneiros de guerra, interrogar esses prisioneiros e até formular Inteligência.

A proteção a Ongs em situação conflitante é outro tema que se tornou bastante complicado na medida em que instituições de caridade – como missionários Wahabi (1) dando apoio financeiro a causas terroristas – foram criticadas e processadas na mesma época em que o Ocidente e determinadas Ongs se tornaram ‘alvos menores’ em situações de conflito.

O próprio papel dos EUA de buscar estabelecer normas é tema de debate e provavelmente complicará os esforços da comunidade global de chegar a um acordo sobre novas regras. A contenção e limitação da intensidade e selvageria dos conflitos serão agravadas pela ausência de regras claras.

Para os EUA, particularmente, como as décadas passadas podem ser consideradas orientações sobre como lutar e vencer, nos próximos 14 anos a guerra convencional não deve representar um desafio. Entretanto, o esforço da comunidade internacional para evitar a guerra e assegurar que os conflitos não sejam prelúdio para novas guerras pode continuar incerto.

A formação de países é um conceito imperfeito, mais ainda em face da crescente importância de identidades culturais, éticas e religiosas. O esforço da África de montar uma força regional de paz continua sendo uma promessa, mas a África subsaariana lutará para atrair recursos suficientes e para desenvolver uma vontade política. O enorme custo em tempo e recursos investidos na formação de países ou nas operações de estabilidade em países após um conflito ou uma grande crise deverá continuar a ser um problema sério nas nações que fazem parte dessa coalizão africana.

Os cenários apresentados nos três textos anteriores deComo será o Mundo em 2020 exploram o que poderá acontecer se a preocupação com a proliferação aumentar a ponto de obrigar a adoção de medidas de segurança em grande escala. Nesse mundo, os proliferadores – como traficantes de armas ilegais – podem ter cada vez mais dificuldade de agir, mas ao mesmo tempo, com a disseminação de armas de destruição em massa, mais países desejarão se armar para sua própria proteção. Existem dois tipos de proliferadores: aqueles comprometidos ideologicamente e que desejam garantir que o mundo muçulmano tenha sua parte no arsenal mundial de armas de destruição em massa, enquanto o outro só almeja o lucro. Nenhum deles tem certeza ou sabe quem está no final da corrente, ou seja, se o cliente é um governo ou uma organização terrorista. Uma vez iniciado o ciclo do terror e conforme o cenário se desenvolve, o ciclo do medo originado pelo uso de armas de destruição em massa pelos terroristas sai do controle, o que beneficia os traficantes de armas, que julgam estar fechando negócios muito lucrativos. No entanto, medo gera medo. As medidas draconianas implementadas pelos governos para evitar a proliferação e para se defenderem do terror também aterrorizam os traficantes de armas. Neste quadro, a globalização pode ser a vítima, uma vez que o comércio internacional poderá ser obstruído por excessivas medidas de segurança.

Será um grande desafio desenvolver e sustentar a cooperação internacional em um quadro de ciclo do medo.

O texto acima é um resumo das páginas 36 a 75 do livroO Relatório da CIA – Como será o Mundo em 2020, editora Ediouro, 2006

(1) Wahabiya, segundo definição da entidade religiosa Al Fityan, é uma seita pseudo-islâmica composta pelos seguidores de um indivíduo chamado Muhammad bin Abdul Wahhab, que no século dezoito iniciou suas pregações de caráter puritano e extremista na Península Arábica. E que mais tarde por intermédio de sangrentas guerras com o apoio de forças colonizadoras se tornou a fé e ideologia dominante da região através da igual aberta aceitação e colaboração da família Saud (Sauditas).

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OBSERVAÇÃO FINAL:

Como qualquer Serviço de Inteligência do Mundo, a CIA obtém êxitos e reveses. Os reveses geralmente enchem as páginas dos jornais e os êxitos permanecem sob um pesado silêncio, nas catacumbas do Serviço.

30 de outubro de 2015
Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

O RELATÓRIO DA CIA: COMO SERÁ O MUNDO EM 2020 ( III )


Insegurança Total


O estudo do Conselho Nacional de Inteligência dos EUA– Como será o Mundo em 2020 - faz uma estimativa de que em 2020 haverá um sentimento mais profundo de insegurança, o qual poderá ser baseado tanto em percepções psicológicas como em ameaças físicas. Os aspectos psicológicos incluem preocupação com a segurança dos empregos, bem como temores relacionados à migração, entre populações locais e de imigrantes.

O terrorismo e os conflitos internos poderão interromper o processo de globalização e aumentar significativamente os custos de segurança associados ao comércio internacional, à manutenção do policiamento de fronteiras, e afetar negativamente os padrões de comércio e os mercados financeiros. Embora bem menos prováveis que os conflitos internos, conflitos entre as grandes potências criariam riscos à segurança mundial. O potencial para a proliferação de Armas de Destruição em Massa (ADM) aumentará ainda mais a sensação de insegurança.

Os fatores-chaves que motivam o terrorismo não mostram sinais de regredirem nas projeções para os próximos anos. Os especialistas entendem que a maioria dos grupos terroristas internacionais continuará a se identificar com o Islã radical. O fortalecimento da identidade muçulmana ocorrerá com a criação de uma estrutura para a disseminação da ideologia islâmica radical, tanto dentro como fora do Oriente Médio, incluindo regiões como a Europa Ocidental, o Sudeste Asiático e a Ásia Central.

Recorde-se que esse fortalecimento da identidade muçulmana tem sido acompanhado por um aprofundamento na solidariedade entre os muçulmanos envolvidos em lutas separatistas nacionais ou regionais, como na Palestina, Chechênia, Iraque, Caxemira e Mindanao. Especialistas ponderam que ele surgiu em resposta à repressão e ineficiência dos governos.

Uma insurgência radical em qualquer país muçulmano do Oriente Médio poderia fomentar uma onda de terrorismo na região e cristalizar a idéia de que um Novo Califado não seria apenas um sonho (OBS: essa previsão já está ocorrendo. E ainda não chegamos a 2020...).
Redes informais de fundações de caridade, madrassas, hawalas e outros mecanismos continuarão a proliferar e a ser explorados por elementos radicais. A alienação entre os jovens sem emprego aumentará a possibilidade de serem recrutados pelo terrorismo (OBS: previsão que também já está ocorrendo...).
Há indicações de que os radicais islâmicos desejam criar uma insurgência internacional, isto é, um movimento liderado pelos extremistas muçulmanos para derrubar diversos governos de população muçulmana, com argumentos que atrairão a maioria muçulmana (OBS: também já está ocorrendo...Vejam a criação do chamado Estado Islâmico).

A antiglobalização e a oposição às políticas norte-americanas poderão reunir um grande número de simpatizantes, financiadores e colaboradores dos terroristas. Por volta de 2020, a Al-Qaeda terá dado lugar a grupos extremistas islâmicos de inspiração semelhante, porém mais difusos, o que tenderá a tornar mais difícil e complicada a luta antiterrorista. A pressão dos esforços globais contraterroristas e antiterroristas, bem como o impacto da tecnologia da informação, fará com que a ameaça terrorista se torne cada vez menos centralizada, fazendo-a evoluir em um arranjo eclético de grupos, células e indivíduos. Ao mesmo tempo em que terão a vantagem de utilizar campos de treinamento em diversas partes do mundo, os terroristas precisarão de quartéis para planejar e executar suas operações. Os materiais de treinamento, direcionamento de alvos, instrução sobre operação de armamentos e obtenção de fundos se tornarão cada vez mais virtuais. Isto é, on-line.
Estima-se que o número de membros da Al-Qaeda continuará a diminuir, no entanto outros grupos nela inspirados, grupos regionais e indivíduos autoproclamados jihadistas – unidos pelo ódio aos regimes moderados e ao Ocidente -, deverão assumir os atentados terroristas que venham a ser praticados. Os membros da Al-Qaeda treinados no Afeganistão se dispersarão gradualmente, mas serão gradualmente substituídos, em parte, pelos que sobreviverão ao conflito no Iraque. Por volta de 2020, a Al-Qaeda deverá ter dado lugar a grupos extremistas islâmicos de inspiração semelhante, porém mais difusos, os quais se oporão à disseminação de muitos aspectos da globalização nas sociedades islâmicas tradicionais. É muito provável que o Iraque e outros possíveis conflitos poderão fornecer recrutas, campos de treinamento, conhecimentos técnicos e proficiência lingüística para uma nova classe de terroristas profissionais, para os quais a violência política se tornará um fim por si só (OBS: ainda não chegamos a 2020, mas o narrado neste parágrafo já está à vista de todos).
Os jihadistas estrangeiros – pessoas prontas para combater em qualquer lugar onde as terras muçulmanas estiverem sendo atacadas pelos que eles entendem ser ‘invasores infiéis’ – terão cada vez mais apoio dos muçulmanos que embora não sejam necessariamente simpáticos ao terrorismo.
Mesmo que o número de extremistas diminua, a ameaça terrorista deverá continuar. Através da Internet e de outras tecnologias de comunicação sem fio, indivíduos serão capazes de arregimentar membros para as suas causas mais rapidamente, em uma amplitude maior, global e de forma obscura (OBS: isso também já se observa em várias partes do mundo). A rápida dispersão da Biotecnologia e de outras fontes letais de tecnologia aumentará o potencial de um indivíduo não-afiliado a qualquer grupo terrorista causar um grande número de vítimas.

Treinamento, aquisição de armas, apoio logístico, aquisição de passaportes e outros documentos, além de dinheiro e apoio às suas operações, no passado dependiam de Estados terroristas. Em um mundo globalizado, grupos como o Hezbollah, que integra o governo e possui deputados no Parlamento do Líbano, serão cada vez mais auto-suficientes em relação a essas necessidades, podendo atuar da mesma forma que um governo para preservar uma ‘integridade plausível’, suprindo outros grupos terroristas, trabalhando através de terceiros para atingir seus objetivos, e até mesmo se comprometendo diplomaticamente com alguns governos.
Muitos atentados terroristas continuarão sendo executados, basicamente com armas convencionais e incorporando novos meios de estar à frente dos agentes antiterroristas. Os terroristas provavelmente se tornarão originais em relação aos seus antigos conceitos referentes às tecnologias e armas que empregarão, o planejamento, o apoio e a infra-estrutura aos atentados.

Homens-bomba e veículos carregados de explosivos continuarão sendo utilizados como armas assimétricas, mas os terroristas tenderão a empregar também novas tecnologias de explosivos, como veículos aéreos operados por controle remoto. Nesse sentido, o leque de opções deve crescer.

O zelo religioso dos terroristas muçulmanos extremistas aumenta seu desejo de perpetrar atentados que resultem em um número elevado de óbitos. Historicamente, terroristas inspirados pelo fervor religioso são mais destrutivos, pois os grupos aos quais pertencem os isentam de restrições.

Afora tudo isso, a tendência mais preocupante é o esforço que alguns grupos terroristas têm devotado à obtenção de armas de destruição em massa, capazes de provocar um grande número de mortes. O Bioterrorismo parece particularmente adequado aos pequenos grupos que operam com apoio da Inteligência de Estados terroristas. Na verdade, o laboratório dos bioterroristas poderá ser do tamanho de uma cozinha doméstica e a arma lá fabricada, menor que uma torradeira. Como normalmente há uma demora para o reconhecimento das doenças propagadas, em um ‘cenário de pesadelo’ um atentado poderia ter sucesso antes mesmo que as autoridades percebam que estão sob ataque.
Com os avanços nos projetos de armas nucleares simplificadas, os terroristas continuarão a tentar obter materiais e recursos para a fabricação dessas armas. Pode-se esperar, também, que eles continuem tentando comprar ou até mesmo roubar armas nucleares, particularmente da Rússia ou do Paquistão. Não é possível prever o uso desses recursos pelos terroristas antes de 2020.

Espera-se que os terroristas tentem também desenvolver e executar atentados cibernéticos contra centros mantenedores da infra-estrutura de informação global, inclusive Internet, redes de telecomunicações e sistemas de computação que controlam processos industriais importantes, como usinas elétricas e refinarias. A capacidade de responder a esses ataques tornará necessário o uso de tecnologia avançada para minorar a vantagem dos atacantes sobre os defensores. O principal campo de batalha cibernético do futuro será a informação dos próprios sistemas de computação. Novas tecnologias permitirão o acesso a dados vitais, seja por meio de equipamentos remotos, seja pela invasão de sistemas ligados à Internet, ou ainda por acesso através de espiões. Os EUA e seus interesses no exterior continuarão a ser os principais alvos dos terroristas, todavia mais atentados poderão ser dirigidos a países do Oriente Médio e da Europa Ocidental. O texto acima é um resumo das páginas 186 a 206 do livro O Relatório da CIA – Como será o Mundo em 2020, editora Ediouro, 2006



30 de outubro de 2015
Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

O RELATÓRIO DA CIA: COMO SERÁ O MUNDO EM 2020 ( II )


As contradições da Globalização


O Relatório da CIA – Como será o Mundo em 2020 fez as seguintes considerações no que se refere ao capítulo Globalização, que define a crescente inter-relação refletida nos fluxos de informação, tecnologia, capital, bens, serviços e pessoas em todo o mundo. É uma ‘megatendência’, uma força tão poderosa que definirá todas as grandes tendências do mundo em 2020.

Nos últimos 20 anos o alcance da globalização foi ampliado de maneira significativa por conta da liberalização econômica na China e na Índia, do colapso da União Soviética e da revolução da tecnologia da informação em âmbito mundial. Nos próximos 5 anos ela sustentará o crescimento econômico mundial, aumentará o padrão de vida das pessoas e aprofundará substancialmente a interdependência global. Todavia, ao mesmo tempo, abalará profundamente o status quo em quase todos os lugares, gerando enormes convulsões econômicas, culturais e, conseqüentemente, políticas.

Determinados aspectos da globalização, como a crescente interconexão global derivada da revolução da tecnologia da informação, tendem a ser irreversíveis. A comunicação em tempo real, que tem transformado a política em quase todo o mundo, é um fenômeno que até mesmo regimes repressivos têm dificuldade de expurgar ou conter, a não ser pela força, como em Cuba, por exemplo, em que o acesso à Internet depende de uma especial concessão do Estado-Partido.

Será difícil, também, interromper o fenômeno da interdependência econômica, embora o ritmo de expansão da economia global possa refluir. A interdependência aumentou a abrangência eficiente dos negócios multinacionais, permitindo que empresas pequenas, assim como as grandes multinacionais, realizem, cada vez mais, negócios além de suas fronteiras.

Todavia, o processo de globalização, poderoso como é, poderá ser desacelerado significativamente, ou até mesmo revertido, por uma guerra (não provável) ou depressão global - como ocorreu na era da globalização do final do Século XIX e começo do Século XX -. Algumas características associadas com a globalização da década de 1990, como a liberalização econômica e política, estão sujeitas a regredir ‘aos trancos e barrancos’, e dependerão, provavelmente, do progresso de negociações multilaterais, da melhoria na governabilidade nacional e da redução de conflitos. O livre fluxo de pessoas através das fronteiras nacionais continuará a enfrentar obstáculos políticos e sociais, mesmo havendo grande necessidade de trabalhadores migrantes.

O caráter da globalização provavelmente mudará, da mesma forma que o Capitalismo mudou ao longo dos Séculos XIX e XX. Apesar de hoje os países mais avançados – especialmente os EUA – serem importantes forças impulsionadoras de capital, tecnologia e bens, a globalização deverá assumir um rosto não-ocidental durante os próximos 7 anos. Isso porque:

- grande parte do aumento da população e da demanda mundiais até 2020 ocorrerá em países hoje em desenvolvimento – em especial China, Índia e Indonésia – e as multinacionais dos países atualmente desenvolvidos adaptarão seus perfis e práticas de negócios às demandas dessas culturas;

- as corporações, capazes de difundir a tecnologia e promover o progresso nos países em desenvolvimento, já estão buscando se tornar ‘cidadãs’ ao permitir práticas não-ocidentais nos locais onde operam. As corporações parecem dispostas a tornar a globalização mais palatável para as pessoas preocupadas em preservar culturas exclusivas;

- novas corporações, oriundas de países cujo progresso foi impulsionado pela globalização, farão com que sua presença seja sentida globalmente por meio de comércio e de investimentos exteriores;

- as nações que forem beneficiadas e que conquistarem posições de destaque buscarão obter mais poder nos órgãos internacionais e maior influência para ditar ‘as regras do jogo’;

- nas pesquisas realizadas para a formulação destes cenários hipotéticos, muitos especialistas de diversos países observaram que, enquanto a opinião pública em seus países concorde com os benefícios materiais da globalização, ao mesmo tempo se opõe à perceptível ‘americanização’, que os cidadãos vêem como uma ameaça aos seus tradicionais valores culturais e religiosos. A associação da globalização a valores norte-americanos tem alimentado o antiamericanismo em algumas partes do mundo;

- a economia global deverá ser 80% maior em 2020 do que era em 2000, e a renda per capita média deverá ficar cerca de 50% maior.

Muitas partes do mundo vivenciarão uma prosperidade sem precedentes, e uma classe média numericamente maior deverá ser criada pela primeira vez em algumas nações até então pobres. As estruturas sociais nos países em desenvolvimento serão transformadas, de acordo com o aumento da classe média ocasionada pelo crescimento. Há potencial, a longo prazo, desde que a expansão continue, para que mais países tradicionalmente pobres venham a fazer parte do círculo da globalização.

A maioria das projeções até 2020 – e além – continua a mostrar um crescimento anual mais elevado em países em desenvolvimento do que nos países ricos. Nações como a China e a Índia estarão em posição de atingir um crescimento econômico maior que o da Europa e do Japão, cuja mão-de-obra cada vez mais velha pode inibir o crescimento. Por conta de sua enorme população, o valor em dólar do PIB da China poderá ser o segundo maior do mundo em 2020. Por motivos semelhantes, o resultado positivo da balança comercial da Índia poderá se equiparar ao dos maiores países europeus. As economias de outros países em desenvolvimento, como as do Brasil e da Indonésia, por exemplo, podem ultrapassar em 2020 todas as economias européias, com exceção dos maiores países.

Mesmo com todo esse esperado crescimento dinâmico, os ‘gigantes’ asiáticos e de outros lugares não tendem a ser comparados qualitativamente às economias dos EUA e de alguns outros países ricos. Eles garantirão alguns setores dinâmicos dentro do quadro mundial, mas a maior parte da sua população trabalhará em fazendas, seus estoques de capital serão menos sofisticados e seus sistemas financeiros tenderão a ser menos eficientes que os de outros países ricos.

Embora o padrão de vida de muitas pessoas nos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos tenda a aumentar nos próximos anos, a renda per capita na maioria desses países não será comparável à do Ocidente em 2020. Continuará a haver grande número de pobres, até mesmo nas economias emergentes que estão crescendo rapidamente. A proporção que a classe média representará nesses países tende a ser significativamente menor que as atuais classes médias das nações desenvolvidas. Especialistas estimam que, depois de 2020, levaria mais 30 anos para a renda per capita da China, por exemplo, atingir os atuais percentuais das economias desenvolvidas.

Estima-se que mesmo que a classe média chinesa representasse 40% de sua população em 2020 – o dobro do que é agora – ainda assim estaria abaixo dos 60% dos EUA. Além disso, a renda per capita da classe média chinesa seria significativamente menor que a das classes médias dos países ocidentais.

Na Índia, estima-se que hoje haja 300 milhões de trabalhadores de classe média que ganham entre 2 mil e 4 mil dólares por ano. Tanto esse número quanto os ganhos desses trabalhadores tendem a crescer rapidamente, mas seus salários continuarão a ser substancialmente menores que as médias dos EUA e de outros países ricos, mesmo em 2020.

Por outro lado, os países não vinculados à economia mundial continuarão a sofrer. Até mesmo as projeções mais otimistas admitem que o crescimento econômico impulsionado pela globalização não enriquecerá muitas nações nos próximos 7 anos. Os cenários projetados pelo Banco Mundial indicam, por exemplo, que a África subsaariana continuará muito atrasada, mesmo nos cenários mais otimistas. Atualmente, a região tem a maior proporção de pessoas vivendo com menos de 1 dólar por dia.

Se os problemas da pobreza crônica e de maus governos em países problemáticos da África subsaariana, Eurásia, Oriente Médio e América Latina persistirem, essas áreas tenderão a se tornar um terreno fértil para o terrorismo, o crime organizado, e para as pandemias. A migração forçada também tende a ser uma importante conseqüência desse tipo de problema nessas áreas. A comunidade internacional deverá encarar dilemas quanto à maneira de intervir nesses problemas, a que custo intervir e até ‘se’ deverá mesmo intervir.

O texto acima é um resumo das páginas 102 a 129 do livro O Relatório da CIA – Como será o Mundo em 2020, editora Ediouro, 2006.

30 de outubro de 2015
*Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

O RELATÓRIO DA CIA: COMO SERÁ O MUNDO EM 2020 ( I )




Novos Desafios à Governabilidade

Um exercício de espionagem do futuro. É isso que o Conselho Nacional de Inteligência, o centro de análises estratégicas da comunidade de Inteligência dos EUA, apresentou em um relatório não-sigiloso que desenha os cenários hipotéticos do mundo de 2020.

Embora a especulação, claro, nunca esteja totalmente ausente quando se trata do futuro, essa parece não ser uma obra especulativa, pois está plantada solidamente no presente, identifica as grandes tendências que já se desdobram e projeta as novas geometrias do Poder no sistema mundial de Estados e novos campos de força na esfera da economia global.

Os ‘espiões do futuro’ consultaram peritos de todo o mundo, especialistas nas áreas de Relações Internacionais, Sociologia, Economia e Tecnologia, líderes empresariais, altos funcionários de governos e de agências multilaterais e chegaram a um relatório que expõe as forças que irão moldar e construir o futuro. Superpotências se enfrentarão não em uma guerra convencional, mas sim em busca de tecnologia, mercado, armas de destruição em massa, corrida espacial e biotecnologia, A economia, a demanda energética, a criminalidade, os combustíveis, o meio ambiente, as mudanças climáticas, o terrorismo e o crime organizado são abordados de forma articulada, inteligente e sutil. Um trabalho profundo e abrangente, produzindo um relatório completo com prognósticos e especulações.

Essa análise, que vale a pena ser conhecida, foi explicitada em 2006 em um documento com a denominação de O Relatório da CIA – Como será o Mundo em 2020, editado pela Ediouro, que expõe as forças que irão moldar e construir o futuro.Alguns capítulos serão aqui resenhados, iniciando pelos Novos Desafios à Governabilidade:

A Nação-Estado continuará a ser a unidade dominante da ordem global, mas a globalização econômica e a disseminação de tecnologias, especialmente as tecnologias da informação, significarão novas e grandes responsabilidades para os governos. A crescente conectividade será acompanhada de uma proliferação de comunidades virtuais de interesse comum, complicando a capacidade de governar dos Estados. A Internet, em particular, estimulará ainda mais a criação de movimentos globais, os quais poderão emergir como uma força robusta nas relações internacionais.

Parte das pressões sobre a governabilidade virá de novas formas de identidade política centradas em convicções religiosas. Em um mundo em processo de rápida globalização, que experimenta mudanças populacionais, as identidades religiosas geram seguidores com comunidades próprias que atuam como ‘redes de segurança social’ em tempos de necessidade – particularmente importantes para os migrantes. Em especial, o Islã político terá um impacto global significativo em 2020, reunindo grupos étnicos e nacionais dispersos e talvez criando até mesmo uma autoridade que transcenda as fronteiras nacionais, um Novo Califado. Ou seja, um movimento global movido por uma identidade religiosa radical que poderá transformar-se em um desafio às normas e valores ocidentais.

Uma combinação de fatores – aumento da população jovem em muitos Estados árabes, perspectivas econômicas pobres, influência da educação religiosa e islamização de instituições como uniões comerciais, ONGs e partidos políticos – assegurarão que o Islã continue sendo uma grande força. Fora do Oriente Médio, o Islã político continuará a atrair os migrantes muçulmanos estabelecidos em países do Ocidente em busca de melhores oportunidades de emprego, mas que não se sentem em casa em uma cultura que percebem ser estranha e hostil.

Regimes que foram capazes de enfrentar os desafios da década de 1990 podem não ser bem-sucedidos em relação aos que se apresentarão em 2020. Forças contraditórias estarão em jogo: regimes autoritários enfrentarão novas pressões para se democratizarem, mas novas e frágeis democracias podem não ter capacidade de adaptação para sobreviverem e se desenvolverem.

A chamada ‘terceira onda’ de democratização poderá ser parcialmente revertida por volta de 2020, em especial entre os países da ex-União Soviética e do Sudeste Asiático, alguns dos quais nunca adotaram realmente a democracia. Todavia, a democratização e o pluralismo tendem a se afirmar em países-chave do Oriente Médio que foram excluídos do processo por regimes repressivos.

Com o aumento da migração em várias partes do mundo – da África do Norte e do Oriente Médio para a Europa, da América Latina e Caribe para os EUA, e do Sudeste Asiático para regiões mais ao Norte –, mais países serão multiétnicos e enfrentarão o desafio de integrar imigrantes nas suas sociedades, respeitando, ao mesmo tempo, suas próprias identidades étnicas e religiosas.

Os líderes chineses terão que acomodar pressões pluralistas para relaxar os controles políticos ou arriscarem-se a uma revolta popular. Pequim poderá tentar implantar uma ‘democracia asiática’, que poderia incluir eleições em pleitos locais, e um mecanismo consultivo em nível nacional, possivelmente com o Partido Comunista retendo o controle sobre o governo central.

Com o sistema internacional passando por uma profunda mudança, algumas instituições encarregadas da administração de problemas globais podem ser solapadas. Instituições baseadas regionalmente terão de enfrentar as complexas ameaças transnacionais impostas pelo terrorismo, pelo chamado crime organizado e pela proliferação de armas de destruição em massa.

A ONU e as instituições financeiras internacionais criadas depois da Segunda Guerra Mundial correm o risco de ficar obsoletas, a não ser que se ajustem às profundas mudanças que ocorrerão no sistema global, inclusive no tocante à emergência de novas potências.

Insegurança aguda

Aumentará o sentimento de insegurança – tanto em percepções psicológicas como em ameaças físicas – por volta de 2020. Mesmo que a maior parte do mundo fique mais rica, a globalização deverá balançar profundamente o status quo, gerando enormes convulsões econômicas, culturais e, conseqüentemente, políticas. Com a gradual integração da China, da Índia e de outros países emergentes na economia global, centenas de milhões de trabalhadores estarão disponíveis para um mercado de trabalho mais integrado. Essa enorme oferta de mão-de-obra - grande parte com um nível de educação elevado – será uma fonte atraente e competitiva de trabalho barato. Mas a transição não será indolor e atingirá particularmente as classes médias dos países em desenvolvimento, ocasionando um turnover mais rápido e exigindo reeducação profissional.

Estados institucionalmente fracos e problemáticos, economias atrasadas, extremismo religioso e movimentos juvenis se alinharão e criarão conflitos internos em determinadas regiões. Alguns desses conflitos, particularmente os que envolverem grupos étnicos disputando fronteiras nacionais, poderão se tornar conflitos regionais e comprometer a governabilidade dos países com territórios e populações sem controle governamental efetivo. Tais territórios poderão se transformar em santuários para terroristas internacionais (como a Al-Qaeda no Afeganistão) ou cartéis criminosos ou de produção e tráfico de drogas (como na Colômbia).

Todavia, a tendência de um conflito em grande escala se transformar em uma guerra mundial nos próximos anos é menor do que já foi em qualquer período do século passado. A crescente dependência de redes financeiras e comerciais globais ajuda a deter os conflitos entre nações. Todavia não elimina essa possibilidade.

A transformação do terrorismo internacional

Os principais fatores que deram origem ao terrorismo internacional não mostram sinais de desaparecer nos próximos anos. Com as facilidades propiciadas pelas comunicações globais, cada vez melhores, o fortalecimento da identidade muçulmana criará uma estrutura para difundir a ideologia islâmica radical dentro e fora do Oriente Médio, principalmente no Sudeste da Ásia, Ásia Central e Europa Ocidental. Esse fortalecimento deverá ser acompanhado de um aprofundamento da solidariedade entre os muçulmanos, advindo de lutas separatistas nacionais ou regionais, como na Palestina, Chechênia, Iraque, Caxemira, Mindanao e Sul da Tailândia, e seguirá em alta em resposta à repressão, corrupção ou ineficiência dos governos. Redes informais de instituições de caridade, madrassas (escolas), hawalas (1) e outros mecanismos continuarão a proliferar e serão explorados por elementos radicais. A alienação entre os jovens desempregados tenderá a inflar as fileiras de grupos terroristas.

Por volta de 2020 haverá um risco substancial de que organizações terroristas islâmicas semelhantes à Al-Qaeda surjam de movimentos separatistas locais. A tecnologia da informação, que permite conectividade instantânea, permitirá também a evolução de grupos ecléticos, bem como de células e indivíduos que não precisam de bases fixas para planejar e executar suas operações. Materiais de treinamento, orientação e informação sobre alvos, conhecimento de armamentos e levantamento de fundos se tornarão virtuais.

Ou seja, poderão ser realizados on-line. Os terroristas provavelmente se tornarão mais originais, não em relação às tecnologias ou armas usadas, mas quanto aos seus conceitos operacionais. Isto é, concepção, planejamento e logística dos atentados. Uma grande preocupação é que os terroristas possam ter acesso a agentes biológicos ou – menos provável – a armas nucleares. Poderão também realizar cyber-atentados, a fim de destruir redes de informações vitais e causar danos físicos a sistemas de informações.

É evidente que os cenários acima descritos ilustram apenas algumas possibilidades que podem se desenvolver nos próximos anos, mas podemos imaginar que esse período será caracterizado por um maior dinamismo, particularmente em contraste com a dinâmica relativamente estática dos tempos da Guerra-Fria.

Como já foi dito, as análises aqui apresentadas, embora solidamente plantada nos fatos presentes, apenas desenham cenários hipotéticos.

O texto acima é um resumo das páginas 164 a 185 do livro O Relatório da CIA – Como será o Mundo em 2020, editora Ediouro, 2006.

(1) Dentro do Islamismo são vetados os juros, daí eles terem esse sistema bancário específico, a hawala.


30 de outubro de 2015
*Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

PROCURADORIA PEDE NOVAS INVESTIGAÇÕES CONTRA CABRAL E PEZÃO

PROCURADORIA PEDE NOVAS INVESTIGAÇÕES CONTRA CABRAL E PEZÃO



A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), na quinta-feira, que seja mantido o inquérito contra o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e o antecessor dele no cargo, Sérgio Cabral (PMDB). Ambos são investigados por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras revelado pela Lava Jato.
Em setembro, a Polícia Federal havia pedido ao STJ que o inquérito contra Pezão e Cabral seja arquivado por falta de provas. O pedido enviado nesta quinta pela PGR contraria, portanto, essa avaliação. 

Os dois são investigados por suspeita de terem recebido R$ 30 milhões em propina de empreiteiras que atuaram nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) como “caixa 2” para a campanha à reeleição de Cabral ao governo do Rio em 2010. Na época, Pezão era vice na chapa de Cabral.
De acordo com o documento, assinado pela vice-procuradora geral da República, Ela Wiecko, “há dados que ainda necessitam de esclarecimentos complementares” sobre a suspeita de que as campanhas eleitorais dos peemedebistas possam ter sido financiadas com propina desviada de contratos da Petrobras.
DELAÇÃO PREMIADA
A vice-procuradora geral lembra no pedido as informações sobre a suposta participação de Pezão e Cabral no escândalo da Petrobras, que foram fornecidas pelo ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, em acordo de delação premiada.
Ela Wiecko destaca os supostos repasses das empresas Alusa, Skanska, Techint, OAS, UTC e Odebrecht, que mantinham contratos com a Petrobras, ao diretório do PMDB no Rio de Janeiro. 
De acordo com Wiecko, “a apuração realizada até o momento confirmou a informação de Paulo Roberto Costa sobre a reunião realizada em 2010” entre o ex-diretor da estatal e executivos dessas empresas para discutir repasses para o PMDB.
Cesar Luiz de Godoy Pereira, executivo da Alusa, confirmou à Polícia Federal o repasse de R$ 500 mil ao diretório do partido no Rio de Janeiro. Além disso, documentos também comprovaram que o PMDB recebeu R$ 200 mil durante a campanha eleitoral de 2010.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A extinção do inquérito contra Cabral e Pezão era uma das maiores Piadas do Ano. Cabral, que já estava abonado com “sobras” de campanha, ganhou tanto dinheiro sujo no governo, ficou tão rico que abandonou a política e não procurou emprego. Pezão é parecido com ele e também tem uma mão grande, enorme. 
Era Secretário de Obras quando contratavam preferencialmente a Delta, empresa do concunhado de Cabral, Cavendish. 
Fica faltando o secretário de Saúde, Sergio Côrtes, que também ficou milionário e comprou um apartamento pagando em dinheiro vivo. 
Se os procuradores fizessem uma busca no Google, saberiam o que buscar. 
Os jornais denunciaram essa quadrilha incessantemente, mas não aconteceu nada. (C.N.)

30 de outubro de 2015
Deu no Estadão

TUDO DE ACORDO COM A LEI


José Eduardo Cardozo mandou investigar a possibilidade de “o sr. Luís Claudio Lula da Silva ter sido intimado, em tese, fora do procedimento usual, para prestar depoimento em inquérito policial”.
A juíza Célia Regina Ody Bernardes respondeu que autorizou a quebra de sigilo fiscal e bancário dos alvos da Zelotes, mas que a PF pode intimar para depor suspeitos e testemunhas sem passar por um juiz.
A PF preferiu não se manifestar. Os investigadores da Zelotes, porém, disseram aos ótimos repórteres Andreza Matais e Fábio Fabrini, do Estadão, "que não há nada na legislação que impeça a entrega de intimação à noite".

30 de outubro de 2015
o antagonista

DEPUTADOS A FAVOR DO IMPEACHMENT DE DILMA ROUSSEFF JÁ SÃO MAIORIA NA CÂMARA

A maior parte da imprensa está repercutindo apenas o trecho menos importante da recente pesquisa Datafolha realizada junto ao Congresso. Justo aquele de interesse do PT.
Ainda assim, resta a evidência de que nem metade dos deputados entrevistados querem a renúncia de Eduardo Cunha, mesmo sendo eles maioria entre o pequeno grupo pesquisado.
O assunto que interessa a dois terços dos brasileiros estranhamente ficou para o final da matéria. E diz respeito ao impeachment de Dilma…

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr - Agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr – Agência Brasil

Dentre os 324 deputados questionados pelo Datafolha, um total de 39% disseram que votariam a favor da abertura de um processo de impeachment de Dilma Rousseff.

Do outro lado, 32% votariam contra. Outros 29% encontram-se indecisos e/ou preferiam não se pronunciar. A votação ainda não seria suficiente para derrubar a presidente, já que a lei exige o voto de dois terços da casa. Mas a discussão apenas começa e sair na frente é muito importante.

No Senado, o jogo continua favorável a Dilma, com 43% dos entrevistados se dizendo contrários ao impeachment, enquanto 37% se dizem a favor.

Contudo, por lá o processo só chega num segundo momento, havendo ainda mais tempo para essa votação ser trabalhada. E a pressão pública, claro, contará bastante.


30 de outubro de 2015
Marlos Apyus

DELAÇÃO DO RICARDO PESSOA

delação premiada - dono da utc tem muito a ... - YouTube

www.youtube.com/watch?v=v4lJ8eWiNnk
13 de mai de 2015 - Vídeo enviado por Blogdelinks
... especial em Brasília: foi negociar a delação com Teori Zavascki. ... Acompanhe o caso no 'Aqui entre ...


30 de outubro de 2015
Veja.com


LULA: SEPTUAGENÁRIO

PT em festa: Lula 70 anos - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=z0XaLCeaY4E
9 horas atrás - Vídeo enviado por Revista Veja Fans Videos
PT em festaLula 70 anos. Revista Veja Fans Videos ... "Qual empreiteira construiu o bolo de dois ..

30 de outubro de 2015
Veja.com