"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

GM COLOCA OUTROS 6,2 MIL METALÚRGICOS EM FÉRIAS COLETIVAS


FUNCIONÁRIOS ESTÃO PARADOS POR DEMANDA FRACA E ESTOQUES ELEVADOS


BAIXA DEMANDA E ESTOQUES ELEVADOS OBRIGARAM GM 
A DAR FÉRIAS COLETIVAS A MAIS DE 6 MIL METALÚRGICOS 
(FOTO: REUTERS)


A General Motors colocou outros 6,2 mil metalúrgicos em férias coletivas nesta segunda-feira, 15, somando as plantas de São José dos Campos (SP) e de Gravataí (RS), devido à baixa demanda e estoques elevados, segundo sindicatos de trabalhadores.

Cerca de 4,5 mil funcionários da unidade de Gravataí estão parados, afetando a produção dos modelos Prisma, Onix e Celta. "Calculamos que por conta das férias na GM outros 5,5 mil sistemistas de produção tenham sido afetados e paralisaram suas atividades", disse à Reuters a secretária executiva do sindicato dos metalúrgicos de Gravataí, Taciê Dias. A estimativa é que só neste ano cerca de 900 empregados tenham sidos liberados pela GM na região.

Cerca de 1,7 mil funcionários da unidade da São José dos Campos também entraram em férias coletivas nessa segunda-feira, segundo o sindicato da categoria na região, devido aos estoques acima do desejado diante da fraca demanda no país. Nessa mesma unidade, já há cerca de 780 metalúrgicos com contratos de trabalho temporariamente suspensos (layoff). Em ambos os casos, os funcionários ficarão fora de atividade até 30 de junho.

A unidade da GM de São José dos Campos tem cerca de 5,2 mil empregados. Até agora a produção era de 18 veículos por hora, de acordo com o sindicato. "Estão mantidas apenas as produções de kits para exportação conhecidos como CKD, motores e transmissores", disse à Reuters uma fonte do sindicato.

Em São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo, os 5,5 mil metalúrgicos da unidade entraram em férias coletivas a partir do dia 11 até dia 26, segundo o sindicato. Nessa unidade, a montadora produz os modelos Cruze, Cobalt, Montana e Spin.15

"Está tudo parado desde o começo do mês. Estamos preocupados com possíveis demissões", disse à Reuters o líder do sindicato dos metalúrgicos de São Caetano do Sul, Aparecido da Silva.

Segundo ele, cerca de 1,4 mil empregados da unidade foram desligados, incluindo os de programa de demissão voluntária. Procurada, a GM do Brasil confirmou as férias coletivas, sem informar o número de funcionários. (AE)



15 de junho de 2015
diario do poder

EM MAUS LENÇÓIS...


'É INSANO TENTAR INVESTIR NO BRASIL', DIZ AMERICANO
BILIONÁRIO AVISA QUE TENTAR EMPREENDER POR AQUI É LOUCURA



STEPHEN ROSS VÊ SEU INVESTIMENTO NA ZONA SUL DE 
SP EMPERRADO PELO DESENTENDIMENTO ENTRE AS PRÓPRIAS 
AUTORIDADES (FOTO: DIVULGAÇÃO)


Enquanto constrói um bairro inteiro em Manhattan, orçado em US$ 25 bilhões, Stephen Ross se preocupa com o projeto gigante que está tocando no Brasil. Apesar de o Parque Global ter recebido o Termo de Ajustamento de Conduta, uma nova ação do Ministério Público Estadual emperrou o empreendimento de R$ 8 bilhões localizado em uma área de 2.180 mil m² na Marginal Pinheiros, entre o complexo Cidade Jardim e o Parque Burle Marx. “Eles não querem aceitar o fato de o TAC ter sido assinado e validado por três vezes”, disse, de Nova York, em entrevista à por telefone. A obra foi aprovada pelo Conselho Superior do MPE.

Segundo se apurou, uma ação popular fez com que o MPE retomasse as investigações. Fonte do Ministério Público afirma que eles estão vendo a questão por um lado diferente, com nova base científica.

O novo bairro prevê a construção de 54 torres residenciais e corporativas, hotéis e um shopping center. Uma parceria entre a brasileira Benx, incorporadora do Grupo Bueno Netto, a Related de Ross e que conta também com a Multiplan.

Quanto ao mercado imobiliário americano, Ross nada tem a reclamar.

Os preços no mercado imobiliário americano voltaram aos patamares de antes?

Estão mais altos do que antes da crise de 2008.

Mais altos? Já?

Houve investimento tremendo dos latinos e brasileiros, especialmente no mercado de Miami. Ainda é um mercado muito viável – e Miami hoje é uma espécie de capital da América Latina. O mercado desacelerou um pouco por causa da força do dólar e as outras moedas se desvalorizaram. Mas a demanda ainda é grande e está crescendo, embora não no mesmo ritmo dos últimos dois anos. O fluxo de dólares ou investimentos em Miami, por exemplo, para residências e tudo o mais, desacelerou mas ainda é muito bom.

O governo americano fez algo para impedir que uma crise aconteça de novo?

Não acredito que aquilo volte a acontecer porque eles impuseram uma disciplina muito maior nos mercados financeiros. Com as regulamentações existentes agora, não acho que venham a existir bancos na posição “grandes demais para fracassar”. As medidas adotadas realmente aumentaram a disciplina do mercado, e não seremos pegos na mesma situação de novo. Acho muito importante aprender com nossos erros. Se você aprende, se sai bem.

O senhor tem um projeto de revitalização em Nova York. Pode falar um pouco sobre ele?

Estamos fazendo o Hudson Yards, que é o maior projeto privado de desenvolvimento imobiliário já realizado nos Estados Unidos. Fica no meio de Nova York, em uma área que no passado era mais industrial, com trens. Estamos construindo em cima de trilhos, em um terreno de cerca de 12 hectares no meio de Manhattan.

Quanto estão investindo?

O investimento total deve estar próximo de US$ 25 bilhões.

E quanto tempo ele vai demorar para ser concluído?

Devemos terminar até 2024.

Em quais países vocês estão operando no momento?

Fizemos alguns trabalhos na China, mas principalmente nos Estados Unidos. E pensamos também em operar no Brasil.

Por que o Brasil?

Olhando para esse país na ocasião em que investimos, obviamente o clima estava melhor do que está hoje – afinal, levamos em conta a natureza de longo prazo do país, seu tamanho, seus recursos naturais e população em ascensão – uma classe média emergente. Consideramos todos os fatores certos e achamos que, num horizonte de longo prazo, o Brasil nos pareceu muito promissor.

Qual o projeto aqui?

Um enorme complexo de uso misto que seria construído em três fases. A primeira, residencial, que seria constituída de duas torres. No final das contas, acabamos vendendo cinco torres. Pretendíamos vender duas inicialmente e construir um escritório de vendas. Gastamos dinheiro nisso, e iniciamos um programa de comercialização. Fizemos uma quantidade enorme de análises antes de entrar de fato no projeto. Levamos em conta a localização, a geografia. Vimos que estávamos diante de um projeto transformador. Sabíamos que a demora para se obter todas as autorizações tinha sido enorme, confirmamos que todas tinham sido conseguidas, que eram todas resolutivas, e que os alvarás de construção poderiam ser emitidos com base nessas autorizações.

E quando foi que ela teve início?

A Bueno Netto começou em 2003. Nós entramos em 2010/11. No total, falamos de um projeto de R$ 8 bilhões.

Em que pé está a obra agora?

Estamos presos em uma situação jurídico-governamental que absolutamente não faz sentido. É um impasse ilógico causado pelo desentendimento entre diferentes áreas do governo – o que, por sua vez, nos prejudica, mas não só a nós como também ao Brasil, atrasando o ambiente de negócios e a vida dos cidadãos, já que não há maneira de acelerarmos o tempo para sair desse problema. É uma coisa que eu nunca vi antes. Inteiramente sem lógica. Ruim para os negócios. O Brasil está tentando atrair capital estrangeiro e crescer, mas quando começam a criar regras que não existem em nenhum outro lugar do mundo e a fazer coisas totalmente ilógicas, o resultado é que estão prejudicando os cidadãos brasileiros, e especialmente as pessoas que confiaram no projeto, pagaram a entrada e esperavam viver no complexo.

Ficou decepcionado com todos esses contratempos?

O tempo e o esforço empregados, a atenção a todas as regras ambientais, a obtenção de todas as autorizações durante um longo período, a emissão de todas essas autorizações e depois a paralisação no meio da construção! Isso não existe em lugar nenhum do mundo. É uma coisa que desafia a lógica.

O que o senhor faz, ou pretende fazer a respeito?

Conversei com o governador Geraldo Alckmin, que me ouviu e se mostrou muito sério. Ele disse que está realmente comprometido com a ideia de trazer mais investimentos para São Paulo e que entende a nossa frustração. Comentou, também, que a seu ver coisas como essa não deveriam acontecer. Está ciente de que casos desse tipo, essa maneira de se fazer política – como permitir que uma determinada área do governo ataque outra área, que havia feito tudo o que lhe foi pedido e emitido todas as autorizações… casos assim não atraem negócios.

O senhor estabeleceu para si mesmo um prazo limite para essa questão?

O governador me disse que olharia o assunto. Nós somos muito sérios e faremos de tudo para proteger nossos direitos. Mas não queremos isso. É custoso, demorado. No entanto, certamente precisamos proteger todos os nossos direitos. E vamos usar todos os recursos legais à nossa disposição contra essa situação.

Todos os recursos? Mas o senhor não se impôs um prazo específico?

Sim, nós nos demos um prazo interno, ao perceber que não estava havendo nenhum progresso. Era quase como se o procurador estivesse segurando o caso. Há pelo menos nove, talvez dez meses, ele disse que era necessário trazer um especialista, mas o fato é que esse tal especialista nem foi nomeado ainda. Estamos acompanhando o processo, tentando entender como tudo isso funciona, e estabelecemos um prazo limite para lidar com a questão.

Ao que parece, esse prazo já passou faz tempo, certo?

Isso mesmo, passou faz tempo. Você pode esperar que algo aconteça muito em breve.

Qual a perspectiva dessa pendência, daqui para a frente?

Temos o que é considerado um contrato, esse Termo de Ajustamento de Conduta. Tivemos muito cuidado para compreender o que um TAC significava e entendemos que se trata da obtenção de todas as assinaturas necessárias, é um contrato para se obter autorizações. Mas nosso entendimento agora é que essa mesma entidade que deu o TAC está dividida. Se me permite dizer, isso equivale a dizer que, de maneira geral, não se pode confiar nesse “contrato”, que uma empresa privada assina com o governo na hora de realizar investimentos e tomar grandes decisões. Isso nos parece completamente insano. Agora, ficamos à espera de alguma solução, porque a questão está entre governo e governo. Não existe acusação de erro ou conduta imprópria. Nós temos autorizações baseadas no contrato com o governo, o TAC.

Que tipo de providências ajudaria a superar a situação?

Há diferentes opiniões dentro do governo. Mais especificamente, dentro do Ministério Público. Temos ouvido opiniões divergentes dos membros do Conselho Superior, e poderemos vir a saber de novas diferenças de postura com base em um requerimento que estamos preparando. Do outro lado, há a visão do pessoal mais abaixo na hierarquia, que está questionando o TAC.

Por que agora o TAC está sendo questionado?

Eles não querem aceitar o fato de o TAC ter sido assinado e validado três vezes. O problema a ser compreendido é que o Ministério Público e a promotoria são uma instituição única, e quando temos a manifestação final de uma decisão, ela tem que ser respeitada.

À parte essa pendência, o que tem em mente para levar adiante o projeto?

Nós só nos envolvemos nas primeiras cinco torres residenciais. Para a segunda fase, havia um shopping center e depois dele a área comercial e uma área residencial adicional. Mas nosso acordo com a Bueno Netto era mesmo para as cinco primeiras torres, a primeira fase do bloco especificamente residencial. O que realmente importa, nisso tudo, é que essa ação traz para o Brasil um projeto de primeira linha e totalmente sustentável. Ele oferece um ambiente de moradia-trabalho-lazer criado para eliminar muitos problemas, como trânsito e tudo mais. O projeto fica relativamente próximo do coração da cidade, diferentemente de outros que são cada vez mais afastados e criam mais trânsito.

Então a sustentabilidade é um item importante.


O projeto foi criado para ser um exemplo de desenvolvimento sustentável. Eu estou envolvido nisso. O World Resource Institute e o Center for Sustainable Cities já executam diversos trabalhos no Brasil, junto com autoridades locais, para tentar solucionar seus problemas. Acredito muito nisso, foi por isso que fiz uma doação à instituição. Esse centro não teve nada a ver com este projeto, mas os valores são os mesmos. É um dos motivos para nosso interesse em investir no projeto e em trabalhar no Brasil em áreas próximas do coração da cidade.

E o senhor tem outro projeto em área central de São Paulo.

Sim, outro projeto na Avenida Faria Lima. É possível ver o que está acontecendo, muitas empresas se mudando para lá e a oportunidade para residências, para as pessoas poderem ir a pé até o trabalho. É isso que se busca hoje, mais sustentabilidade.



15 de junho de 2015
diário do poder

BATOM NA CUECA DA CAIXA

EX-DIRETOR DA CAIXA REUNIU-SE COM VARGAS 'ENTRE 10 E 15 VEZES'
À PF, DIRETOR DE MARKETING DA CAIXA CONFESSOU "10 OU 15" ENCONTROS COM ANDRÉ VARGAS



EX-DEPUTADO CASSADO ANDRÉ VARGAS E O CONHECIDO,
CLAUIR DOS SANTOS, DIRETOR DE MARKETING DA CAIXA. 
FOTO: CAPTURA


O ex-diretor de marketing da Caixa Econômica Federal Clauir Luiz dos Santos afirmou em depoimento à força-tarefa da Operação Lava-Jato que há uma orientação do banco para que se faça atendimento de parlamentares. Os investigadores apuram se Clauir era o elo do ex-deputado federal André Vargas (ex-PT/PR), preso em abril pela Lava Jato, com um esquema de corrupção em contratos de publicidade que rendia 10% de propina, via subcontratos no setor.

Clauir teria sido indicado pelo ex-deputado para o cargo na Diretoria de Marketing na Caixa. Ele nega a indicação política e nega qualquer irregularidade em sua conduta na instituição financeira.

Em seu relato à força-tarefa, ocorrido em 23 de abril, Clauir disse que 2007 e 2013 esteve reunido "entre dez e quinze vezes" com André Vargas. O ex-diretor de Marketing declarou que 'há necessidade de atender parlamentares por orientação da própria Caixa Econômica Federal'.

Segundo a força-tarefa, a agência de publicidade Borghie Lowe, que administrava contas publicitárias da Caixa Econômica Federal, teria contratado serviços das empresas E-noise, Luis Portela, Conspiração, Sagaz e Zulu Filmes para a realização de serviços de publicidade, e as orientado a realizar pagamentos de comissões de bônus de volume nas contas de empresas controladas por Vargas e seus irmãos.

Clauir afirmou que não tem ideia da razão pela qual as empresas fornecedoras de serviço da Caixa depositaram quantias de dinheiro nas contas bancárias das empresas de André Vargas. O ex-diretor contou que eles se conheceram em 2007.

A força-tarefa da Lava Jato transcreveu assim o relato de Clauir Luiz dos Santos. "Foi apresentado a Vargas na própria Presidência da Caixa Econômica Federal; que neste período teve poucos contatos com André Vargas; que André Vargas não tinha influência dentro da Caixa Econômica Federal; que André Vargas esteve algumas vezes na Caixa Econômica Federal para conversar com o declarante; que André Vargas pedia para o declarante atender pessoas, atender projetos referentes à atuação do declarante como diretor de marketing dentre outras coisas", disse o ex-diretor. "Há necessidade de atender parlamentares por orientação da própria Caixa Econômica Federal; que André Vargas jamais solicitou pagamento de vantagem indevida, ou influenciou em algum dos contratos de marketing."

Clauir dos Santos se aposentou no dia 26 de maio de 2015, depois que a Lava Jato prendeu André Vargas e decidiu ampliar a grande investigação para além do universo da Petrobras, mirando na área de publicidade de órgãos públicos.

Ele era funcionário de carreira da Caixa, onde entrou em 1989, por concurso. Tornou-se superintendente nacional de marketing (cargo que depois passou a ser chamado de diretor de marketing) em fevereiro de 2004, após passar por processo seletivo.

"O declarante recebe cerca de R$ 38 mil pelo trabalho pela CEF, além de mais R$ 2.700 de aposentadoria por idade; que o declarante sairá da CEF em breve; que desde 2010 o declarante intenta voltar para Curitiba para se aposentar, mas ficou na empresa por pedido pessoal do então presidente Jorge Hereda", afirmou.

Clauir disse que as diretorias da Caixa Econômica Federal são indicadas pela própria presidência do banco. Ele afirmou não saber 'de onde surgiu a notícia' de que sua indicação ao cargo de diretor teria sido política e de André Vargas.

"Desde 2007 André Vargas costumava frequentar a matriz da Caixa Econômica Federal em Brasília; que entre 2007 e 2013 o declarante esteve reunido entre dez e quinze vezes com André Vargas; que fora isso o declarante não mantinha relações pessoais com André Vargas; que algumas vezes André Vargas ligava para o declarante para tratar de assuntos referentes à atuação parlamentar como presidente da Comissão da Frente Parlamentar de Regionalização da Mídia; que esses contatos telefônicos ocorreram entre 2007 e 2013?, contou o ex-diretor de marketing da Caixa.

Caixa

"O empregado Clauir dos Santos prestou voluntariamente depoimento junto ao Ministério Público Federal, tendo inclusive colocado à disposição das autoridades seus sigilos bancário, fiscal e telefônico.

Clauir dos Santos é ex-diretor de marketing do banco e se aposentou em maio de 2015, dentro do Plano de Incentivo à Aposentadoria realizado esse ano.

O atendimento a parlamentares e agentes públicos faz parte das atribuições de relacionamento institucional da CAIXA.

Nos relatórios da Polícia Federal e do Ministério Público, no âmbito da Operação A Origem, não houve nenhuma denúncia relativa a prática de irregularidades pela CAIXA, pelo empregado Clauir ou por outro empregado desta empresa.

Desde que tomou conhecimento dos fatos, a CAIXA prestou integral colaboração à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal, enviando documentos e informações, conforme dados constantes na peça de acusação.

A CAIXA instaurou apuração interna para os fatos objeto da investigação que envolvem as empresas IT7 e Borghi-Lowe. Os trabalhos da comissão estão em andamento com previsão de finalização no final de junho.

A CAIXA ressalta que estão suspensos, desde o dia 10 de abril, todos os pagamentos de serviços prestados pelas empresas IT7 e Borghi-Lowe. Além disso, o contrato com a Borghi venceu em abril de 2015, não tendo sido renovado.

Não foi autorizada, desde a deflagração da operação policial mencionada, a execução de novos serviços pelas empresas citadas.

A CAIXA ratifica que continua à disposição da Polícia Federal, Ministério Público, Controladoria Geral da União e Tribunal de Contas da União para os esclarecimentos necessários."(AE)



15 de junho de 2015
diário do poder

LULA DESDENHA DE EVENTUAL BUSCA E APREENSÃO. EX-PRESIDENTE DIZ A ALIADOS QUE ESCÂNDALO "NÃO PASSA DISSO"

A CARA DO BRASIL ATUAL... SOBERBA E DESDÉM.


O INSTITUTO LULA E A EMPRESA DE PALESTRAS DE 
LULA RECEBERAM R$ 4,5 MILHÕES. 
FOTO: RENATO MENDES/AE

O ex-presidente Lula disparou telefonemas a aliados no Congresso para afirmar que “não vai passar disso” a descoberta de que, por meio da sua ONG Instituto Lula e da sua empresa Lils (iniciais de Luiz Inácio Lula da Silva), recebeu R$ 4,5 milhões da empreiteira Camargo Corrêa, acusada de roubar a Petrobras, fraudando licitações e contratos e subornando autoridades. Parece confiante que nada lhe acontecerá.

Lula deu risada quando um senador do PMDB lembrou a que poderia ser alvo de mandado de busca e apreensão em sua casa e empresas.

Lula telefonou a deputados e senadores aliados preocupado com sua convocação para depor na CPI da Petrobras, pretendida pela oposição.

No Congresso, poucos acreditam que o Ministério Público Federal e a Policia Federal tenham “peito” de fazer de Lula alvo das investigações.

Petistas acham que “o povo sairia às ruas” se a Justiça decretasse a prisão de Lula ou determinasse busca e apreensão em sua casa.


15 de junho de 2015
claudio humberto

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO - 2

Tem culpa o Operador, doutor Janot?



O Instituto Lula ainda não teve velocidade suficiente para responder, domingo cedinho, ao mais contundente ataque sofrido por seu patrono Luiz Inácio Lula da Silva. O mítico companheiro foi explodido pela reportagem da revista Época, da Editora Globo, pertencente àquela mesma organização midiática cujos dirigentes andam apavorados com o que seu fiel parceiro, José Hawilla, denunciou durante dois anos de sigilosas delações premiadas às autoridades judiciárias dos EUA. Parece que a Globo quer acabar com a saúva antes que a formiga atômica acabe com ela...

Bater em Lula não é novidade, nestes tempos em que o PT reclama ser vítima de "criminalização midiática". Interessante, no mínimo, é carnaval editorial feito pela revista, celebrando que a reportagem de Época sobre a investigação sobre Lula marcava um momento de transparência. No editorial exaltando a matéria, a revista destaca: "O filósofo italiano Norberto Bobbio descreveu a democracia como “o governo do poder público em público”. Exercer a democracia à luz do dia é a tarefa dos órgãos de Estado. Guardada a exceção da segurança nacional, atos realizados longe dos olhos e do escrutínio dos eleitores são, por definição, antidemocráticos. Só seremos uma democracia de verdade quando nossos diplomatas e políticos incorporarem essa verdade simples".

O fato objetivo que deve ter tirado ainda mais o sono de Lula, Marcelo Odebrecht e outros menos votados. O núcleo de Combate à Corrupção da Procuradoria da República em Brasília abriu, há uma semana, investigação contra Lula por tráfico de influência internacional e no Brasil. O ex-presidente é formalmente suspeito de usar sua influência para facilitar negócios da Odebrecht com representantes de governos estrangeiros onde a empresa tocou obras com dinheiro do BNDES, entre os anos de 2011 e 2014. Os Procuradores encontraram uma sincronia entre as peregrinações de Lula e a formalização de liberações de empréstimos bilionários em favor do BNDES - acordos que até outro dia estavam totalmente secretos, e agora têm divulgação parcial no portal do BNDES.

Época informa que o MPF resolveu enquadrar Lula e a Odebrecht em pelo menos dois artigos do Código Penal. O primeiro, artigo 337-C, diz que é crime de tráfico de influência em transação comercial internacional: “solicitar, exigir ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado a transação comercial internacional”. O segundo, tipo penal do artigo 332, (tráfico de influência), caso se comprove que o ex-presidente da República Luís Inácio Lula da Silva também buscou interferir em atos praticados pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, considerando que as mencionadas obras são custeadas, em parte, direta ou indiretamente, por recursos do banco.

Detalhe importante e fundamental. Por enquanto, não está escrito que o MPF abriu qualquer processo contra Lula. O relatório que vazou da turma de Brasília apenas deixa claro que, em tese, Lula, dirigentes da Odebrecht e do BNDES, junto com presidentes de países estrangeiros, estariam enquadráveis em nosso Código Penal. Ou seja, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, ainda precisa ter a coragem de denunciar Lula. Será que Janot vai cumprir o recomendado por seu núcleo de Combate à Corrupção da Procuradoria da República em Brasília? Eis a questão...  


Deve ser por tal expectativa sobre a posição de Janot (ofensiva ou a inação costumeira?) que o Instituto Lula ainda está sem resposta imediata para a reportagem da Época. Mas vale recordar o que a entidade publicou em recente resposta à reportagem da revista Veja sobre doações que Lula, sua empresa e seu instituto receberam da empreiteira Camargo Corrêa:

"Estamos assistindo ao início de uma ofensiva midiática contra a imagem e a honra do ex-presidente Lula, com evidente motivação político-partidária. Como tem se tornado comum, infelizmente, em nosso País, tal ofensiva não poupará pessoas e instituições de reconhecida probidade e seriedade, no intuito de desmoralizar e até criminalizar as atividades do mais importante líder popular do Brasil. A revista Veja é um dos instrumentos dessa ofensiva. Qualquer tentativa, por parte da revista Veja ou de outros veículos, de associar o Instituto Lula e a LILS a atos ilícitos ou suspeitos com base nestas informações, estará incursa na legislação que protege a honra e a imagem das pessoas e instituições".

Os Operadores que se cuidem... Ontem este Alerta Total já tinha alertado e vale repetir por 13 x 13: os próximos meses serão de muita tensão para os corruptos (e para os idiotas, também)! Os grandes escândalos no Brasil, em geral, são descobertos e desvendados por iniciativas de fora para dentro do País. Os EUA e suas agências de espionagem públicas e privadas já produziram farto material com provas para detonar brasileiros que até outro dia se julgavam blindados. Eles já eram e fingem que nem é com eles... Até quando?

A Oligarquia Financeira Transnacional chegou à conclusão de que a corrupção descontrolada põe em risco seu esquema de poder, porque o despreparo de alguns ladrões os levou a trocar os pés pelas mãos, atrapalhando o capitalismo globalitário. É por isso que os controladores querem acabar com os paraísos fiscais. A lavagem descontrolada de dinheiro, que antes era vista como um excelente negócio para os banqueiros, agora se transforma em instrumento criminoso gerador de crises...

O modelo estressou a economia mundial ao máximo, trucidando negócios bilionários, enquanto ajudava a alimentar esquemas políticos que alimentaram a ilusão de que poderiam ser maiores que seus "criadores". Os "deuses" do Poder e do Dinheiro, a partir da Chatham House, decidiram que o jogo terá de ser jogado de outra maneira, menos acintosamente corrupta. "The game is not over", mas a regra vai mudar: políticos bandidos serão banidos do jogo.

Que agonia!


Quem agoniza pagando as contas diárias da incompetência e da corrupção tem motivos para festejar a criminalização do PT, suas lideranças máximas de outros comparsas de negociatas?

A resposta parece positiva. É justificada pelo bolso cada vez mais vazio da classe média e baixa, com o aumento das dívidas pessoais e familiares, a carestia inflacionária e recessiva, combinada com a falta de crédito (diretamente proporcional à total ausência de credibilidade da classe política).

Crises jogam o humor para o ralo, e a politicagem vai junto para o esgoto da história.

Xô, CPMF!


Saindo da zona

A goleada de 1 a zero sobre o Coritiba tirou o Mengão da Zona de Rebaixamento, depois de quatro rodadas entre os últimos no Brasileirão.

Na UTI



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

15 de junho de 2015
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

BILDERBERG, UM CLUBE PARA POUCOS


Interalpen Hotel, no Tirol: Local do encontro que um dai já foi 

Toda combinação de poder com sigilo produz teorias conspiratórias. E quanto maior o poder e mais draconiano o sigilo, mais delirantes serão as suspeitas de tramas, complôs, perversidades por trás do oculto.

Sob essa ótica, a conferência anual do Grupo Bilderberg, que se encerra hoje num inacessível resort cinco estrelas da Áustria, é um prato cheio. Cento e trinta e três participantes de 21 países da Europa e América do Norte terão passado três dias num conclave de poderosos sem similar. De forma reducionista, pode-se dizer que Bilderberg é tudo o que Davos pretendeu ser antes de perder o rumo, e produz mais resultados subterrâneos do que uma cúpula do G-7 ou G-8.

Talvez, justamente, por não abrir mão de seu perfil de sociedade secreta, avessa aos sopros de transparência que já chacoalharam até mesmo os portões de entrada da Fifa.

Tem sido assim desde 1954, quando a entidade foi criada pelo príncipe Bernhard da Holanda, um alemão de nascimento e nazista de coração, com o propósito declarado de “promover o diálogo entre a Europa e os Estados Unidos”. Por anódino, o propósito não tardou a levantar suspeitas.

Para os milhares de jornalistas que cobriram a reunião de cúpula do G-7 no sul da Baviera até a quarta-feira, foi inútil saber que o resort austríaco InterAlpen, palco do conclave do Bilderberg que começaria no dia seguinte, estava a meros 25 quilômetros de distância.

Nem valia a pena se deslocar. Como nas 60 edições anteriores, o acesso lhes estaria vetado. A blindagem de segurança, ali, seria mais rígida do que o aparato montado para a cúpula do G-7 com Angela Merkel e Barack Obama.

De fato, uma zona de exclusão de 50 quilômetros tinha sido imposta ao redor do hotel, um sistema especial de radar fora instalado como apoio logístico e helicópteros Kiowa com metralhadoras estariam patrulhando a área.

Ademais, as reuniões, seu conteúdo e conclusões sempre se desenrolam em regime de blecaute total de informação. Vazamento zero e nenhuma possibilidade de contato com qualquer participante. Segundo as regras dos bilderbergers, as reuniões não são gravadas, ninguém faz anotações, não são emitidos comunicados, relatórios, conclusões nem resumos, não são realizadas votações, ninguém dá entrevista.

A entidade fechada dispõe de um porta-voz que recita o que consta no site da instituição, mas até mesmo o seu nome é mantido em sigilo. Porta-voz sem nome é outra singularidade do grupo.

Diante da inutilidade de pretender fazer uma cobertura séria do evento, o jornal britânico “The Guardian” destaca há seis anos seu repórter Charlie Skelton, de veia satírica, para fazer uma cobertura alternativa. Um sucesso.

As duas únicas concessões do Grupo Bilderberger à mídia — e mesmo assim somente na véspera de cada edição — são a divulgação da lista de participantes e dos temas genéricos a serem tratados na conferência. Este ano, foram 133 os participantes da elite política, empresarial e acadêmica de 21 países dos dois lados do Atlântico.

E como os trabalhos são movidos a sigilo, eles podem reunir membros do MI6 britânico, vilões execrados da Goldman Sachs ou do HSBC, generais da Otan e executivos de altíssima voltagem sem que respingue nada. Nem o nonagenário Henry Kissinger faltou, apesar de ele ficar ao alcance do Judiciário europeu se algum dos processos movidos contra ele no velho continente fosse movimentado.

Dos 15 temas listados para a edição de 2015, nenhum pareceu abordar mudança climática, fome mundial, desigualdade entre ricos e pobres, problemas migratórios. A julgar pelos títulos, que são listados por ordem alfabética para evitar interpretações de prioridade, o foco maior se concentrou em questões relacionadas a guerras, como “Armas químicas”, “Rússia”, “Segurança cibernética”, “Terrorismo”.

Por mais genéricos que pretendam ser, os temas divulgados conseguem apresentar surpresas intrigantes. “A privacidade existe?”, por exemplo, foi tema debatido na edição de 2014, realizada num hotel de Copenhagen aprisionado por uma cerca dupla de três metros de altura, com participação de representantes da National Security Agency e Google, entre outros.

A presença da Google no conclave tem crescido bastante, por sinal. Além do chefão Eric Schmidt, que integra o Comitê Organizador da conferência, participaram dois vice-presidentes da empresa, sendo que o nome do departamento de um deles inquietou o bem-humorado repórter do “Guardian”: Google DeepMind.

Não são poucos os conspiromaníacos que consideram o Bilderberg uma sociedade secreta com planos de comandar o planeta e instituir uma nova ordem mundial. Mesmo que não seja essa tribo a fazer o clube da não transparência mudar de modus operandi, a marcha da História se encarregará de encontrar agentes confiáveis para fazê-lo.

15 de junho de 2015
Dorrit Harazim é Jornalista, O Globo

DIÁLOGOS COM JOVENS IDEALISTA DO PT - 1



Militância indiferente: Postura dos petistas durante o discurso de Dilma no recente 5o Congresso Nacional do PT, em Salvador.


Com base na hipótese de que ainda existem jovens idealistas no PT, criamos estes diálogos entre uma liderança da corrente  imaginária “Juventude Ética do PT”, chamado Idealista  e um ex-militante trotskista dos anos 60, chamado AP – Analfabeto Político

AP- Depois desta avacalhação que o PT fez com a corrupção o que vocês pretendem fazer?

Idealista – A corrupção sempre existiu e não é justo que o nosso partido seja agora utilizado como bode expiatório ideológico. A direita está usando a corrupção de alguns dirigentes do PT como pretexto para acabar com a democracia social que estamos implantando no Brasil.

AP – Democracia Social? Mas vocês desistiram de implantar o socialismo no Brasil?

Idealista – O PT é um partido que se formou na luta pela democracia. O nosso socialismo é democrático.

AP – Desculpe, mas a palavra o socialismo está sendo usada a torto e a direito. O que eu quero saber é o seguinte: vocês querem ou não derrubar o capitalismo no Brasil? O socialismo de vocês é bolivariano, venezuelano, boliviano ou o quê? Socialismo do século XXI?

Idealista – Todo o mundo sabe que com a queda do muro de Berlim o comunismo soviético desmoronou.

AP – E a que você atribui esse desmoronamento?

Idealista – À ditadura stalinista que corrompeu o socialismo.

AP – Ah então você é da corrente trotskista que enfrentou o Stalin e se ferrou?

Idealista – Não senhor! Nós não queremos fazer uma luta armada para tomar o poder.

AP – De fato vocês já estão no poder, mas não estou vendo socialismo nenhum. O que vejo é um ministro banqueiro que manda na economia enquanto a Presidenta fica assistindo o que ele faz. Na economia quem manda é o ministro banqueiro e na política o “articulador” é o Temer, cujo nome apareceu numa lista de políticos que receberam dinheiro da Camargo Correa, conforme noticiado pelo Estadão uma vez. Só uma vez...

Idealista – Sr. Analfabeto Político, me ouça por favor. Nós retiramos 36 milhões de brasileiros da miséria e da pobreza. Para isso nós tivemos que assumir o poder através das eleições democráticas. E para ganhar as eleições tivemos que fazer alianças com outros partidos. Sem estas alianças os 36 milhões continuariam na pobreza.

AP – Sei, sei... me lembro desta frase emblemática do Lula “Nem Cristo conseguiria governar o Brasil se não fizesse alianças”. Mas você não acha que houve um exagero nesta estratégia? Até com o Paulo Maluf fizeram aliança.

Idealista – Não estou sabendo desta aliança com o Maluf

AP – Ah... então eu não sou o único analfabeto político. O Maluf apoiou o Haddad na eleição para a Prefeitura de São Paulo. Mas em troca do que eu não sei. Quem é o malufista que está na Prefeitura? A mídia não fala nada a respeito. A mídia que vocês tanto criticam desta vez deu uma mãosinha, né?

Idealista – A mídia deu uma mãozinha? Tá brincando comigo? Nunca na história do Brasil houve um campanha visando destruir um partido como agora.

​(continua)

Leia mais:

15 de junho de 2015
Mitnos Calil, Psicanalista, é coordenador do Mãos Limpas Brasil.

CONTRAREFORMA




O falido modelo federativo brasileiro agoniza e sofre vários reveses decorrentes da crise sem precedentes causada principal e notoriamente pelo indevido esbanjamento do dinheiro público com programas sociais. Na última década trilhões foram depenados dos cofres e quando menos o governo se deu conta, estávamos num mato sem cachorro, precisando de um ajuste fiscal, e a quebra dos direitos e garantias aos trabalhadores, pensionistas e aposentados.

A bem da verdade, e com todo o respeito, a Constituição de 1988 se consubstancia no maior engodo do século, pois tudo ou quase tudo que se encontra nela escrito nada de concreto existe. A começar pela previsão da taxa de juros de 12% ano jamais regulamentada, enquanto há contratos de cheque especial e cartão de crédito, cujos juros superam 300% ano.

E assim caminha o Brasil entre a turbulência de uma economia que definha e a pouca exuberância daqueles que se utilizam do sistema para ganhos mais do que lucrativos, espúrios. Necessitamos de uma contrareforma. O parlamento interpretou o movimento das ruas e impôs voto obrigatório, reduzindo a idade, talvez no aceno da maioridade penal, a fim de que candidatos adolescentes e jovens possam ser vereadores, prefeitos, deputados e senadores, mais uma anomalia muito provavelmente para favorecer ao sistema da capitanias hereditárias de netos e bisnetos de um coronelismo rançoso e preguiçoso que se autoalimenta para o insucesso da cidadania.

Submergimos no mais profundo dos mundos, e falam em controlar as estatais, criam-se conselheiros suplentes, uma balela, e mais todas as empresas públicas e sociedades de economia mista deveriam estar em Brasília, bem perto da CGU e TCU para fiscalização natural e rigorosa. O BNDES, que lança mão de valorosos recursos em repasse inferiores a 50 milhões via modelo interbancários com grandes empresas, além das estrangeiras, necessita abrir seu acesso à informação para que tenhamos a exata noção do dinheiro do contribuinte.

Cogitar sobre a volta da CPMF é puro retrocesso. O governo quer gastar muito mais e tem pela frente as eleições municipais em 2016 o grande teste para a sobrevivência do modelo e as expectativas de mudança. Bem correto afirmar que a nossa população não há de esperar nada do parlamento ou da classe política, a qual se apega ao poder. Aumenta o tempo do mandato e se refugia na impunidade do exercício para a prática mais pequena de ilicitudes, temos que, urgentemente, acabar com o foro privilegiado e criar foros para julgamentos de delitos contra a improbidade e lei anticorrupção.

Planejamos os jogos olímpicos de 2016 - mais uma montanha de dinheiro gasta. Somente a caixa federal disponibilizou mais de R$ 1,5 bilhões para receber de volta daqui a 20 anos, E se irritam quando a imprensa, aquela livre e independente, infelizmente a minoria, assinala ou grita, todos temos
a responsabilidade de monitorar as contas e seus gastos, além dos cartões corporativos.

O tempo não tardará a demonstrar que a paciência do povo está no limite, com alta da inflação, desemprego e salários achatados, que o voto obrigatório sirva ao menos para a contrareforma nas urnas em 2016 e mudanças substanciais nessa triste e capenga realidade que nos coloca num atraso sem igual e uma destruição acentuada do mercado financeiro, de capitais, e inaceitavelmente a leniência que acoberta as práticas manifestamente delinquenciais.

Sorte que os americanos já estão no nosso pé e não demorarão muito para saírem as sentenças de condenação e indenização, o que lavará a alma da sociedade civil agredida pela corrupção.

15 de junho de 2015
Carlos Henrique Abrão, Doutor em Direito pela USP com Especialização em Paris, é Desembargador no Tribunal de Justiça de São Paulo.

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Lobistas já especulam sobre renúncia de Dilma em plano para jogar logo Lula em campanha presidencial



Nos bastidores dos lobistas de Brasília ouviu-se, com repetição, uma palavra que pode entrar na moda: renúncia. Já que não foram criadas as plenas condições políticas para um impeachment de Dilma Rousseff - e muito menos para qualquer outro tipo de intervenção -, no ambiente de poder já se fala que a "solução" para a crise seria uma saída da Presidenta por suposta "vontade própria".

Renúncia não combina muito com o estilo de Dilma. Mas uma saída dela, agora, poderia interessar à cúpula do PT. Já há quem defenda que este seria a única chance de Luiz Inácio Lula da Silva retomar o poder. Se Dilma renunciar, teria de se realizar uma nova eleição. Lula poderia ressurgir como o "Salvador da Pátria" de imediato. Petistas já não acreditam que ele tenha fôlego para chegar até a distante campanha de 2018. Por isso, um "milagre" agora valeria ser tentado.

Só a especulação sobre renúncia surgir como algo a ser levado a sério nos bastidores já comprova que a governabilidade do segundo mandato já foi para o saco há muito tempo. Ainda mais porque a parceria com o PMDB já é um casamento desfeito na prática. Basta conferir o que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, advertiu em entrevista ao Estadão, sobre o perigo de rompimento: " Só sinto o cheiro no ar. Havendo uma ruptura nesse processo (de articulação) com o Michel, haverá ruptura do PMDB com o governo. Isso é inevitável. Na hora em que o Michel for sabotado e confrontado no processo, deixar o comando da articulação política, da qual ele não pediu para ser, não tem razão nenhuma de o PMDB ficar no governo".

Cunha, que tenta se credenciar para a chapa presidencial de 2018, também deu uma twittada no final de semana para ironizar as vaias que tomou no Congresso do PT, em Salvador: “Quero agradecer as manifestações de hostilidade no congresso do PT. Isso é sinal de que estou no caminho certo. Ficaria preocupado se fosse aplaudido lá. E, realmente, ficaria preocupado se eles me aplaudissem porque seria sinal de que eu estou fazendo tudo errado”.

Tradução: A vaca tossiu e já foi para o brejo. Neste momento de fragilidade institucional tudo pode acontecer... As crises política e econômica, sem solução no curto prazo, deixam os petistas perdidos...

Cunha no PT

Releia o artigo de domingo: Tem culpa o Operador, doutor Janot?


NO JO


Passivo Oculto



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

15 de junho de 2015
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor